SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#766 Mensagem por pt » Qua Fev 22, 2012 9:05 am

Leandro G. Card, eu não me vou adiantar em grandes discussões porque este não é o local adequado para o fazer.

no entanto, encontro tremendas inconsistências no seu raciocinio, como a seguinte:
Ou seja, havia DE FATO um estado praticamente de beligerância entre as Ucrânia (católica e com a agricultura organizada em torno de propriedades médias possuídas por famílias abastadas, acostumadas a produzir para vender excedentes) e a Rússia (ortodoxa e com a agricultura baseada em campos já coletivizados após a derrubada da nobreza, produzindo em grande parte apenas para a própria subsistência). Por isso Stalin forçou a coletivização, o que causou as quebras de safras nos anos seguintes.
A Ucrânia só é maioritariamente católica, na parte ocidental. Em 1932 / 1933 a parte católica da Ucrânia estava incorporada na Polónia e na Bessarábia, que só foram invadidas em 1940.
Os católicos ucranianos são do rito oriental, por isso muito mais parecidos com os ortodoxos em muitos aspetos.

A guerra de guerrilha na Ucrânia nos anos 30, é ainda resultado da guerra civil entre a Russia comunista (exército vermelho) e a Rússia branca, as tropas do Czar.
A Russia foi sempre assolada por vagas de fome, mas o problema de 1932/33 não foi apenas mais uma vaga de fome resultado do clima. Foi uma vaga de fome politicamente provocada e orientada com o objetivo de exterminar os agrucultores e afetou 40 milhões de pessoas. O número de mortos estimado é de 5 milhões para os russos e as estimativas vão até 10 milhões. O valor de 6 milhões é o mais aceite.

Hoje sabemos que o exército vermelho nunca conseguiu debelar completamente o exército branco, o que curiosamente explica o desenvolvimento de algum do armamento soviético nos anos 30, pensado para repressão interna.

Os ucranianos receberam os alemães como libertadores.
É evidente que ninguém vai ficar do lado de uma «visita» que chega a nossa casa (e que era suposto ser aliada) mas depois começa a matar a família.

Os alemães lançaram os ucranianos na mão dos comunistas russos, sem dúvida, mas isso não altera em um milímetro o facto de a Russia comunista ter entre 1931 e 1932 emitido leis que objectivamente AUTORIZARAM O GOVERNO A ENTRAR EM CASA DAS PESSOAS E ROUBAR TODA A COMIDA QUE DEVERIA SUSTENTAR A FAMÍLIA DURANTE O INVERNO.

É isso que é preciso entender.
Os comunistas ordenaram que a comida fosse roubada aos ucranianos.
Esse roubo resultou na morte de 6.000.000 (seis milhões) de pessoas durante o periodo de um ano.
Durante esse ano, os russos mataram mais ucranianos que os alemães durante toda a guerra.
Morreram 5.600.000 civis ucranianos entre 1941 e 1944. Destes não se sabe quantos foram mortos pelos alemães e quantos foram mortos pelos russos.

A História é contada pelos vencedores e a Russia Comunista foi o vencedor da guerra a leste.
Para desgraça, eles foram os perdedores da guerra fria, tendo por isso perdido o direito ao silêncio que garante a versão do vencedor.

E esse silêncio diz muito mais que as palavras.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#767 Mensagem por LeandroGCard » Qua Fev 22, 2012 10:20 am

PT, como você mesmo coloca a situação na Ucrânia durante a década de 30 era de guerra, uma continuação em baixa intensidade da guerra contra-revolucionária que começou em 1919 e moldou todo o desenvolvimento político/histórico posterior da URSS.

Foi neste contexto que o governo Stálin baixou leis expropriando a produção dos agricultores ucranianos, inclusive para gerar excedentes exportáveis que sustentassem o pretendido desenvolvimento industrial da União Soviética. Só que seu objetivo final era o de dobrar os kulaks, os proprietários de terra pequeno-burgueses que resistiam à coletivização da produção, e não matá-los, o que acabou acontecendo pela quebra na produção (algo que os burocratas ideologizados de Moscou não previram nem aceitaram quando se tornou um fato, e este foi o maior crime deles nesta questão) e falhas na distribuição dos estoques em um país enorme e com a infra-estrutura sofrível da época.

