China...

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akivrx78
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Re: China...

#781 Mensagem por akivrx78 » Seg Abr 06, 2020 4:57 pm



Renato Barros, do Canal Questione-se, foi um dos primeiros a alertar sobre o que estava acontecendo em Wuhan, na China, onde fica também o laboratório de estudo e criação de armas biológicos da ditadura chinesa. Em entrevista reveladora ao repórter Allan Pitz, Barros falou sobre como o governo chinês escondeu o coronavírus do mundo, e como o partido comunista de Xi Jinping vem tentando escravizar o Brasil, não apenas do ponto de vista econômico, mas também financiando partidos políticos, comprando grandes empresas, grupos de comunicação e emissoras de TV.
Renato Barros falou também sobre os aproveitadores, que estão usando a quarentena do coronavírus, para atacar o governo federal 24 horas por dia em rede nacional, causando ainda mais pânico e revolta nos brasileiros, encenando o maior show de horrores e covardia que o Brasil já presenciou. Ele comentou ainda sobre os ataques do embaixador chinês no Twitter ao governo federal, que resultaram numa resposta simples e verdadeira de Eduardo Bolsonaro.

Confira alguns trechos da entrevista:

“No ano de 2015, a revista Nature fez uma reportagem inteira falando sobre o perigo da manipulação de vírus, armas biológicos, na China, e que isso poderia causar uma pandemia. Agora, do mesmo lugar no qual eles alertaram, sai um vírus. Inclusive, tem uma mulher, a general Chen Wei, que é perita em armas biológicas, ora, se é perita, é porque eles possuem armas biológicas. Seria o coronavírus uma arma biológica? E ela [a mulher general] foi enviada para Wuhan logo que o vírus começou. Alguma coisa poderia estar sendo desenvolvida ali no laboratório de Wuhan.”
Confira o link da revista Nature citado por Renato Barros:

https://www.nature.com/news/engineered- ... NatureNews

“A rede Bandeirantes tem um grande acordo com o Partido Comunista Chinês. Os chineses estão comprando muitas empresas brasileiras e nosso jornalismo, infelizmente, a extrema imprensa que está aí, está totalmente corrompida, em caráter, moral, se dobram. Se o presidente Bolsonaro se dobrasse a eles, liberasse verba, o problema dele teria acabado. É só ver o exemplo de alguns governadores que liberam verbas para essas empresas, eles não são atacados em nenhum momento.”
Confira matéria da própria emissora Band falando sobre o acordo de cooperação com a China:

https://noticias.band.uol.com.br/notici ... racao.html

“O documentário ‘Hard to believe’ (Difícil de acreditar) mostra todas as denúncias e dão o motivo pelo qual o Partido Comunista Chinês não permitiu que cientistas internacionais fossem para lá. O que eles denunciam lá, e que eu venho falando também, e agora eles mostram com imagens: cristãos, muçulmanos e todos aqueles que são contrários ao sistema comunista ou são uma ameaça ao partido comunista, são presos, e lá existem os campos de ‘reeducação’, tais como as gulags da União Soviética. As pessoas que estão lá, sabe para que elas servem? E quem denuncia isso é um médico nesse documentário, servem como repositório de órgãos – seus órgãos são arrancados para serem colocados em pessoas do partido comunista, ou em quem é a favor deles.”

Confira o link com o documentário que mostra os horrores que a ditadura chinesa tenta esconder:



“O bilionário chinês Guo Wengui, exilado nos Estados Unidos, disse que em fevereiro já existiam 1 milhão e meio de pessoas contaminadas, 240 milhões de pessoas em quarentena forçada, e que tem 52 crematórios trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana para queimar os corpos, ou seja, a coisa já era gigantesca e eles esconderam do mundo.”
Confira o link com as denúncias do bilionário chinês:



“Outra denúncia, uma chinesa que esteve dentro desses hospitais que eles construíram em 10 dias, que eu já afirmava na época que isso era propaganda comunista... uma mulher chinesa que esteve lá, ela denunciou: ‘Olha, eu estive lá, eu vi um senhor de 70 anos, que ainda se mexia, foi envolto em quatro sacos para corpos e colocado ainda vivo para ser cremado’.”

Confira o link com a denúncia de pessoas sendo cremadas vivas na China:

Mais do que uma entrevista, as palavras de Renato Barros são um instrumento para reflexão, para nos alertar contra os perigos dos governos totalitários, infelizmente louvados pela extrema esquerda e os militantes da imprensa.

Essa é a importância da internet livre, que muitos querem calar, para que verdades não venham à tona. Na China, o povo não pode usar a internet, logo, uma entrevista como essa nunca seria possível.




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Re: China...

#782 Mensagem por akivrx78 » Ter Abr 07, 2020 3:13 am

Coronavírus: críticas de ministro à China podem prejudicar envio de máscaras e testes ao Brasil, dizem analistas
João Fellet - @joaofellet Da BBC News Brasil em São Paulo

Há 6 horas

As repetidas críticas de autoridades brasileiras à China por conta da pandemia do novo coronavírus podem fazer com que o país asiático restrinja o envio ao Brasil de produtos chineses usados no combate à covid-19, segundo analistas entrevistados pela BBC News Brasil.

Uma eventual retaliação dos chineses nesse campo, segundo os analistas, limitaria a oferta no Brasil de itens já escassos para o enfrentamento da pandemia, como máscaras cirúrgicas, respiradores hospitalares e kits de teste rápido.

