caminhões em uso pelo EB

[jauro]

Concordo consigo Jauro no quesito privilegiar esta ou aquela empresa.
Mas veja que estamos pagando até hoje, o preço da nossa incoerência no quesito politica industrial de defesa, visto que fomos nós mesmos que praticamente assassinamos nossa industria bélica nos últimos vinte anos, e com a anuência - diria até colaboração inequívoca - do próprio Estado brasileiro.
Enfim, vamos ver se, ao menos desta vez, aprendemos a lição, e não conseguimos a proeza de fazer nós mesmos, de novo, , o que outros de fora desejaram tanto e não conseguiram fazer.

abs.

Determinação da DIRETRIZ do Cmt do EB 2011-2014 no item LOGÍSTICA (pag 22)

"A logística, desde o tempo de paz,
necessita uma estrutura flexível,
consideradas as HE, que facilite a
evolução da situação de paz para o
conflito. Para isso, o EME e o COLOG
deverão estudar ou implementar medidas
no sentido de:
........................................................
– manter o “Programa Brasa Acesa”
de compra de lotes mínimos à
Base Industrial de Defesa (BID), para
fomentar a capacidade produtiva nacional
adquirida;
– atribuir prioridade às aquisições no
mercado nacional e regional, benéficas
pelo atendimento às HE e valorização do
papel social do EB;
.............................................................
Diretriz Geral do Comandante do Exército – 2011/2014

[Danilo]

O exercito já possui viaturas 8x4, se não estou enganado são Scania betoneira no 1º Grupamento de engenharia em João Pessoa.

[FCarvalho]

Concordo consigo Jauro no quesito privilegiar esta ou aquela empresa.

Determinação da DIRETRIZ do Cmt do EB 2011-2014 no item LOGÍSTICA (pag 22)
"A logística, desde o tempo de paz,
necessita uma estrutura flexível,
consideradas as HE, que facilite a
evolução da situação de paz para o
conflito. Para isso, o EME e o COLOG
deverão estudar ou implementar medidas
no sentido de:
........................................................
– manter o “Programa Brasa Acesa”
de compra de lotes mínimos à
Base Industrial de Defesa (BID), para
fomentar a capacidade produtiva nacional
adquirida;
Aqui considero o nosso calcanhar de Aquiles. Jamais vamos chegar a uma situação minimamente próxima do atendimento das necessidades reais da força, e menos ainda da formação/sustento da nossa BID, se continuarmos simplesmente fazendo compras eventuais, pontuais ou impositivas, ou seja, a caráter das efêmeras compras de oportunidade. Não se consolida uma BID com políticas de "tapa buracos", como estas impostas tanto ao EB como as demais forças. Isto, para mim, apenas corrobora a irresponsabilidade e indiferença governamental e do Estado sobre a questão defesa. Enfim, mostra apenas que o assunto simplesmente continua não sendo levado a sério por quem de dever, apesar dos discursos.

– atribuir prioridade às aquisições no
mercado nacional e regional, benéficas
pelo atendimento às HE e valorização do
papel social do EB;
.............................................................
Diretriz Geral do Comandante do Exército – 2011/2014
Parabenizo o EB pela consciência de trabalhar com o que se tem e pode. E só tenho a lamentar que mesmo em pleno século XXI, a maturidade de nossa classe dirigente ainda seja a mesma dos coronéis da novela Gabriela, no trato de suas obrigações em relação as ffaa's.

abs.

[Reginaldo Bacchi]

Que se de oportunidade a todos, pois esse negócio de se privilegiar uma só empresa (ENGESA) já foi para o barro uma vez.

Jauro, eu gostaria de lembrar que o EB sempre deu oportunidade as empresas brasileiras que se decidiram a entrar no campo de produtos militares e sempre estimulou a concorrencia.

O EB deu excepcional apoio e ajuda tecnica para o deslanche da Biselli, Bernadini, Motopeças e ENGESA no campo de veiculos blindados.

No campo de caminhões militares (que eu saiba) só havia ENGESA.

Hoje (que eu saiba) só ha a AGRALE.

Bacchi

[FCarvalho]

Que se de oportunidade a todos, pois esse negócio de se privilegiar uma só empresa (ENGESA) já foi para o barro uma vez.

Jauro, eu gostaria de lembrar que o EB sempre deu oportunidade as empresas brasileiras que se decidiram a entrar no campo de produtos militares e sempre estimulou a concorrencia.
O EB deu excepcional apoio e ajuda tecnica para o deslanche da Biselli, Bernadini, Motopeças e ENGESA no campo de veiculos blindados.
No campo de caminhões militares (que eu saiba) só havia ENGESA.
Hoje (que eu saiba) só ha a AGRALE.
Bacchi

Infelizmente, parece-me que não aprendemos, ainda, com as lições do passado. Veja-se as fotos que postei de alguns caminhões verdadeiramente militares, e que penso, nunca os veremos por aqui, ou quiçá chegaremos a desenvolver um próprio nacional. Não obstantes os avanços tecnológicos e de engenharia, ainda não consigo compreender até hoje o porque o EB continua insistindo em adquirir modelos não mais que militarizados para suas necessidades, quando há no mercado produtos já sobejamente provados no campo da militaria mecânica.