Já as hostes de Hitler tinham desde o princípio o objetivo declarado de eliminar a população eslava, judaica, cigana e etc... das regiões conquistadas do leste, para "liberar" este território para posterior colonização por povos "arianos puros". O assassinato frio da população local era um método considerado perfeitamente aceitável para isso, e foi ordenado e executado sem o menor pudor pelas lideranças nazistas. E quando os comandantes da wehrmacht reclamaram que os massacres de civis inocentes estavam minando a moral de seus soldados o máximo que a cúpula dirigente da Alemanha fêz foi ordenar que eles marchassem para longe das cidades capturadas, para permitir que as unidades de extermínio continuassem seu trabalho sem o risco de serem incomodadas ou de afetar o esforço de guerra.

Tamanha frieza de propósitos não encontra paralelo no mundo moderno, nem os números absolutos de vítimas servem para equiparar os dois fenômenos sociais, por mais que se queira igualar os dois regimes. O que teria acontecido com dezenas ou mesmo centenas de milhões de polacos, russos, ucranianos e outros povos não "racialmente puros" se os exércitos alemães houvessem vencido e colocado todos os territórios que Hitler queria sob o domínio nazista?

Stálin era sim um líder paranóico, insensível e dogmático que enviou milhares de opositores (e quem não se oporia a alguém como ele?) para o sofrimento indizível e a morte quase certa dos campos de "re-educação" da Sibéria, e causou a morte de vários milhões de seus compatriotas pela insistência em tentativas mal orientadas de re-organização do país e da sociedade, que ignoravam por ranço ideológico os males que eram causados. Mas esta não era a base da doutrina comunista, tanto que ações como esta não foram tomadas nem antes nem depois de Stálin pelo regime que o precedeu e sobreviveu a ele.

Já Hitler e seus asseclas eram assassinos frios, que ordenaram e executaram o extermínio direto de populações inteiras com o mesmo pudor que uma pessoa normal contrata um exterminador de baratas, e os males que eles causaram só não foram muito maiores porque eles foram detidos antes que alcançassem seus objetivos. E este era a próprio cerne da doutrina nazista (esta derivação mais radical e profundamente racista do fascismo), que declarava claramente a superioridade de uma raça e negava às que considerava inferiores o próprio direito à simples existência.


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#768 Mensagem por pt » Qui Fev 23, 2012 12:37 pm

Já as hostes de Hitler tinham desde o princípio o objetivo declarado de eliminar a população eslava, judaica, cigana e etc... das regiões conquistadas do leste, para "liberar" este território para posterior colonização por povos "arianos puros".
Do meu ponto de vista a afirmação é apenas parcialmente correta.
Os alemães, em «Barbarossa» previam a expulsão dos eslavos, sabiam que não tinha sido feita provisão para os alimentar, o que resultaria na morte de grande numero de civis.

Os russos, previam a morte dos ucranianos da mesma forma e utilizando basicamente o mesmo sistema: Privação de comida !

Não discuto que tanto os nazistas quanto os comunistas previram MATAR A UCRÂNIA À FOME.
O que afirmo, é que os comunistas foram mais criminosos que os nazistas, porque mataram muito mais em apenas um ano, que os alemães durante toda a guerra.

A somar a isto, há a acrescentar um facto:
Logo em 1941, a política de extermínio nazi foi condicionada. Vários generais alemães já cogitavam que a única forma de ganhar a guerra seria virar bieolorussos, estonios, letões, lutianos e ucranianos contra os russos.
Em Estalinegrado por exemplo, grande parte do sistema de suporte logistico alemão dependia dos ucranianos.
Isto explica, que dos ucranianos mortos durante a guerra (1941-1944) grande parte tenha sido morta pelos russos, por vingança por causa da colaboração destes com os alemães.

Em sumula:


Como costumo dizer, a vida é um valor absoluto, não podemos contabilizar vidas. A única coisa que podemos contabilizar são os cadáveres. E se compararmos os cadáveres resultado da ação comunista, com os cadáveres resultado da ação nazista chegamos a uma conclusão que não é contestável.