A China é a maior fabricantes global desses produtos e tem doado ou exportado os materiais para vários países.

Diante das recentes rusgas com autoridades brasileiras, porém, Pequim poderia deixar o Brasil em segundo plano ao decidir sobre futuras remessas, segundo os observadores.

As tensões entre autoridades brasileiras e chinesas se agravaram no domingo (05/04), quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou no Twitter uma mensagem insinuando que a pandemia servia aos desejos da China de "dominar o mundo".

Na mensagem, posteriormente apagada, Weintraub imitou a fala do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, ridicularizando um estereótipo sobre o sotaque de chineses quando falam português.

Em resposta, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, afirmou que a fala do ministro era "racista" e disse aguardar "uma declaração oficial do lado brasileiro sobre as palavras feitas pelo ministro da Educação".

O embate ocorre duas semanas após a embaixada chinesa reagir incisivamente a críticas que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez à postura de Pequim no início da pandemia, levando membros do governo e do Congresso a tentar por panos quentes.

Vitrine natural para ajuda chinesa

Para Stephan Mothe, analista de mercado da consultoria Euromonitor com mestrado em Desenvolvimento Internacional pela Universidade Tsinghua, na China, "a dimensão e importância do Brasil o tornariam uma vitrine natural para a ajuda internacional chinesa" contra a covid-19.

Mas Mothe afirma que os embates recentes farão com que o Brasil seja preterido por autoridades chinesas. "Como os chineses não têm produtos para enviar para todo mundo, obviamente escolherão parceiros prioritários, com quem não tenham desavenças."

Na semana passada, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que negociava com a China formas de trazer ao Brasil equipamentos de proteção individual (EPI) e ventiladores doados pelo país asiático.

Se a missão prosperar, o Brasil será um dos vários países a receber itens médicos chineses contra a covid-19.

À Itália, país europeu mais afetado pela pandemia, os chineses mandaram mil ventiladores, dois milhões de máscaras, 100 mil respiradores, 20 mil aventais de proteção e 50 mil kits de exame.

A China também enviou ou se comprometeu a enviar itens médicos para o Irã, a Sérvia, os EUA e todos os países africanos, entre várias outras nações.

A estratégia chinesa vem sendo chamada de "diplomacia das máscaras" e é atribuída a uma tentativa de Pequim de mudar a narrativa acerca do novo coronavírus. Sendo os primeiros a sofrer com a doença - e acusados por certos setores de serem responsáveis pelo problema -, os chineses agora tentam se apresentar como uma fonte de soluções para a pandemia.

Sinofobia e risco aos negócios

Segundo Mothe, Pequim teme que declarações como as de Weintraub e Eduardo Bolsonaro ampliem a sinofobia (preconceito contra chineses) e dificultem a operação de empresas chinesas no Brasil.

As declarações de ambos insuflaram redes bolsonaristas, que passaram a pedir um boicote a produtos chineses no Brasil. Muitos também começaram a se referir ao novo coronavírus como "vírus chinês" - mesma expressão usada pelo presidente americano, Donald Trump, que vê Pequim como um adversário.

Mothe lembra ocasiões em que a China retaliou outras nações por ter seus interesses feridos. Um dos últimos episódios ocorreu em 2014, quando autoridades japonesas reivindicaram soberania sobre as ilhas Senkaku, que os chineses chamam de Diaoyu e consideram parte de seu território.

Em resposta, a China suspendeu suas vendas para o Japão de terras raras, componentes essenciais para a indústria eletrônica. "Com um único gesto, os chineses puseram um setor crucial da economia japonesa em xeque", diz Mothe.

'Perderam a paciência'

Um experiente diplomata brasileiro, que pediu para não ser identificado por temer represálias, disse à BBC News Brasil que as declarações anti-China por parte de autoridades nacionais fizeram com que Pequim "perdesse a paciência".

O diplomata afirma que a China é extremamente sensível ao debate em torno de sua postura perante a pandemia - e que discursos e teorias conspiratórias que atribuem aos chineses responsabilidade pela disseminação da doença são tratados por Pequim como "ofensas ao orgulho nacional".

Segundo ele, as rusgas ocorrem após a China fazer um "esforço enorme para seduzir o governo Bolsonaro", o que incluiu a participação de uma estatal chinesa no último leilão do pré-sal, rejeitado por grandes petrolíferas mundiais.

Vendas de soja seguem fortes

Se há temores quanto a possíveis retaliações ao Brasil no campo da "diplomacia das máscaras", os efeitos dos embates recentes para as trocas comerciais mais relevantes entre Brasil e China parecem mais incertos.

Analista de mercados da Ag Rural, consultoria especializada em grãos, Daniele Siqueira diz à BBC News Brasil que as trocas de farpas entre membros dos dois governos tiveram "impacto zero" até agora nas vendas da soja brasileira para a China.

A soja é o principal produto exportado pelo Brasil à China, o maior parceiro comercial do país. Em 2019, as vendas da oleaginosa à nação asiática renderam ao Brasil cerca de US$ 20,5 bilhões (R$ 108,4 bilhões, no câmbio atual).

Naquele ano, segundo a alfândega chinesa, o Brasil foi responsável por 57,7% de toda a soja importada pela China.

A soja brasileira é usada principalmente na alimentação de porcos, que são a principal fonte de proteína dos chineses. Segundo Siqueira, "a soja brasileira é absolutamente indispensável para a segurança alimentar da China".

