SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
brasil70
Sênior
Sênior
Mensagens: 722
Registrado em: Sáb Mai 29, 2010 2:01 pm
Agradeceram: 1 vez

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#751 Mensagem por brasil70 » Seg Jan 09, 2012 12:29 am

Uma coisa que me chama a bastante atenção em países que tiveram o dominio facista era o forte nacionalismo, era uma coisa sem igual, acho que nem nos EUA teve algo assim e acho que bem dificel vermos algo assim novamente.
Eu não sou a favor do facismo nem tão pouco do socialismo, eu simplesmente tomo em parte o exemplo os lideres fortes e totalmente nacionalistas que se tornaram sinonimos desses modelos de ideologias, acho que é por isso que eles ainda inspiram tanto pessoas hoje em dia.
Eu gostaria que um dia o Brasil tivesse em seu governo alguém fechado totalmente com a causa "Brasil" e que fosse um estadista de verdade mas que não fosse necessariamente um louco em busca de guerras, massacres, entre outros.
Ele não teria que ser necessariamente um facista ou socialista, mas simplesmente um brasileiro trabalhando seriamente a favor dos brasileiros e do Brasil. Acho que para isso não precisamos de ideologias, mas infelizmente muitos não reconhecem isso.

Enfim, muito obrigado pela aula amigos. :D




"O que tem que ser feito, tem que ser bem feito, tem que ser perfeito.
Uma vez PE, sempre PE!"
_________________
Avatar do usuário
Bolovo
Sênior
Sênior
Mensagens: 28560
Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
Agradeceram: 442 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#752 Mensagem por Bolovo » Seg Jan 09, 2012 12:45 am

A palavra ideologia ganhou sinonimo de coisa ruim, política etc e não tem nada ver com isso. Tudo é ideologia. Ser contra ideologia é uma ideologia. Imaginar o Brasil forte é uma ideologia. Isso de ser a favor ou contra alguma coisa é uma ideologia. Não precisa ter medo. Vc tem sua ideologia, eu tenho a minha, todo mundo tem a sua.




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
FoxHound
Sênior
Sênior
Mensagens: 2012
Registrado em: Ter Jul 24, 2007 1:14 pm
Agradeceram: 16 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#753 Mensagem por FoxHound » Qua Fev 01, 2012 3:00 pm

Olimpíada da dor .
ROGER COHEN – THE NEW YORK TIMES – É COLUNISTA E ESCRITOR

Ainda existe em grande parte da Europa uma disputa sobre quem foi o autor do pior genocídio: Hitler ou Stalin

O conflito entre os “dois genocídios” em que os crimes de Stalin são comparados aos de Hitler espalha-se por grande parte da Europa e, volta e meia, uma rajada dos ventos do passado vem atiçá-lo.

Semanas atrás, lembramos o 70.º aniversário da adoção dos planos de aniquilação dos judeus pelos nazistas em Wannsee. De fato, um passado traiçoeiro segue oculto sob a calma superfície da Europa. A memória rodopia descontrolada nas partes do continente que o historiador americano Timothy Snyder chama de “bloodlands”, os matadouros da Lituânia à Ucrânia que Hitler e Stalin criaram para satisfazer seus caprichos assassinos.

Para assinalar o aniversário de Wannsee, mais de 70 membros do Parlamento Europeu, entre eles 8 lituanos, assinaram uma declaração contestando as “tentativas de ofuscar o Holocausto diminuindo sua peculiaridade, considerando-o igual, semelhante ou equivalente ao comunismo”. Também rejeitaram as iniciativas para dar uma nova redação aos livros de escola europeus, “a fim de refletirem o conceito de ‘duplo genocídio’”.

Tudo isso foi demais para o chanceler lituano, Audronius Azubalis, conservador, que tachou os signatários social-democratas lituanos de “patéticos”. Sua porta-voz declarou que a única diferença entre Hitler e Stalin era o tamanho de seus bigodes. Ela afirmou que, em termos jurídicos, os crimes por eles cometidos são “exatamente os mesmos”: genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

A ira de Azubalis refletiu o rancor dos países do antigo império soviético que estão convencidos de que, nos EUA e na Europa Ocidental, a matança dos judeus por obra de Hitler está amplamente documentada e gravada nas mentes dos cidadãos, enquanto os crimes horrendos de Stalin – antes, durante e depois da 2.ª Guerra – chamam bem menos a atenção. Onde está, eles perguntam, o museu que lembra o terror de Stalin nos EUA?

A Declaração de Praga, de 2008, assinada por várias personalidades ilustres – entre elas Vaclav Havel, que morreu recentemente -, tentou corrigir essa situação insistindo que os crimes comunistas “devem estar gravados em todas as mentes europeias na mesma proporção” dos crimes nazistas. O documento pedia a instituição do dia 23 de agosto (a data do pacto entre Hitler e Stalin de 1939) como “um dia de lembrança” das vítimas do nazismo e do comunismo, assim como a Europa “lembra as vítimas do Holocausto no dia 27 de janeiro”.

Estamos testemunhando o que Antony Polonsky, professor de estudos do Holocausto na Universidade Brandeis, chama de “a olimpíada da dor”. Como o Oriente Médio nos ensina, são jogos perigosos.