Logo, não me parece legitimo afirmar que os nazistas alemães foram mais assassinos que os comunistas russos, quando os comunistas mataram mais, e pior, conspiraram para matar o povo do próprio país à fome.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#769 Mensagem por LeandroGCard » Qui Fev 23, 2012 7:32 pm

pt escreveu:Do meu ponto de vista a afirmação é apenas parcialmente correta.

Os alemães, em «Barbarossa» previam a expulsão dos eslavos, sabiam que não tinha sido feita provisão para os alimentar, o que resultaria na morte de grande numero de civis.
É, os nazistas expulsaram (não só com previsões, mas com atos) os civis eslavos para dentro de buracos que os forçaram a cavar, depois de meter balas de metralhadora neles. A morte foi apenas uma lamentável consequência... :roll: .

If one includes the 5,200,000 German civilian and military war-dead, the average German's likelihood of dying from the regime was slightly better than one out of eleven--extremely low odds for a life.

As high as this human cost of the Nazis was for the Germans, it was higher for the countries they invaded and occupied, particularly in the East. Not only did the Nazis eliminate actual critics and opponents as a matter of course, but they also prevented any serious potential opposition by simply exterminating the top leadership, intellectuals, and professionals. Besides Jews, the Germans murdered near 2,400,000 Poles, 3,000,000 Ukrainians, 1,593,000 Russians, and 1,400,000 Byelorussians, many of these among the best and the brightest men and women. The Nazis killed in cold blood nearly one out of every six Polish or Soviet citizens, including Jews, under their rule.

Moreover, the Nazis murdered as an administrative device. They used terror and mass reprisals to maintain their control, prevent sabotage, and safeguard their soldiers. For the partisans or underground to kill a German soldier could mean that the Nazis would round up and execute all the men in a nearby village, burn the village to the ground, and send all the women and children off to concentration camps. In retaliation for sabotage, they would shoot dozens and even hundreds of hostages.

In some occupied areas in which the Nazis had to contend with well organized and active guerrilla units, they applied a simple rule: they would massacre one hundred nearby civilians for every German soldier killed; fifty for every one wounded. Often this was a minimum that might be doubled or tripled. They thus killed vast numbers of innocent peasants and townsfolk, possibly as many as 8,000 in Kraguyevats,5 1,755 in Kraljevo,6 and overall 80,000 in Jajinci,7 to name just in a few places in Yugoslavia alone. Most executions were small in number, but day by day they added up. From an official German war diary: 16 December 1942, "In Belgrade, 8 arrests, 60 Mihailovich [the guerrilla Chetnik leader] supporters shot;" 27 December, "In Belgrade, 11 arrests, 250 Mihailovich supporters shot as retaliation."8 A German placard from Belgrade announced that the Nazis shot fifty hostages in retaliation for the dynamiting of a bridge. On 25 May 1943 the Nazis shot 150 hostages in Kraljevo; in October they shot 150 hostages in Belgrade;9 fifty hostages in Belgrade in August 1943;10 150 Serbs at Cacak in October;11 and so on. In Greece, as another example, the Nazis may have burned and destroyed as many as 1,600 villages each with populations of 500 to 1,000 people,12 no doubt massacring many of the inhabitants beforehand. Overall, the Nazis thus slaughtered hundreds of thousands in Yugoslavia, Czechoslovakia, Greece, and France; and millions overall in Poland and the Soviet Union.


Fonte: http://hawaii.edu/powerkills/NAZIS.CHAP1.HTM


Os russos, previam a morte dos ucranianos da mesma forma e utilizando basicamente o mesmo sistema: Privação de comida !

Não discuto que tanto os nazistas quanto os comunistas previram MATAR A UCRÂNIA À FOME. O que afirmo, é que os comunistas foram mais criminosos que os nazistas, porque mataram muito mais em apenas um ano, que os alemães durante toda a guerra.
As fomes na antiga URSS não foram planejadas, ocorreram em função da tentativa de mudança forçada das bases econômicas da sociedade agrária da região e da péssima administração. E não foram uma ação contra nenhuma população específica, durante a coletivização dos campos na Rússia entre 1920 e 21 a própria Rússia foi afetada, principalmente a região entre o Volga e os Urais, sem que houvesse grande expressão de fome na Ucrânia. A própria coletivização forçada dos kolkoses ucranianos em 1930/31 levou à fome não apenas os próprios ucranianos, mas também grandes populações de kazaques, cossacos e, surpresa, dos próprios russos!

