Marino escreveu:
Todos os dados que tenho até o presente momento dizem que os subs serão construídos no Brasil.
Vou tentar confirmar, ou corrigir, assim que possa.
CREIO que não seria nada demais parte do primeiro ser construída na França. Caso verdade, até imagino qual seja: a de vante, com os tubos de TP. A partir daí, tudo fabricado aqui.
Mas vamos ver.
Devo estar fora por uns dias e assim que possível confirmo.
Marino,
Essa matéria abaixo eu acho que está bem mais completa que a anterior e deixa claro como serão construídos os submarinos (vejam as partes em negrito):
Todos no Brasil, mas com partes do primeiro feitas na França. Tudo bem, pô!
Veja que a matéria praticamente confirma o que você vem dizendo nos últimos tempos aqui no DB.
Eles citam fontes do site Mer Et Marine.
Odebrecht fará submarinos pelo acordo Brasil-França
http://www.revistaportuaria.com.br/site ... as&n=zmSNd
14/01/2009
Com o passar do tempo, começam a surgir dados sobre o acordo militar
Brasil-França que viabilizará a construção de cinco submarinhos - sendo um
de propulsão nuclear.
Deverá ser constituída uma empresa privada com participação da brasileira
privada Odebrecht, da estatal brasileira Emgepron e da francesa DCNS. A
Emgepron - vinculada à própria Marinha do Brasil - terá golden share, ou
seja, certas decisões só poderão ser tomadas com sua aprovação.
Este consórcio ficará responsável pela construção de um estaleiro novo -
junto ao porto fluminense de Itaguaí - e de uma nova base para os
submarinos, e também pela construção do submarino nuclear. Segundo fontes do
Governo federal, tudo vai operar em bases privadas, mas sob controle da
Marinha do Brasil e influência tecnológica da França.
Os três primeiros
submarinos devem ser construídos no tradicional Arsenal de Marinha do Rio e
o quarto e o quinto - este último será o de propulsão nuclear - em Itaguaí
(RJ). O projeto será da francesa DCNS.
Outra empresa francesa, a conhecida Thales, no acordo Brasil-França, estaria
envolvida com Sistemas Eletrônicos para Vigilância e Monitoramento da
fronteira seca e também da área marítima, principalmente junto às
plataformas de petróleo. A Thales será a fornecedora do sistema
computadorizado de combate dos submarinos, incluindo os sonares. Ainda não
está claro se esta parte também será abrangida pelo programa de
transferência de tecnologia- revelam fontes de Brasília. Em relação ao
projeto Soldado do Futuro, para o Exército, a empresa francesa envolvida
deverá ser a Safran - antiga Sagen.
Na publicação francesa Mer et Marine, o contrato com o Brasil foi vivamente
elogiado. Diz a matéria: "Cerca de 7 bilhões de euros. Este é o montante,
confirmado por várias fontes, do gigantesco contrato de armamento naval
concluído pela França e o Brasil durante um encontro entre Nicolas Sarkozy e
seu homologo Luiz Inácio Lula da Silva.
Foram vendidos quatro submarinos de ataque de propulsão convencional, a
assistência técnica para a realização do primeiro submarino nuclear de
ataque (SNA) brasileiro, além da construção uma base naval e de um novo
estaleiro perto do Rio de Janeiro. 'Isto que faremos com os quatro
submarinos Scorpène e com a nossa colaboração tecnica para construir os
cascos dos futuros submarinos nucleares de ataque brasileiros foi uma
decisão histórica. A França acredita que um Brasil poderoso é um elemento de
estabilização no mundo', declarou Nicolas Sarkozy. ".
Segundo a publicação francesa, parte do primeiro submarino será feita em
Cherbourg, na França, onde está situado o estaleiro DCNS. Este primeiro
submarino entrará em serviço em 2016 e em seu trabalho atuarão 100
empregados francesas, em 2010 e 200 nos anos seguintes. Afirma ainda a
publicação : " Os estaleiros franceses da DCNS assim mesmo receberão
considerável trabalho de engenharia, de 50 mil horas, como ocorreu em outros
contratos semelhantes, como o da Itália".
Itens sensíveis deverão ser
desenvolvidos na França, como aparelhos de direção, elementos do casco
resistente e de estanqueidade, os mastros, os tubos lança-torpedos e os
sistemas de manutenção do armamento.
Para administrar este contrato, a DCNS e o grupo brasileiro Odebrecht vão
criar uma sociedade comum, encarregada da gestão da obra dos submarinos
convencionais. Estes serão do tipo Scorpène, desenvolvidos em cooperação com
a industria espanhola. Ainda assim, quanto à questão da participação da
Navantia neste contrato, a DCNS se recusa ao momento em fazer qualquer
comentário.
Além do contrato que cobre a manufatura dos cinco submarinos a DCNS
igualmente foi selecionada para a construção de uma nova base naval e de um
estaleiro. O grupo francês agregará seu know-how neste campo para permitir
que sua parceira, a construtora Odebrecht, execute a construção destas novas
obras de infra-estrutura. Ainda além, numa particularidade deste contrato,
caberá à DCNS a administração deste futuro estaleiro de submarinos, como
empresa associada.
Comenta ainda Mer et Marine que, afinal, a França vai entrar na América
Latina, um mercado onde os alemães levavam ampla vantagem. Mesmo assim,
desde 1997, a DCNS efetivamente logrou vender seus produtos para o Chile,
Venezuela, ao Equador e agora ao Brasil. "Nós estamos muito satisfeitos com
a decisão das mais altas autoridades do Brasil em favor da DCNS. Este
sucesso confirma a capacidade gestora de projetos do nosso grupo, além do
nosso valor tecnológico e nossa competitividade na exportação. Ele
representa um aporte de trabalho significativo para nossas atividades de
engenharia e de produção.
A maioria dos centros do grupo estão envolvidos, em especial para Cherbourg
e para Lorient" comemora Jean-Marie Poimboeuf, que encerrará em um ano seu
mandato de presidente da DCNS com um dos mais belos sucessos comerciais da
história do grupo.