Na época da Conferência de Wannsee, a maioria dos mais de 200 mil judeus da Lituânia já havia sido massacrada com a ajuda solícita de unidades de polícia lituanas e de outras forças. As matanças costumavam ocorrer diante de valas escavadas nas florestas. As câmaras de gás foram um meio para aliviar o estresse emocional dos assassinos então já sobrecarregados.

A história da Lituânia depois da dominação soviética incluiu na época sinceras, embora incertas, tentativas de lidar com uma questão espinhosa: será que os lituanos foram principalmente os autores (dos crimes nazistas contra os judeus) ou as vítimas (dos crimes nazistas contra a nação)? Fiz tal pergunta ao primeiro-ministro lituano, Andrius Kubilius, numa entrevista. Ele respondeu que as observações de Azubalis foram mal-entendidas e “está absolutamente claro que os crimes do Holocausto foram crimes excepcionais, terríveis”, acrescentando que foi “muito doloroso e vergonhoso” assumir que “alguns lituanos tivessem tomado parte nisso”.

Kubilius prosseguiu: “É óbvio que os crimes de Stalin também foram horríveis e dolorosos, embora não possam ser comparados aos do nazismo”, citando a estimativa de Snyder de que 14 milhões de pessoas teriam sido assassinadas entre Berlim e Moscou nos 12 anos em que Hitler e Stalin estiveram no poder. “Muitos deles eram judeus, mas também havia muitos outros grupos”, disse Kubilius.

Compensação. O premiê acusou a Rússia de ter contraído uma “síndrome pós-imperialista” que a deixou cega aos crimes de Moscou.

Questionado sobre se a Rússia deveria pagar à Lituânia para reparar os crimes, ele mencionou a Alemanha depois da guerra, que “compreendeu as suas responsabilidades”. Indagado sobre se seria bom um pedido formal de desculpas da Rússia, ele disse: “Certamente, não só por nós, mas pela Rússia também”. Segundo ele, encarar o passado é uma verdadeira prova de fogo para a Rússia.

No campo minado da História, gostaria de destacar os sete pontos seguintes. Primeiro, o governo Kubilius esforçou-se sinceramente para tratar do envolvimento lituano no Holocausto, aprovando uma lei, no ano passado, que oferecia mais de US$ 50 milhões de indenização, entre várias outras medidas. Em segundo lugar, os esforços são inadequados: o Museu das Vítimas do Genocídio de Vilna, que dedica a maior parte de seu espaço aos crimes soviéticos contra a valorosa resistência lituana, reflete amplamente um psiquismo nacional ainda distorcido.

Em terceiro, a avaliação ocidental dos crimes soviéticos é ridícula (talvez porque Stalin se tornou um aliado dos EUA ao derrotar o nazismo) e deveria ser aprofundada. Quarto, a Declaração de Praga e outras tentativas de equiparar os crimes nazistas aos soviéticos são descabidas: a ideologia nazista que levou ao fuzilamento de mulheres e crianças em valas e depois criou Auschwitz foi única em sua malignidade assassina.

Quinto, alguns crimes soviéticos podem ser enquadrados na definição de genocídio da ONU: “Atos cometidos com o objetivo de destruir, completa ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso enquanto tal”. Mas o termo “genocídio” corre o risco de perder seu significado e sua profundidade em razão do seu uso excessivo.

Sexto, está mais do que na hora de os russos prestarem conta pelos crimes soviéticos. Sétimo, levar os países do Báltico a fazer parte da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi um ato de genialidade diplomática que impediu que a devastação da memória cobrasse um novo derramamento de sangue. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
http://blogs.estadao.com.br/radar-globa ... da-da-dor/




Avatar do usuário
cassiosemasas
Sênior
Sênior
Mensagens: 2700
Registrado em: Qui Set 24, 2009 10:28 am
Agradeceram: 86 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#754 Mensagem por cassiosemasas » Qui Fev 02, 2012 12:09 am

Quer saber quem foi o "melhor" é só buscar, quantos países um e outro candidato, conseguiram tomar, e quantos(seres humanos) foram mortos nos respectivos países dominados e por quais "motivos" ou "alegações". Além disso, saber se foi "motivação" étnica ou sistemica.
Que são crimes em seu peso segundo a lei, "iguais" isso não há discordância.
acho eu.




...
Nibelhein
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 194
Registrado em: Seg Jun 23, 2008 7:00 pm
Agradeceram: 1 vez

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#755 Mensagem por Nibelhein » Qui Fev 02, 2012 4:14 am

Bom, só o número de mortos no holodomor ja ultrapassa o número de judeus mortos pelos nazi, não que isso justifique alguma coisa, mas prova que o comunismo soviético é tão ou mais sujo que o nazismo alemão.




Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceram: 812 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#756 Mensagem por LeandroGCard » Qui Fev 02, 2012 9:11 am

Nibelhein escreveu:Bom, só o número de mortos no holodomor ja ultrapassa o número de judeus mortos pelos nazi, não que isso justifique alguma coisa, mas prova que o comunismo soviético é tão ou mais sujo que o nazismo alemão.
Há que se fazer uma distinção muito importante aqui.

A fome na união soviética e principalmente na Ucrânia em 1931/32/33 causou sim um número enorme de mortes, assim como na China durante a revolução cultural de Mao. Mas isto não foi resultado de uma campanha deliberada de extermínio visando eliminar uma população específica, e sim da incompetência administrativa de um governo dominado por uma burocracia estúpida e ideologizada. A tentativa de coletivização forçada dos campos imposta por Stálin tinha como objetivo conseguir alimentar a crescente população urbana das URSS e gerar excedentes comerciais exportáveis de produtos primários para financiar o acelerado crescimento industrial do seu império, e não matar pessoas.

