TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[Carlos Lima]

Interessante...

Se eu estou entendendo direito agora estamos querendo transformar o Gripen "Br" em algo que nunca foi... interceptador de altissima altitude.

Isso é requisito real da FAB mesmo? Ser diferente da sueca em mais isso?



[]s
CB_Lima

[knigh7]

Mais um complemento:

Esse risco de descompressão está principalmente ligado à possibilidade de formação de bolhas de nitrogênio no sangue. Esses voos em grande altitude, sem roupa pressurizada, têm que ser precedidos de longo tempo de respiração com oxigênio a 100% para eliminar o nitrogênio. Essa respiração de oxigênio a 100% por longo tempo também é prejudicial, por isso digo que esses caças não vão fazer cruzeiro a 55.000 pés sem roupa pressurizada.

Justin

Se o Gripen BR vai ter a particularidade -os da Flygvapnet não terão, operarão com teto de 50 mil pés, é provável que a FAB não apenas esteja pensando na pressurização da cabine, como é o caso de roupas pressurizadas, que aliás é bem mais simples do que mudar a pressurização da cabine para permitir o voo por bastante tempo a grande altitude....

[knigh7]

Interessante...

Se eu estou entendendo direito agora estamos querendo transformar o Gripen "Br" em algo que nunca foi... interceptador de altissima altitude.

Isso é requisito real da FAB mesmo? Ser diferente da sueca em mais isso?



[]s
CB_Lima

Não, ele vai ter a mesma capacidade de operar em altitudes do Typhoon, F-15, F22.

Isso proporciona grandes vantagens. Eu citei algumas em posts acima. Vou repetí-las:

A 18km, 20km de altitude os caças:

- podem voar mais rápido e econômico;
-conseguem ficar fora de alcance da imensa maioria dos misseis SAM;
-Os mísseis disparados pelos caças naquela altitude tem uma energia potencial maior frente aos mísseis dos adversários.Os mísseis deles vão descer, enquanto que os mísseis do caça adversário vão ter de subir. É uma situação duplamente penalizadora para o adversário que está mais baixo, que impacta de forma muito significativa na vantagem do caça que voa alto em combate com outro lá embaixo.
Aumente o alcance, a velocidade e proporciona boa reserva de energia para as manobras "G" finais para atingir o caça abaixo. E totalmente o inverso para o míssil do caça que está lá em embaixo e tenta acertar o que está lá em cima, numa faixa de altitude que esse caça não pode estar.

Resumindo: um caça com capacidade de voar a 60mil pés (18km), 65mil pés (20km) tem evidentes vantagens com relação aqueles caças cujo teto é de 50mil pés (15km).

[Justin Case]

Knigh7,

Você acredita mesmo que o Gripen NG vai ficar lá passeando ou fazendo PAC no nível 550 para aproveitar todas aquelas vantagens que você citou? Com Mach 1.6? Com seu supercruise foderoso?
Ninguém faz isso. Todos os caças aceleram ao alcançar a tropopausa e só vão lá para cima com objetivos específicos de curtíssimo prazo.

Justin

[Carlos Lima]

Interessante...

Se eu estou entendendo direito agora estamos querendo transformar o Gripen "Br" em algo que nunca foi... interceptador de altissima altitude.

Isso é requisito real da FAB mesmo? Ser diferente da sueca em mais isso?



[]s
CB_Lima

Não, ele vai ter a mesma capacidade de operar em altitudes do Typhoon, F-15, F22.

Isso proporciona grandes vantagens. Eu citei algumas em posts acima. Vou repetí-las:

A 18km, 20km de altitude os caças:

- podem voar mais rápido e econômico;
-conseguem ficar fora de alcance da imensa maioria dos misseis SAM;
-Os mísseis disparados pelos caças naquela altitude tem uma energia potencial maior frente aos mísseis dos adversários.Os mísseis deles vão descer, enquanto que os mísseis do caça adversário vão ter de subir. É uma situação duplamente penalizadora para o adversário que está mais baixo, que impacta de forma muito significativa na vantagem do caça que voa alto em combate com outro lá embaixo.
Aumente o alcance, a velocidade e proporciona boa reserva de energia para as manobras "G" finais para atingir o caça abaixo. E totalmente o inverso para o míssil do caça que está lá em embaixo e tenta acertar o que está lá em cima, numa faixa de altitude que esse caça não pode estar.