Já pelo lado nazista, não conheço casos de bons cidadãos alemães arianos e sadios sendo exterminados em massa com tiros na nuca ou gás.


Na verdade as ondas de fome na região da Rússia não dependeram do regime comunista nem de Stálin, elas já ocorriam muito antes e continuaram ocorrendo até bem recentemente. É claro que nem todas foram tão graves quanto as de 1920/21 e 1932/33, mas algumas foram até piores.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Droughts_a ... viet_Union

A somar a isto, há a acrescentar um facto:
Logo em 1941, a política de extermínio nazi foi condicionada. Vários generais alemães já cogitavam que a única forma de ganhar a guerra seria virar bieolorussos, estonios, letões, lutianos e ucranianos contra os russos.
Em Estalinegrado por exemplo, grande parte do sistema de suporte logístico alemão dependia dos ucranianos.
Isto explica, que dos ucranianos mortos durante a guerra (1941-1944) grande parte tenha sido morta pelos russos, por vingança por causa da colaboração destes com os alemães.
E ainda assim, à partir de um certo ponto a maioria dos ucranianos, como aliás todos os povos da URSS alcançados pelos nazistas, estava lutando contra a Alemanha. Será mesmo que eles preferiram defender seus maiores algozes contra os menores? Que absurdas brutalidades devem ter os alemães cometido para fazê-los mudar de lado?

Como costumo dizer, a vida é um valor absoluto, não podemos contabilizar vidas. A única coisa que podemos contabilizar são os cadáveres. E se compararmos os cadáveres resultado da ação comunista, com os cadáveres resultado da ação nazista chegamos a uma conclusão que não é contestável.

Logo, não me parece legitimo afirmar que os nazistas alemães foram mais assassinos que os comunistas russos, quando os comunistas mataram mais, e pior, conspiraram para matar o povo do próprio país à fome.
Os alemães mataram algo como 20 milhões de cidadãos não combatentes das repúblicas soviéticas entre 1941 e 1944, incluídos aí uns 3 milhões de judeus-russos e talvez 1 milhão de ciganos e outras etnias não-eslavas. Este número não inclui soldados russos mortos em batalha ou aprisionados e mortos nos campos de concentração (só destes últimos os alemães mataram mais 3,5 milhões). E isso tudo foi feito conscientemente e com requintes técnico/administrativos impressionantes.

Imagem

É simplesmente impossível comparar isso com as mortes de ucranianos, kazaques, russos e etc... causadas pelas más condições da Rússia pós revolucionária e a má administração comunista. O total de mortes no Holomodor (incluindo muitíssimos russos) está estimado entre 2,5 e 7,5 milhões de pessoas, entre 1931 e 1933 (algumas fontes mais exaltadas falam em até 10 milhões, e ainda assim seria metade das mortes causadas pelo genocídio nazista no leste, principalmente se não esquecermos dos 5 milhões de poloneses, a esmagadora maioria também civis). E mesmo que os números fossem comparáveis as intenções não o eram, e os alemães só não mataram muito, muito mais porque foram impedidos.


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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#770 Mensagem por Penguin » Qui Fev 23, 2012 8:39 pm

Imagem

http://desmond.imageshack.us/Himg839/scaled.php?server=839&filename=20120223130116.jpg&res=medium




Editado pela última vez por Penguin em Qui Fev 23, 2012 9:15 pm, em um total de 1 vez.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#771 Mensagem por Penguin » Qui Fev 23, 2012 9:07 pm

Charge de 1939 sobre o Pacto Molotov-Ribbentrop:

Imagem

http://desmond.imageshack.us/Himg201/scaled.php?server=201&filename=20120223130715.jpg&res=medium




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#772 Mensagem por akivrx78 » Qui Fev 23, 2012 10:02 pm

Guerra sino-japonesa
Dúvida sobre massacre de 1937 irrita Nanquim
por AFP22 Fevereiro 2012
Imagem
Soldados japoneses treinam ataques com baionetas em prisioneiros chineses em Nanquim. A foto é da autoria de um soldado nipónico Fotografia © Reuters

Declarações de autarca japonês irritam cidade de Nanquim, que suspende o geminamento com a cidade dirigida por aquele político.