O contexto em que esta coletivização foi feita, com ações deliberadas contra os antigos proprietários rurais e contra a igreja, em ambos os casos por motivos ideológicos, gerou de fato ações criminosas altamente condenáveis, mas estes crimes de perseguição ideológica não eram a motivação principal da coletivização, e sim o fato do comitê central stalinista realmente acreditar que poderia conseguir um aumento da produção e uma maior facillidade de distribuição de alimentos enquadrando todas as fazendas em um modelo que ele achava ser "cientificamente" mais eficiente (obviamente de forma errônea, mas este é o perigo da cegueira ideológica). A fome a as mortes resultantes foram um efeito nefasto desta enorme besteira administrativa causada pelo radicalismo ideológico, mas não um objetivo em si da ação do governo stalinista.


Já o holocausto dos eslavos, judeus, ciganos e outras populações e indivíduos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial teve o objetivo deliberado de "purificar" a raça e liberar espaço à expansão dos povos "arianos" nos territórios assim "liberados". A morte em grande escala de homens, mulheres e crianças não foi consequência de nada, mas o objetivo em si, planejado e executado com requintes de eficiência e sofisticação. Na Ucrânia os kulaks (camponenses abastados do período czarista que ainda existiam no início do regime soviético) tinham a opção de entregar suas terras e posses e se tornar trabalhadores de coopertivas e fazendas coletivas, e fazendo isso sem resistência eles e seus filhos se tornavam cidadãos soviéticos plenos, com direitos garantidos (uma perspectiva ruim passar de proprietário de terras a trabalhador de baixo nível, mas ainda assim uma perspectiva, principalmnete para as crianças que podiam estudar e assim ascender socialmente na nova sociedade teoricamente sem classes, o que muitos de fato fizeram). Já sob os nazistas os membros dos povos perseguidos podiam abrir mão de seus bens, mas seriam exterminados assim mesmo, sem apelação.


Os males causados em ambos os casos, pelos nazistas e pelos stalinistas (e depois pelos os maoístas, não esqueçamos) foram terríveis, mas não dá para comparar os dois fenômenos. Incompetência pode ser grave, mas assassinato planejado e frio é muito mais grave ainda.


Leandro G. Card




FoxHound
Sênior
Sênior
Mensagens: 2012
Registrado em: Ter Jul 24, 2007 1:14 pm
Agradeceram: 16 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#757 Mensagem por FoxHound » Sáb Fev 04, 2012 11:12 am

“O Partido Nazista era de esquerda”

A deputada democrata-cristã Erika Steinbach causou uma confusão nesta semana na Alemanha ao tuitar: “O Partido Nazista era de esquerda. Esqueceram? Partido Nacional SOCIALISTA dos TRABALHADORES Alemães”. As maiúsculas fazem parte da ênfase que Erika quis dar aos elementos supostamente de esquerda da legenda nazista. Pouco depois, a deputada disse que era apenas uma provocação, a propósito de um debate sobre os extremismos de esquerda e de direita. A Spiegel ouviu historiadores para comentar o assunto, dada a repercussão que causou.

Heinrich August Winkler, da Universidade Humboldt de Berlim, disse que os nazistas eram contra tudo o que fosse de esquerda e que era impossível ser tão de direita quanto eles, ao promoverem “uma negação radical do Iluminismo”. Michael Kohlstruck, do Centro de Pesquisa sobre Antissemitismo da Universidade Técnica de Berlim, disse que “o Partido Nazista tinha ‘socialismo alemão’ no programa, claro, mas não era internacionalista, e sim baseado na perseguição, na exclusão e no extermínio”. Para ele, considerar o “socialismo” contido no nome do Partido Nazista como semelhante ao dos movimentos de esquerda é um “truque historiográfico”. “Dizer que o Partido Nazista era de esquerda é um disparate.”

Leitores do Twitter de Erika provocaram a deputada, dizendo que, se a questão é de nomenclatura, então seu partido, a conservadora CDU (União Democrata Cristã), é socialista, porque tem a palavra “União”, assim como a “União Soviética”.
http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/




Avatar do usuário
cassiosemasas
Sênior
Sênior
Mensagens: 2700
Registrado em: Qui Set 24, 2009 10:28 am
Agradeceram: 86 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#758 Mensagem por cassiosemasas » Sáb Fev 04, 2012 4:03 pm

Os males causados em ambos os casos, pelos nazistas e pelos stalinistas (e depois pelos os maoístas, não esqueçamos) foram terríveis, mas não dá para comparar os dois fenômenos. Incompetência pode ser grave, mas assassinato planejado e frio é muito mais grave ainda.


Leandro G. Card
concordo...




