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Re: INVESTIR EM?

Enviado: Dom Mai 12, 2019 2:33 pm
por Bourne
Postei no tópico da previdência e é pertinente repostar aqui.

Como diz um camarada que faz consultoria de investimento, os fundos de previdência privada e públicos são frias. Eles remuneram pouco e te amarram por décadas. Porque o administrador pensa neles mesmos e o banco força que os gerentes vendam esse produto. Se for fundo de estatal ou funcionalismo público, piora. O motivo que fica refém da interferência política. Assim remunera menos que o mercado e corre o risco de ter que pagar as barbeiragens dos administradores.

O CDI é o que a Nubank remunera na conta corrente. É o investimento mais básico e seguro disponível no mercado.
Os dez maiores fundos de previdência do Brasil rendem abaixo do CDI
Oferecidos por Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, todos são compostos integralmente por renda fixa, o que joga contra investimentos de longo prazo

A crise da Previdência Social tem servido ao menos para uma coisa: lembrar os brasileiros do quão é importante, durante a juventude, se planejar para a velhice. Com as manchetes nada animadoras dando conta de como será difícil se aposentar nos próximos anos, é bastante tentador aceitar o primeiro plano de previdência privada oferecido pelo gerente do banco.

Má notícia. Se você caiu nessa tentação e contratou um dos dez maiores fundos de previdência do Brasil – oferecidos por Banco do Brasil (BrasilPrev), Bradesco e Itaú –, seu patrimônio acumulado será menor do que poderia ser.

Levantamento feito pela plataforma de investimentos Magnetis mostra que todos esses fundos têm rendimento abaixo do CDI. Por acompanhar a Selic, essa taxa é considerada “livre de risco” pelo mercado. Ou seja, é o piso aceitável de retorno para qualquer aplicação.

Você vê abaixo a simulação do rendimento de R$ 100 mil aplicados em cada um desses grandes fundos, por 1, 5 e 10 anos. Estão aí também as projeções, nos mesmos prazos, para um CDB (Certificado de Depósito Bancário) que paga 100% do CDI; e uma carteira diversificada, com 80% em renda fixa e 20% em fundos multimercados.

Investimento inicial = R$ 100 mil

Fundo 1 ano 5 anos Acima de 10 anos
BRASILPREV RT FIX VI FICFI RF 104.053,08 136.604,03 221.801,41
BRASIL PREV RT FIX II FICFI RF 103.894,14 135.168,58 217.024,89
BRASILPREV RT FIX VII FICFI RF 104.342,59 139.218,60 230.501,51
BRADESCO FIC RF VGBL F10 103.851,56 134.784,08 215.745,46
BRASILPREV RT FIX C FICFI RF 104.214,86 138.065,12 226.663,23
ITAÚ FLEXPREV EXCELLENCE RF FICFI 104.172,29 137.680,62 225.383,81
BRAD PRIV FIC RI RF PGBL VGBL ATIVO 103.993,48 136.065,74 220.010,22
BRAD PRIV FIC FI RF PGBL VGBL ATIVO F0 104.163,77 137.603,72 225.127,92
BRASILPREV RT FIX VIII FIC FI RF 104.407,87 139.808,16 232.463,30
BRASILPREV RI FIX X FIC FI RF 103.701,13 133.332,20 211.224,82
CARTEIRA DIVERSIFICADA (80% RF + 20% MULTIMERCADOS) 104.798,08 143.332,20 244.189,67
CDB 100% DO CDI 106.532,44 151.129,44 241.779,42
Fonte: Magnetis, com dados da Anbima (16/4/19)

Mas por que esses são os fundos de previdência mais contratados, se os rendimentos oferecidos deixam a desejar? “Muito se deve à comodidade do cliente e do poder de convencimento dos gerentes, que precisam bater metas”, diz Daniel Jannuzzi, profissional CFP® e consultor da Magnetis.

Para ele, o medo de depender do governo e não conseguir se aposentar, somado ao desconhecimento, colabora para que as pessoas aceitem rendimentos baixos nos bancos onde já têm conta.

“A gente não tem nenhuma aula de finanças no colégio e isso acaba trazendo esses efeitos indesejados”, diz Jannuzzi.

Fora render abaixo das operações mais básicas oferecidas no mercado, existe outra característica que une todos esses dez fundos. Eles aplicam o dinheiro de seus clientes integralmente em renda fixa.

Esse fato vai na contramão de uma lição básica do mundo dos investimentos: quanto maior o prazo da aplicação, mais risco você pode tomar no meio do caminho para construir seu patrimônio. E, em tese, investimentos de previdência são (ou deveriam ser) para o longo prazo.

“Vemos hoje uma concentração muito grande dos investidores na renda fixa”, diz Jannuzzi. Ele explica que, se um cliente tem um longo prazo para investir pela frente, o ideal é fazer aportes em fundos com alguma parcela de renda variável em suas carteiras – diferentemente dos dez maiores fundos de previdência do Brasil.

O que dizem os bancos?
De acordo com todas as três instituições - Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco - não há recomendação aos seus gerentes para que ofereçam preferencialmente esses planos de previdência. Tampouco, segundo eles, há programa de metas e pagamentos de bônus atrelados à oferta desses fundos.

O diretor financeiro da BrasilPrev, Marcelo Wagner, alega que os fundos que o banco administra e estão entre os dez maiores do Brasil foram lançados entre 2000 e 2003, “num cenário completamente diferente do atual”.

V“Muitos clientes preferem permanecer em planos que acessam esses fundos pois têm um viés de proteção do patrimônio, com faixa etária superior a 60 anos”, diz Wagner. De acordo com ele, esses investidores são “orientados a diversificar os investimentos” para planos “tanto de renda fixa quanto multimercado”.

