Não aquela é a Aviation Week !Mathias escreveu:Jane's é quela revista que diz que o Gripen-NG é um caça de 6ºG , né?
Se avião "barato" fosse sinônimo de mais horas voadas a FAB estaria voando cem mil horas por ano com os F-5M e A-1, não?
TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Mas foi a Jane's que fez aquele "estudo de custos" encomendado pela SAAB.
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Mujica.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Esse foi o Janes !Mathias escreveu:Mas foi a Jane's que fez aquele "estudo de custos" encomendado pela SAAB.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Já disse, me enganei, achei que você tentaria provar de forma séria o seu ponto de vista, mas me enganei, você continua sem uma argumentação séria.kirk escreveu:Argumentação séria porque postei links de RCS ???
Me desculpe.
E isso foi escrito 1h40 depois de outro membro colocar o link de um estudo sobre o tema (embora não seja exatamente cabides de uma aeronave mas mostra o problema nesse tipo de estrutura), e não é o primeiro estudo sobre isso que aparece nesse fórum.kirk escreveu:em tempo, não há nenhum estudo que comprove que com cabides externos aviões de RCS substancialmente diferentes igualam tudo ... simplesmente não existe, é um argumento razo e sem nenhum embasamento ... mas como você Marechal resolve, não sei porque cargas dágua apoiar tal ideia ... dizendo inclusive que foram postados "comprovações" do FATO ... ainda estou aguardando ... embora sei que não vai achar nada ... só pra ficar registrado !
E sobe mais devagar.kirk escreveu: RAFALE :
Velocidade máxima: Mach 1,8
Velocidade máxima em baixa altitude 1.350 kmh
Altitude máxima: 15.240 m
GRIPEN :
Velocidade máxima: Mach 2,0
Velocidade máxima em baixa altitude 1.400 kmh
Altitude máxima: 16.000 m
O Gripen voa mais rápido e mais alto que o Rafale segundo documentos Suíços ...
E mais uma informação para você, a velocidade máxima é inútil, veja o post de outro membro sobre o assunto, a informação importante é a aceleração, o tempo que demora para se chegar a velocidade ideal para o lançamento dos mísseis e a altitude máxima não depende do avião.
E?kirk escreveu:Já que o Francês ai ???? ... como assim cumpadre ???
Esse "francês aí" é OFICIAL GENERAL de alta patente da Força Aérea Francesa ... é 2º na hierarquia da Armeé de L´air ... não é qualquer um não meu amigo !
Alias, notei uma grande divergência entre o que você postou e o que está escrito na entrevista, foi problema de entendimento ou você propositalmente distorceu a informação?
Se você tivesse se preocupado em ler o documento saberia que em performance o Typhoon ficou na frente do Rafale e o Gripen em último, como era de se esperar, mas como na avaliação suíça o combate ar-ar é uma média de performance, EW, sensores, etc o Rafale ficou com uma média mais alta.kirk escreveu:Agora se prefere "análise" de FRANCOS SUÍÇOS em que Rafale bate o Typhoon até em performance ar-ar ... mesmo o Eurofighter com supercruise, velocidade e altitude substancialmente maiores ... vou dizer o que pra você ???
E se você tivesse lido o outro documento suíço que fala sobre a escolha do Gripen saberia que a opinião dos suíços sobre o Gripen é mais parecida com a minha do que com a sua.
Não, é uma simples questão de saber ler, não é uma discussão, é a simples leitura de um documento, se não acredita que eles afirmaram que o Typhoon tinha a melhor performance A/C, é só procurar o tal documento e ler.kirk escreveu:É UMA QUESTÃO DE CRENÇA !
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Olha Marechal, por uma questão ética não se deve cortar as frases de seu interlocutor, postando somente aquilo que te interessa, é uma prática incorreta e lamentável, que tenho certeza que por pura inexperiência tem feito repetidas vezes ... mas não é legal.Marechal-do-ar escreveu:Já disse, me enganei, achei que você tentaria provar de forma séria o seu ponto de vista, mas me enganei, você continua sem uma argumentação séria.kirk escreveu:Argumentação séria porque postei links de RCS ???
Me desculpe.
É uma questão óbvia que o RCS do Flanker é maior que a do Gripen, e quando apresento argumentos sobre o assunto, não preciso ficar "comprovando" isso vez após vez ... exceto quando um novo debatedor aparece com as argumentações antigas ... por isso tive que postar novamente aqueles dados ... talvez você não soubesse mesmo.
Talvez eu esteja superestimando seus conhecimentos Marechal, aí quem pede desculpas sou eu ... vou te explicar melhor ... o que o Penguim postou são dados que demonstram estudos para redução dos RCS de cabides e armas externas. Um estudo brasileiro inclusive.Marechal-do-ar escreveu:E isso foi escrito 1h40 depois de outro membro colocar o link de um estudo sobre o tema (embora não seja exatamente cabides de uma aeronave mas mostra o problema nesse tipo de estrutura), e não é o primeiro estudo sobre isso que aparece nesse fórum.kirk escreveu:em tempo, não há nenhum estudo que comprove que com cabides externos aviões de RCS substancialmente diferentes igualam tudo ... simplesmente não existe, é um argumento razo e sem nenhum embasamento ... mas como você Marechal resolve, não sei porque cargas dágua apoiar tal ideia ... dizendo inclusive que foram postados "comprovações" do FATO ... ainda estou aguardando ... embora sei que não vai achar nada ... só pra ficar registrado !