...
CFB
Sênior
Sênior
Mensagens: 2326
Registrado em: Dom Mai 15, 2005 11:21 pm
Localização: Vila Velha - Es

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#759 Mensagem por CFB » Dom Fev 05, 2012 12:40 am

Um país que teve 400 mil prisioneiro em uma batalha contra o império Austro-Hungaro na primeira guerra. :twisted: :twisted:

A itália deu muito mais vechame que a franças nas ultimas guerras.,[/quote]

Depois dos ano 80 a historia mudou e muito.[/quote]

Só lembrando que, exatamente um ano após a derrota citada acima, os italianos desfecharam uma ofensiva (Batalha de Vittorio Veneto) que arrasou os exércitos austro-húngaros, levou a derrota total e dissolução do império deles. E, por conseqüencia, convenceu os principais chefes militares da Alemanha de que a guerra estava perdida e era preciso efetuar um armistício com os Aliados.[/quote]

Todo aí está certo, todavia pouco da batalha do Rio Piave, as tropas da Aústria-Hungria perderam não só o auxílio das tropas, mas principalmente dos oficiais alemães que acompanhavam o front e que tinham introduzido conceitos de batalha no exército Austro-Hungaro que o haviam ajudado decisivamente em Caporetto e enquanto isso a Itália recebeu não só uma valiosa ajuda militar de tropas combinadas da França, Grã-Bretanha e EUA, como também recebeu uma enorme quantidade de suprimentos miliatres desses países, fortalecendo em muito a sua posição, face a um Império já dilacerado por questões étnicas internas.




Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil
FoxHound
Sênior
Sênior
Mensagens: 2012
Registrado em: Ter Jul 24, 2007 1:14 pm
Agradeceram: 16 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#760 Mensagem por FoxHound » Seg Fev 06, 2012 11:34 am

Direitos humanos na Alemanha ficam atrás da soberania.
Um tribunal internacional decidiu na sexta-feira (3) que a Alemanha não pode ser obrigada a pagar indenizações aos descendentes de vítimas de um massacre perpetrado durante a Segunda Guerra Mundial na Itália. O veredicto tem implicações muito além dos crimes de guerra nazistas, e foi apreciado por países em toda parte.

Soa como um paradoxo: a Alemanha leva a Itália à Justiça e ganha –e Roma está secretamente satisfeita com a decisão. Além disso, vários outros governos de todo mundo deram um suspiro de alívio na sexta-feira. Afinal, caso o Tribunal Penal Internacional (TPI) tivesse decidido de modo diferente, pessoas no Afeganistão ou Etiópia, nos Bálcãs ou na Líbia, poderiam levar ao tribunal países cujos soldados cometeram crimes de guerra em seu solo. É uma situação que governos de toda parte queriam evitar.

E agora conseguiram. A decisão do TPI derrubou uma decisão de 2008 do mais alto tribunal de apelação italiano, que buscava forçar a Alemanha a pagar indenizações às famílias das vítimas de crimes de guerra da época da Segunda Guerra Mundial. “A ação nos tribunais italianos negando imunidade alemã... constitui uma violação da obrigação devida pelo Estado italiano à Alemanha”, disse Hisashi Owada, presidente do tribunal da Organização das Nações Unidas.

A organização de direitos humanos Anistia Internacional disse em uma declaração que a decisão foi um “grande passo para trás na proteção dos direitos humanos internacionais”. O grupo disse que o TPI colocou os interesses dos países acima da proteção dos direitos humanos.

O caso se concentrava especificamente no assassinato de 250 civis italianos, em 29 de junho de 1944, na cidade toscana de Civitella e arredores, pelas mãos de tropas alemãs pertencentes à divisão de Herman Göring. Foi um ato de vingança em resposta a um ataque partidário contra soldados alemães poucos dias antes, resultando em três mortes. Mais de quarenta anos depois, familiares das vítimas do massacre de civis processaram a Alemanha em um tribunal italiano, na esperança de receber indenização.

Políticos furiosos em Berlim

Entre os querelantes estava Luigi Ferrini, natural da Toscana. Ele foi levado sob custódia por soldados alemães e transportado para um campo de concentração, onde foi torturado e obrigado a realizar trabalhos forçados. Em 2008, o tribunal de apelação italiano, conhecido como Cassation, decidiu a favor dos querelantes, determinando que os indivíduos cujos direitos humanos foram violados podiam processar por indenizações individuais. Políticos tanto de direita quanto de esquerda em Berlim ficaram furiosos.

Mas esse não era o único caso de indenizações contra a Alemanha tramitando na Justiça. Também na Grécia, os descendentes das vítimas de um ataque vingativo alemão processavam por indenizações. Em 10 de junho de 1944, unidades da SS reuniram 218 mulheres, crianças e idosos em Distomo, um vilarejo não distante de Delfos, e os assassinou. Os gregos buscaram seu caso em várias estâncias da Justiça alemã antes de serem rejeitados pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Os países, o tribunal decidiu na época, são “imunes” a processos impetrados por “pessoas naturais”. A decisão era consistente com um princípio há muito mantido de direitos humanos.

Mas os querelantes de Distomo tiveram sucesso na Grécia –ao menos no tribunal. A mais alta corte do país, a Areopag, lhes concedeu 28 milhões de euros em indenizações, mas os alemães simplesmente se recusaram a pagar. Tentativas de confisco e venda de propriedades pertencentes ao Estado alemão na Grécia fracassaram devido a objeções feitas pelo governo em Atenas. Ele temia confrontar abertamente Berlim.