Por meio de sua assessoria, o Bradesco informa que oferece fundos de previdência com base no “momento de vida do cliente”. E frisa que “os produtos de previdência são de longo prazo, portanto, espelham captações de médio e longo prazo, normalmente acima de 2 anos”.

O Itaú Unibanco alega que, a depender da janela observada, o fundo do banco supera, sim, o CDI. Por e-mail, informou que “a janela de 12 meses foi prejudicada pela volatilidade no mercado de juros que aconteceu em maio de 2018. O mercado como um todo sofreu e isso carregou o histórico nos últimos 12 meses”.

De acordo com Claudio Sanches, diretor de produtos de investimentos e previdência do Itaú Unibanco, o banco sempre oferece a seus clientes “o melhor produto possível, considerando o perfil de risco e as taxas”.

No ano passado, diz, dos R$ 160 bilhões administrados pelos fundos de previdência do Itaú, R$ 40 bilhões passaram por realocação dos clientes em busca de melhores rendimentos.
Sanches destaca ainda a preocupação do banco com o eventual desconhecimento do cliente sobre investimentos em todos os níveis de renda. E diz que os processos internos do banco garantem a investidores de diferentes perfis a alocação ideal em previdência, respeitando regras básicas da educação financeira, como montar uma reserva de emergência antes de correr atrás de rentabilidade.

Contratei um desses planos, o que eu faço?
Primeiro, lamente.

Segundo, acalme-se.

A portabilidade da previdência privada permite a você trocar, sem custos, seu plano atual por outro mais vantajoso da mesma ou de outra instituição financeira. Nesse caso, basta solicitar ao banco em que você tem o plano e ele ficará responsável por entrar em contato com a instituição financeira que passará a gerir seu patrimônio.

A carência mínima para migração exigida por planos de previdência privada abertos, caso dos oferecidos pelos bancos, é de 60 dias. E todo o processo de transição deve ser finalizado em até 5 dias úteis.
A portabilidade permite também que a tabela de cobrança de imposto de renda (IR) progressiva seja trocada pela regressiva – mas não o contrário. E a troca só pode ser feita entre planos da mesma modalidade. Quem tem PGBL só pode mudar para outro PGBL, e o mesmo vale para quem tem um plano VGBL - se você não entende lhufas sobre a sopa de letrinhas da previdência privada, convido a clicar aqui.

Agora, se for sua vontade trocar de modalidade de qualquer jeito, sem problemas. Mas aí não é portabilidade – e você pode pagar caro por isso. Será necessário sacar a quantia e reaplicá-la em outro plano. E aí você paga IR, o que pode acabar de vez com a vantagem oferecida pelo plano para o qual você quer migrar.

Atenção: a única cobrança permitida no momento de fazer a portabilidade do seu dinheiro de um plano a outro é a taxa de carregamento – se houver, porque vários planos oferecidos no mercado isentam você dessa taxa.
Logo, vale prestar atenção nesse ponto antes de escolher o seu novo fundo previdenciário.

https://valorinveste.globo.com/produtos ... 8liDYFa8wk

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Ter Mai 14, 2019 11:53 pm
por Túlio
Dia 11 postei que o BTC tinha passado de USD 7k e Marketcap de USD 123B. Dois dias depois - e se mantendo hoje - já são USD 8k e Marketcap de mais de USD 140B.

Só hoje que me liguei: já tem mais BTC circulando do que BRL!!! :shock: :shock: :shock: :shock:

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Sex Mai 17, 2019 6:14 pm
por Túlio
Me arresorvi a brincar com OIL em Long Trade. A Bolsa fechou faz cerca de meia hora, a metade mais forte dos meus USD segue investida, no aguardo do que vai rolar a partir do domingo 19hs, quando abre na Ásia (segunda 7hs lá); a outra metade (mais fraca):

Imagem

Acho que finalmente estou pegando o jeito da coi$a... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:


PS: já abri A MINHA CERVA!!! [009]


EDIT - Sou só eu ou alguém mais notou que a REPSOL caiu uns 22%? Uma estatal de petróleo da Espanha vai ser deixada a desabar? Espanha não é Venezuela, tigrada... :wink: 8-]

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Dom Jun 23, 2019 8:52 am
por Bourne
Percebi uma onda de coachs que misturam autoajuda e motivação com finanças. :roll:

É uma bomba que enganam milhares ou milhões de pessoas. Em primeiro lugar porque não tem conhecimento técnico sobre o que falam. Por exemplo, um em específico não sobe explicar o efeito da expectativa de inflação sobre retorno de investimento. Ao mesmo tempo em que enchem apresentação de frases feitas e de motivação. Em segundo lugar vendem sonhos como ir do milão para milhão pensando como milionário. Não é assim que funciona. Não existe milagre. E se parece milagre, não se sustenta ou é ilegal. Por exemplo, prometer rendimento real de 0,5% ao mês por 30 anos. Isso é impossível.

Por fim, o mais grave, começam a se contratados por corretoras para darem "dicas" de investimento. Por acaso, as "dicas" favorecem os produtos das corretoras que os contrataram. A estratégia das corretoras e bancos para popularizar seus produtos de investimento beira a ilegalidade e falta ética.

Isso sem falar nos golpistas como Empiricus. Ou dos golpistas menores que estão vendendo para o público mais simples milagres com bitcoins, investimentos mágicos e outros que disfarçam pirâmides e outros golpes. Obviamente que vão tudo para cadeia cedo ou tarde.

A bomba vai acabar estourando quando a economia se recuperar. No momento o efeito é baixo porque todos estão sem dinheiro, sem renda e bens reais sem compradores.