A municipalidade de Nanquim rompeu a geminação com a cidade nipónica de Nagoya, cujo presidente de Câmara disse publicamente ter dúvidas sobre a realidade do massacre perpetrado em 1937 pelas forças japonesas naquela que foi uma das antigas capitais da China.

Segundo fontes chinesas, cerca de 300 mil pessoas, entre as quais numerosos civis e soldados desarmados, foram massacrados quando a cidade caiu na posse das forças japonesas.

O presidente do Município de Nagoya, Takashi Kawamura, comentou no início da semana perante uma delegação de Nanquim que pensava terem-se verificado "apenas atos de guerra convencional", segundo relatos da agência oficial japonesa Kyodo.

O autarca nipónico, cujo pai esteve estacionado em Nanquim em 1945, interrogou-se "por que é que as pessoas da cidade eram tão amáveis com os soldados japoneses oito anos após o incidente?".

Kawamura afirmou estar disponível, a "qualquer momento", para se deslocar a Nanquim para participar num debate sobre o tema.

As versões japonesas sobre o massacre de Nanquim referem números entre os 20 mil e os 200 mil.

Perante o sucedido, a cidade de Nanquim, "perante declarações que magoaram profundamente os sentimentos da população, a municipalidade decidiu suspender os contactos oficiais com Nagoya". As duas municipalidades estavam geminadas desde 1978.

Este é o mais recente de recorrentes casos ao longo das últimas duas décadas em que figuras políticas do Japão proferem declarações procurando minimizar o sucedido naquele que é considerado o caso mais grave de atrocidades cometidos durante o longo conflito sino-japonês, que se prolongou de 1931 a 1945.

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior. ... ia&page=-1
Diário do Povo: Japão precisa pagar o preço por negar invasão à China
2012-02-23 16:29:57 cri

O prefeito de Nagoya, no Japão, Takashi Kawamura, rejeitou nesta segunda-feira o Massacre de Nanjing, durante a invasão à China na II Guerra Mundial. Logo após a afirmação, o governo de Nanjing anunciou a suspensão dos contatos oficiais com Nagoya.

O Diário do Povo, jornal oficial da China, publicou hoje (23) um artigo, no qual disse que o Japão precisa pagar o preço por negar a invasão e ferir os sentimentos dos chineses.

Para o jornal, ao prefeito falta consciência histórica e o mesmo demonstra ser muito ignorante. Kawamura recusou pedir desculpas pela sua afirmação e deseja, de uma forma leviana, continuar mantendo relações amistosas com a cidade de Nanjing.

Muitos internautas chineses manifestaram sua irritação na Internet e pediram o boicote a viagens a Nagoya.

O Japão não fez uma reflexão sobre a invasão contra a China, nem demonstra arrependimento pelos atos cometidos. A negação da história e da invasão feriu os sentimentos dos chineses, e o país precisa de pagar o preço, disse o jornal.

Tradução:Li Jinchuan

Revisão:Miguel Torres
http://portuguese.cri.cn/561/2012/02/23/1s146686.htm
Alguns políticos de direita no Japão querem o revisionismo, por outro lado a esquerda chinesa tem calafrios sobre o assunto.
Segundo os revisionista japoneses foram 20 mil pessoas mortas sem piedade para por medo na população, a China afirma ser 200 mil confirmado pelo Eua, depois de um tempo a China afirma ser 300 mil pessoas segundo seus estudos.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#773 Mensagem por FoxHound » Qui Fev 23, 2012 11:13 pm