Ela diz que, por mais que quisessem, os chineses não conseguiriam no curto e médio prazo substituir a soja brasileira pela que é cultivada pelos EUA e a Argentina, os outros dois grandes exportadores globais.

E a demanda chinesa pela oleaginosa brasileira se mantém forte mesmo durante a pandemia, diz ela.

Em março, as exportações brasileiras do item foram 40% maiores que as do mesmo mês do ano passado. "Não vejo nenhum perigo de vendermos menos soja. Se houver maior desavença, acredito que eles (chineses) devem resolver em outras esferas", afirma.

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52193435




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Re: China...

#783 Mensagem por Bourne » Ter Abr 07, 2020 11:44 am

Se dois cachorros grandes estão brigando o vira-latinha não se mete no meio. Primeiro, o vira-latinha tem elevada chance de tomar umas mordidas. Segundo, os cachorrões se acertam, voltam a brincar e fica feio para o vira-latinha que tomou partido.

A mudança de tom da representação oficial da China sobre o governo federal indica disposição em tomar ações retaliatórias. Por exemplo, dar preferência para soja e produtos norte-americanos e de outros fornecedores latino-americanos. Ou por na fim da fila os pedidos brasileiros de insumos médicos. Em parte está ocorrendo.




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Re: China...

#784 Mensagem por akivrx78 » Ter Abr 07, 2020 2:17 pm

Mesmo que estejam com razão eu acho que não é a hora mais apropriada para lavar roupa suja, o melhor a fazer agora é fingir que estamos todos de acordo e lavar a roupa suja somente quando outros países iniciarem as criticas no embalo de outros ou se for inteligente se pode fazer a mesma coisa que a diplomacia chinesa faz, eles dizem uma coisa para o mundo (paz e amor) mas na realidade faz outra (lhe dando facadas pelas costas).




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Re: China...

#785 Mensagem por Bourne » Ter Abr 07, 2020 9:20 pm

O problema é que parte do governo federal brasileiro quer comprar briga com o China para consumo interno. Parece que não entenderam de tapas e beijos entre EUA e China em que os dois sabem onde querem chegar.

O engraçado é que os chineses direcionam as críticas e tom agressivo para os membros do governo federal que atacam a China. Para outros como Mourão, militares, Ministro da saúde, Congresso/senado, estados e prefeituras, empresas e setor privado são extremamente diplomáticos e amistosos.
Mandetta garante apoio da China para combate ao coronavírus no Brasil: 'Esforço comum'

Mesmo após atritos gerados por declarações do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e do ministro da Educação, Abraham Weintraub, o Brasil contará com apoio e cooperação da China no combate ao coronavírus (Covid-19). Isso foi o que garantiu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta terça-feira, em coletiva de imprensa.

Mandetta explicou que conversou com o embaixador da China no Brasil para assegurar que os dois países possam seguir trabalhando juntos no enfrentamento ao vírus. De acordo com o ministro, o ‘esforço comum’ ajudará na busca e aquisição de instrumentos e outros materiais produzidos por empresas chinesas para equipamentos de proteção individual (EPI’s).

“Para fazer a aquisição na China, o mercado estava extremamente aquecido e difícil. Hoje à tarde eu fiz um diálogo por telefone com o embaixador da China, e nós iniciaremos um trabalho conjunto, com o ministro adjunto, encarregado de negócios, para que cada compra, cada contrato, garantirmos o máximo de transparência, solidez e informações a respeito”, afirmou.

Mandetta chamou a ajuda de ‘esforço comum’ entre os países e ainda afirmou que o Brasil deverá buscar os produtos com aviões do governo brasileiro. “Que a gente possa fazer isso contando com o apoio da embaixada da China aqui no Brasil. Sabemos da importância desse esforço comum entre Brasil e China neste momento para que possamos garantir que teremos os nossos equipamentos aqui.”

“Algumas coisas vamos ter que mandar aviões lá para buscar, precisamos de agilidade nesses trânsitos aéreos e por parte da embaixada, que também deve nos ajudar para que possamos entrar, pegar esse material e voltar. Isso num dia que vemos muita movimentação de comércio”, complementou.

Nessa tarde, o embaixador chinês Yang Wanming já havia adiantado o teor da conversa entre os governos e que estaria pronto a ajudar o Brasil. “Nesta tarde, na conversa telefônica com ministro Luiz Henrique Mandetta, coincidimos em reforçar a cooperação bilateral, especialmente entre os dois ministérios da saúde, para compartilhar experiências do combate à Covid-19 em prol do enfrentamento conjunto deste desafio global”, publicou em rede social.

https://www.em.com.br/app/noticia/nacio ... asil.shtml
A seletividade dos chineses indicam problemas futuros de soberania. Ao mesmo tempo, abre a porta para os EUA e outros fazerem o mesmo no futuro próximo. Por exemplo, não aceitar que certo candidato ganhe as eleições ou colocar várias figuras como traficantes procurados.




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Re: China...

#786 Mensagem por J.Ricardo » Qua Abr 08, 2020 5:54 pm

O Problema é que parte do governo federal é retardada (a que não é técnica), todos sabemos da culpa da China, escondeu informações, prendeu médicos, só tomaram atitude quando tudo saiu do controle, e pior, ainda escondem informações e estão lucrando horrores com a desgraça alheia.

Mas não é hora pra ficar soltando notinha nas redes sociais, os filhos do Bolsonaro são descontrolados, isso até o Mourão pode ligar pra China e explicar "olha, é um bando de retardado" mas não são do governo, não podemos fazer nada, mas ministro é diferente, o que dizem corresponde ao pensamento do governo.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: China...