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Dom Jun 23, 2019 1:20 pm
por Túlio
Bourne escreveu: Dom Jun 23, 2019 8:52 am Percebi uma onda de coachs que misturam autoajuda e motivação com finanças 1. :roll:

É uma bomba que enganam milhares ou milhões de pessoas. Em primeiro lugar porque não tem conhecimento técnico sobre o que falam 2. Por exemplo, um em específico não sobe explicar o efeito da expectativa de inflação sobre retorno de investimento 3. Ao mesmo tempo em que enchem apresentação de frases feitas e de motivação. Em segundo lugar vendem sonhos como ir do milão para milhão pensando como milionário. Não é assim que funciona. Não existe milagre. E se parece milagre, não se sustenta ou é ilegal. Por exemplo, prometer rendimento real de 0,5% ao mês por 30 anos. Isso é impossível 4.

Por fim, o mais grave, começam a se contratados por corretoras para darem "dicas" de investimento. Por acaso, as "dicas" favorecem os produtos das corretoras que os contrataram. A estratégia das corretoras e bancos para popularizar seus produtos de investimento beira a ilegalidade e falta ética 5.

Isso sem falar nos golpistas como Empiricus 6. Ou dos golpistas menores que estão vendendo para o público mais simples milagres com bitcoins, investimentos mágicos e outros que disfarçam pirâmides e outros golpes 7. Obviamente que vão tudo para cadeia cedo ou tarde.

A bomba vai acabar estourando quando a economia se recuperar. No momento o efeito é baixo porque todos estão sem dinheiro, sem renda e bens reais sem compradores.
1 - Demorô, hein? Antes mesmo de começar a negociar já tinha notado, e inclusive mencionei meio que de passagem neste mesmo tópico. Inclusive, dos dois vídeos que mostrei na ocasião, um dos caras realmente entende do assunto (Rennó), eis que, numa parte do que invisto (cryptos), o vejo acertar muito mais do que errar (lembrar que investir não é sobre GANHAR SEMPRE mas sobre GANHAR MAIS DO QUE SE PERDE); já o outro (Epaminondas) é um festival de bola fora (mas ainda assim concordo com a aposta do cara sobre a ADA, que é esta valorizar a uns USD 0,30 até o fim do ano: vou achar curioso se valorizar SÓ ISSO do jeito que a coisa vai e, quando ele disse isso, ela valia menos de 1/3 do que vale agora, que está passando dos USD 0,10, mas meu TP em CFD por enquanto está em pouco mais de USD 0,21; no que chegar perto, subo de novo até achar que a atual Bull Run está indo para a reversão e até isso me parece complicado, com Mr Zuckerberg anunciando sua própria crypto, com potencial de atrair para este novo mundo montes de milhões de pessoas (e montes de USD BILHÕES!) que nem sabiam que isso existia; vou repetir uma coisa que volta e meia falo, a próxima década será INESQUECÍVEL para muita mas MUITA gente :twisted: ).

2 - Ou têm mas escondem o jogo. Conhecimento é poder, desde que se saiba o que fazer com ele, caso contrário é inútil. Se estes caras estão se dando bem, é porque SABEM! Ademais, quem vai ao Mercado preocupado com questões éticas/morais vai $angrar e muito... 8-] 8-] 8-] 8-]

3 e 4 - É disso que falo, pirâmide é o que não falta no Brasil, mas a pergunta que me fiz foi OUTRA: por que tem tanta e todo cara que lança uma e ela "pega" (tipo a Unick) sai por cima? A melhor resposta que achei se prende à péssima Educação oferecida no Brasil, inclusive em Economia (respeitadas as proporções entre escolas comuns e universidades) Real. Década passada o Brasil se viu inundado de $$$ no boom das commodities, o PR de então não sabia o que fazer com tanto porque esperava o que todos esperam, ser gestor de crise por 4 ou 8 anos, daí escancarou os cofres, crédito barato por todo lado, pleno emprego, e o Brasileiro fez o quê? Ao invés de poupar e investir, começou a esvaziar as lojas :x ! De um momento para o outro todo mundo estava trocando de celular mais rápido do que trocava de camisa, depois eletrodomésticos, TV LCD/LED, depois "puxadinho" na casa, depois carro e moto de leilão e no fim, quando a bolha de consumo estourou pela evidente falta de sustentabilidade, mais de meio Brasil foi parar no SPC/SERASA, detonando a bolha de crédito subprime e mandando a Economia pro beleléu. A má educação financeira atrai Brasileiro à pirâmide igual carniça atrai urubu (só que o urubu sai ganhando), eis que, avesso ao risco que pode ver, opta pelo que não pode, o que é um maná para quem sabe que Brasileiro é movido a esperança. A consequência é sempre a mesma, mil (ou um milhão de) pobres certamente fazem um rico, e a questão nem deveria ser sobre se É possível ou impossível mas sobre como pessoas sem qualquer educação financeira (portanto, que acreditam em fórmula mágica para sair da mais feia miséria para a mais deslumbrante riqueza com uns meros trocados, afinal, se aquele cara todo arrumadinho e falando bonito ou aquela garota deslumbrante conseguem, por que não eu?) para sequer manter equilibrado seu orçamento doméstico percebem isso. A meu ver, deveriam ensinar Inteligência nas escolas desde o Fundamental, o que salvaria muita gente buena mas BURRA de cair neste tipo peculiar de PsyOp. Uma pessoa que não sabe o que realmente é o "maravilhoso" MMN, para ficar em um só exemplo, nem deveria ter permissão para movimentar dinheiro, penso eu, deveria ter algum tipo de TUTOR...