Alguns políticos de direita no Japão querem o revisionismo, por outro lado a esquerda chinesa tem calafrios sobre o assunto.
Segundo os revisionista japoneses foram 20 mil pessoas mortas sem piedade para por medo na população, a China afirma ser 200 mil confirmado pelo Eua, depois de um tempo a China afirma ser 300 mil pessoas segundo seus estudos.
Infelizmente essa atitude reforça ainda mais o poder da linha dura do PCC(Partido Comunista Chinês) o tal do "inimigo externo" isso sempre funciona sem contar o menor esforço do partido para isso e sem contar que a imagem do Japão fica ainda mais prejudicada em relação aos seus outros vizinhos.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#774 Mensagem por akivrx78 » Sex Fev 24, 2012 5:13 am

FoxHound escreveu:
Alguns políticos de direita no Japão querem o revisionismo, por outro lado a esquerda chinesa tem calafrios sobre o assunto.
Segundo os revisionista japoneses foram 20 mil pessoas mortas sem piedade para por medo na população, a China afirma ser 200 mil confirmado pelo Eua, depois de um tempo a China afirma ser 300 mil pessoas segundo seus estudos.
Infelizmente essa atitude reforça ainda mais o poder da linha dura do PCC(Partido Comunista Chinês) o tal do "inimigo externo" isso sempre funciona sem contar o menor esforço do partido para isso e sem contar que a imagem do Japão fica ainda mais prejudicada em relação aos seus outros vizinhos.
Mais ai é que ta este grupo político japonês que quer formar um novo partido, não esta nem ai para que os vizinhos pensam eles querem maior liberdade para colocar as mangas de fora, defendem a volta do militarismo, Naes nucleares, Subs Nucleares, Armas Estratégicas, Bombardeiros de longo Alcance, etc.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... rtido.jhtm
http://guianikkey.com/index.php/noticia ... 2012012805

Este novo partido é formado por políticos de estrema direita ultra-nacionalistas.




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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#775 Mensagem por Wingate » Sex Fev 24, 2012 10:10 am

Penguin escreveu:Charge de 1939 sobre o Pacto Molotov-Ribbentrop:

Imagem

http://desmond.imageshack.us/Himg201/scaled.php?server=201&filename=20120223130715.jpg&res=medium
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Trabalho do genial caricaturista brasileiro Belmonte.

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#776 Mensagem por Clermont » Sáb Fev 25, 2012 2:34 pm

DRESDEN, HIROSHIMA E AS MAQUINAÇÕES SOVIÉTICAS.

Por Bruce Walker - 16.02.12 - The New American.com.

O aniversário do bombardeio aliado de Dresden em 13 e 14 de fevereiro de 1945 tornou-se uma memória cada vez mais litigiosa para milhares de alemães. Os historiadores tem debatido o valor militar da velha e abarrotada cidade, alguns dizendo que ela tinha pouca significação, com outros apontando que até o bombardeio, ela ainda estava ativa com a produção de guerra. O que poucos duvidam é que a guerra já estava perdida para a Alemanha antes do bombardeio de Dresden, e que a rendição incondicional exigida pelo presidente Roosevelt era inevitável dentro de poucas semanas não importa o que ocorresse.

O que é ainda mais certo é que a intratável decisão de Roosevelt de não aceitar nada exceto a rendição incondicional pelas potências do Eixo custou dezenas de milhões de vidas, alongou a guerra e extendeu dramaticamente o alcance do poder soviético. Um tal resultado era o que os traidores dentro do governo dos Estados Unidos queriam. Na Europa, a exigência pela rendição incondicional significou que os bravos alemães que trabalhavam para pôr um fim ao mal do nacional-socialismo, trabalhavam sem esperanças. As nações anglo-americanas rechaçaram todas as iniciativas destes alemães anti-nazistas, alguns dos quais mantinham posições de influência nas forças armadas e no governo (embora não no Partido Nazista).

O impacto sobre as outras potências do Eixo criou uma horrível confusão que prolongou a guerra. A Itália, por exemplo, estava desejosa não apenas para deixar o Eixo mas para entrar ativamente na guerra ao lado das potências Aliadas. Se esta abertura tivesse sido pronta e calmamente aceita pelos Aliados, então toda a sangrenta batalha subindo a península italiana poderia ter sido evitada e as unidades militares alemãs na Itália, em 1943, poderiam ter sido desarmadas e internadas.

