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Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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LeandroGCard
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Re: NOTICIAS

#7996 Mensagem por LeandroGCard » Seg Abr 15, 2013 9:45 am

FCarvalho escreveu:Até que tenhamos uma solução para a parceira com os SA em relação a suposta versão nacional do Unkonto, este sistema poderá muito bem desempenhar-se no papel da defesa AAe de curto alcance dos navios da esquadra.

abs.
Não consigo conceber o Palma e o Umkhonto exercendo a mesma função e podendo ser utillizados como substitutos um do outro. O Palma é claramente um sistema CIWS, com o complemento de mísseis de curto alcance menores, mais simples e de maior velocidade controlados por uma diretora, usados para interceptar mísseis e outras armas guiadas em distâncias e direções nas quais os canhões não são eficientes, extendendo assim a área de cobertura.

Já o Umkhonto tem só os mísseis, que são bem maiores e mais caros, mas também mais lentos e com as limitações de possuirem apenas o sensor ótico onboard, que dá baixa discriminação contra alvos pequenos e com baixa assinatura térmica. Me parece uma arma típica para enfrentar aeronaves, mas com limitações de alcance que restringem sua utilidade para esta tarefa, tanto que a MB parece interessada apenas em uma eventual versão de alcance extendido e não na original (na minha opinião acertadamente).

Não percebo o que uma coisa teria a ver com a outra.


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Re: NOTICIAS

#7997 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 15, 2013 10:37 am

LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Até que tenhamos uma solução para a parceira com os SA em relação a suposta versão nacional do Unkonto, este sistema poderá muito bem desempenhar-se no papel da defesa AAe de curto alcance dos navios da esquadra.
abs.
Não consigo conceber o Palma e o Umkhonto exercendo a mesma função e podendo ser utillizados como substitutos um do outro. O Palma é claramente um sistema CIWS, com o complemento de mísseis de curto alcance menores, mais simples e de maior velocidade controlados por uma diretora, usados para interceptar mísseis e outras armas guiadas em distâncias e direções nas quais os canhões não são eficientes, extendendo assim a área de cobertura.
Já o Umkhonto tem só os mísseis, que são bem maiores e mais caros, mas também mais lentos e com as limitações de possuirem apenas o sensor ótico onboard, que dá baixa discriminação contra alvos pequenos e com baixa assinatura térmica. Me parece uma arma típica para enfrentar aeronaves, mas com limitações de alcance que restringem sua utilidade para esta tarefa, tanto que a MB parece interessada apenas em uma eventual versão de alcance extendido e não na original (na minha opinião acertadamente).
Não percebo o que uma coisa teria a ver com a outra.
Leandro G. Card
Olá Leandro,

Eu não entendo estes dois sistemas como substitutos um do outro também. Como tu bem dissestes, um é um sistema CIWS, coisa que nunca tivemos, e outro, um sistema missilístico voltado para a defesa AAe shorad. São, portanto, complementares e não concorrentes. Mas como a MB até hoje não dispôs nem de uma coisa e nem outra, julgo que, na verdade, se o interesse da MB por tal arma russa vái no sentido de cobrir lacunas que existem hoje e ainda haverão no próximo decênio, enquanto não se resolve a questão das novas escoltas e o desenvolvimento de um possível derivado do Unkonto, de acordo com as necessidades da MB.

Penso, que a MB talvez, em se confirmando o interesse pelo sistema russo, irá fazer o que as ffaa's brasileiras estão acostumadas a fazer, ou seja, ela vai improvisar com os recursos que tem, e lançar mão do Palma, enquanto sistema CIWS e defesa aérea Shorad, até que uma solução definitiva seja tomada a partir do planejamento previsto no PAEMB.

Vamos ver como ficam as coisas. A essa altura do campeonato, para uma marinha que navega com não poucos navios de combate e/ou auxiliares, sem sequer dispor mísseis AAe para auto-defesa, em tempos de supremacia do poder aéreo, um sistema como o 'Palma' até que não seria má idéia, pelo contrário, seria muito bem vindo.

abs.




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#7998 Mensagem por Lirolfuti » Seg Abr 15, 2013 1:36 pm

Essa noticia me remete a uma coisa, a MB ja deve ter recebido o "cheque em branco" para as Barrosos 2.0 e para uma futura encomenda de mais inhaumas e esta a preparar o inventario das mesmas. Ficaria agora de olho em encomendas da mesma para a avibras visando a fornecimento de tubos para exoted.