5 - Totalmente de acordo, aliás, nem me fales disso: é eu abrir a página do meu banco e lá vem oferta de "investimento", o famigerado CARACU. Pior, se tenho que ir lá pessoalmente porque desejo resolver ou alterar alguma coisa com a gerente da minha conta (Carla), lá vem a charla "pra que o senhor deixa tanto na Poupança, temos aqui umas oportunidades fantásticas, o senhor olhe aqui esses números pra ver se eu não tenho razão" e lá vem aquele monte de falcatrua, onde o que o próprio banco não me toma, o IRPF o faz. Claro que não digo que invisto por conta própria; lorota por lorota, prefiro dizer a véia "não tem nada mais seguro que a Poupança, e preciso de segurança porque tô véio, guria" e ficar sorrindo e repetindo a cada "argumento" da garota (GATAÇA, aliás, mas ali não arrumo nada :mrgreen: ).

6 - Não sei se dá para chamar a Empiricus de GOLPISTA (tipo art 171 CPB), pelo menos na maneira convencional. Aliás, junto com a XDEX, cheguei a começar um cadastro mas não completei nem botei um centavo até checar com calma no Reclame Já e aí foi aquele festival de CRUZ CREDO, o que tinha de neguim perdendo $$$ porque não entendia a regra do jogo não era mole. Pior, nem com o fiasco da Bettina a coisa despencou, continua e provavelmente vai continuar a atrair o $$$ de multidões. O principal motivo está acima, vendem a prestação o que o Brasileiro mais gosta, ESPERANÇA...

7 - Printei este post, só para te perguntar, ali pelo 20º aniversário do DB (2023) o que pensas do que disseste sobre as cryptos, representadas pela BTC que, vou repetir, já tem mais MarketCap do que o BRL. Sério que tem tanta gente trouxa assim no mundo, incluindo os Warren Buffets da vida, a ponto de botar já quase USD 200B numa só falcatrua (quase o dobro se considerarmos as Alts)? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Com o resto concordo, exceto com a parte da cadeia: no Brasil o único crime puramente financeiro que dá cadeia pra rico é SUBORNAR POLÍTICO; rico tomar dinheiro de pobre, desde que não dê muito na vista, é a coisa mais legítima que há, e aí temos quase dois séculos de História para provar.

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Dom Jun 23, 2019 9:21 pm
por Bourne
Aí gesuis!!!! Foi doutrinado pelos coachs de autoajuda financeira. Acha que mercado financeiro é bingo.

O mercado financeiro e de investimento sério é arroz com feijão (ou planilha, dados e informações), demoram semanas ou meses para alterar posições. A vida real é muito chata. Não estou falando apenas de peixinhos como euzinho, mas de tubarões. Aliás, os turbarões boa parte das operações são planejadas por meses ou anos de antecedência com estimativa de risco e retorno atualizados o tempo todo, também ajustando ou alterando a estratégia. E se a vida de investimento está muito emocionante e movimentada. Possivelmente alguém que tem uma atividade bem pacata está ganhando em cima desse destemido.

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¹EMPIRIUS é golpista!!!! Os donos deveriam estar na cadeia e nem livres para criar campanhas mágicas como Betina. Já fugiram da regulamentação do BC e CVM ao se declararem "agência de notícias". Agora a justiça que está atrás. É um vergonha para consultorias sérias. Aí vejo coisas como um amigo que colocou no mesmo balaio a XP investimentos e Pactual com a EMPIRIUS.

²Não confunda universidade e escolas de negócios com educação financeira. Não tem nada a ver uma coisa com outra. Nas escolas de negócios existem vários ramos e um deles é mercado financeiro e investimento, que dentro dele existe dezenas de sub-áreas. Quem mexe com isso trabalha como negócio para si ou para outros. Além de vários outros correlacionados como legislação e regulação, finanças corporativas e comportamentais, estratégias de funding, análise de mercado, desenho de contratos e mecanismos. Tudo isso regado com muitos dados, modelos empíricos e estudo.

Educação financeira é para ensino básico em que no Brasil não existe. Os jovens sai do colégio sem saber a diferença de juros simples e composto, estruturar o orçamento, estimar desvalorização e rentabilidade.

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Seg Jun 24, 2019 9:52 pm
por Túlio
Bourne escreveu: Dom Jun 23, 2019 9:21 pm Aí gesuis!!!! Foi doutrinado pelos coachs de autoajuda financeira. Acha que mercado financeiro é bingo.
Estes números são de minutos atrás (se fazer trade com CFD fosse tão difícil quanto editar img, eu estaria em outro ramo :mrgreen: ), vejamos então se um imagem vale MESMO mais que mil palavras:

Imagem


Se bingo funcionasse desse jeito (repares que deixei as datas e que as posições que mostrei seguem abertas, não vendi nem pretendo fazer isso hoje, talvez mais para o meio ou fim da semana), eu saberia como é por dentro... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
Bourne escreveu: Dom Jun 23, 2019 9:21 pm O mercado financeiro e de investimento sério é arroz com feijão (ou planilha, dados e informações), demoram semanas ou meses para alterar posições. A vida real é muito chata. Não estou falando apenas de peixinhos como euzinho, mas de tubarões. Aliás, os turbarões boa parte das operações são planejadas por meses ou anos de antecedência com estimativa de risco e retorno atualizados o tempo todo, também ajustando ou alterando a estratégia. E se a vida de investimento está muito emocionante e movimentada. Possivelmente alguém que tem uma atividade bem pacata está ganhando em cima desse destemido.

Cara, que post DEPRIMENTE! Pelo jeito andas mais amargo que a minha cachaça com vermute (by @Beronha, o sumido) mas me fez lembrar de outro post teu, onde reclamavas que volta e meia prestavas consultoria financeira e ninguém te pagava um tusta. Agora dá pra ver o porquê, se falavas deste mesmo jeito com eles (tentando parecer com um cara cool tipo o George Soros mas só conseguindo parecer o citado numa Happy Hour imitando um contador que tenta vender uma apólice de seguros para um caipira :lol: )...

