EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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tykuna
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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#751 Mensagem por tykuna » Sex Dez 24, 2010 4:17 pm

Brasileiro escreveu:Lord Nauta,

As quantidades de veículos blindados 6X6 do EB atualmente são:

-409 EE-9 Cascavel;
-213 EE-11 Urutu;

2044 unidades me parecem blindados de sobra em relação à quantidade atual.

Ou então o EB pretende triplicar sua capacidade blindada sobre rodas.


abraços]

Brasileiro,

Lembresse que as motorizadas irão se tornar mecanizadas, vai é faltar....

[]´s




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Naval
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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#752 Mensagem por Naval » Sex Dez 24, 2010 4:26 pm

henriquejr escreveu:Eu fico me perguntando o porque de todos os Guaranis não serem 8x8! Vendo a maioria dos exércitos do mundo dá para notar que o 8x8 é praticamente uma unanimidades com relação aos novos projetos de VBTP-MR existentes. Um Guarani 8x8 não teria uma maior capacidade de transporte de tropas e maior flexibilidade que um 6x6? E ainda mais que toda frota poderia ser padronizada no 8x8, desde a versão básica até a caça-tanques!

Os Fuzileiros estão padronizando sua frota de blindados sobre rodas com o Piranha, um 8x8!!!
Resposta = $$$$$$$

Abraços.




"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
Elias RS
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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#753 Mensagem por Elias RS » Sex Dez 24, 2010 11:35 pm

O sistema de variação de pressão do pneu foi instalado para permitir variar a pressão do mesmo em função do tipo de solo em que o veículo se desloca.

Ok foi o que eu disse também...

A diminuição da pressão faz com que aumente a área do pneu que está em contato com o solo, diminuindo a pressão do pneu contra o solo, e portanto garantindo a traficabilidade do veículo em solos pouco consistentes.

Ou seja, a pressão deve variar sempre dentro de limites que garantam a movimentação do veículo.

A pressão do pneu que garante o deslocamento dele na areia não impedirá que por uma distancia de cerca de 10 km (ou mais) ele se desloque pelo asfalto enquanto o pneu está atingindo sua pressão máxima.

Este foi o critério de projeto do sistema.

Pelo que se escreveu eu imagino, então, que a doutrina de emprego do Urutu pelo CFN (lembrem-se que o Urutu foi projetado conforme pedido do CFN, e me foi dito na ENGESA, que um dos projetistas do mesmo foi um Capitão de Fragata engenheiro naval), previa que no desembarque da tropa, o Urutu , vencido trecho de areia, deveria, antes de trafegar pelo terreno mais consistente, ficar parado esperando os pneus atingissem a pressão adequada, não importando o tempo que isto levasse?

Será possível?

Não foi isso que eu disse... Mas que leva uns 20 min para encher isso leva, pois eu já ví o procedimento... E quanto a andar com os pneus meio murchos em situação de combate nada de mais, mas fora dele é um desgaste enorme para a borracha dos mesmos...

Outra coisa que me não consegui entender é por que o pneu cheio interfere na navegação do veículo!?

Essa parte eu tb não entendi... Para mim um pneu mais cheio flutua melhor que um mais vazio...

Em suma, estou inteiramente confuso!

Seria possível um esclarecimento?

Bacchi

P.S.: No sitio do Centro de Instrução de Blindados do Exército Brasieliro encontrei a informação que antes da transposição de um curso d’agua os pneus do Urutu devem ser regulados para 2kg/cm2 = 28,5 libras/pol2.[/quote]

Abss e
Feliz Natal!!!
Elias




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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#754 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Sáb Dez 25, 2010 10:33 am

Elias RS,

Muito obrigado por sua gentileza em tentar explicar.

Continuo, todavia, achando que a narrativa está cheia de coisas confusas e sensacionalistas.

Por mim considero o assunto encerrado.

Bacchi




gil eanes

Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#755 Mensagem por gil eanes » Sáb Dez 25, 2010 7:01 pm

Reginaldo Bacchi escreveu:
Elias RS escreveu:Olá João!
Sim ele tem um sistema automático de enchimento... Nas ele é bem demorado... Imagine você a quantidade de ar que cada pneu 1200x20 daqueles precisa para chegar a pressão normal de piso firme... Basta ir a um borracheiro e ver quanto tempo ele leva para encher um pneu de caminhão, isso usando um compressor de verdade...
Elias
Vocês me desculpem, mas tendo trabalhado na ENGESA durante 14 anos, eu não consigo entender o que foi escrito.

O sistema de variação de pressão do pneu foi instalado para permitir variar a pressão do mesmo em função do tipo de solo em que o veículo se desloca.

A diminuição da pressão faz com que aumente a área do pneu que está em contato com o solo, diminuindo a pressão do pneu contra o solo, e portanto garantindo a traficabilidade do veículo em solos pouco consistentes.