#787 Mensagem por akivrx78 » Qui Abr 09, 2020 6:11 pm

China pressionou OMS a não declarar vírus chinês emergência mundial, diz Le Monde.

Organização Mundial da Saúde (OMS) sofreu pressões da China para não intensificar o alerta a respeito da pandemia

https://www.estudosnacionais.com/22858/ ... -le-monde/




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Re: China...

#788 Mensagem por akivrx78 » Qui Abr 09, 2020 6:22 pm

China intensifica missões aéreas provocativas perto de Taiwan
https://www.defesa.tv.br/china-intensif ... de-taiwan/





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Re: China...

#789 Mensagem por akivrx78 » Seg Abr 13, 2020 7:04 am

Africanos acusam China de discriminar cidadãos

12 de Abril, 2020

Autoridades africanas estão a confrontar publicamente a China por alegados maus-tratos a cidadãos africanos em Cantão, dos quais os Estados Unidos dizem também terem sido alvo pessoas afro-americanas.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse na quinta-feira aos jornalistas que a prioridade na China é impedir “importações do vírus
Fotografia: DR

De acordo com a Associeted Press (AP), houve relatos de africanos que dizem ter sido afastados e discriminados num centro comercial devido ao medo do novo coronavírus. A AP alude também a um alerta de segurança da embaixada dos EUA na China, emitido ontem, que dá nota de que “a Polícia ordenou que bares e restaurantes não atendessem clientes que pareçam ser de origem africana” e que as autoridades locais determinaram a realização de testes obrigatórios e ‘auto quarentena’ para “qualquer pessoa com contactos africanos”.

A Embaixada denunciava ainda que algumas empresas e hotéis se recusam a fazer negócios com afro-americanos, em resposta ao aumento das infecções na cidade chinesa de Cantão (Guangzhou), a norte de Macau e Hong Kong.
A Polícia e o Departamento de Saúde Pública de Cantão disseram, na terça-feira, aos jornalistas, que as autoridades haviam respondido aos rumores, já desmentidos, de que “300 mil negros” naquela cidade do sul da China “estavam a desencadear uma segunda epidemia”, o que “causou pânico”.

Diplomatas africanos reuniram-se com responsáveis pelo Ministério das Relações Exteriores da China para expressar “preocupação e condenação das experiências perturbadoras e humilhantes” às quais os seus “cidadãos foram submetidos”, revelou a Embaixada da Serra Leoa em Pequim, num comunicado difundido na sexta-feira. Pelo menos, 14 cidadãos de Serra Leoa foram colocados em quarentena obrigatória por 14 dias, segundo o comunicado.

A situação motivou já críticas do presidente da Câmara dos Deputados da Nigéria, Femi Gbajabiamila, através do Twitter, e a intervenção do ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Geoffrey Onyeama, que disse ter convocado o embaixador chinês para expressar “extrema preocupação” e pedir uma resposta imediata do Governo de Pequim.

O Quénia também já se manifestou através de uma declaração do Ministério das Relações Exteriores e da embaixada daquele país em Pequim. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse na quinta-feira aos jornalistas que a prioridade na China é impedir “importações [do vírus] do exterior” e reconheceu que “pode haver alguns mal-entendidos na implementação de medidas”.

http://jornaldeangola.sapo.ao/mundo/afr ... r-cidadaos




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Re: China...

#790 Mensagem por akivrx78 » Seg Abr 13, 2020 7:08 am

China controla resultados de investigações sobre origem do novo coronavírus
por RTP

China tenta controlar investigações académicas sobre covid-19


A China está a impor restrições à publicação de pesquisa académica sobre a origem do novo coronavírus, que apareceu em dezembro passado, na cidade de Wuhan. A ordem partiu de uma diretiva governamental e todos os estudos serão sujeitos a uma verificação antes de serem submetidos a publicação. Informação publicada online por duas universidades chinesas que entretanto foi apagada.
Estudos sobre a origem do novo coronavírus, que provoca a doença Covid-19, vão receber um escrutínio extra antes da publicação, na China, e terão de receber aprovação de funcionários do governo central.

Este parece ser um esforço do Governo chinês para poder controlar a narrativa sobre as origens do novo coronavírus, que se tornou pandemia mundial, afetando mais de um milhão de pessoas - a Covid-19 já matou mais de 100 mil pessoas desde dezembro do ano passado.

Muitos dos estudos realizados na China sobre a Covid-19 têm sido conhecidos em publicações de renome na área da ciência e permitiram descobrir muitas das particularidades do vírus. Têm também levantado muitas questões sobre a atuação do Governo chinês durante o surto e levado a muitas críticas nas redes sociais.

Um investigador chinês que falou à CNN e preferiu manter o anonimato, por medo de retaliações, explicou que esta medida iria obstruir a divulgação de informações muito importantes.

“Penso que é um esforço coordenado pelo Governo chinês para controlar a narrativa e pintar um quadro em como o surto não teve origem na China. Penso que não vão tolerar estudos objetivos sobre o tema para não se saber a origem do vírus”, declarou, explicando depois que as imposições seriam apenas implementadas em estudos sobre a Covid-19 e que informação sensível seria reprimida por Pequim.

A diretiva foi imposta pelo departamento de ciência e tecnologia do ministério da educação da China. No documento podia ler-se que “estudos académicos sobre a origem do vírus têm de ser controlados de forma rigorosa”.