Sério, precisas melhorar no marketing...

* * *


EDIT (25/06, 10:42)

A mesma posição agora de manhã (~ 12 hs após a anterior). Eu não me limito a falar, posso também MOSTRAR! Cheques valores e datas (notar que elevei o TP do ouro), se achas que estou contando lorota.

As posições seguem abertas e do jeito que está a coisa talvez eu só venda UMA esta semana e ainda assim apenas para melhorar minha posição no ranking (fim de mês E de trimestre, tenho que aparecer bem na fita para os meus seguidores, futuros COPIADORE$$$ :twisted: ).

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EDIT 2 - Uma hora depois:


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SEGURA ESSA, JASON SOROS!!! [003] [003] [003] [003]

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Qua Jun 26, 2019 2:42 pm
por Túlio
Prosseguindo na aulinha de como um caipira véio e tosco perde mas se diverte no Mercado, um dos fenômenos mais engraçados de se ver, que é quando dois ativos semelhantes (no caso commodities) invertem suas posições:


Imagem


Basta conferires, caro @Bourne, datas e valores para poderes saber que ainda não vendi nem tenho intenção de fazer antes do final da semana ou na seguinte ou mesmo no mês que vem. Notar ainda que rebaixei o TP de uma posição, usando-a como "boi de piranha" apenas para provar um ponto, bem como entrei em DEFCON no ouro, just in case.

Se uma coisa não é DIVERTIDA eu nem faço, procura por outra que o seja... :wink: 8-]

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Qua Jun 26, 2019 3:08 pm
por Bourne
Abrirei meu coraçãozinho, jovem Túlio

Fiquei um ano em pesquisa e conversas para entrar no mercado financeiro. Incluindo analisar as funções, os certificados exigidos, custo dos cursos e tempo de estudo necessário.

Como empregado nem pensar na medida em que o mercado está saturado e tem jovenszinhos bem melhores que eu. Não tenho o perfil de cargo de analista que ganha R$ 25 mil por mês. E outras funções estão bem saturadas com a crise. O subemprego está correndo solto.

Esses tempo apareceu uma figura chamada "agente autônomo de investimento". Ai pensei "é nóis. Vou ficar milionário aqui no interior intermediando investimentos e aproveitando essa onda de novos investidores". Doce ilusão. Descobri que é uma forma de subemprego em que representa as grandes corretoras, sem vinculo empregatício e lida com micro investidor (de 500 até uns 20 mil). Aí se vira para arranjar os clientes, vender os serviços e fazer todo o tratamento. Se tudo der certo vai ter uns 300 clientes para conseguir fazer uma carteira de um milhão (R$ 1 milhão) e ganhar 2,5 mil mês de comissão. O detalhe é que comentam que quando menos dinheiro tem o investidor, mais chato e descontrolado é. Isto quer dizer vai te ligar todo dia para saber como vão o milão dele na bolsa, acompanhado de vários chiliques e ameaças.

O resultado é que larguei essa vida. Trabalhar com Business Family, a coisa tá ruim, mas paga mais que os subempregos e ninguém me liga às duas da madrugado de domingo. Essa parte de investimento faço para mim e familiar que não for muito chato. E adianto que a estratégia é ultra conservadora incluindo o pacote com CDI e títulos públicos. Já visualizo aquisição de terreno rural em área com potencial de valorização de médio e longo prazo. Além disso, se der tudo errado, posso montar uma barraquinha em cima. Aguardo os bancos oferecerem a possibilidade de guardar dinheiro em moeda estrangeira sem custo de transação. Já transforma parte dos minha dos meus recurso sem dólar ou euro.

Não me julguem. Antecipo uma grande desgraça pela frente.

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Qui Jun 27, 2019 2:39 pm
por Túlio
Agora que a kôza sossegou um pouco, com o OIL estabilizando na alta (mas ainda não nos três dígitos) e o GOLD em dois calmos dígitos, vamos ver um dos momentos mais interessantes, que é quando os dois principais ativos despencam. Foi hoje cedo:

Imagem

Isso é até comum e previsível quando se está fazendo CFD de ativos tão voláteis, ainda por cima em uma semana de grande instabilidade geopolítica e montes de rumores. Ficou ainda pior pouco depois deste print mas aí nem me lembrei de copiar outra vez, vais ter que acreditar na minha palavra, caro @Bourne: o OIL despencou abaixo dos 49% e o GOLD (foi duro de ver) chegou a quase -10%. Levou até agora para amansar mas serve como recuerdo de que é preciso ser determinado e aguentar pressão se a gente quer sobreviver no Mercado. :wink: 8-]

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Qua Jul 03, 2019 2:07 pm
por delmar
Tem investidores apostando no petróleo para investimento a longo prazo, apostando num aumento de preço a médio e longo prazo. Não estou tão otimista quanto alguns analistas do ramo. Vejo muitas variáveis no futuro do petróleo, difíceis de mensurar.
1º - Carros elétricos. A China está investindo muito em carros elétricos (automóveis, ônibus e caminhões) e novas baterias mais potentes. O mesmo ocorre em outros países da região. Algumas cidades da China já tem frotas de ônibus urbanos, táxis e caminhões de lixo movidos a eletricidade. Se a China, o Japão e a Coréia estabilizarem ou reduzirem o consumo haverá forte impacto o comércio mundial de petróleo.
2 - Está havendo uma campanha mundial pela redução do uso de plásticos em sacolas e embalagens. Isto pode levar a uma estabilização no uso destes produtos, derivados do petróleo.
3 - Alguns países, como o Brasil estão aumentando a produção. Outros, como a Venezuela e México, podem ter alterações políticas e voltarem a aumentar , muito, sua produção. Isto compensaria eventuais perdas de produção em outros locais.
Assim o futuro do preço do petróleo é um mistério. Apostar numa alta certa dos preços parece-me precipitado.