O que estamos discutindo aqui é OUTRA COISA ... que armas e cabides externos prejudicam o RCS não há discordância aqui ... TODOS NÓS SABEMOS ... a questão é que o fato de portar armas e cabedes externos não IGUALA o RCS de aviões com RCS distintos ou diferentes ... ou seja aviões com menor RCS continuarão com menor RCS do que aviões de maior RCS caso AMBOS estiverem com armas e cabides externos.
VOCÊ ENTENDEU AGORA ou ainda não ???
continuamos depois !
[] kirk
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Não.
Não é bem assim... certos desenhos favorecem mais o aumento do RCS quando a aeronave estão utilizando armamento do que outros.
Dependendo da configuração levada a coisa pode ser ainda pior (pods e outros penduricalhos).
No quesito RCS, tamanho não é documento de maneira alguma.
[]s
CB_Lima
Não é bem assim... certos desenhos favorecem mais o aumento do RCS quando a aeronave estão utilizando armamento do que outros.
Dependendo da configuração levada a coisa pode ser ainda pior (pods e outros penduricalhos).
No quesito RCS, tamanho não é documento de maneira alguma.
[]s
CB_Lima
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
MPF - Íntegra Pedido Arquivamento referente ao Gripen NG e WAD
Despacho do Procurador do MPF do Núcleo de Combate à Corrupção sobre o Processo de aquisição do Gripen NG e referente a AEL Sistemas.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Procuradoria da República no Distrito Federal
Núcleo de Combate à Corrupção
Referência: IC nº 1.16.000.004707/2014-83
Promoção de Arquivamento nº 865/2015
DESPACHO DE ARQUIVAMENTO
O inquérito civil em epígrafe foi instaurado para apurar possíveis irregularidades no processo de aquisição de aviões de caça pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Consta dos autos que a disputa para a fabricação dos aviões de caça teve a participação de três empresas estrangeiras, a Boeing, a Dassault e a SAAB, tendo esta última firmado, em dezembro de 2013, contrato com a FAB.
Consta, outrossim, que a empresa sueca SAAB contratou para o fornecimento de componentes aeronáuticos a empresa brasileira (de capital israelense) AEL Sistemas S/A, que, por sua vez, teria em seu quadro de funcionários pessoas diretamente ligadas aos militares da Aeronáutica:
Luiz Pondé (cunhado do Comandante da Aeronáutica Juniti Saito);
Gilberto (filho do Brigadeiro Gilberto Antônio Saboya Burnier);
Bruno Baptista (filho do Brigadeiro Carlos Baptista Júnior); e,
Gabriel Bermudez (filho do Brigadeiro Antônio Moretti Bermudez).
Apurou-se no início da investigação, outrossim, que a empresa AEL Sistemas S/A teve um aumento significativo em seu faturamento, que alcançava, em 2003, a cifra de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), passando, em 2011, para um faturamento de R$ 53.700.000,00 (cinquenta e três milhões e setecentos mil reais).
Os fatos acima narrados foram considerados, inicialmente, indícios de que poderia ter sido maculado o processo de compra dos caças GRIPEN NG, os quais deverão ser fornecidos pela empresa sueca SAAB à FAB até o final da presente década.
Suspeitou-se, a princípio, que o alto crescimento de faturamento da empresa AEL Sistemas S/A não tivesse fundamento lícito e que poderia ter sido contratada esta empresa para a produção de componentes aviônicos (em especial, o Wide Area Display – WAD) cuja tecnologia e know-how não estivesse a seu alcance.
A seguir, apresento o que se apurou no bojo do inquérito civil e as conclusões alcançadas ao final.
Em maio de 2008, o Comandante da Aeronáutica determinou ao Estado Maior da Aeronáutica (EMAER) a ativação do Projeto F-X2, por meio da portaria C-10-TGC-3, cuja finalidade foi possibilitar a substituição das aeronaves Mirage F-2000, F-5M e A-1M por aeronaves (caças de combate) mais modernos, em conformidade com a Estratégia Nacional de Defesa, que é definida no Decreto nº 6.703/2008, publicado no final do mesmo ano.
De acordo com o mencionado Decreto, a Força Aérea Brasileira (FAB) deveria formular um e executar um planejamento e “priorizar, com compensação comercial, industrial e tecnológica …a aquisição de aeronaves de caça que substituam, paulatinamente, as hoje existentes, buscando a possível padronização; a aquisição e o desenvolvimento de armamentos e sensores, objetivando a auto-suficiência na integração destes às aeronaves; e a aquisição de aeronaves de transporte de tropa”.
Conforme se pode perceber, o Projeto F-X2 tem, como base jurídica e estratégica, as diretrizes do Decreto nº 6.703/2008, devendo compatibilizar 3 objetivos principais:
(i) a aquisição de aeronaves de caças modernos;
(ii) a aquisição e o desenvolvimento de armamentos e sensores, objetivando a autossuficiência na integração destes às aeronaves;
(iii) a garantia de compensações comerciais, industriais e tecnológica.
