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Mensagem
por FCarvalho » Qui Out 13, 2016 12:33 pm
Bom, até onde posso saber o que a SAAB nos ofereceu em termos de Tot's está bem descrito e registrado nos contratos com a FAB. Ponto. Obvio que a maior parte do que ali está contido será mentido em caráter de sigilo, visto tratar-se de assuntos restritos aos interessados diretos, pois FAB, SAAB e respectivos governos.
No mais, o que temos de fazer aqui neste sentido é implementar e garantir que tenhamos todos os instrumentos necessários para que o que foi acordado nesta matéria seja efetivamente cumprido. E até o presente momento, de público não há nada a desabonar a atitude dos suecos. Mais para frente pode ser diferente... ou não.
Lembrar que a FAB hoje é a maior "marketeira" que o Gripen NG possui no mercado internacional, visto ter sido o primeiro comprador externo do programa. Não seria muito inteligente de parte dos suecos comprometer qualquer das cláusulas assinadas neste negócio, tendo em vista negócios futuros.
A satisfação da FAB com o projeto do Gripen E/F vai determinar, em maior ou menor dimensão, o quão longeva será a vida operacional, e comercial, deste caça. Como também determinar o seu sucesso, ou o contrário disso.
Eu de minha parte, torço muito para que tudo, e mais um pouco, do contrato FX-2 seja posto em prática. Ele envolve bem mais que comprar um novo caça para o GDA. E isso, penso, é mais importante que simplesmente discutir se a SAAB é a maior ou melhor referência no mundo em matéria de tot. No que nos interessa, ela apenas tem de ser competente, e convincente, no que se comprometeu conosco.
Isso, claro, ainda vamos levar um tempo para todos nós aqui sabermos.
ps: com a revisão da organização das bases aéreas do FAB, e da própria constituição de seus grupos de caça, com 36 undes como referencia de constituição/organização (é o que hora se propõe para o GDA), pode-se imaginar que em um futuro a longo prazo a FAB irá demandar cerca de 216 caças, caso ela deseje que cada uma das suas 6 bases aéreas operacionais que existirão disponham de um grupo de caça. Isso nos daria a possibilidade de difundir uma defesa aérea minimamente coerente com a dimensionalidade do espaço que temos de defender. Falou-se muito até aqui de 108 caças. Pode ser que esse seja um número básico para que o projeto do Gripen NG consiga alçar a industria nacional para uma condição maior que a de mero coadjuvante como temos hoje em relação ao desenvolvimento de um futuro FX-3 de 5a G. Este seria um dos objetivos do projeto. Se for alcançado, penso que já terá valido a pena o investimento. Mas isso é uma conversa para daqui uns vinte anos.
abs.
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(pode ser substituído sem problemas)