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#7999 Mensagem por LeandroGCard » Seg Abr 15, 2013 9:42 pm

FCarvalho escreveu:Olá Leandro,

Eu não entendo estes dois sistemas como substitutos um do outro também. Como tu bem dissestes, um é um sistema CIWS, coisa que nunca tivemos, e outro, um sistema missilístico voltado para a defesa AAe shorad. São, portanto, complementares e não concorrentes. Mas como a MB até hoje não dispôs nem de uma coisa e nem outra, julgo que, na verdade, se o interesse da MB por tal arma russa vái no sentido de cobrir lacunas que existem hoje e ainda haverão no próximo decênio, enquanto não se resolve a questão das novas escoltas e o desenvolvimento de um possível derivado do Unkonto, de acordo com as necessidades da MB.

Penso, que a MB talvez, em se confirmando o interesse pelo sistema russo, irá fazer o que as ffaa's brasileiras estão acostumadas a fazer, ou seja, ela vai improvisar com os recursos que tem, e lançar mão do Palma, enquanto sistema CIWS e defesa aérea Shorad, até que uma solução definitiva seja tomada a partir do planejamento previsto no PAEMB.

Vamos ver como ficam as coisas. A essa altura do campeonato, para uma marinha que navega com não poucos navios de combate e/ou auxiliares, sem sequer dispor mísseis AAe para auto-defesa, em tempos de supremacia do poder aéreo, um sistema como o 'Palma' até que não seria má idéia, pelo contrário, seria muito bem vindo.

abs.
Olá FCarvalho,

Na verdade a MB já usa sistemas CIWS há bastante tempo, apenas ao invés de adotar a solução de canhões ultra-rápidos de menor calibre e munição sólida/explosiva ela prefere os canhões de calibre maior equipados com munição dotada de espoleta de proximidade, na forma dos Bofors 40mm/Trinity. Mas ambos os conceitos são da categoria CIWS, e eu pessoalmente até tendo a preferir a solução de maior calibre mesmo (embora eu não conheça dados exatos para comparar o desempenho das duas propostas acho que a solução com espoleta de proximidade pode enfrentar melhor alvos com componente de velocidade tangencial).

Com relação aos sistemas SHORAD a marinha também já usa o Seawolf desde a aquisição das fragatas Type-22. O Palmas/Kashtan é um sistema que une os dois em um só equipamento, e poderia substituir a ambos com vantagens em poder de fogo e alcance. Mas enquanto um Trinity é bem compacto e pesa apenas 3.500 kg, e um reparo de Seawolf conteirável carregado também não pesa mais do que umas poucas toneladas se tanto (os sistemas de controle pesam muito mais, mas ficam instalados na superestrutura dos navios), uma torre do Palmas pesa mais de 12 toneladas e precisa de um espaço razoável para instalação. Não dá para adotá-la como solução improvisada, o sistema teria que ser utilizado em navios novos projetados para recebê-lo ou seja, nos novos patrulhas (corvetas Barroso II) e escoltas (fragatas do PROSUPER) previstos no PAEMB.

Já o Umkhonto tem características de míssil de defesa aérea, com maior tamanho, um sofisticado sensor a bordo e motor de baixa fumaça (indiferente para enfrentar mísseis mas útil contra aeronaves tripuladas). Porém também tem menor capacidade de engajar alvos pequenos, rápidos, voando baixo e com pouca emissão de IR. Ele tem mais capacidade contra as aeronaves em si e não contra munições, mas da mesma forma que o Aspide das Niterói, seu pequeno alcance o deixa muito limitado para esta tarefa em navios, por isso ele acaba sendo encaixado na categoria SHORAD, meio que forçando a barra. Mesmo em uma eventual versão de alcance estendido para 25 Km como deseja a MB ele ainda não tem alcance para prover uma verdadeira proteção de área. Não tenho nada contra o Umkhonto em si como arma antiaérea, acho até que é um bom complemento para sistemas AAe terrestres, pois pode equipar unidades leves que se espalhariam pela área a proteger e realizariam emboscadas contra aeronaves atacantes aproveitando suas características discretas de operação. Mas no mar estas vantagens se perdem, uma vez que o sistema tem que ser instalado no próprio navio, detectável a dezenas ou centenas de Km, e não se tem como escodê-lo em ravinas, bosques e áreas construídas ao redor.