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Qua Jul 03, 2019 2:43 pm
por Túlio
delmar escreveu: Qua Jul 03, 2019 2:07 pm Tem investidores apostando no petróleo para investimento a longo prazo, apostando num aumento de preço a médio e longo prazo. Não estou tão otimista quanto alguns analistas do ramo. Vejo muitas variáveis no futuro do petróleo, difíceis de mensurar.
1º - Carros elétricos. A China está investindo muito em carros elétricos (automóveis, ônibus e caminhões) e novas baterias mais potentes. O mesmo ocorre em outros países da região. Algumas cidades da China já tem frotas de ônibus urbanos, táxis e caminhões de lixo movidos a eletricidade. Se a China, o Japão e a Coréia estabilizarem ou reduzirem o consumo haverá forte impacto o comércio mundial de petróleo.
2 - Está havendo uma campanha mundial pela redução do uso de plásticos em sacolas e embalagens. Isto pode levar a uma estabilização no uso destes produtos, derivados do petróleo.
3 - Alguns países, como o Brasil estão aumentando a produção. Outros, como a Venezuela e México, podem ter alterações políticas e voltarem a aumentar , muito, sua produção. Isto compensaria eventuais perdas de produção em outros locais.
Assim o futuro do preço do petróleo é um mistério. Apostar numa alta certa dos preços parece-me precipitado.
Depende da definição de longo prazo, conterrâneo: para mim é de um a três meses (CFD; se for crypto na wallet nem tem prazo, é Hold simples). Neste exato momento estou só no $OIL, com buena$ reserva$ para encarar uma baixa muito forte (mas pouco provável) e/ou para comprar $GOLD em uma baixa ali pelos USD 1.350 ou pouco mais, pouco menos (boa probabilidade), com alguma coisa aplicada no FAKEBOOK (vai que aquele scam chamado LIBRA - não confundir com a GBP - emplaca, o bicho dispara feito DOIDO :twisted: ).

E uma curiosidade: eu nem pensava a sério em investir até ler um post teu, tempos atrás, sobre ter reservas diferentes da véia Poupança em BRL; bueno, aí estou... :mrgreen:

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Sex Jul 19, 2019 3:38 pm
por Bourne
Mais uma forma de destruir empregos nessa industria vital chamada mercado financeiro. Não precisa mais de dezenas ou centenas de técnicos e gurizinhos para analisar variáveis. Agora precisa de uma meia dúzia de cientistas de dados altamente qualificados e/ou experientes. E também uma das fontes do precarização das condições de trabalho e de tantos irem fazer outras coisas.

Na corrida quem se quebra são os bancões e consultorias consolidadas. Eles não entenderam que não precisam de centenas de consultores para acertar previsões. Nem de agências e gerentes aos montes. É similar ao Bradesco oferecer conta digital, mas cobra tarifa, precisa de comprovante de renda e ir na agência. Enquanto Nubank, Pag, Neo e outros é só abrir por aplicativo e aprender com seus dados o que tu é confiável e quanto pode liberar de crédito e tipos de investimento recomendar.

Em relação aos países idem. A industria financeira e bancária norte-americana implodiu pós-crise de 2008. Existe um exército de trabalhadores como "agentes de investimento" desnecessários. Já China e outros países todo sistema é digital e baseado em modelos automatizados.
Machine learning em finanças
Ao longo dos próximos anos, uso da técnica se tornará não apenas comum, mas uma pré-condição para a sobrevivência das empresas do setor
Em coautoria com Flávio Abdenur

Em 1960 o físico Eugene Wigner publicou o ensaio "The Unreasonable Effectiveness of Mathematics in the Natural Sciences", refletindo sobre a quase miraculosa capacidade de estruturas matemáticas abstratas explicarem o funcionamento físico do universo. Mais de meio século depois, o pesquisador Yan LeCun deu uma série de palestras intituladas "The Unreasonable Effectiveness of Deep Learning", nas quais falou sobre a misteriosa eficácia das redes neurais — um tipo específico de algoritmo de machine learning (ML) — na realização de algumas tarefas extremamente complexas e muito díspares entre si, como reconhecimento de imagens e de voz.

A combinação de matemática com machine learning pode ser e é aplicada a finanças, com implicações que merecem reflexão. Em alguns casos, o uso de modelos de ML, desde que tecnicamente cuidadoso e metodologicamente rigoroso, gera resultados superiores aos que conseguem ser obtidos "diretamente" por técnicos (humanos) muito bem treinados em suas especialidades.

Isso ocorre em boa parte graças à combinação de poder computacional crescente com bancos de dados cada vez mais extensos. Essa combinação hoje permite que algoritmos de machine learning consigam "aprender" padrões sutis e complexos que até há relativamente pouco tempo eram inacessíveis para computadores e dificilmente percebidos por seres humanos. Além disso, algoritmos de ML têm a vantagem de priorizar a geração das melhores previsões possíveis fora da amostra, mesmo que elas sejam pouco ou nada "explicáveis". Isso contrasta um pouco com o uso de econometria tradicional, na qual normalmente sacrifica-se algum poder de previsão com o fito de entender como cada variável independente afeta a variável-alvo.

Doravante vamos usar termos como "eficácia", "precisão" e "melhor previsão" de maneira informal, resumidamente significando obter previsões que, na média, ficam empiricamente o mais próximo possível do que vai acontecer. Na literatura de econometria e ML há muitas maneiras de medir essa distância, tanto o famoso R2, média dos mínimos quadrados (nota do editor: medida do poder explicativo do modelo adotado, em que quanto mais perto de 100% melhor), como também "precisão".