Uma medida composta por fases pelas quais os estudos têm de passar para ter aprovação, a começar nas universidades. Depois serão enviados para o ministério da Educação, para o departamento de ciência e tecnologia que remeterá os estudos para um grupo de trabalho, sob a égide de um Conselho de Estado, que fará a verificação. Só depois das recomendações do grupo de trabalho é que as universidades poderão publicar o seu trabalho.

Outras publicações sobre a Covid-19 serão verificadas pelas próprias universidades. As instituições vão basear-se no valor académico da pesquisa e decidir se será a altura certa para publicar as conclusões.

Diretiva do Conselho de Estado

Esta é uma medida que foi acordada a 25 de março, baseada em instruções do Conselho de Estado chinês, numa reunião para prevenção e controlo da Covid-19. O documento foi publicado dois dias depois na página da internet da universidade de Fudan, uma das principais na China.

Contactada pela CNN, a universidade revelou que a diretiva se trata de um documento interno que não é para ser de conhecimento público. Poucas horas depois, a informação foi retirada do site da universidade, o mesmo tendo acontecido no sítio oficial da universidade geociência, em Wuhan.Um porta-voz do Governo chinês, Zhao Lijian, deu mesmo início a uma investida no Twitter, acusando os Estados Unidos de terem criado o vírus e de o terem levado para a China.

No entanto, há investigadores que dizem não ter sentido qualquer censura por parte do Governo chinês no mês de fevereiro, altura em que foram publicados estudos sobre a Covid-19. Caso de David Hui Shu-cheong, um especialista em medicina respiratória da Universidade chinesa de Hong Kong, que revelou que a publicação que fez no New England Journal of Medicine não teve qualquer restrição na China continental.

“Não sei se isto será sobre os estudos de alguns investigadores que tinham informação sensível na China continental. Não sei se será pela controvérsia sobre a origem do vírus”.

Depois de os primeiros casos terem sido conhecidos em Wuhan, o Governo chinês e as redes sociais do país parecem tentar questionar a origem do vírus, reafirmando que não existem conclusões sobre o sítio onde apareceu.

No entanto, o novo coronavírus tornou-se um tópico sensível na China. Yanzhong Huang, chinês a viver em Washington, revelou que não é uma surpresa o Governo de Pequim querer controlar informação sobre a Covid-19, já que as investigações podem apontar para factos que contrastam com a narrativa chinesa de questionar a origem do vírus.

“O perigo é que quando a investigação académica é submetida a controlos daqueles que estão no centro do poder político, isso é algo que mina a credibilidade da narrativa do Governo, fazendo com as que as acusações de espalhar informações falsas sejam cada vez mais convincentes”.

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/china ... s_n1220323




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Re: China...

#791 Mensagem por akivrx78 » Seg Abr 13, 2020 7:18 am

China defends the WHO after Trump — and others — say it is deferring to Beijing
Published Mon, Apr 13

The World Health Organization has come under intense scrutiny for its handling of the coronavirus pandemic with U.S. President Donald Trump’s administration, China and Taiwan locked in a tussle of words.

Last week, Trump blamed the WHO for getting “every aspect” of the coronavirus pandemic wrong and threatened to withhold funding from the international organization. He also said on Twitter that the WHO is “China centric” even though the organization is largely funded by the U.S.

The latter Trump comment echoes many of the top critiques of the WHO, such as too readily trusting information reported by China.

Japanese deputy prime minister and finance minister Taro Aso said in parliament that some have started calling the World Health Organization the “Chinese Health Organization,” NHK reported.

WHO Director-General Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus warned global leaders against politicizing the Covid-19 outbreak “if you don’t want to have many more body bags.”
Taiwan v. Tedros

Tedros also lashed out at Taiwan for what he said were months of racist, personal attacks ⁠— a claim Taiwan said was “baseless” and demanded an apology for.

Taipei then released what it said was an email that it had signaled human-to-human transmission of the coronavirus as early as Dec. 31⁠ — a claim the WHO has contested. The U.S. Department of State piled on, asking why the WHO did not act on Taiwan’s information, the AFP reported.


The back and forth is the latest episode in Taiwan’s campaign to gain access to the WHO. The United Nations and WHO do not regard Taiwan as a sovereign nation, disqualifying it from inclusion. The Taiwanese government said its exclusion imperils the lives of its citizens.

The fracas reflects how the public health emergency has evolved into a geopolitical dispute among various stakeholders. China is one of the major parties seeking to dominate the narrative around global efforts to fight the virus as it offers aid and donates medical supplies.

Beijing defended the WHO in its squabble with Taiwan, which China claims as its territory. The Communist Party of China has never ruled over the self-governed Taiwan.

The WHO led by Tedros has been “actively performing its duties and upholding an objective, science-based and impartial position,” Chinese foreign ministry spokesman Zhao Lijian said at a scheduled press conference on Thursday, according to an official transcript.

Zhao also accused Taipei of politicizing the issue and pushing for independence.
A China ‘advocate’

The WHO has also come under fire for inaction in the early stages of the outbreak when the coronavirus was spreading in the mainland.

An online petition calling for Tedro’s resignation is nearing 1 million signatures and cites the WHO’s delay in labeling the pandemic as a public health emergency of international concern.

Critics also hammer the WHO for not pushing back when China silenced whistleblowers in the city of Wuhan, where the virus first emerged late last year.