Para esta função de enfrentar aeronaves minha opinião é de que a MB deveria optar por uma arma de muito maior alcance, da categoria de um Aster-30 (não o 15, que é dispensável) ou de algum novo desenvolvimento a ser efetuado com a Rússia ou qualquer outro parceiro, como aventado da LAAD.


Lirolfuti escreveu:Essa noticia me remete a uma coisa, a MB ja deve ter recebido o "cheque em branco" para as Barrosos 2.0 e para uma futura encomenda de mais inhaumas e esta a preparar o inventario das mesmas. Ficaria agora de olho em encomendas da mesma para a avibras visando a fornecimento de tubos para exoted.
O projeto das Inhaúmas evoluiu para a Barroso, que evoluirá para as eventuais Barroso II. Não há sentido em se falar em mais Inhaúmas.


Grande abraço a todos,



Leandro G. Card




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#8000 Mensagem por NettoBR » Sex Mai 03, 2013 4:02 pm

http://www.youtube.com/watch?v=w6wCyxP3eIg




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#8001 Mensagem por Paisano » Qui Mai 09, 2013 3:59 pm

Novos mísseis AM39 para os EC725 da Marinha terão motores brasileiros

Fonte: http://www.naval.com.br/blog/2013/05/09 ... z2Sj1aS93h
Imagem

Conhecimentos adquiridos na remotorização dos mísseis mar-mar MM40 serão utilizados em programa de novos mísseis ar-mar AM-39, que deverão equipar helicópteros EC725 da MB

Segundo nota da Jane’s publicada na quarta-feira, 8 de maio, o Brasil está estendendo seus conhecimentos no míssil antinavio Exocet para o modelo AM39, lançado de aeronaves. A nota afirma que a indústria brasileira e o grupo europeu MBDA, fabricante do míssil, estão expandindo sua cooperação no projeto e desenvolvimento do motor foguete do Exocet para a produção de novos motores para modelos AM39 novos de fábrica.

Em 2009, foi feito um acordo da empresa brasileira Avibras com a MBDA para a remotorização de mísseis MM40 Exocet (modelo lançado de navios). O programa foi declarado como bem-sucedido em 18 de abril de 2012, com o teste de disparo de um míssil remotorizado a partir da corveta Barroso, da Marinha do Brasil (MB).

Imagem

Agora, a MBDA afirma que um acordo formal está na mesa para a expansão dos trabalhos com seus parceiros brasileiros Avibras e Mectron para um novo projeto de motor, destinado aos mísseis AM39 que equiparão os helicópteros navais EC725 da MB. O vice-presidente da MBDA para vendas de exportação, Patrick de la Revelière, afirmou: “Temos trabalhado com a indústria local para produzir sistemas no Brasil desde 2006. Nosso primeiro sucesso foi a remotorização dos mísseis MM40 existentes da Marinha, em que trabalhamos com a Avibras e a Mectron num novo projeto, do zero, para o velho motor Roxel. Foi, completamente, um programa de novo desenvolvimento, e o disparo a partir da Barroso foi a prova de conceito daquele esforço.”

FONTE: Jane’s (tradução e edição do Poder Naval a partir de original em inglês)




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#8002 Mensagem por Alcantara » Qui Mai 09, 2013 6:30 pm

De cierto, habrá varios "hermanos" con envidia en esta hora, jejeje... :lol:




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#8003 Mensagem por jumentodonordeste » Qui Mai 09, 2013 6:58 pm

Alcantara escreveu:De cierto, habrá varios "hermanos" con envidia en esta hora, jejeje... :lol:
isto non ecziste, hacemos esto desde antes de los franceses




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#8004 Mensagem por Alcantara » Sex Mai 10, 2013 11:09 am

Si, pero para ellos nosotros no hacemos NADA sin ayuda. Incluso, de "ellos", hermanitos. :roll:




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#8005 Mensagem por Marino » Qua Mai 15, 2013 6:02 pm

Wildcat: A nova geração do Super Lynx
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=16062