Para entender isso, considere três problemas econômico-financeiros extraídos da realidade, nos quais a precisão das previsões é crucial:

A. Se a sua empresa empresta a pessoas físicas, o fundamental é prever quais clientes têm a maior probabilidade de dar calote. Seria interessante entender exatamente quais e por quê cada variável afeta essa probabilidade. Mas o crucial é a previsão, tanto para decidir se o empréstimo deve ser concedido, como o valor máximo a ser emprestado.
B. Se as decisões de investimentos dependem do estado futuro da economia, o fundamental é antever bem o PIB, a inflação, os juros e demais variáveis que reflitam o futuro da economia. Seria interessante entender exatamente como cada indicador afeta as diversas variáveis macroeconômicas. Mas o crucial é estimar os cenários futuros, para decidir que investimentos fazer e quanto investir em cada opção.
C. Se um fundo opera ativos financeiros, o fundamental é prever os retornos esperados. Seria bacana entender os elementos que afetam o retornos e por quê. Mas o crucial é estimar o retorno esperado, para decidir a posição em cada ativo, e em qual proporção da carteira.
Tanto na pesquisa acadêmica quanto no mundo real, a aplicação de algoritmos de machine learning aos problemas A, B e C já se tornaram muito relevantes.

Três artigos acadêmicos recentes tratam desses assuntos:

No primeiro artigo, que recebe o título de "Consumer credit-risk models via machine-learning algorithms" três pesquisadores aplicam algoritmos de ML a dados de crédito e transações dos clientes de um banco comercial dos EUA entre 2005 e 2009 para prever o risco de crédito de pessoas físicas. Eles obtêm resultados fora-da-amostra muito melhores usando um modelo simples de ML (o CART) do que usando regressão linear, e estimam que o uso dos modelos de machine learning geraria para o banco uma redução entre 6% e 25% no valor das perdas com calotes.

O segundo artigo tem o nome "Machine learning at central banks". Nesse trabalho os dois pesquisadores do Banco Central da Inglaterra exploram o uso de machine learning em uma série de tarefas tradicionalmente levadas a cabo pelas suas equipes técnicas. Entre outras aplicações, eles documentam que previsões da taxa da inflação do Reino Unido via ML são mais precisas do que as previsões feitas pelos métodos tradicionais do banco.

O terceiro artigo é espetacular e é intitulado "Empirical asset pricing via machine learning”. O artigo usa modelos de ML para prever fora da amostra os retornos de um conjunto muito grande de ativos: ações de 30.000 empresas ao longo de 60 anos. Os modelos de ML — em especial “árvores” (no caso, "random forests" e GBT) e redes neurais — obtêm resultados substancialmente acima dos obtidos via regressões lineares. É um dos artigos mais estudados em finanças desde a sua divulgação em 2018.

Todas as três aplicações citadas acima são hoje corriqueiras em economias avançadas. Bancos e outras instituições de crédito internacionais há muitos anos usam modelos de machine learning para decidir se e quando emprestar para seus clientes. Observe que o primeiro artigo data de 2010. Há hoje em dia no exterior um imenso ecossistema de cursos, manuais e áreas inteiras de bancos e financiadoras dedicadas à aplicação de ML à avaliação de todos os tipos de crédito.

Além disso, cada vez mais instituições e centros de pesquisa combinam big data e machine learning com técnicas econométricas para gerar previsões mais precisas para variáveis macroeconômicas tais como PIB e inflação. O já citado Banco Central da Inglaterra lança mão dessas técnicas, assim como as áreas econômicas de instituições multilaterais como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Uma parcela crescente de fundos de investimento e outras gestoras de recursos financeiras usam modelos de ML e ciências de dados em geral para auxiliar a alocação de suas carteiras. Para dar um exemplo recente, a AQR, uma das maiores gestoras quantitativas do mundo, nomeou Brian Kelly, um dos autores do terceiro artigo como chefe do setor de machine learning.

No Brasil, como de praxe, estamos em geral um tanto atrasados em relação ao exterior, mas há aplicações interessantes, e em alguns casos muito sofisticadas, já funcionando na prática. O primeiro exemplo ocorreu há pouco tempo. Após seis anos de sua criação, o Nubank já é a sexta maior instituição financeira do Brasil em número de clientes, tendo ultrapassado a marca de 10 milhões de usuários de seu cartão de crédito ou de sua conta remunerada. Seu sucesso se deve em boa parte ao uso de ML de primeira para identificar quais clientes devem receber seus cartões, e com quais limites. As equipes de análise de crédito do Nubank consistem essencialmente em cientistas de dados e programadores altamente proficientes em big data e machine learnings.

Ainda, grandes bancos e outras instituições financeiras geralmente contam com equipes substanciais de técnicos especializados em gerar previsões para variáveis como inflação (medida pelo IPCA) e atividade econômica (como o PIB). O Banco Central divulga periodicamente um relatório, o Focus, que, entre outras informações, mostra quais instituições geraram as melhores previsões para cada variável em vários horizontes. Tradicionalmente, os campeões do Focus eram instituições com equipes grandes, que, além de análise econométrica, fazem coleta própria de dados. Recentemente, o jogo virou. Em 2018, a instituição que mais apareceu entre os melhores previsões, o "Top 5" do Focus, foi uma a consultoria 4E, cujas previsões são geradas puramente por algoritmos de ML a partir de grandes bancos de dados.

Tardiamente, mas inexoravelmente, a indústria de fundos de investimento do Brasil tem cada vez mais adotado modelos de gestão automatizada. Nos últimos anos, tem crescido rapidamente o patrimônio gerido pelos chamados fundos "quantitativos", sendo que vários dos principais fundos quant brasileiros empregam algoritmos de ML, geralmente associados com outras técnicas.