Mas quando os querelantes gregos souberam da decisão de 2008 do Cassation, eles se juntaram ao caso. O tribunal em Roma decidiu que os descendentes das vítimas do massacre de Distomo tinham direito de reivindicar propriedades alemãs na Itália como garantia caso Berlim continuasse a se recusar a pagar. Mas o governo italiano não se mostrou mais disposto que o grego quando os querelantes pediram a Roma que leiloasse uma propriedade alemã no Lago Como. Não demorou para que a chanceler Angela Merkel convencesse seu par italiano, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, a bloquear a venda. Afinal, tanto os italianos quanto os gregos também contam com seus próprios episódios questionáveis de direitos humanos no passado para quererem evitar o pagamento de indenizações.

De fato, os governos de todo o mundo não ficaram incomodados quando Berlim decidiu contestar a decisão da Justiça italiana no Tribunal Penal Internacional, em 2008. Afinal, mesmo sem o confisco de propriedades alemãs na Grécia e na Itália, os querelantes ainda teriam direito a indenizações.

A posição da Alemanha era clara. Por outro lado, em 1961, o país já tinha feito um pagamento de indenização à Itália de 40 milhões de marcos. Além disso, o país criou a Fundação “Lembrança, Responsabilidade e Futuro” em 2000 para indenizar os trabalhadores forçados do Leste Europeu. A Alemanha concordou com pagamentos adicionais em conferências de paz ou como parte de tratados com outros países. O governo disse que não estava preparado para fazer ainda mais. E nenhum tribunal tem jurisdição para forçar um país estrangeiro a pagar indenizações, independente de qual seja a transgressão. Resumindo, a decisão italiana violava as regras internacionais de imunidade de um Estado estrangeiro em casos de direitos humanos.

A maioria dos juristas concorda. “Se fosse negada imunidade a um Estado estrangeiro neste e em outros casos semelhantes”, escreveu recentemente o professor de direitos humanos Andreas Zimmermann, no jornal alemão “Die Tageszeitung”, “então os tribunais da Geórgia, por exemplo, poderiam julgar o comportamento russo durante o conflito de 2008”. E vice-versa. Esta seria uma situação insustentável, disseram os juristas.

Assim, a decisão do TPI na sexta-feira não foi uma surpresa. O veredicto italiano contra a Alemanha concedendo indenizações às vítimas de crimes da era nazista viola a lei internacional. Reivindicar como garantia propriedades do Estado alemão igualmente não é permitido. De fato, a Itália, decidiu o tribunal, não deveria nem mesmo ter permitido que um caso fosse impetrado contra a Alemanha por um indivíduo natural. Negociações de indenização podem ser realizadas entre países, mas indivíduos não têm direito a impetrar processos.

Em outras palavras, a lei internacional permaneceu inalterada. E no futuro, as famílias das vítimas afegãs, iraquianas ou etíopes de abusos de direitos humanos perpetrados por países estrangeiros não terão mais recurso legais do que os italianos e gregos no caso decidido na sexta-feira, em Haia.
http://codinomeinformante.blogspot.com/ ... ficam.html




Avatar do usuário
tflash
Sênior
Sênior
Mensagens: 5426
Registrado em: Sáb Jul 25, 2009 6:02 pm
Localização: Portugal
Agradeceram: 31 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#761 Mensagem por tflash » Seg Fev 20, 2012 11:20 pm

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Mu ... 56&page=-1
Hitler teve um filho de jovem francesa
Publicado à 01.12


Uma investigação de uma revista francesa descobriu um filho a Hitler. O líder nazi terá engravidado uma jovem francesa durante a 1ª Guerra Mundial, em 1917. O jovem lutou contra as forças do pai, na segunda Grande Guerra, em 1940.

Jean-Marie Loret nasceu de pai incógnito em 1918, em plena Primeira Guerra mundial. Morreu em 1985, aos 67 anos, com a certeza de que seria filho de Adolf Hitler, o líder do partido Nazi que levou a Europa para a 2ª Grande Guerra.

Jean-Marie, Loret de apelido por adopção, fez parte das tropas francesas que lutaram contra os alemães na defesa da Linha de Magniot, durante a invasão nazi, que ocupou a França entre 1940 e 1944. Depopis juntou-se à resistência francesa, com o nome de código "Clement".

A história de Jean-Marie Loret é contada pela revista francesa "Le Point", com base em "provas conclusivas", recolhidas na Alemanha e na França. A mãe, Charlotte Lobjoie evitou revelar ao filho a identidade do pai e deu-o para adopção, no início dos anos 30, à família Loret. Hitler nunca apadrinhou a criança, mas terá mantido contacto com a mãe.

Pouco antes de morrer, nos anos 50, Charlotte Lobjoie revelou ao filho o nome do pai biológico. "Para não ficar deprimido, trabalhei sem parar, nunca tirei férias ou arranjei um passatempo. Durante 20 anos, não fui sequer ao cinema", terá dito Jean-Marie Loret, que decidiu começar a investigar a história que a mãe lhe contou em meados dos anos 70.

As fotografias mostram uma grande semelhança entre filho incógnito e pai mundialmente conhecido. Jean-Marie contratou cientistas para provar que tinha o mesmo tipo sanguíneo e uma caligrafia semelhante à de Hitler.

Também pela veia artística de Hitler, um pintor de qualidade, se revelam pinceladas deste caso. No sótão de casa da mãe, Jean-Marie encontrou quadros assinados por Hitler; na Alemanha, foi descoberto um retrato de uma mulher muito semelhante a Charlotte Lobjoie.