Nações como a Finlândia, perversamente listada no programa Military Channel sobre os colaboracionistas nazistas como uma serviçal de Hitler, queriam simplesmente a devolução do território tomado por Stalin, o mais importante "colaboracionista nazista" no mundo. Interessantemente, o Military Channel não está incluindo na série este maior dos colaboracionistas - a União Soviética - a facilitadora da divisão da Polônia, o regime marxista que entregou judeus alemães à Gestapo, como o arrepiante relato pessoal de Margarete Buber-Neumann demonstra em seu Between Two Dictators. Nações como a Hungria - que desprezava o anti-semitimo nazista (judeus continuaram a servir no legislativo nacional húngaro bem dentro da guerra) - igualmente não são isentadas.

O bombardeio estratégico, antes do que a rendição negociada, não era alguma coisa que apelasse naturalmente aos americanos, a maioria dos quais queria os campos de concentração e campos da morte fechados tão logo quanto possível. É uma horrível verdade histórica que metade destes mortos em tais campos, morreram nos últimos seis meses da guerra, muito após a maioria das potências do Eixo e uma grande parte dos líderes do Exército alemão terem visto que a guerra estava perdida.

Mesmo se o bombardeio tivesse sido o único jeito de derrotar os nazistas, a imolação de Dresden foi desastrosamente ineficaz (entretanto, de modo algum diminuindo a coragem e nobreza dos aviadores americanos que lutarem e morreram em grandes números por seu país). Dois anos antes de Dresden, na Operação GOMORRAH, os bombardeiros noturnos britânicos e os diurnos americanos martelaram Hamburgo até que os serviços de bombeiros fossem avassalados, ruas literalmente derretessem e alemães de todas as idades fossem sugados por ventanias de centenas de quilômetros por hora, em tempestades de fogo que mataram, em poucas noites, números semelhantes aos dos mortos em Dresden.

O que aconteceu na Europa espelhou-se no Pacífico. Como o professor Anthony Kubek conta em sua magistral obra, How the Far East was Lost: American Foreign Policy and the Creation of Communist China, 1941-1949 (Regnery, 1963), nunca teria sido preciso existir uma decisão sobre lançar uma bomba de fissão sobre Hiroshima ou, mais tarde, sobre Nagasaki. A maioria dos historiadores diz que decisão de bombardear as cidades japonesas foi a conseqüência natural do imperialismo japonês, que os tornou relutantes em renderem-se sob quaisquer circunstâncias concebíveis; adicionalmente, afirmam eles que, pesando na decisão, estava o número de militares americanos que provavelmente morreriam no assalto inicial sobre as ilhas metropolitanas do Japão.

Mas, ao contrário da necessidade de uma rendição incondicional da Alemanha nazista, não havia necessidade alguma de exigir rendição incondicional do Japão. Mais de um ano antes de Hiroshima, o general Douglas MacArthur recebeu propostas de rendição do Japão e as transmitiu, juntamente com seu próprio aconselhamento para que tais termos fossem aceitos, antes da Conferência de Ialta.

O que previam esses termos:

1. Total rendição das forças japonesas no mar, no ar e terra, na metrópole e nos países ocupados.

2. Entrega de todas as armas e munições.

3. Ocupação dos territórios metropolitanos japoneses e possessões ilhoas por tropas aliadas sob direção americana.

4. Renúncia japonesa à Manchúria, Coréia, Formosa, tanto como a todo o território tomado durante a guerra.

5. Regulação da indústria japonesa para deter a produção presente e futura de implementos de guerra.

6. Entrega de todos os criminosos de guerra designados.

7. Libertação de todos os prisioneiros de guerra e internados no Japão propriamente dito e nas áreas sob controle japonês.

Estes sete termos eram a posição inicial de barganha pela paz. Estas propostas foram feitas em nada menos do que sete ocasiões, através de canais americanos e britânicos. Entretanto, Roosevelt preferiu continuar a guerra e, criticamente, buscar a "ajuda" de Stalin contra o Japão - apesar do fato de que Stalin tinha, escrupulosamente, aderido ao seu pacto de não-agressão de 1941 com o Japão até meados de 1945.