Resumindo: um caça com capacidade de voar a 60mil pés (18km), 65mil pés (20km) tem evidentes vantagens com relação aqueles caças cujo teto é de 50mil pés (15km).

Não está claro.

A Suécia vai fazer o mesmo? O avião deles vai ser igual nesse sentido? Eles estão desenvolvendo o Gripen E Sueco para fazer o mesmo?

[]s
CB_Lima

[Marechal-do-ar]

A 18km de altitude os caças:

- podem voar mais rápido e econômico;
-conseguem ficar fora de alcance da imensa maioria dos misseis SAM;
-Os mísseis disparados pelos caças naquela altitude tem uma energia potencial maior frente aos mísseis dos adversários.Os mísseis deles vão descer, enquanto que os mísseis do caça adversário vão ter de subir. É uma situação duplamente penalizadora para o adversário que está mais baixo, que impacta de forma muito significativa na vantagem do caça que voa alto em combate com outro lá embaixo.
Aumente o alcance, a velocidade e proporciona boa reserva de energia para as manobras "G" finais para atingir o caça abaixo. E totalmente o inverso para o míssil do caça que está lá em embaixo e tenta acertar o que está lá em cima, numa faixa de altitude que esse caça não pode estar.

Resumindo: um caça com capacidade de voar a 60mil pés (18km), 65mil pés (20km) tem evidentes vantagens com relação aqueles caças cujo teto é de 50mil pés (15km).

Esqueceu de uma: com o ar rarefeito dessa altitude os caças mal conseguem manobrar, geralmente as forças aéreas consideram a incapacidade de se defender de mísseis um impeditivo para as missões, como é o caso de uma aeronave voando a 18km.

Knigh7,

Você acredita mesmo que o Gripen NG vai ficar lá passeando ou fazendo PAC no nível 550 para aproveitar todas aquelas vantagens que você citou? Com Mach 1.6? Com seu supercruise foderoso?
Ninguém faz isso. Todos os caças aceleram ao alcançar a tropopausa e só vão lá para cima com objetivos específicos de curtíssimo prazo.

Justin

Não adianta argumentar, a lógica aqui é assim: o Gripen consegue, então é importantíssimo.

[LeandroGCard]

Leandro,

Eu entendo que essa concepção muitas vezes empregada sobre ToT é equivocada ... a FAB quando lançou RFP para o FX-2 solicitou aos concorrentes, salvo engano, 10 tecnologias específicas de nível indispensável, significa que se o País/Fabricante não concorda tá fora da concorrência e outras tantas tecnologias classificadas como "desejáveis" ... e quem não tem condição de entregar tá fora da concorrência ... sobretudo as indispensáveis ...

Peguei um estigma de ser contra o Rafale ... mas, na verdade sempre foi muito claro para mim que essa conversa de ToT irrestríta é uma balela sem precedentes e isso poluiu muito a noção do que seja ToT e principalmente jogou fumaça sobre a ToT que a FAB realmente solicitou ... é por isso que lemos constantemente que a Saab por não fazer seu caça do estabilizador vertical ao trem de pouso teria sua ToT prejudicada ... o que não é verdade, porque motores, radar por exemplo nunca foi cogitado no FX-2 ... nem pela FAB nem pelos concorrentes ... sobretudo considerando um contrato de apenas 36 células ... um absurdo sem pé nem cabeça ...

Acho que o mais importante nesse processo é e sempre foi o domínio total da manutenção e integrações na aeronave ... aprender a projetar uma aeronave supersônica e ter domínio dos códigos fonte ... além, claro, dos materiais e ligas de metal em nível 1 aplicados sobretudo para voos supersônicos ... agrega muito mais valor o conhecimento sobre os intangíveis do que um ou outro componente que pode ser adquirido em uma parceria ou contrato de risco ... essa é minha opinião ...