Documentos oficiais da Wehrmacht, o Exército Alemão, indicam que oficiais germânicos levaram envelopes com dinheiro a Charlotte Lobjoie, durante a Segunda Guerra mundial.

Jean-Marie Loret escreveu um livro, em 1981, intitulado "O nome do teu pai é Hitler", que agora deve ser republicado, provavelmente com mais sucesso, à luz destes novos elementos.

Adolf Hitler foi militar e lutou pela Alemanha na primeira guerra mundial. Numa das licenças, terá deixado as trincheiras perto de Seboncourt, no norte de França, para uns dias de folga em Fournes-in-Weppe, uma pequena localidade a oeste de Lille, onde conheceu Charlotte Lobjoie.

"Um dia, estava a apanhar feno com outras mulheres quando vi um soldado alemão do outro lado da rua", terá dito Charlotte, um dia, ao filho, Jean-Marie, sem lhe revelar a identidade do pai. O militar, Hitler, segundo a investigação do "Le Point", tinha um caderno e parecia desenhar, o que causou curiosidade entre as mulheres que o viam.

"Fui a designada para me aproximar dele", contou Charlotte Lobjoie, que, na altura, tinha 16 anos. Assim começou um breve relacionamento do qual resultou a gravidez, numa noite de junho. Jean-Marie Loret nasceu em março de 1918. "Quando o teu pai estava cá, o que era raro, costumava levar-me a dar grandes passeios pelo campo", contou a mãe ao filho, desvelando traços de personalidade, agora, facilmente reconhecidos em Hitler.

"Esse passeios terminavam mal. Inspirado pela natureza, o teu pai fazia discursos que eu não percebia", terá dito Charllote ao filho. "Não falava em francês, apenas resmungava em alemão, para uma audiência imaginária", contou a mãe de Jean-Marie Loret.

Francois Gibault, advogado parisiense a quem Jean-Marie recorreu em 1979 pela primeira vez admite, ainda, que os filhos de Loret podem reclamar direitos de autor da venda de Mein Kampf (A Minha Luta), o manifesto nazi de Hitler que vendeu milhões de exemplares no Mundo.




Kids - there is no Santa. Those gifts were from your parents. Happy New Year from Wikileaks
Avatar do usuário
pt
Sênior
Sênior
Mensagens: 3131
Registrado em: Qua Out 01, 2003 6:42 pm
Localização: Setubal - Portugal
Agradeceram: 161 vezes
Contato:

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#762 Mensagem por pt » Ter Fev 21, 2012 9:23 am

cassiosemasas escreveu:
Os males causados em ambos os casos, pelos nazistas e pelos stalinistas (e depois pelos os maoístas, não esqueçamos) foram terríveis, mas não dá para comparar os dois fenômenos. Incompetência pode ser grave, mas assassinato planejado e frio é muito mais grave ainda.


Leandro G. Card
concordo...

Leandro G. Card ->
O extremínio dos ucranianos não foi resultado da incompetência maciça mas sim de uma determinação do Estaline em esmagar a resistência Ucraniana.
A Ucrania era e foi posteriormente o celeiro da URSS. Trata-se da região mais produtiva de todo o império soviético.

Afirmar que aquilo foi resultado de má administração não corresponde à verdade, porque na mesma altura, regiões muito menos produtivas não sofreram do mesmo problema.
Como é possível acreditar que apenas por acaso a região mais produtiva de toda a URSS foi afetada com uma quebra na produção agricola que não tem paralelo em nenhuma outra república soviética ?

Incompetência administrativa existe em todo o lado, mas na Ucrânia houve intenção EXPRESSA de Estaline de destruir a oposição dos agricultores ucranianos ao processo de colectivização forçada.

Ainda hoje, o judeu nazista russo Vladimir Edelstein (AKA Zhiriniovski) (a oposição de direita autorizada por Vladimir Putin) nutre um ódio profundo pelos ucranianos e é uma demonstração desse ódio entre Moscovo e Kiev.
Se fosse apenas resultado do clima ou de situações pontuais, não tinha havido um aumento tão grande da oposição ucraniana aos comunistas nos anos 30.

Os ucranianos criaram movimentos de resistência (completamente desconhecidos até 1990) e quando em 1941 os alemães invadiram a URSS uma das razões que explica o colapso da frente sul, foi a ação da guerrilha ucraniana que sabotou a retaguarda do exército comunista.
Os ucranianos vingavam-se assim da brutalidade dos russos

O extreminio dos ucranianos não foi resultado de políticas erradas, como alguns russos hoje pretendem fazer crer.
Ele foi resultado de uma politica premeditada e posta em prática por Estaline, para vergar a Ucrânia pela fome.


A brutalidade criminosa de Estaline, é por isso idêntica à de Hitler, com a diferença de que Estaline foi muito mais eficiente, porque conseguiu ocultar a sua brutalidade de forma mais organizada e cientifica.

Tão eficiente foi Estaline, que passados 80 anos, mesmo com as provas apresentadas, ainda há quem acredite nas mentiras dele e pretenda que Hitler foi pior.