Ou seja, a pressão deve variar sempre dentro de limites que garantam a movimentação do veículo.

A pressão do pneu que garante o deslocamento dele na areia não impedirá que por uma distancia de cerca de 10 km (ou mais) ele se desloque pelo asfalto enquanto o pneu está atingindo sua pressão máxima.

Este foi o critério de projeto do sistema.

Pelo que se escreveu eu imagino, então, que a doutrina de emprego do Urutu pelo CFN (lembrem-se que o Urutu foi projetado conforme pedido do CFN, e me foi dito na ENGESA, que um dos projetistas do mesmo foi um Capitão de Fragata engenheiro naval), previa que no desembarque da tropa, o Urutu , vencido trecho de areia, deveria, antes de trafegar pelo terreno mais consistente, ficar parado esperando os pneus atingissem a pressão adequada, não importando o tempo que isto levasse?

Será possível?

Outra coisa que me não consegui entender é por que o pneu cheio interfere na navegação do veículo!?

Em suma, estou inteiramente confuso!

Seria possível um esclarecimento?

Bacchi

P.S.: No sitio do Centro de Instrução de Blindados do Exército Brasieliro encontrei a informação que antes da transposição de um curso d’agua os pneus do Urutu devem ser regulados para 2kg/cm2 = 28,5 libras/pol2.
Não sei quanto aos urutus utilizados pelo EB mas na Marinha eles eram utilizados no movimento navio para a terra (MNT), ou seja desembarcavam dos navio de desembarque doca, no mar, e dirigiam-se para a praia. Ao sairem da rampa do navio, a primeira reação era o curso dos amortecedores serem esticados ao maximo, pois adentravam a água. Com os pneus completamente cheios o empuxo era maior e os pneus agiam como lemes podendo concorrer com o próprio sistema de governo, que de natureza não era muito eficiente. E dessa forma, sempre foi muito difícil mantê-los num curso reto, e numa velocidade de 1 ou 2 nós, no máximo. E chegando à praia com as 11 ton o risco dos memos atolarem eram grandes. A recomendação de se esvaziarem os pneus eram da própria Engesa. Nota: Os Urutus não foram projetados para navegarem. Eram verdadeiros caixotes, quase que ao sabor das correntes.




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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#756 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Sáb Dez 25, 2010 9:06 pm

gil eanes escreveu: Não sei quanto aos urutus utilizados pelo EB mas na Marinha eles eram utilizados no movimento navio para a terra (MNT), ou seja desembarcavam dos navio de desembarque doca, no mar, e dirigiam-se para a praia. Ao sairem da rampa do navio, a primeira reação era o curso dos amortecedores serem esticados ao maximo, pois adentravam a água. Com os pneus completamente cheios o empuxo era maior e os pneus agiam como lemes podendo concorrer com o próprio sistema de governo, que de natureza não era muito eficiente. E dessa forma, sempre foi muito difícil mantê-los num curso reto, e numa velocidade de 1 ou 2 nós, no máximo. E chegando à praia com as 11 ton o risco dos memos atolarem eram grandes. A recomendação de se esvaziarem os pneus eram da própria Engesa. Nota: Os Urutus não foram projetados para navegarem. Eram verdadeiros caixotes, quase que ao sabor das correntes.
Gil Eanes, na minha ultima mensagem eu tinha pedido para este assunto ser encerrado.

Infelizmente você resolveu continuar. Portanto, por favor:

O que os amortecedores tem com isto?

Que pressão (ou pressões) a ENGESA recomendava?

O que você quer dizer com “... o empuxo era maior...” Que empuxo?

Você poderia quantificar as dimensões do pneu com a pressão minima recomendada comparada com a dimensão com a pressão maxima recomendada para se poder entender toda esta confusão?

Bacchi




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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#757 Mensagem por Reginaldo Bacchi » Seg Dez 27, 2010 3:10 pm

Consultei o eng. Odilon Lobo de Andrade Neto, que foi diretor tecnico da ENGESA, sobre a recomendação da ENGESA aos usuarios do URUTU, sobre as pressões dos pneus nos varios casos.

Após consultar seu arquivo informou o seguinte:

55 libras/pol2 para uso em estrada asfaltada,

40 libras/pol2 para estradas de terra,

25 libras/pol2 para lama, areia e emergências.

Não se escrevia nada sobre "esvaziar".

Interessante o que escrevi em 24 Dez as 12:54:

“... P.S.: No sitio do Centro de Instrução de Blindados do Exército Brasileiro encontrei a informação que antes da transposição de um curso d’agua os pneus do Urutu devem ser regulados para 2kg/cm2 = 28,5 libras/pol2....”.

Ou seja:

ENGESA: 25 libras/pol2

CIB: 28,5 libras/pol2

Algo muito diferente de “esvaziar pneus”!