China reported the outbreak to the WHO in late December but confirmed human-to-human transmission only days before the Lunar New Year holidays in late January. By the time Wuhan was locked down on Jan. 23, millions had already left the city for other destinations within and outside China.

Tedros has been an “outspoken advocate” for the Chinese government’s Covid-19 response, Michael Collins, a research associate for Asia Studies at the Council on Foreign Relations, wrote in a February blog post. Tedros met with Chinese President Xi Jinping in January, Collins noted, and praised China’s top leadership for its openness in sharing information with the WHO and other countries.

At the Munich Security Conference in mid-February, Tedros said that “China has bought the world time.” In contrast, he “has been quick” in criticizing other countries for their responses to the outbreak, added Collins in his blog post.
Rare acknowledgement of Taiwan

Taiwan would be a side issue except that it has won international praise for containing the outbreak despite exclusion from the WHO.

Taiwan sits just across a narrow strait from mainland China. And despite vastly different political systems, the two share extensive business and people ties.

But so far, the island has reported under 400 cases and six deaths as compared to its neighbors with about 1,000 in Hong Kong, over 7,000 in Japan and more than 10,000 in South Korea.

The WHO, in a rare statement about Taiwan last month, said it was closely following the development of the coronavirus outbreak there and taking lessons from them. It also said it was working closely with Taiwanese health experts. “The Taiwanese caseload is low relative to population,” the WHO acknowledged.

“Ironically, Taiwan’s status as a ‘Chinese province’ means its own information was officially ignored,” Francoise Godement, senior advisor at Institut Montaigne in France, wrote in a March blog post.

Godement said explanations are required for why such a large UN agency with some of the world’s most extensive experience of epidemics and emergency responses “fell into this trap.”

— CNBC’s Dawn Kopecki and Berkeley Lovelace Jr. contributed to this report.

https://www.cnbc.com/2020/04/13/china-d ... ijing.html




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Re: China...

#792 Mensagem por akivrx78 » Seg Abr 13, 2020 7:44 pm

China faz Itália comprar o mesmo material que doou anteriormente

“China enviou os equipamentos italianos de volta à Itália e os cobraram por isso”, diz o regime chinês.

O regime comunista da China vem tentando construir uma imagem de líder global focado em assistência humanitária em meio à pandemia do novo coronavírus.

Depois de dizer ao mundo que doaria máscaras, protetores faciais e kits de teste para a Itália, Pequim silenciosamente vendeu ao governo italiano os mesmos equipamentos doados pelo país europeu, de acordo com um relatório visto pela emissora Fox News.

“Antes que o vírus chegasse à Europa, a Itália enviou toneladas de EPI [Equipamento de Proteção Individual] à China para ajudar o país a proteger sua própria população. Então, a China enviou os equipamentos italianos de volta à Itália e os cobraram por isso”, disse um funcionário do governo Donald Trump ao portal The Spectator.

O fato de a China ter aproveitado a generosidade da Itália e transformando-a em algo lucrativo é apenas mais um exemplo das ações controversas do regime em meio à pandemia.

O governo da Espanha teve que devolver 50 mil kits de testes rápidos para Pequim depois de descobrir que eles não estavam funcionando corretamente.

No fim do mês de março, a Holanda ordenou a retirada de circulação de cerca de 600 mil máscaras de proteção compradas da China, como noticiou a RENOVA.

A Turquia, a Geórgia e a República Tcheca também se manifestaram sobre os kits adquiridos na China como sendo pouco adequados. Em alguns casos, em vez de corrigir o problema, a China culpou os compradores pelos defeitos.

https://renovamidia.com.br/china-faz-it ... riormente/




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Re: China...

#793 Mensagem por akivrx78 » Qua Abr 15, 2020 6:13 am

China, Covid-19 e OMS: quando a responsabilidade morre solteira

O modo como Pequim instrumentalizou a OMS para servir os seus interesses a expensas da credibilidade de uma instituição antes respeitada deixa ver o que a China pretende das instituições multilaterais
15 Abr 2020, 00:16

Agora que a Covid-19 parece estar sob controlo na China (a fazer fé nos dados oficiais) e a Europa e os Estados Unidos se desdobram em esforços para minimizar a sua propagação evitando que os respetivos serviços de saúde entrem em colapso, a máquina de propaganda ao serviço do Partido Comunista chinês (PCC) não perdeu tempo a compor a narrativa sobre o coronavírus e o que se segue. Os objetivos de comunicação a curto e longo prazo são claros.

Primeiro, é necessário ocultar, com a devida conivência da Organização Mundial de Saúde (OMS), as circunstâncias que ditaram o aparecimento do vírus em Wuhan. Isso foi prontamente comprovado pela reação do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lijian Zhao, que, num tweet no início de Março, tentou lançar uma campanha de desinformação onde culpava o exército americano de ter trazido o vírus para Wuhan em Outubro de 2019. Tudo isto, recorde-se, numa altura em que a versão de que o Covid-19 teria tido origem num mercado em Wuhan começava a ser questionada. Um outra hipótese entretanto levantada sugeria que o surto de Covid-19 poderia ter começado na sequência de um acidente no laboratório do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças de Wuhan. Note-se que neste laboratório, localizado nas imediações do tal mercado, se conduziam testes com diferentes tipos de coronavírus. Acidentes desta natureza podem sempre acontecer. O que não pode acontecer é que, qualquer que seja a verdadeira origem do surto de Covid-19, as autoridades chinesas se preocupem mais em ocultar o aparecimento do vírus e esconder informação durante mais de um mês. Perdeu-se tempo precioso para se educar a população e implementar medidas para mitigar a propagação do vírus. Pior: com o vírus detetado em Novembro 2019, as autoridades chinesas não só ocultaram informação como não hesitaram em silenciar médicos que fizeram soar o alarme. Entre eles está o caso do doutor Li Wenliang, acusado pelo Departamento de Segurança Pública de fazer afirmações falsas com potencial para destabilizar “a ordem pública”, que acabaria por morrer infetado com Covid-19. Ao bom estilo marxista-leninista, a purga às vozes indesejadas não se ficou por aqui. Paralelemente, continua a limpeza de qualquer tipo de crítica à atuação do PCC nas redes sociais e no interior do próprio partido como o recente caso de Ren Zhiqiang demonstra.