Chamo a atenção para o terceiro objetivo principal do Projeto F-X2, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa: a garantia de compensações que devem ter, como escopo maior, o desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico do Brasil. Tais compensações são operacionalizadas por meio dos acordos de “offset”, por meio dos quais empresas brasileiras passam a ser contratadas para desenvolver tecnologia que venham a beneficiar o país no médio e longo prazo.
Na primeira fase do Projeto F-X2, foi criada a Comissão Gerencial do mencionado projeto (a CGPF-X2), a qual, analisando as propostas das empresas e os sistemas de armas selecionados, exarou o “Relatório dos Estudos para Definição da Short-List”, em agosto de 2008.
Nesse relatório, constam como selecionadas as empresas Boeing, Dassault e SAAB. Tal relatório foi aprovado pelo COMAER e pelo Ministro da Defesa, que determinou à Comissão Coordenadora de Programas de Aeronaves de Combate (COPAC) a ativação do Projeto F-X2.
As contratações objeto do Projeto F-X2, como é fácil perceber, justificam a dispensa de processo licitatório, em razão do que determina o art. 24, IX, XIX e XXVIII, da Lei nº 8.666/93. Vejamos o texto legal:
Art. 24. É dispensável a licitação:
(…)
IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. (...)
Ainda que não fosse obrigatória a realização de certame licitatório, a FAB promoveu processo seletivo internacional, no bojo do qual se permitiu a concorrência das empresas estrangeiras interessadas no contrato com o Estado brasileiro. Tal processo seletivo, pelo que se apurou, transcorreu sem qualquer causa de nulidade.
Conforme esclareceu a FAB, o Relatório Final do Processo de Seleção do Projeto F-X2 foi encaminhado ao Comandante da Aeronáutica e ao Ministro da Defesa em janeiro de 2010. Porém, somente em dezembro de 2013 foi realizado o anúncio, pelo Ministro da Defesa (com o aval da Presidência da República), de que a oferta considerada mais vantajosa foi a da empresa sueca SAAB, com o projeto Gripen NG.
Chama a atenção o fato de que a decisão ministerial (e presidencial) em favor da proposta da SAAB (considerada mais vantajosa, principalmente levando em consideração os acordos de offset e o financiamento especial oferecido pelo banco de desenvolvimento sueco) deu-se somente ao final de 2013, cinco anos após a emissão do pedido de oferta (RFP) pelas empresas. Esse fato tem como consequência lógica a constatação de que, quando da assinatura do contrato (já em 2014), a oferta da empresa já se apresentava desatualizada, considerando, em especial, que o mercado tecnológico de componentes aviônicos é bastante dinâmico, demandando decisões negociais rápidas e constante atualização dos componentes.
Segundo a FAB, a defasagem tecnológica gerada pelo atraso na decisão ministerial e presidencial sentiu-se na capacidade funcional do radar, na cobertura do sensor Infra-red Search and Track (IRST) e no sistema de guerra eletrônica. Além disso, concebeu-se a agregação de novos armamentos ao arsenal a ser contratado bem com a inclusão do componente Wide Area Display (WAD), o qual teria vantagens tecnológicas de longo prazo.
Por conta da necessidade de superação dessa defasagem tecnológica de meia
década, a FAB enviou para a empresa SAAB, em maio de 2014, o Request For Change (RFC), solicitando a atualização de sua proposta. A resposta da empresa deu-se em agosto de 2014. Com a atualização, firmou-se o contrato de aquisição de aeronaves no valor de SEK 39.333.870.435,39 (trinta e nova bilhões, trezentos e trinta e três milhões, oitocentos e setenta mil, quatrocentos e trinta e cinco coroas suecas), o que equivalia, em janeiro de 2015, a US$ 4.748.288.277,77 (quatro bilhões, setecentos e quarenta e oito milhões, duzentos e oitenta e oito mil, duzentos e setenta e sete reais e setenta e sete centavos). Também foi firmado o contrato de apoio logístico no valor de SEK 548.465.036,26 (quinhentos e quarenta e oito milhões, quatrocentos e sessenta e cinco mil, trinta e seis coroas suecas e vinte e seis centavos).
Paralelamente a esses dois contratos, foi firmado um terceiro, em que a SAAB compromete-se a realizar compensações em favor da indústria brasileira, num valor próximo ao dobro do valor do contrato de aquisição. Trata-se do contrato de compensação comercial, industrial e tecnológico, que tinha o valor de US$ 9.118.170.000,00 (nove bilhões, cento e dezoito milhões, cento e setenta mil reais dólares).
A respeito dos valores dos contratos mencionados, não há, s.m.j., elementos no presente inquérito civil que permitam o reconhecimento de qualquer sobrepreço ou superfaturamento.
A respeito do processo de seleção e de contratação da empresa SAAB pelo FAB, conforme relatamos, não encontramos qualquer ilicitude que mereça ser atacada por meio de ação judicial. A par disso, outras suspeitas iniciais justificaram a investigação do Ministério Público Federal em relação a outros pontos tangentes.