Piloto brasileiro de Super Lynx voa no Wildcat
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=19622




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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#8006 Mensagem por Luís Henrique » Qua Mai 15, 2013 8:16 pm

Joaca escreveu:Boa arma para ser colocada nas Inhauma, Barroso e Barroso modificado.
At
JM
FCarvalho escreveu:Gostaria de saber em quais navios atuais da MB este sistema seria utilizado, afora o Nae SP que não dispõe de defesa AAe crível, dispondo somente de simples reparos Manpads Mistral. Aliás, este sistema "Palma" na verdade seria o primeira arma com capacidade CIWS planejada da MB, o que por si só já é muita coisa, e com a adição dos mísseis, então nem se fala.

Até que tenhamos uma solução para a parceira com os SA em relação a suposta versão nacional do Unkonto, este sistema poderá muito bem desempenhar-se no papel da defesa AAe de curto alcance dos navios da esquadra, em que pese minha opinião da indispensável lógica de atribuir a parceria com os SA como a solução que mais nos interessa no campo da defesa aérea naval para os futuros escoltas da MB, inclusive a versão Improved das Barroso.

Mas até lá, vamos com o que se tem a disposição. São sistemas complementares e não concorrentes.

abs.

Ótima arma para ser colocada em qualquer navio.
Até nos novos escoltas e novos navios aeródromos.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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#8007 Mensagem por ELSONDUARTE » Qui Mai 16, 2013 8:16 am

Chefe de Operações Navais da US Navy é recebido pela Marinha do Brasil

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O Chief of Naval Operations (CNO) dos Estados Unidos, Almirante Jonathan W.Greenert, visitou o Brasil pela primeira vez nesta semana. O CNO, um almirante de quatro estrelas, normalmente é o oficial da ativa mais graduado da marinha americana (equivalente no Brasil ao posto de Comandante da Marinha). Submarinista, o Almirante Greenert serviu a bordo de seis diferentes submarinos americanos de propulsão nuclear (SNAs e lançadores de mísseis balísticos) o mais recente tendo sido o USS Honolulu (SSN-718), que ele comandou.
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A agenda da quarta-feira, dia 16 de janeiro, na cidade do Rio de Janeiro se iniciou com uma visita pela manhã ao site da obra da futura base e do estaleiro de submarinos ambos localizados em Itaguaí. À tarde ele assistiu a uma abrangente exibição das capacidades de desembarque anfíbio dos Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.

Nesta visita foram assinadas dois memorandos de entendimento que dispões sobre o intercâmbio de pessoal entre as duas marinhas e também um outro sobre os procedimentos comuns com respeito a tratamento dos respectivos Oficiais de Ligação e Oficiais de Intercâmbio. Segundo o almirante Greenert, “as discussões bilaterais desta vez tocaram em uma variedade de temas, incluindo Operações de Submarinos, Operações Anfíbias, Operações de Aviação Tática (asa fixa) e de Controle Marítimo. Ele comentou ainda que este foi o terceiro encontro dele com o Almirante Moura Neto. Respondendo a uma pergunta da imprensa especializada, Greenert comentou que, para ele, a Marinha do Brasil ocupa uma posição de importância “bem no topo” na questão da segurança no Atlântico Sul, e que o Brasil, e a Marinha do Brasil por consequência, “é o líder naval nesta área”.
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O CNO contou que “ainda não se podia sentir os efeitos dos cortes previstos para entrar em vigor no orçamento das Forças Armadas americanas” caso a classe política local não consiga chegar a um acordo nas próximas semanas. Para Greenert “com ou sem cortes, a US Navy vai ter que equilibrar o emprego dos navios atuais e/ou navios novos posicionados nos diversos oceanos ao redor do mundo para garantir que a sua missão continue a ser cumprida. Mais do que apenas navios, a questão mais importante é ter o número certo de tripulantes na marinha e que eles sejam bem treinados e bem remunerados”. Ele concluiu dizendo que: “pretende ter a melhor marinha que o dinheiro (no caso, o seu orçamento) lhe permita comprar. Uma que atenda à relevância específica dos EUA e da sua estratégia internacional”. Perguntado se ele e o almirante Moura Neto conversaram sobre a transferência de navios americanos de segunda mão para a Marinha do Brasil, o CNO mencionou que: “a deliberação do destino de navios excedentes passa necessariamente pelo interesse de marinhas amigas por eles. Mas ele enfatizou, ainda, que isso fica forçosamente dependente do cronograma de retirada de serviço dos meios navais americanos”.