Súmula em inglês
The policy of all-out collectivization instituted by Stalin in 1929 to finance industrialization had a disastrous effect on agricultural productivity. Nevertheless, in 1932 Stalin raised Ukraine's grain procurement quotas by forty-four percent. This meant that there would not be enough grain to feed the peasants, since Soviet law required that no grain from a collective farm could be given to the members of the farm until the government's quota was met. Stalin's decision and the methods used to implement it condemned millions of peasants to death by starvation. Party officials, with the aid of regular troops and secret police units, waged a merciless war of attrition against peasants who refused to give up their grain. Even indispensable seed grain was forcibly confiscated from peasant households. Any man, woman, or child caught taking even a handful of grain from a collective farm could be, and often was, executed or deported. Those who did not appear to be starving were often suspected of hoarding grain. Peasants were prevented from leaving their villages by the NKVD and a system of internal passports.

PARA QUEM NÃO TENHA ENTENDIDO:

OS COMUNISTAS RUSSOS, AUMENTARAM POR DECRETO A QUANTIDADE DE COMIDA QUE A UCRÂNIA ERA OBRIGADA A PRODUZIR PARA O SISTEMA COLETIVO.
Ao exigir que os ucranianos entregassem mais comida aos comunistas, estes roubaram todo e qualquer recursos agrícola a uma população rural que ficou pura e simplesmente impossibilitada de se alimentar. Por isso 6 milhões morreram de fome entre 1932 e 1933 [a].

OS GOVERNANTES COMUNISTAS EM MOSCOVO, DIZIAM QUE O PROBLEMA ERA FALTA DE COMIDA, MAS A FALTA DE COMIDA FOI RESULTADO DE UMA LEI QUE RETIROU OS RECURSOS AGRICOLAS DA UCRANIA E NÃO RESULTADO DE PROBLEMAS COM A PRODUÇÃO.
A lei para retirar a comida aos ucranianos, foi premeditada, pensada e implementada com o objetivo CONFESSO de forçar os ucranianos a aceitar o sistema coletivista.
A organização brutal e metódica do extreminio dos ucranianos, só tem paralelo nas operações de extreminio de judeus pelos nazistas.




[a] - Costuma-se dizer que os comunistas mataram mais que os nazistas porque tiveram mais tempo.
Mas na realidade, os comunistas nos anos 30, mataram mais pessoas por dia que os nazistas durante a guerra.




Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceram: 812 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#763 Mensagem por LeandroGCard » Ter Fev 21, 2012 12:58 pm

pt escreveu: O extremínio dos ucranianos não foi resultado da incompetência maciça mas sim de uma determinação do Estaline em esmagar a resistência Ucraniana.
A Ucrania era e foi posteriormente o celeiro da URSS. Trata-se da região mais produtiva de todo o império soviético.

Afirmar que aquilo foi resultado de má administração não corresponde à verdade, porque na mesma altura, regiões muito menos produtivas não sofreram do mesmo problema.Como é possível acreditar que apenas por acaso a região mais produtiva de toda a URSS foi afetada com uma quebra na produção agricola que não tem paralelo em nenhuma outra república soviética ?
Outras regiões menos produtivas já estavam organizadas em pequenas propriedades cooperadas e fazendas coletivas. Não houve mudanças forçadas na estrutura produtiva e portanto não houve queda tão acentuada na produção.

Incompetência administrativa existe em todo o lado, mas na Ucrânia houve intenção EXPRESSA de Estaline de destruir a oposição dos agricultores ucranianos ao processo de colectivização forçada.

Ainda hoje, o judeu nazista russo Vladimir Edelstein (AKA Zhiriniovski) (a oposição de direita autorizada por Vladimir Putin) nutre um ódio profundo pelos ucranianos e é uma demonstração desse ódio entre Moscovo e Kiev.
Se fosse apenas resultado do clima ou de situações pontuais, não tinha havido um aumento tão grande da oposição ucraniana aos comunistas nos anos 30.

Os ucranianos criaram movimentos de resistência (completamente desconhecidos até 1990) e quando em 1941 os alemães invadiram a URSS uma das razões que explica o colapso da frente sul, foi a ação da guerrilha ucraniana que sabotou a retaguarda do exército comunista.

Os ucranianos vingavam-se assim da brutalidade dos russos
Ou seja, havia DE FATO um estado praticamente de beligerância entre as Ucrânia (católica e com a agricultura organizada em torno de propriedades médias possuídas por famílias abastadas, acostumadas a produzir para vender excedentes) e a Rússia (ortodoxa e com a agricultura baseada em campos já coletivizados após a derrubada da nobreza, produzindo em grande parte apenas para a própria subsistência). Por isso Stalin forçou a coletivização, o que causou as quebras de safras nos anos seguintes. Mas não houve tropas de criminosos psicopatas mandando as populações de cidades inteiras cavarem buracos e depois fuzilando-as na beirada deles e cobrindo tudo de terra com tratores.

A brutalidade nazista foi tão maior que pouco tempo depois a resistência ucraniana já estava lutando CONTRA os nazistas e A FAVOR de Stalin. Não é a toa que todos os historiadores apontam este como um dos erros de Hitler, de ter com sua política assassina transformado a população ucraniana que poderia ter sido de aliados em ferrenha inimiga.
O extreminio dos ucranianos não foi resultado de políticas erradas, como alguns russos hoje pretendem fazer crer.
Ele foi resultado de uma politica premeditada e posta em prática por Estaline, para vergar a Ucrânia pela fome.