Bacchi




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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#758 Mensagem por silverstone2 » Ter Dez 28, 2010 12:32 pm

Pôxa Gil, foi dureza a sua "contra-informação"




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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#759 Mensagem por Luís Henrique » Ter Dez 28, 2010 7:43 pm

Reginaldo,

muito boa matéria na última T&D.
para mim foi uma surpresa a versão de reconhecimento manter a mesma configuração 6x6.

O canhão de 90mm é uma ótima alternativa.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#760 Mensagem por henriquejr » Ter Dez 28, 2010 7:57 pm

Eu preferia na configuração 8x8!




.
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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#761 Mensagem por Lord Nauta » Ter Dez 28, 2010 8:16 pm

henriquejr escreveu:Eu preferia na configuração 8x8!

Com canhão de 105 mm, um caça CC, talvez.


Sds


Lord Nauta




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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#762 Mensagem por Lord Nauta » Ter Dez 28, 2010 8:16 pm

henriquejr escreveu:Eu preferia na configuração 8x8!

Com canhão de 105 mm, um caça CC, talvez.


Sds


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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#763 Mensagem por henriquejr » Ter Dez 28, 2010 8:30 pm

Pois é!
Acho até que todos os Guaranis deveriam ser na versão 8x8, assim como são a grande maioria dos novos projetos do tipo. Acho que nesse sentido o EB ta indo na contra-mão do resto.




.
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Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#764 Mensagem por general-lee » Ter Dez 28, 2010 10:14 pm

È isso ai moçada, temos que pensar grande,chega de sermos pequenos vamos mudar nossa mentalidade.Pra-frente BRASIL. sds




gil eanes

Re: URUTU III: FIAT/IVECO

#765 Mensagem por gil eanes » Qua Dez 29, 2010 11:49 am

Reginaldo Bacchi escreveu:Consultei o eng. Odilon Lobo de Andrade Neto, que foi diretor tecnico da ENGESA, sobre a recomendação da ENGESA aos usuarios do URUTU, sobre as pressões dos pneus nos varios casos.

Após consultar seu arquivo informou o seguinte:

55 libras/pol2 para uso em estrada asfaltada,

40 libras/pol2 para estradas de terra,

25 libras/pol2 para lama, areia e emergências.

Não se escrevia nada sobre "esvaziar".

Interessante o que escrevi em 24 Dez as 12:54:

“... P.S.: No sitio do Centro de Instrução de Blindados do Exército Brasileiro encontrei a informação que antes da transposição de um curso d’agua os pneus do Urutu devem ser regulados para 2kg/cm2 = 28,5 libras/pol2....”.

Ou seja:

ENGESA: 25 libras/pol2

CIB: 28,5 libras/pol2

Algo muito diferente de “esvaziar pneus”!

Bacchi

Sr. Bachhi. Primeiramente você não se contentou em deixar de opinar no post que eu mandei _ uma crônica, aliás _ da qual se ateve a detalhes pequenos como pneumáticos. O bonito era o conto em si, que particularmente me trás muitas e boas recordações. E que se levados pelo aspecto lendário não deixa nada a desejar às incomensuráveis besteiras que aqui são escritas. Mas, além de ser bonito e interessante, com quixotadas humorísticas, o que lá se relatou é verdade. Isso eu lhes asseguro.

Depois, pediu-me para eu ficar quieto, dando o assunto por encerrado!!! Puxa, ainda bem que você não tem esse poder heim. Além de demonstrar uma tremenda falta de humor e educação.

Mas não se irrite, e nem precisava, já que, tendo trabalhado 14 anos na Engesa, e contando com a assessoria do Odilon, tem plenas condições de saber aquilo que a mim próprio indagou ou duvidou.

Mas, veja. Eu lhe asseguro que, seja lá o adjetivo que se queira dar ao ato de mudar o volume de um pneu, para que este deixe de apresentar uma pressão interna maior e passe a apresentar uma menor, como você mesmo nos mostrou, não esquecendo a assessoria do Odilon, é claro, quais sejam: 55 psi eram para estrada asfaltada, 40 psi eram para estrada de chão, e 25 psi eram para lama, areia e emergências, tecnicamente (no popular) é "esvaziar" sim. As diferenças de 15 e 30, respectivamente, restantes, logicamente, o naval, que de burro só tem a fama (né?) guardava na mochila pro momento do desembarque.

Odilon , assim como você, não vai achar este procedimento em nenhum alfarrábio, assim como dezenas de outras coisas que eram necessárias.

Odilon, que é engenheiro, apesar de não engenheiro naval, tem plenas capacidades de responder a você e aos demais quais as influências de um pneu totalmente cheio e de um outro menos cheio, quando mergulhados na água, na situação do Urutu, navegando no mar. (Pergunte também quantas vezes ele aceitou fazer o desembarque conosco).

EDITADO POR PAISANO!!!




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