Um desses pontos investigados tratou da inclusão do componente aviônico WAD nos projetos das aeronaves. Buscou-se, sobre esse ponto, esclarecer se:
(i) era necessária ainclusão do WAD; e
(ii) a empresa contratada pela SAAB para seu desenvolvimento (a empresa AEL, cujo capital majoritário é detido pela empresa israelense Elbit Systems) tinha know-how suficiente para o desenvolvimento deste tipo de componente.
A respeito da necessidade do WAD, de acordo com o que se apurou (especialmente por meio dos depoimentos colhidos no decorrer do inquérito), concluímos que se trata de um avanço tecnológico cuja necessidade somente pode ser apurada pelas próprias Forças Armadas. Não há elementos, por parte do Ministério Público Federal, que fundamentem o reconhecimento de sua necessidade ou desnecessidade. Igualmente, verificou-se que o componente de preço do WAD, em relação aos demais componentes acrescentados por obra do RFC, que representam a atualização tecnológica, equivale a somente 2,5% do valor do contrato de aquisição, ao contrário do que se leu nos meios de comunicação, não havendo elementos para afirmar que se trate, portanto, de insumo desnecessário que geraria sobrepreço ilícito.
Sobre a capacidade operacional e tecnológica e o know-how da empresa AEL Sistema S/A, pudemos verificar que, não obstante o rápido crescimento de faturamento da empresa nos últimos anos, a mencionada empresa possui diversos vínculos contratuais diretos e indiretos com a FAB e outros importantes atores econômicos, fornecendo, direta ou indiretamente, outros componentes aviônicos de alto grau tecnológico. Dessa forma, não é possível, pelos elementos do inquérito civil, concluir sobre sua suposta incapacidade técnica. Até que se prove o contrário, a mencionada empresa é idônea para executar os recursos vinculados ao desenvolvimento do WAD e dos demais componentes aviônicos contratados.
Apurou-se no bojo do inquérito civil em epígrafe, outrossim, a presença no quadro de funcionários da AEL Sistemas S/A de familiares de oficiais da FAB. Nesse quesito, porém, não há prova de que tais contratações tenham sido irregulares ou tenham, concretamente, gerados benefícios ilícitos à mencionada empresa.
Também foi objeto de apuração a presença do brigadeiro Gilberto Antônio Saboya Burnier no Conselho Consultivo (ou Executivo) da empresa AEL Sistemas S/A. Conforme apurou-se, tal indicação do brigadeiro Burnier deu-se em razão doutras relações jurídicas contratuais entre a empresa e a FAB, não havendo relação com o objeto aqui investigado.
Outrossim, não há relatos de que o brigadeiro Burnier tenha sido responsável por influência ou decisões vinculadas à contratação da empresa SAAB ou pela elaboração do acordo de offset.
Ademais, restou claro no bojo da investigação que o brigadeiro Burnier não possui qualquer poder de gestão na empresa AEL Sistemas S/A, não participando sequer da negociação ou da elaboração de negócios jurídicos. Sua função é meramente consultiva.
Em suma, após perfunctória investigação ministerial, não foram encontrados elementos que justifiquem a continuidade da investigação e o ajuizamento de ações judiciais relacionadas ao objeto de apuração. Não há, nos autos, elementos mínimos que apontem a prática de ilicitude por parte dos investigados. Ressalto que inexistência de tais elementos mínimos, ao lado da inexistência de indícios concretos de delitos, impede a definição de uma linha investigativa eficiente e apta a formar elementos para uma futura ação penal ou de improbidade administrativa. O ajuizamento destas ações demanda a existência de elementos mínimos que justifiquem o início da atividade persecutória pelos órgãos de investigação e acusação.
Submeto o presente arquivamento à 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (5ª CCR), para homologação.
Considerando que o procedimento é oriundo de notícia de imprensa, deixo de realizar a notificação de possível representante para apresentação de razões escritas contra o arquivamento. Comunique-se, de toda forma, o Exmo. Procurador da República Paulo José Rocha Júnior, o Exmo. Procurador-Geral do Ministério Público Militar, o Comandante da Aeronáutica e as empresas investigadas, para ciência do arquivamento.
Brasília, 25 de agosto de 2015.
ANSELMO HENRIQUE CORDEIRO LOPES
Procuradoria da República no Distrito Federal
Núcleo de Combate à Corrupção
http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... -NG-e-WAD/
Despacho do Procurador do MPF do Núcleo de Combate à Corrupção sobre o Processo de aquisição do Gripen NG e referente a AEL Sistemas.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Procuradoria da República no Distrito Federal
Núcleo de Combate à Corrupção
Referência: IC nº 1.16.000.004707/2014-83
Promoção de Arquivamento nº 865/2015
DESPACHO DE ARQUIVAMENTO
O inquérito civil em epígrafe foi instaurado para apurar possíveis irregularidades no processo de aquisição de aviões de caça pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Consta dos autos que a disputa para a fabricação dos aviões de caça teve a participação de três empresas estrangeiras, a Boeing, a Dassault e a SAAB, tendo esta última firmado, em dezembro de 2013, contrato com a FAB.