As vezes acho até que é apego em demasiado à tradição, ou o mau costume que ficou nas mentes.

abs.

[Paulo Bastos]

Nos dias 30 e 31 de outubro, o 12º GAC (Grupo de Artilharia de Combate), o “Grupo Barão de Jundiahy”, participou da avaliação preliminar da VTNE 5ton 6x6 KM500, da KIA Motors. Ele tracionou o Obuseiro M114, de 155mm, durante o Exercício Agulhas Negras/ Operação Paraibuna, na região da Hidrelétrica Paraibuna/ SP, com o acompanhamento de membros da Diretoria de Material do Exército.
Esse veículo é um derivado do caminhão militar estadunidense M809, da AM General.




Fotos: 12º GAC

Abraços,
Paulo Bastos

[FCarvalho]

Paulo, este veículos foram trazidos/demonstrados por solicitação do EB ou a Kia resolveu arriscar-se e trazê-los para ver se consegue o seu quinhão?

Aparentemente, estes modelos 6x6 na categoria 5t, pelo tanto que já se comentou até aqui neste tópico, não trariam muito mais vantagens em relação aos 4x4 que tem sido ofertados às ffaa's pela industria nacional, ainda que modelos civis militarizados.

Em que pese esta questão, como a Kia espera poder inserir tal veículo no cenário nacional?

abs.

[Paulo Bastos]

FCarvalho, esses veículos estão sendo oferecidos para substituírem os VTNE 5ton 6x6 Engesa-MBB 1519 ("Mamute") e os Terex Uai M1-50, utilizados em Grupos de Artilharia de Campanha e Antiaérea para tracionar peças de artilharia de maior porte. Nesse caso eles apresentam muitas vantagens em relação aos 5ton 4x4 da MBB e Volks, que nem sei se são aptos a essa função.

A KMB (Kia Motor do Brasil) esta expandindo seus negócios e esta construindo um grande centro de Distribuição de Peças em Sorocaba/SP e planeja construir um grande parque fabril, porem ainda não ficou claro se esse carro foi ofertado a pedido do EB ou não, mas o fato é que ela esta de olho no nosso mercado.


Abraços,
Paulo Bastos

[Arataca]

Prezados,

Esta história que o 6x6 não traria muitas vantagens em relação ao 4x4 está difícil de comprar. São seis pontos de contato com o solo, dois a mais que o 4x4. Isto faz muita diferença no caso de atolamento.

Anos atrás no dia do soldado, conversei com um oficial do exercito numa exposição no interior de S.Paulo e ele me disse que o MB 4x4 era um excelente veículo, mas que atolava mais facilmente que os MB 6x4 (ou 6x6) que usavam antes.

Mas se a história estiver correta, então precisamos avisar os maiores exercitos do mundo, que não estão sabendo que o 6x6 não é tão vantajoso assim. Estou muito preocupado.

1 abraço

[Paulo Bastos]

Arataca, um caminhão de maior tonelagem com tração 6x6 sempre será superior a um 4x4 em ambiente QT.

A opção do EB pelos 4x4 militarizados em detrimento dos 6x6 militares foi custo de aquisição e de manutenção, principalmente o ultimo.


Abraços,
Paulo Bastos

[FCarvalho]

Paulo, grato pela explicação.
Saberias dizer então de quantos veículos estamos falando, visto que estes modelos citados por você pertencerem a unidades de artilharia, que mal e ou bem, pode significar uma quantidade de veículos nem tão expressiva assim que faça valer os custos do investimento para Kia?

abs.

[Paulo Bastos]

Paulo, grato pela explicação.
Saberias dizer então de quantos veículos estamos falando, visto que estes modelos citados por você pertencerem a unidades de artilharia, que mal e ou bem, pode significar uma quantidade de veículos nem tão expressiva assim que faça valer os custos do investimento para Kia?

abs.

Não possuo essa informação, mas se estivermos falando em substituir os dois veículos que citei então deve ser uma quanidade que contemple todos os GAC e os GAAAe.


Abraços,
Paulo Bastos

[eligioep]

Paulo,
qualquer semelhança com o REO não é mera coincidência.....

[prp]

Mas o EB não iria comprar 6x6 10ton? Esses carros não seria para tracionar as peças de artilharia?

[Paulo Bastos]

Paulo,
qualquer semelhança com o REO não é mera coincidência.....

Eligio, esse caminhão nada mais é do que o AM General M809 fabricado para o exército coreano pela Kia.

Mas o EB não iria comprar 6x6 10ton? Esses carros não seria para tracionar as peças de artilharia?

Pode ser esse, mas o fabricante o classifica como 5ton. Se for, respondendo a pergunta do FCarvalho, a proposta seria para 345 carros.


Abraços,
Paulo Bastos