A brutalidade criminosa de Estaline, é por isso idêntica à de Hitler, com a diferença de que Estaline foi muito mais eficiente, porque conseguiu ocultar a sua brutalidade de forma mais organizada e cientifica.
Nunca, jamais nenhum genocídio na história teve o cuidado científico, a eficiência industrial e a PREMEDITAÇÃO do extermínio pelos nazistas dos povos considerados inferiores. Stalin queria dobrar os proprietários de terra ucranianos, e sua irredutibilidade somada à resistência destes (justa, mas inútil e contra-producente) causou as mortes pela fome. Hitler queria desde o princípio MATAR. Negar isso é ignorar a história em nome das próprias preferências e preconceitos pessoais.

Tão eficiente foi Estaline, que passados 80 anos, mesmo com as provas apresentadas, ainda há quem acredite nas mentiras dele e pretenda que Hitler foi pior.
Opinião por opinião você tem a sua, o resto do mundo tem a dele 8-] .

PARA QUEM NÃO TENHA ENTENDIDO:

OS COMUNISTAS RUSSOS, AUMENTARAM POR DECRETO A QUANTIDADE DE COMIDA QUE A UCRÂNIA ERA OBRIGADA A PRODUZIR PARA O SISTEMA COLETIVO.
Ao exigir que os ucranianos entregassem mais comida aos comunistas, estes roubaram todo e qualquer recursos agrícola a uma população rural que ficou pura e simplesmente impossibilitada de se alimentar. Por isso 6 milhões morreram de fome entre 1932 e 1933 [a].

OS GOVERNANTES COMUNISTAS EM MOSCOVO, DIZIAM QUE O PROBLEMA ERA FALTA DE COMIDA, MAS A FALTA DE COMIDA FOI RESULTADO DE UMA LEI QUE RETIROU OS RECURSOS AGRICOLAS DA UCRANIA E NÃO RESULTADO DE PROBLEMAS COM A PRODUÇÃO.
A lei para retirar a comida aos ucranianos, foi premeditada, pensada e implementada com o objetivo CONFESSO de forçar os ucranianos a aceitar o sistema coletivista.
A organização brutal e metódica do extreminio dos ucranianos, só tem paralelo nas operações de extreminio de judeus pelos nazistas.


[a] - Costuma-se dizer que os comunistas mataram mais que os nazistas porque tiveram mais tempo.
Mas na realidade, os comunistas nos anos 30, mataram mais pessoas por dia que os nazistas durante a guerra.
A ocorrência de mais mortes nestes territórios é uma decorrência do fato de as populações colocadas totalmente sob o jugo Stalinista (e depois maoísta) terem sido muito mais numerosas do que as que caíram sob o jugo total dos nazistas, pois felizmente para a humanidade uma grande parte dos países que ficaram sob total controle dos alemães não eram parte do Lebensraum que Hitler e seus nazistas queriam ocupar com povos arianos. Com exceção da Polônia (que não por acaso foi o país que mais sofreu com a SGM perdendo 6 milhões de cidadãos, 95% deles civis, de uma população inicial de 30 milhões, a maioria esmagadora morta pelos nazistas e não pelos russos) nas demais regiões deste "espaço vital" os alemães jamais tiveram a tranquilidade de já ter vencido a guerra, como ocorreu na Europa Ocidental. Mesmo assim, dezenas de millhões de pessoas foram sistematicamente assassinados pelas hostes nazistas, que não pretendiam CONTROLAR a população destes territórios como os comunistas, mas pura e simplesmente ELIMINÁ-LA.


Leandro G. Card




pafuncio
Sênior
Sênior
Mensagens: 5921
Registrado em: Sex Set 09, 2005 2:38 am
Agradeceram: 5 vezes

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#764 Mensagem por pafuncio » Ter Fev 21, 2012 2:29 pm

Off topic, mas nao tanto.

Stalin, aka Koba, Aka Sosho, era da Georgia, parte meridional fazia pouco incorporada pelo imperio tzarista. Estou lendo uma biografia do jovem stalin, simon montefiori, que tambem escreveu a corte do czar vermelho. Nao seria um desproposito comparar os georgianos e os sicilianos, digamos assim;

Nikita Kruschóv, ucraniano, comissario politico, deposto por uma troika de russos. :mrgreen: Campones de origem.

Leonid Brezhnev - tambem ucraniano.



Os mais longevos dos premieres sovieticos foram nao russos. Boa parte dos expurgos ucranianos no mais foram ordenados por stalin e kruschòv, este inclusive realizou a tarefa diretamente, quando ainda nao chegara ao posto maximo.

Lembro que o Lenine praguejou quanto aos dirigentes nao russos. Estes, seriam mais chauvinistas que os proprios russos. Nota se que havia sempre um ccredo na universalidade da revolucao, abrindo se espaco para os nao russos e outras minorias etnicas (trostski e mikoyan, magnata armenio cujo irmao era diretor de um certo OKB, por exemplo).

Sorry pelo ófí.

Amplexos.




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
Avatar do usuário
brasil70
Sênior
Sênior
Mensagens: 722
Registrado em: Sáb Mai 29, 2010 2:01 pm
Agradeceram: 1 vez

Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

#765 Mensagem por brasil70 » Qua Fev 22, 2012 12:09 am

Não existe regimes assassinos ou meio-assassinos, a URSS matou tanto ou mais que o Terceiro Reich. Se Hitler era um assassino, Stalin também não deixava a desejar.




"O que tem que ser feito, tem que ser bem feito, tem que ser perfeito.
Uma vez PE, sempre PE!"
_________________
Responder