Consta, outrossim, que a empresa sueca SAAB contratou para o fornecimento de componentes aeronáuticos a empresa brasileira (de capital israelense) AEL Sistemas S/A, que, por sua vez, teria em seu quadro de funcionários pessoas diretamente ligadas aos militares da Aeronáutica:
Luiz Pondé (cunhado do Comandante da Aeronáutica Juniti Saito);
Gilberto (filho do Brigadeiro Gilberto Antônio Saboya Burnier);
Bruno Baptista (filho do Brigadeiro Carlos Baptista Júnior); e,
Gabriel Bermudez (filho do Brigadeiro Antônio Moretti Bermudez).
Apurou-se no início da investigação, outrossim, que a empresa AEL Sistemas S/A teve um aumento significativo em seu faturamento, que alcançava, em 2003, a cifra de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), passando, em 2011, para um faturamento de R$ 53.700.000,00 (cinquenta e três milhões e setecentos mil reais).
Os fatos acima narrados foram considerados, inicialmente, indícios de que poderia ter sido maculado o processo de compra dos caças GRIPEN NG, os quais deverão ser fornecidos pela empresa sueca SAAB à FAB até o final da presente década.
Suspeitou-se, a princípio, que o alto crescimento de faturamento da empresa AEL Sistemas S/A não tivesse fundamento lícito e que poderia ter sido contratada esta empresa para a produção de componentes aviônicos (em especial, o Wide Area Display – WAD) cuja tecnologia e know-how não estivesse a seu alcance.
A seguir, apresento o que se apurou no bojo do inquérito civil e as conclusões alcançadas ao final.
Em maio de 2008, o Comandante da Aeronáutica determinou ao Estado Maior da Aeronáutica (EMAER) a ativação do Projeto F-X2, por meio da portaria C-10-TGC-3, cuja finalidade foi possibilitar a substituição das aeronaves Mirage F-2000, F-5M e A-1M por aeronaves (caças de combate) mais modernos, em conformidade com a Estratégia Nacional de Defesa, que é definida no Decreto nº 6.703/2008, publicado no final do mesmo ano.
De acordo com o mencionado Decreto, a Força Aérea Brasileira (FAB) deveria formular um e executar um planejamento e “priorizar, com compensação comercial, industrial e tecnológica …a aquisição de aeronaves de caça que substituam, paulatinamente, as hoje existentes, buscando a possível padronização; a aquisição e o desenvolvimento de armamentos e sensores, objetivando a auto-suficiência na integração destes às aeronaves; e a aquisição de aeronaves de transporte de tropa”.
Conforme se pode perceber, o Projeto F-X2 tem, como base jurídica e estratégica, as diretrizes do Decreto nº 6.703/2008, devendo compatibilizar 3 objetivos principais:
(i) a aquisição de aeronaves de caças modernos;
(ii) a aquisição e o desenvolvimento de armamentos e sensores, objetivando a autossuficiência na integração destes às aeronaves;
(iii) a garantia de compensações comerciais, industriais e tecnológica.
Chamo a atenção para o terceiro objetivo principal do Projeto F-X2, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa: a garantia de compensações que devem ter, como escopo maior, o desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico do Brasil. Tais compensações são operacionalizadas por meio dos acordos de “offset”, por meio dos quais empresas brasileiras passam a ser contratadas para desenvolver tecnologia que venham a beneficiar o país no médio e longo prazo.
Na primeira fase do Projeto F-X2, foi criada a Comissão Gerencial do mencionado projeto (a CGPF-X2), a qual, analisando as propostas das empresas e os sistemas de armas selecionados, exarou o “Relatório dos Estudos para Definição da Short-List”, em agosto de 2008.
Nesse relatório, constam como selecionadas as empresas Boeing, Dassault e SAAB. Tal relatório foi aprovado pelo COMAER e pelo Ministro da Defesa, que determinou à Comissão Coordenadora de Programas de Aeronaves de Combate (COPAC) a ativação do Projeto F-X2.
As contratações objeto do Projeto F-X2, como é fácil perceber, justificam a dispensa de processo licitatório, em razão do que determina o art. 24, IX, XIX e XXVIII, da Lei nº 8.666/93. Vejamos o texto legal:
Art. 24. É dispensável a licitação:
(…)
IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. (...)
Ainda que não fosse obrigatória a realização de certame licitatório, a FAB promoveu processo seletivo internacional, no bojo do qual se permitiu a concorrência das empresas estrangeiras interessadas no contrato com o Estado brasileiro. Tal processo seletivo, pelo que se apurou, transcorreu sem qualquer causa de nulidade.
Conforme esclareceu a FAB, o Relatório Final do Processo de Seleção do Projeto F-X2 foi encaminhado ao Comandante da Aeronáutica e ao Ministro da Defesa em janeiro de 2010. Porém, somente em dezembro de 2013 foi realizado o anúncio, pelo Ministro da Defesa (com o aval da Presidência da República), de que a oferta considerada mais vantajosa foi a da empresa sueca SAAB, com o projeto Gripen NG.