Neste último comentário, o almirante americano acabou involuntariamente chamando a atenção para um persistente rumor que vem circulando entre a imprensa especializada nacional. Segundo este rumor a Marinha do Brasil a despeito de seus ambiciosos planos de construção estaria ao mesmo tempo interessada em adquirir um ou dois navios americanos da classe Whidbey Island usados. Estes navios desembarque-doca (NDD) sriam usados para substituir os antigos NDD Ceará e o NDD Rio de Janeiro.
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Um artigo da Jane´s britânica, datado de 24 de outubro de 2011, listou três destes navios (o USS Whidbey Island /LSD 41, o USS Fort McHenry/LSD 43 e o USS Tortuga/LSD 46) como sendo os alvos imediatos do programa de corte do número de meios navais da US Navy. A US Navy havia agendados a retirada de serviço dos três navios ainda no ano fiscal de 2013, a despeito de eles terem entrado em serviço bem recentemente, entre 1985 e 1990. No entanto, no final de 2012, o Congresso americano teria decidido não apoiar o seu plano de aposentadoria neste ano, alocando fundos extras para o uso pela US Navy. Se não forem retirados de serviço, não há como negociar a sua transferência para a Marinha do Brasil. Mas, neste momento, isso são apenas conjecturas a espera de alguma confirmação futura.

ALIDE perguntou ao Almirante Greenert de que maneira a US Navy via o programa de desenvolvimento e construção de submarinos de ataque de propulsão nuclear da Marinha do Brasil, uma vez que em evento recente na Embaixada Americana em Brasília um grupo de membros de “think tanks” e universidades americanos não esconderam dos seus interlocutores brasileiros de forma alguma seu desconforto com a decisão da MB de seguir adiante com este desenvolvimento. Curiosamente, Greenert, a despeito de sua experiência profissional e de ter no currículo o curso de estudos em energia nuclear para oficiais submarinistas, optou por referir-se a si mesmo como um “não-especialista” nesta área. Ele comentou sobre sua visita à obra de Itaguaí, qualificando o esforço brasileiro positivamente. Ele empregou palavras como “impressionante ” e inovador”, destacando o “profissionalismo” e o “ritmo de andamento” deste programa. Ele disse também que “dentro das suas limitações, a Marinha Americana trabalharia conjuntamente com a do Brasil nesta área”.

A resposta mais completa a esta pergunta, no entanto, acabou vindo do próprio comandante da Marinha do Brasil, almirante Moura Neto. “Programas com o do nossos submarino de propulsão nuclear geram naturalmente tanto vozes favoráveis, quanto outras em contrário. Existem pessoas pró e outras contra. O objetivo da visita do almirante Greenert ao site de Itaguaí visa mostrar o estágio de andamento deste que é um programa real e que caminha firmemente adiante. Existe o apoio do governo brasileiro, a despeito das grandes dificuldades que estão ainda adiante.

No mundo, apenas cinco países tem esta tecnologia de propulsão: EUA, Rússia, Reino Unido França e China. Um sexto país é a Índia, que, ao exemplo do Brasil, se encontra em processo de desenvolvimento de sua própria tecnologia nesta área. Entrarmos para este seleto grupo de nações, com tecnologia nacional será uma grande vitória da tecnologia brasileira. Este é um grande esforço da Marinha do Brasil que trabalha junto com nossos parceiros para que eles possam nos transferir aquelas tecnologias e conhecimentos que não sejam necessariamente aquelas marcadas como “segredo de estado”.
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Ao ser inquirido sobre sua visão sobre os prós e contras da ativação da quarta Esquadra americana, o almirante Greenert salientou que este ano marcou o quinto aniversário da “Fourth Fleet” e que, neste período, ela tem se dedicado unicamente a servir de vetor para a cooperação operacional da US Navy com as marinhas do continente, sempre com a preocupação de respeitar as soberanias individuais dos diversos países parceiros. A ênfase aqui nesta parte do mundo está focada nas operações humanitárias, logísticas e contra narcóticos. Outra área importante desta atuação é a de “consciência do ambiente marítimo, ou ‘Maritime Domain Awareness (MDA)’. Inclusive estamos neste momento em negociação para interligar os sistemas de controle de tráfego civil dos dois países, pois nenhuma marinha pode cuidar de todos os mares ao redor do mundo sozinha. Esta cooperação visa fazer do Atlântico Sul um oceano ainda mais pacífico e seguro.