Segundo, é fundamental exaltar o espírito de sacrifício do bom povo chinês (mesmo que isso tenha um custo absurdo em termos de uma ainda maior limitação das liberdades individuais) e, mais importante, glorificar a ação do PCC e Xi Jinping que, que depois de ter estado várias semanas ausente (quando o Covid-19 se propagava rapidamente), voltou a aparecer como o grande líder (apenas quando a situação começou a ficar sob controlo).

Terceiro, urge lançar uma campanha de propaganda internacional com o propósito de moldar perceções, ou seja, tornar o principal responsável pelo desastre do Covid-19 no país que irá salvar o mundo da pandemia que ele próprio criou. Tudo o resto não importa. O pior no meio desta história é que Pequim encontra aliados (não importa se conscientes ou inconscientes) nas Nações Unidas, OMS ou mesmo em alguns órgãos de comunicação social Ocidentais que há umas semanas estavam mais preocupados em discutir se a designação de “vírus de Wuhan” era racista ou não. O silêncio ensurdecedor que se sente numa altura em que se deveria confrontar a China com as suas responsabilidades não será alheio à crescente influência financeira, económica e política de Pequim no plano internacional. É justamente neste ponto que importa olhar para o que se passa na OMS como um estudo daquilo que o PCC pretende de organizações multilaterais e, em última análise, de um sistema internacional multipolar.

Ao contrário do que sucedeu durante a epidemia da SARS em 2003, a OMS tem sido conivente com a negligência demonstrada pelo governo chinês na gestão do Covid-19. O seguinte exemplo ilustra bem a situação. Em meados de Janeiro quando os médicos chineses já sabiam que o coronavírus se transmitia entre humanos, a OMS veio a público dizer que não havia provas que confirmassem casos de transmissão entre humanos. No final do mês, o diretor-geral da OMS, o etíope Tedros Ghebrevesus, deslocou-se a Pequim para uma reunião com o Presidente Xi Jinping. Na sequência do encontro, Tedros revelou estar impressionado com a atuação das autoridades chinesas no controlo do coronavírus (que não estava controlado de todo) e com a abertura do governo chinês para partilhar informação, isto depois de se saber que as autoridades tinham ocultado informação durante mais de um mês. Como é que uma organização que tem desempenhado um papel crucial no combate e erradicação de doenças infeciosas no passado se presta hoje a este tipo de subserviência?

A resposta está naturalmente na crescente influência da China na ONU e OMS. Com um orçamento deficitário, a OMS depende cada vez mais das contribuições financeiras dos seus membros. Nos últimos anos, a China chegou-se à frente para pagar a fatura contribuindo com $86 milhões para o orçamento da OMS, o que representa um aumento de 52% desde 2014. A isto acresce o facto de a China ter sido um aliado fundamental na eleição de Tedros para diretor-geral da OMS. Um dos primeiros atos de vassalagem de Tedros a Pequim foi a confirmação de que a OMS não reconhecia a autonomia de Taiwan, reiterando o apoio ao princípio de “uma só China”.

Numa altura em que os Estados Unidos parecem menos interessados em liderar a ordem internacional liberal que tão bem tem servido os seus interesses e relegam para segundo plano a participação em organizações multilaterais, a China faz o contrário. A forma como Pequim instrumentalizou a OMS para servir os seus próprios interesses a expensas da credibilidade de uma instituição até aqui bastante respeitada, deixa antever aquilo que a China pretende das instituições multilaterais criadas à luz de princípios liberais que Pequim manifestamente não respeita. Perante este cenário preocupante, pelo menos na perspetiva das democracias Ocidentais, era bom podermos ouvir mais vozes com responsabilidades políticas a condenar e responsabilizar a China pelas suas ações. Dado o falhanço da OMS na resposta a esta crise seria bom saber o que pensa o Secretário-Geral da ONU, António Guterres. Infelizmente, tendo em conta a sua atuação ao longo desta crise (e mandato, diga-se), não se poderá esperar mais do que uma continuação de discursos vácuos absolutamente inúteis. É triste.

https://observador.pt/opiniao/china-cov ... -solteira/




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Re: China...

#794 Mensagem por akivrx78 » Qua Abr 15, 2020 6:18 am

Africanos revoltam-se com "tratamento racista" na China

A McDonald's teve de pedir desculpa depois de um dos restaurantes no sul da China ter proibido a entrada a pessoas negras. Vários países africanos pedem a Pequim para travar a onda de despejos arbitrários e de racismo.