Chama a atenção o fato de que a decisão ministerial (e presidencial) em favor da proposta da SAAB (considerada mais vantajosa, principalmente levando em consideração os acordos de offset e o financiamento especial oferecido pelo banco de desenvolvimento sueco) deu-se somente ao final de 2013, cinco anos após a emissão do pedido de oferta (RFP) pelas empresas. Esse fato tem como consequência lógica a constatação de que, quando da assinatura do contrato (já em 2014), a oferta da empresa já se apresentava desatualizada, considerando, em especial, que o mercado tecnológico de componentes aviônicos é bastante dinâmico, demandando decisões negociais rápidas e constante atualização dos componentes.
Segundo a FAB, a defasagem tecnológica gerada pelo atraso na decisão ministerial e presidencial sentiu-se na capacidade funcional do radar, na cobertura do sensor Infra-red Search and Track (IRST) e no sistema de guerra eletrônica. Além disso, concebeu-se a agregação de novos armamentos ao arsenal a ser contratado bem com a inclusão do componente Wide Area Display (WAD), o qual teria vantagens tecnológicas de longo prazo.
Por conta da necessidade de superação dessa defasagem tecnológica de meia
década, a FAB enviou para a empresa SAAB, em maio de 2014, o Request For Change (RFC), solicitando a atualização de sua proposta. A resposta da empresa deu-se em agosto de 2014. Com a atualização, firmou-se o contrato de aquisição de aeronaves no valor de SEK 39.333.870.435,39 (trinta e nova bilhões, trezentos e trinta e três milhões, oitocentos e setenta mil, quatrocentos e trinta e cinco coroas suecas), o que equivalia, em janeiro de 2015, a US$ 4.748.288.277,77 (quatro bilhões, setecentos e quarenta e oito milhões, duzentos e oitenta e oito mil, duzentos e setenta e sete reais e setenta e sete centavos). Também foi firmado o contrato de apoio logístico no valor de SEK 548.465.036,26 (quinhentos e quarenta e oito milhões, quatrocentos e sessenta e cinco mil, trinta e seis coroas suecas e vinte e seis centavos).
Paralelamente a esses dois contratos, foi firmado um terceiro, em que a SAAB compromete-se a realizar compensações em favor da indústria brasileira, num valor próximo ao dobro do valor do contrato de aquisição. Trata-se do contrato de compensação comercial, industrial e tecnológico, que tinha o valor de US$ 9.118.170.000,00 (nove bilhões, cento e dezoito milhões, cento e setenta mil reais dólares).
A respeito dos valores dos contratos mencionados, não há, s.m.j., elementos no presente inquérito civil que permitam o reconhecimento de qualquer sobrepreço ou superfaturamento.
A respeito do processo de seleção e de contratação da empresa SAAB pelo FAB, conforme relatamos, não encontramos qualquer ilicitude que mereça ser atacada por meio de ação judicial. A par disso, outras suspeitas iniciais justificaram a investigação do Ministério Público Federal em relação a outros pontos tangentes.
Um desses pontos investigados tratou da inclusão do componente aviônico WAD nos projetos das aeronaves. Buscou-se, sobre esse ponto, esclarecer se:
(i) era necessária ainclusão do WAD; e
(ii) a empresa contratada pela SAAB para seu desenvolvimento (a empresa AEL, cujo capital majoritário é detido pela empresa israelense Elbit Systems) tinha know-how suficiente para o desenvolvimento deste tipo de componente.
A respeito da necessidade do WAD, de acordo com o que se apurou (especialmente por meio dos depoimentos colhidos no decorrer do inquérito), concluímos que se trata de um avanço tecnológico cuja necessidade somente pode ser apurada pelas próprias Forças Armadas. Não há elementos, por parte do Ministério Público Federal, que fundamentem o reconhecimento de sua necessidade ou desnecessidade. Igualmente, verificou-se que o componente de preço do WAD, em relação aos demais componentes acrescentados por obra do RFC, que representam a atualização tecnológica, equivale a somente 2,5% do valor do contrato de aquisição, ao contrário do que se leu nos meios de comunicação, não havendo elementos para afirmar que se trate, portanto, de insumo desnecessário que geraria sobrepreço ilícito.
Sobre a capacidade operacional e tecnológica e o know-how da empresa AEL Sistema S/A, pudemos verificar que, não obstante o rápido crescimento de faturamento da empresa nos últimos anos, a mencionada empresa possui diversos vínculos contratuais diretos e indiretos com a FAB e outros importantes atores econômicos, fornecendo, direta ou indiretamente, outros componentes aviônicos de alto grau tecnológico. Dessa forma, não é possível, pelos elementos do inquérito civil, concluir sobre sua suposta incapacidade técnica. Até que se prove o contrário, a mencionada empresa é idônea para executar os recursos vinculados ao desenvolvimento do WAD e dos demais componentes aviônicos contratados.
Apurou-se no bojo do inquérito civil em epígrafe, outrossim, a presença no quadro de funcionários da AEL Sistemas S/A de familiares de oficiais da FAB. Nesse quesito, porém, não há prova de que tais contratações tenham sido irregulares ou tenham, concretamente, gerados benefícios ilícitos à mencionada empresa.