MacArthur apelou para que Roosevelt começasse negociações imediatas e que não convidasse Stalin para entrar na guerra contra o Japão. Roosevelt observou, laconicamente, "MacArthur é nosso maior general e nosso mais pobre político." Porém MacArthur considerava que as vidas dos mais valentes da América - os fuzileiros navais e os soldados de infantaria que não precisavam ter morrido em Okinawa e em Iwo Jima, em campanhas horrendas, se estes termos de rendição tivessem sido aceitos - valiam algo mais.

O grosteco fracasso da estadística racional americana no último ano da Segunda Guerra Mundial, tristemente, não foi um acidente. Os líderes militares americanos e britânicos, para não dizer nada das democracias dos Domínios da Comunidade Britânica que tinham se juntado na guerra, simplesmente queriam o que a maioria dos comandantes queriam; que o combate cessasse rápida e consistentemente com os objetivos da guerra.

Por volta de 1944, entretanto, a administração Roosevelt estava infestada com agentes soviéticos; a Grã-Bretanha, também, tinha sido infiltrada em níveis diferentes. O bombardeio incendiário das cidades alemãs e japonesas pelos Aliados asseguraria amargura durando por muitas gerações. O convite à União Soviética para ocupar metade da Europa e metade da Ásia - apesar da aliança de fato de Stalin com Hitler e sua leal cumprimento durante quatro anos ao seu pacto de não-agressão com o Japão - garantiriam que o poder marxista poderia escravizar e empobrecer centenas de milhões de almas.

Com disse Sherman, guerra é um inferno. Ela também é uma condição antinatural para uma nação cujos principais objetivos são a liberdade, fé e relações pacíficas com todos os outros países que o desejarem. O legado de Dresden e de Hiroshima perdura porque a América não foi conduzida por aqueles que a amavam, mas por aqueles que a usaram.




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LeandroGCard
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#777 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Fev 25, 2012 4:50 pm

Clermont escreveu:DRESDEN, HIROSHIMA E AS MAQUINAÇÕES SOVIÉTICAS.

Por Bruce Walker - 16.02.12 - The New American.com.

O aniversário do bombardeio aliado de Dresden em 13 e 14 de fevereiro de 1945 tornou-se uma memória cada vez mais litigiosa para milhares de alemães. Os historiadores tem debatido o valor militar da velha e abarrotada cidade, alguns dizendo que ela tinha pouca significação, com outros apontando que até o bombardeio, ela ainda estava ativa com a produção de guerra. O que poucos duvidam é que a guerra já estava perdida para a Alemanha antes do bombardeio de Dresden, e que a rendição incondicional exigida pelo presidente Roosevelt era inevitável dentro de poucas semanas não importa o que ocorresse.
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Com disse Sherman, guerra é um inferno. Ela também é uma condição antinatural para uma nação cujos principais objetivos são a liberdade, fé e relações pacíficas com todos os outros países que o desejarem. O legado de Dresden e de Hiroshima perdura porque a América não foi conduzida por aqueles que a amavam, mas por aqueles que a usaram.
Incrível!

Agora até os bombardeios de Dresden, Hiroshima e Nagasaki foram obras não das potências ocidentais que desenvolveram e utilizaram os bombardeiros estratégicos pesados e as bombas nucleares, mas sim de comunistas que desejavam ampliar a área de influência da URSS após a segunda Guerra :shock: :roll: . Como se as áreas de influência já não tivessem sido definidas em Yalta dias antes do próprio ataque a Dresden 8-] .

Daqui a pouco se descobrirá que até a explosão de Krakatoa não passou de plano maligno dos primeiros seguidores de Karl Marx para vingar a sua morte, bem no estilo Al Qaeda :wink: .


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Boss
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#778 Mensagem por Boss » Sáb Fev 25, 2012 5:10 pm

Texto podre, pqp.




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Hader

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#779 Mensagem por Hader » Sáb Fev 25, 2012 5:18 pm

Discutir Bruce Walker é perder tempo...Neocon daqueles que vêem comunistas na geladeira. Bem ao gosto de certo público...




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mmatuso
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#780 Mensagem por mmatuso » Sáb Fev 25, 2012 5:22 pm

Nossa que texto horrível




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