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A placa com a inscrição "Don't Come in" (Não Entrem) é entendida como um aviso a africanos na China

É mais uma voz no coro de protestos contra o racismo que os africanos negros têm sentido na China. Esta terça-feira a Nigéria condenou e classificou como "muito angustiante" e "inaceitável" os relatos de que cidadãos nigerianos na China foram maltratados por causa da pandemia do novo coronavírus. Esta condenação segue-se a outras como a da União Africana e outros países, com as autoridades da China a garantirem que o país não promove o racismo nem discrimina ninguém.

"Há vídeos a circular nas redes sociais de cenas muito perturbadoras e incidentes envolvendo nigerianos na cidade de Guangzhou", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros Geoffrey Onyeama durante uma reunião com o embaixador chinês Zhou Pingjian em Abuja, capital nigeriana.

Onyeama disse que parecia que os nigerianos estavam a ser discriminados em hotéis e restaurantes e estigmatizados como supostos portadores de Covid-19. "Vimos imagens de nigerianos nas ruas com os seus pertences e isso foi extremamente angustiante para nós", disse o ministro africano.

Acrescentou que a situação era "inaceitável" para o governo e o povo da Nigéria e era necessária uma "ação imediata" das autoridades chinesas.

Em resposta, o embaixador disse que Pequim está a levar as questões que o ministro levantou "muito a sério" e disse que a China continuará a promover laços cordiais com a Nigéria.

A conversa ocorreu após acusações de discriminação na cidade de Guangzhou, no sul, relacionadas com a pandemia de coronavírus.



Os africanos dizem que se tornaram alvos de suspeita e foram submetidos a despejos forçados, quarentenas arbitrárias e testes em massa de coronavírus, principalmente quando Pequim intensifica a sua luta contra infeções importadas.
McDonald's pede desculpa

A rede de fast-food americana McDonald's pediu desculpas por uma placa num de seus restaurantes em Guangzhou dizendo aos negros que estavam proibidos de entrar.

A empresa pediu desculpas e um porta-voz da McDonald's disse à AFP que a referida placa "não é representativa dos nossos valores inclusivos".

Em comunicado por email, a Mcdonald's disse que removeu a placa e fechou temporariamente o restaurante em Guangzhou "imediatamente após saber de uma comunicação não autorizada aos nossos clientes".

A União Africana expressou no sábado a sua "extrema preocupação" com a situação em Guanghzou e pediu a Pequim que tome medidas corretivas imediatas. A embaixadora da UA na China teve mesmo palavras duras e pediu a intervenção do presidente Xi Jinping.



No domingo, à medida que a pressão internacional aumentou, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim emitiu um comunicado dizendo que o país atribuía "grande importância à vida e à saúde de estrangeiros" e rejeitou todas as observações "racistas e discriminatórias".

Este comentário segue-se a críticas americanas. Os Estados Unidos denunciaram no sábado uma "xenofobia das autoridades chinesas em relação a africanos", que alegam ser vítimas de discriminação na cidade de Guangzhou. Vários africanos disseram à AFP que foram expulsos de suas casas e rejeitados em hotéis.

O abuso e maus tratos de africanos que vivem e trabalham na China lembram, infelizmente, como é fraca a parceria entre a República Popular da China e a África", disse à AFP um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

https://www.dn.pt/mundo/africanos-revol ... 70068.html




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Re: China...

#795 Mensagem por akivrx78 » Qua Abr 15, 2020 6:22 am

Covid-19: França convoca embaixador da China após "certas declarações"

O embaixador da China em Paris foi hoje convocado na sequência de "certas declarações" públicas de representantes da missão diplomática não estão à altura da qualidade das relações bilaterais, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros gaulês.

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... eclaracoes

China terá mantido pandemia em segredo por 6 dias: "Médicos tinham medo"

Ministro da Comissão Nacional de Saúde avisou para os perigos da Covid-19 a 14 de janeiro, mas o presidente só os anunciou ao público no dia 20.

A agência noticiosa Associated Press revela, esta quarta-feira, o conteúdo de uma série de documentos que apontam para que a China tenha mantido em segredo quais os reais perigos do surto do novo coronavírus durante um espaço de seis dias.

De 5 a 17 de janeiro, centenas de pacientes deram entrada em unidades hospitalares, não só de Wuhan, como de todo o território, com sinais de infeção por aquilo que, mais tarde, seria dado a conhecer ao mundo como Covid-19.

Foi então que, no dia 14 de janeiro (um dia após o primeiro caso ter sido detetado na Tailândia) o ministro da Comissão Nacional de Saúde, Ma Xiaowei, participou numa videoconferência confidencial, onde avisou vários responsáveis, entre eles Xi Jinping, para o cenário.

"A situação de epidemia é ainda muito severa e complexa. É o desafio mais severo desde a SARS, em 2003, e é provável que se transforme num grande evento de saúde pública", são as palavras atribuídas a Ma Xiaowei.

No entanto, só no dia 20 do mesmo mês, quando o país já começara a distribuir testes e a pedir que todos os casos fossem reportados, é que o presidente chinês acabaria por abordar este assunto publicamente, assumindo que o surto deveria ser "levado muito a sério".

A publicação cita um estudo que estima que, caso este alerta tivesse sido uma semana antes, acompanhado das respetivas indicações de distanciamento social, restrição de movimentos e uso de máscaras, o mundo poderia ter, neste momento, até menos dois terços dos casos.

Dali Yang, professor de política chinesa na Universidade de Chicago, aponta o rígido controlo da informação por parte do governo como causa para esta demora: "Os médicos de Wuhan tinham medo. Foi uma verdadeira intimidação de toda uma profissão".

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... inham-medo




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