Também foi objeto de apuração a presença do brigadeiro Gilberto Antônio Saboya Burnier no Conselho Consultivo (ou Executivo) da empresa AEL Sistemas S/A. Conforme apurou-se, tal indicação do brigadeiro Burnier deu-se em razão doutras relações jurídicas contratuais entre a empresa e a FAB, não havendo relação com o objeto aqui investigado.
Outrossim, não há relatos de que o brigadeiro Burnier tenha sido responsável por influência ou decisões vinculadas à contratação da empresa SAAB ou pela elaboração do acordo de offset.
Ademais, restou claro no bojo da investigação que o brigadeiro Burnier não possui qualquer poder de gestão na empresa AEL Sistemas S/A, não participando sequer da negociação ou da elaboração de negócios jurídicos. Sua função é meramente consultiva.
Em suma, após perfunctória investigação ministerial, não foram encontrados elementos que justifiquem a continuidade da investigação e o ajuizamento de ações judiciais relacionadas ao objeto de apuração. Não há, nos autos, elementos mínimos que apontem a prática de ilicitude por parte dos investigados. Ressalto que inexistência de tais elementos mínimos, ao lado da inexistência de indícios concretos de delitos, impede a definição de uma linha investigativa eficiente e apta a formar elementos para uma futura ação penal ou de improbidade administrativa. O ajuizamento destas ações demanda a existência de elementos mínimos que justifiquem o início da atividade persecutória pelos órgãos de investigação e acusação.
Submeto o presente arquivamento à 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (5ª CCR), para homologação.
Considerando que o procedimento é oriundo de notícia de imprensa, deixo de realizar a notificação de possível representante para apresentação de razões escritas contra o arquivamento. Comunique-se, de toda forma, o Exmo. Procurador da República Paulo José Rocha Júnior, o Exmo. Procurador-Geral do Ministério Público Militar, o Comandante da Aeronáutica e as empresas investigadas, para ciência do arquivamento.
Brasília, 25 de agosto de 2015.
ANSELMO HENRIQUE CORDEIRO LOPES
Procuradoria da República no Distrito Federal
Núcleo de Combate à Corrupção
http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... -NG-e-WAD/
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Você desqualifica o interlocutor sendo que nem leu o estudo... No gráfico apresentado o pilone tem um RCS na faixa dos 20dBsm, ou lá pelos 100m², como falei, não é exatamente o mesmo assunto (você saberia se tivesse lido) mas mostra como barras paralelas provocam esse RCS gigantesco, não acredito que cabides de armas em aviões cheguem a valores tão altos, mas mesmo que fosse uma fração disso, tipo, 10m², que diferença faz o RCSs da aeronave vazia ser 0.1m² ou 1m²?kirk escreveu:Talvez eu esteja superestimando seus conhecimentos Marechal, aí quem pede desculpas sou eu ... vou te explicar melhor ... o que o Penguim postou são dados que demonstram estudos para redução dos RCS de cabides e armas externas. Um estudo brasileiro inclusive.
O que estamos discutindo aqui é OUTRA COISA ... que armas e cabides externos prejudicam o RCS não há discordância aqui ... TODOS NÓS SABEMOS ... a questão é que o fato de portar armas e cabedes externos não IGUALA o RCS de aviões com RCS distintos ou diferentes ... ou seja aviões com menor RCS continuarão com menor RCS do que aviões de maior RCS caso AMBOS estiverem com armas e cabides externos.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Sempre lembrando que são vários cabides, vários mísseis e vários tanques, sendo que os tanques refletem bem mais que os mísseis.
Eu ainda não consegui achar o material que li, mas esse estudo afirma que um tanque de combustível daqueles do F-16 tem um RCS muito maior que mísseis.
Isso significa que apenas os tanques já derrubariam toda a conversa de caça de 4ºG serem LO, ESPECIALMENTE aqueles que precisam carregar tanques externos.
Marechal, talvez se chegue a esse número de RCS de cabides numa visão lateral e os múltiplos reflexos dele no avião e armas, mas o que se conclui é que os maiores e melhores fabricantes mundias de caças tinham toda razão quando projetaram seus 5ºG com baias internas.
Eu venho dizendo que o RCS de um caça com tanques, mísseis e cabides é de no mínimo 3 m2, e estou sendo bastante conservador.
Um caça 4ºG para ter um RCS útil em termos de LO precisaria voar sem mísseis e tanques externos, o que seria suicídio.
Eu ainda não consegui achar o material que li, mas esse estudo afirma que um tanque de combustível daqueles do F-16 tem um RCS muito maior que mísseis.
Isso significa que apenas os tanques já derrubariam toda a conversa de caça de 4ºG serem LO, ESPECIALMENTE aqueles que precisam carregar tanques externos.
Marechal, talvez se chegue a esse número de RCS de cabides numa visão lateral e os múltiplos reflexos dele no avião e armas, mas o que se conclui é que os maiores e melhores fabricantes mundias de caças tinham toda razão quando projetaram seus 5ºG com baias internas.
Eu venho dizendo que o RCS de um caça com tanques, mísseis e cabides é de no mínimo 3 m2, e estou sendo bastante conservador.