Outra resposta discreta porém “interessante” de Greenert foi uma onde ele comentou que as duas marinhas estavam cooperando amplamente, citando em seguida o Golfo Pérsico (operações “anti-minas”), e do Golfo de Oman (de “anti-pirataria”). Curiosamente, nenhuma destas duas regiões e hipotéticas atividades executadas ali podem ser imediatamente ligados à Marinha do Brasil. Pelo menos não pela imprensa do no nosso país.

Defesa Aérea & Naval perguntou ao Almirante Greenert se existe algum estudo para a US Navy enviar seus navios para deployments no Atlântico Sul, a fim de operar em exercícios da Marinha do Brasil. O almirante americano comentou que isso dependeria do desejo de ambos os governos e também da disponibilidade de meios para sua realização e citou o exercício UNITAS como exemplo de operação conjunta. Por sua vez o Almirante Moura Neto agregou que ao Brasil interessa sempre o intercambio nas áreas de planejamento e de operações, sendo algo muito crítico o compartilhamento de informação entre as marinhas durante estes exercícios.

FONTE: ALIDE
http://www.defesaaereanaval.com.br/




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#8008 Mensagem por Lord Nauta » Sáb Mai 18, 2013 11:30 am

Está chegando ao Rio de Janeiro, o mais novo Navio-Patrulha da Marinha do Brasil

pós atracar na cidade de Rio Grande (RS), no dia 08 de maio, vindo de uma viagem de cerca de dois meses de trânsito pela costa africana, o Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Apa” chega dia 24 de maio em seu porto sede: Rio de Janeiro (RJ).
Depois de incorporado à Marinha do Brasil, no dia 11 de março em Portsmouth, no Reino Unido, o navio fez escala em Portugal, Espanha, Mauritânia, Senegal, Gana, Angola e Namíbia. Durante a sua viagem para o Brasil, pode interagir com as Marinhas dos países africanos visitados, realizando exercícios conjuntos, como por exemplo, treinamento anti-pirataria.

Ao chegar ao Brasil, o NPaOc realizou Vistoria de Segurança de Aviação (VSA) em Rio Grande, visando a preparação do navio para operações aéreas. O “Apa” ficou aberto à visitação pública nos portos de Rio Grande e Itajaí (SC).

O navio, construído pela empresa BAE Systems Maritime – Naval Ships é o segundo da Classe “Amazonas” e recebe o nome de um importante rio da Região do Pantanal, o Apa, que delimita a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, cuja bacia hidrográfica tem cerca de 12.000 quilômetros quadrados em território brasileiro. O primeiro a ser incorporado foi o NPaOc “Amazonas”, em 29 de junho de 2012, e o terceiro, “Araguari”, chegará ao país no segundo semestre deste ano.

A aquisição dos três Navios-Patrulha Oceânicos agrega importante valor para que a Marinha possa intensificar as ações de Patrulha e Inspeção Naval, voltadas à segurança do tráfego aquaviário, prevenção da poluição ambiental e, ainda, para o aumento da capacidade de Busca e Salvamento (SAR), ao longo da extensa área marítima sob a responsabilidade do Brasil. Mas, principalmente no patrulhamento da chamada “Amazônia Azul”, operando, primordialmente, na região das bacias petrolíferas dos estados do Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro.

O evento contará com a presença do Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, e de Parlamentares.




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#8009 Mensagem por Lord Nauta » Sáb Mai 18, 2013 11:44 am

Esquadrão HA-1 completa 35 anos

Com o propósito de prover os meios aéreos integrantes do sistema de armas das Fragatas Classe Niterói, foi criado em 15 de maio de 1978, o 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque Anti-Submarino (HA-1), tendo sido ativado em 17 de janeiro de 1979.

O Esquadrão inicialmente contou com nove aeronaves Westland Sea Lynx Mk-21, designadas na Marinha do Brasil como SAH-11 Lince.