Kirk,

Concordo com esta sua concepção, é bem por aí mesmo, mas com uma ressalva (que não é relacionada especificamente com o Gripen, mas com o processo do FX como um todo): Pagar para aprender a projetar avião de caça supersônico só se justifica se você FOR DE FATO PROJETAR UM CAÇA SUPERSÔNICO, o que duvido muitíssimo será feito no Brasil dentro dos próximos 25 a 30 anos. E daqui a três décadas quaisquer tecnologias que se pudessem aprender com qualquer um dos concorrentes do FX teriam e terão muito pouca aplicabilidade em um novo projeto (aliás, com F-35, PAK-FA e J-20 já voando muitos acham que elas já não tem aplicação HOJE).


Leandro G. Card

[kekosam]

Não, ele vai ter a mesma capacidade de operar em altitudes do Typhoon, F-15, F22.

Pelo que entendi, vamos gastar mais para ter esta capacidade.

Agora pergunto: quanto % das operações dos 3 caças citados são efetuados acima da altitude de cruzeiro "normal", entre 30 e 36 mil pés? Quanto % das operações são realizadas no teto máximo?

Da mesma forma que ninguém sai voando por ai com 8000 kg de carga pendurada nas asas, ninguém sai voando por ai a 55 mil pés. A degradação de desempenho (capacidade de subida, aceleração, manobrabilidade) sobe em progressão geométrica enquanto a altitude sobe em progressão aritmética.

[kekosam]

Mais um complemento:

Esse risco de descompressão está principalmente ligado à possibilidade de formação de bolhas de nitrogênio no sangue. Esses voos em grande altitude, sem roupa pressurizada, têm que ser precedidos de longo tempo de respiração com oxigênio a 100% para eliminar o nitrogênio. Essa respiração de oxigênio a 100% por longo tempo também é prejudicial, por isso digo que esses caças não vão fazer cruzeiro a 55.000 pés sem roupa pressurizada.

Quanto à necessidade operacional que você citou, um míssil BVR decente, lançado de 40.000 pés, pode abater aeronaves voando a 70.000 pés (10 Km de diferença).
Se a FAB mudou o requisito relativo à razão de pressurização, para mim é sinal de que foi considerado viável na relação benefício/custo, principalmente para aumentar o conforto em voos muito longos a serem realizados na altitude de cruzeiro normal, entre 30 e 36 mil pés.

Justin

Se for para abater não precisa do requisito, mas se precisar interceptar ? ... ameaça por rádio ???

Ei você ai em cima ... desça já pra cá ... estamos a 10 KM abaixo ... e ficando irritados ...

Boa...

Mas, quem vier pra estas bandas nesta altitude será o Tio Obama e o Tio Putim. E não temos peito pra isso. Então deixa passar e faz de conta que nada aconteceu...

[joao fernando]

Um SR-71 Brazuca kkkkkkk morro e não leio tudo

[Zepa]

Não, ele vai ter a mesma capacidade de operar em altitudes do Typhoon, F-15, F22.

Isso proporciona grandes vantagens. Eu citei algumas em posts acima. Vou repetí-las:

Não está claro.

A Suécia vai fazer o mesmo? O avião deles vai ser igual nesse sentido? Eles estão desenvolvendo o Gripen E Sueco para fazer o mesmo?

[]s
CB_Lima

E os Kc 390 também vão chegar nessa altitude porque quando F5 II Ng chegar (se conseguir )lá em cima já estará sequinho

[Bolovo]

O Gripen NG já era melhor que F-35, F-15, EA-18 e B-2 combinados. Agora é com o SR-71 também.

Agora é oficial.

É questão de defesa nacional ser contra esse projeto.

[prp]

Só entrei aqui pra saber se o GripenNG já quebrou a barreira da estratosfera e entrou na mesosfera.
Já já colocam ele em Alcântara para ser nosso ônibus espacial.

[Bolovo]

Só entrei aqui pra saber se o GripenNG já quebrou a barreira da estratosfera e entrou na mesosfera.
Já já colocam ele em Alcântara para ser nosso ônibus espacial.

Logo logo vai substituir o VLS também.

[Túlio]

Cupincha Knight7: não adianta ficar beiçudo por os caras estarem te zoando, notemos que o Justin, com paciência e educação (e ele não é nenhum AMADOR no que fala) tentou até cansar te mostrar que estavas desfiando um balaio de despropósitos. O Gripen vai ser um baita caça, tenho certeza; não é necessário tentares atribuir-lhe - falta pouco - características do X-Wing...