Um caça 4ºG para ter um RCS útil em termos de LO precisaria voar sem mísseis e tanques externos, o que seria suicídio.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
A coisa de RCS é levada tão a sério pelas empresas que desenvolvem de fato aeronaves de 5 geração que até o canhão interno fica Escondido até a hora de atirar... abre uma portinha... atira... fecha portinha.Mathias escreveu:Sempre lembrando que são vários cabides, vários mísseis e vários tanques, sendo que os tanques refletem bem mais que os mísseis.
Eu ainda não consegui achar o material que li, mas esse estudo afirma que um tanque de combustível daqueles do F-16 tem um RCS muito maior que mísseis.
Isso significa que apenas os tanques já derrubariam toda a conversa de caça de 4ºG serem LO, ESPECIALMENTE aqueles que precisam carregar tanques externos.
Marechal, talvez se chegue a esse número de RCS de cabides numa visão lateral e os múltiplos reflexos dele no avião e armas, mas o que se conclui é que os maiores e melhores fabricantes mundias de caças tinham toda razão quando projetaram seus 5ºG com baias internas.
Eu venho dizendo que o RCS de um caça com tanques, mísseis e cabides é de no mínimo 3 m2, e estou sendo bastante conservador.
Um caça 4ºG para ter um RCS útil em termos de LO precisaria voar sem mísseis e tanques externos, o que seria suicídio.
Imagina tanques, pods, anteninhas, cabides pulando para fora da asa, mísseis com suas próprias antenas apontando para frente, etc?
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Pois é, a conclusão é que um 4ºG não consegue um nível de furtividade útil quando mais se precisa, em combate.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Realmente tanques sub-alares aumentam demais o RCS de uma aeronave, por isso que por exemplo os Israelenses operam seus F-16I com tanques conformais.Mathias escreveu:Sempre lembrando que são vários cabides, vários mísseis e vários tanques, sendo que os tanques refletem bem mais que os mísseis.
Eu ainda não consegui achar o material que li, mas esse estudo afirma que um tanque de combustível daqueles do F-16 tem um RCS muito maior que mísseis.
Isso significa que apenas os tanques já derrubariam toda a conversa de caça de 4ºG serem LO, ESPECIALMENTE aqueles que precisam carregar tanques externos.
Marechal, talvez se chegue a esse número de RCS de cabides numa visão lateral e os múltiplos reflexos dele no avião e armas, mas o que se conclui é que os maiores e melhores fabricantes mundias de caças tinham toda razão quando projetaram seus 5ºG com baias internas.
Eu venho dizendo que o RCS de um caça com tanques, mísseis e cabides é de no mínimo 3 m2, e estou sendo bastante conservador.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Marechal,Marechal-do-ar escreveu:Você desqualifica o interlocutor sendo que nem leu o estudo... No gráfico apresentado o pilone tem um RCS na faixa dos 20dBsm, ou lá pelos 100m², como falei, não é exatamente o mesmo assunto (você saberia se tivesse lido) mas mostra como barras paralelas provocam esse RCS gigantesco, não acredito que cabides de armas em aviões cheguem a valores tão altos, mas mesmo que fosse uma fração disso, tipo, 10m², que diferença faz o RCSs da aeronave vazia ser 0.1m² ou 1m²?kirk escreveu:Talvez eu esteja superestimando seus conhecimentos Marechal, aí quem pede desculpas sou eu ... vou te explicar melhor ... o que o Penguim postou são dados que demonstram estudos para redução dos RCS de cabides e armas externas. Um estudo brasileiro inclusive.
O que estamos discutindo aqui é OUTRA COISA ... que armas e cabides externos prejudicam o RCS não há discordância aqui ... TODOS NÓS SABEMOS ... a questão é que o fato de portar armas e cabedes externos não IGUALA o RCS de aviões com RCS distintos ou diferentes ... ou seja aviões com menor RCS continuarão com menor RCS do que aviões de maior RCS caso AMBOS estiverem com armas e cabides externos.
Nas Buenas, tem certeza que VOCÊ LEU ??? ... percebeu que o tal Pylon é feito de concreto ?? ... tem certeza que estavam falando de "pilones de aeronaves" ??? ... prestou atenção principalmente na primeira foto do experimento ?? ... uma dica ... os 100m2 não estavam errados !
Releia lá !
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
CÉUS !!!
Estamos assistindo um ataque às armas externas e tudo isso pra justificar o RCS do SU-35 ! ... já que SU-35 nunca será furtivo melhor "PIORAR" a furtividade de TODOS os 4ªG ... é uma piada !
SU é mastodonte com armas externas é mastodonte + armas ... enquanto aviões de baixo RCS como Gripen tem baixo RCS ... são "discretos" com armas externas continuam discretos + armas externas ...
Não acreditem nesse DADO apurado pelo Marechal ... ele cometeu um erro, só isso !
Estamos assistindo um ataque às armas externas e tudo isso pra justificar o RCS do SU-35 ! ... já que SU-35 nunca será furtivo melhor "PIORAR" a furtividade de TODOS os 4ªG ... é uma piada !
SU é mastodonte com armas externas é mastodonte + armas ... enquanto aviões de baixo RCS como Gripen tem baixo RCS ... são "discretos" com armas externas continuam discretos + armas externas ...
Não acreditem nesse DADO apurado pelo Marechal ... ele cometeu um erro, só isso !
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