Em 1995 as 05 aeronaves SAH-11, remanescentes do lote inicial, foram enviadas para o fabricante afim de serem modernizadas para a nova versão Westland Super Lynx Mk-21A, passando a ter, junto com as 9 novas aeronaves, a designação AH-11A Super Lynx.

Hoje o HA-1 possui doze aeronaves no seu inventário.

Em virtude da aquisição pela MB de novos navios e da flexibilidade que o Lynx demonstrou em operação, o Esquadrão recebeu a apartir de 1997, uma missão mais abrangente e teve a sua designação alterada para 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1), permanecendo assim até os dias atuais.

O HA-1 executa, preferencialmente, missões de esclarecimento e ataque a alvos de superfície (ASuW) utilizando o MAS Sea Skua e ataques vetorados a alvos submarinos (ASW), com torpedos e cargas de profundidade, podendo ainda ser empregado em diversas outras missões a bordo dos meios da Esquadra.

O HA-1 iniciou uma nova fase operativa com a dotação de suas aeronaves com imageadores térmicos STAR Safire III, que proporcionou aos seus “Linces” enxergarem além do alcance, tornando sua missão esclarecedora mais eficiente e segura, mantendo sua aeronave fora do alcance de armas defensivas e com o recebimento de metralhadoras FN Herstal .50, ampliou a sua capacidade de auto-defesa e de patrulha armada, sendo utilizada atualmente na Operação Líbano.

Nestes 35 anos de bons serviços prestados, o Lince acumulou mais de 50.000 horas voo, realizou mais de 46.000 pousos a bordo e totaliza mais de 12.000 dias embarcados.

Seu atual Comandante é o Capitão-de-Fragata André Marcet de Oliveira.



Em minha opinião já seria o momento da MB pensar em substituir as células mais antigas por Wildcat's novos.

Sds

Lord Nauta




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#8010 Mensagem por Marino » Sáb Mai 18, 2013 12:42 pm

Lord Nauta escreveu:Esquadrão HA-1 completa 35 anos

Com o propósito de prover os meios aéreos integrantes do sistema de armas das Fragatas Classe Niterói, foi criado em 15 de maio de 1978, o 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque Anti-Submarino (HA-1), tendo sido ativado em 17 de janeiro de 1979.

O Esquadrão inicialmente contou com nove aeronaves Westland Sea Lynx Mk-21, designadas na Marinha do Brasil como SAH-11 Lince.

Em 1995 as 05 aeronaves SAH-11, remanescentes do lote inicial, foram enviadas para o fabricante afim de serem modernizadas para a nova versão Westland Super Lynx Mk-21A, passando a ter, junto com as 9 novas aeronaves, a designação AH-11A Super Lynx.

Hoje o HA-1 possui doze aeronaves no seu inventário.

Em virtude da aquisição pela MB de novos navios e da flexibilidade que o Lynx demonstrou em operação, o Esquadrão recebeu a apartir de 1997, uma missão mais abrangente e teve a sua designação alterada para 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1), permanecendo assim até os dias atuais.

O HA-1 executa, preferencialmente, missões de esclarecimento e ataque a alvos de superfície (ASuW) utilizando o MAS Sea Skua e ataques vetorados a alvos submarinos (ASW), com torpedos e cargas de profundidade, podendo ainda ser empregado em diversas outras missões a bordo dos meios da Esquadra.

O HA-1 iniciou uma nova fase operativa com a dotação de suas aeronaves com imageadores térmicos STAR Safire III, que proporcionou aos seus “Linces” enxergarem além do alcance, tornando sua missão esclarecedora mais eficiente e segura, mantendo sua aeronave fora do alcance de armas defensivas e com o recebimento de metralhadoras FN Herstal .50, ampliou a sua capacidade de auto-defesa e de patrulha armada, sendo utilizada atualmente na Operação Líbano.

Nestes 35 anos de bons serviços prestados, o Lince acumulou mais de 50.000 horas voo, realizou mais de 46.000 pousos a bordo e totaliza mais de 12.000 dias embarcados.

Seu atual Comandante é o Capitão-de-Fragata André Marcet de Oliveira.



Em minha opinião já seria o momento da MB pensar em substituir as células mais antigas por Wildcat's novos.

Sds

Lord Nauta
Veja mais:
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"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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