O uso de machine learning em finanças já é uma realidade mais do que consolidada no exterior, e caminha a passos largos no Brasil. Ao longo dos próximos anos, ele se tornará não apenas comum, mas uma pré-condição para a sobrevivência das empresas do setor. Quem não adotar ML poderá ser engolido por concorrentes mais ágeis e tecnicamente afiados.

https://valorinveste.globo.com/blogs/ne ... ncas.ghtml

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Sex Jul 19, 2019 4:01 pm
por Bourne
Relatos do Bourne empreendedor

Há alguns meses fiz a conta Nubank e adorei. Virou minha conta principal. O pessoal do nubank desenhou o app para ser direto, simples e rápido de usar. Por exemplo, pagar boletos é escanear ou colar os números. O quanto tem na conta corrente, guardado e rendimento tudo discriminado de forma direta. Estou analisando a possibilidade de fazer uma conta neon ou outra digital para minha pjtinha.

Já mamãe tem conta na Caixa para receber aposentadoria. O app da caixa é um inferno. Por exemplo, para pagar boleto deve ter mais de dez opções, cheio de senhas e tal. Para quê? Se os hackers quiserem invadir o que impede é o Android/IOs e a segurança do app. As senhas são secundárias. Só serve para atrapalhar a vida do usuário, especialmente os mais idosos e menos acostumados com tecnologia.

Depois de muito tempo fiz um cartão de crédito no credicard que é do Itaú. Aquele sem anuidade. É muito bem integrado com app, avisa da fatura, operações de compra, e tal. Aparentemente o Itáu está tentando se mexer para não ficar para trás. Porém começam a me mandar propaganda para fazer cartão de crédito de loja. Outra que gostei é a Youse da Caixa para seguros. É um app interessante. Fiz algumas simulações e gostei do resultado. O único problema é que começam a te ligar todo dia para fazer o seguro. Em ambos os casos tem ranço do banco do século XX.

Re: INVESTIR EM?

Enviado: Sáb Jul 20, 2019 6:23 pm
por Túlio
Sobre isso de bancos virtuais vs bancos "século XX", já falei antes que não tenho como concordar mais! O Itaú, onde tenho conta, chega a dar nojo de abrir a página inicial, sempre tem foto de mimixentx, como se fosse LINDO ser ou parecer maconheiro, parasita e inimigo de tudo (pode ser até POLITICAMENTE CORRECTO mostrar "isso" mas os tiozões REAÇAS que nem eu é que têm $ para poupar e movimentar em banco, mimixentx só tem o que consegue arrancar da mamãe e da vovó); boa sorte para eles, ano que vem vou focar mais nisso de banco virtual e a cada vez que pesquiso, mais simpatizo com o NUBANK. É altamente provável que eu migre para lá no começo da década seguinte...

Sobre Mercado, após uma semana DOIDA, com o petróleo caindo que nem Hellfire na cabeça de terrorista muslim e o ouro ficando meio parado no começo, depois entrando em up-and-down de mais de USD 10 de cada vez (paraíso para os Scalpers, quem é PRO nisso deve ter enchido os bolsos) e finalmente (quinta) subindo que nem foguete (passou brevemente dos USD 1.352) ao mesmo tempo em que as Bolsas despencavam em massa com a queda de 12% no valor da - incrível isso!!! :shock: - Netflix, os que sobreviveram (eu, p ex, ainda que meio avariado) começam a semana amanhã, com otimismo no ouro (fechou em "baixa" ali por USD 1.425, ou seja, já começo comprando, afinal, é esta a semana em que o Mercado vai definir o que pensa que vai acontecer no fim do mês no FED e é dado como certo um corte de no mínimo 0,25% na taxa de juros, podendo chegar - não acredito muito - nos 0,5%; se chegar a isso meu palpite é que sobe BEM acima dos USD 1.500), um mix de pessimismo e cautela no petróleo e pouca confiança nas ações (pelo menos das hi-tech e/ou de serviços, pois Google e Facebook caíram também; já indústrias tradicionais e com ligações fortes ao mercado militar como a Boeing, que fechou com +4,5%, fecharam em alta na maioria dos casos que vi); o risco em índices e ETFs também não me parece compensar em custo-benefício. Imagines um cara bem REAÇA botando uma parte das savings dele num troço que, best case scenario, lhe pode render uns 2 a 3% até o fim do mês mas também pode estourar seu SL conservador de uns 5 a 10% antes do fim do dia.

De resto, sobra a charla requentada de sempre dos Fib-junkies que, não importa o que aconteça, sempre dizem "viu? Eu acertei de novo!" porque, com suas versões gráfico-digitais da véia bola de cristal, basta cobrir todas as bases (eu volta e meia assisto ou leio uma "análise técnica", mas só pra dar risada de quem acredita em duendes :mrgreen: ), ou seja, encher tudo de números em torno das tales de "resistência" e "suporte" e depois sair desfiando charlaiada sobre o que PODE acontecer se for pra um lado ou para o outro ou ainda se não for pra lado nenhum. Sempre "acertam". Assim até eu...

Finalizando, dois comentários:

:arrow: LEARNING MACHINES - No Mercado? Tá zoando! No dia em que existir modelo matemático capaz de processar com exatidão e atribuir corretamente um sistema de pontos ou algo assim a tudo o que é relevante nas ações humanas neste planeta, concluir (certo) no que vai dar, decidir (certo) o que fazer e acionar uma máquina capaz de implementar a decisão e fazer com que seja cumprida em tempo real, bueno, estaremos vivendo uma distopia pior que a MATRIX! :lol: :lol: :lol: :lol:

:arrow: QUEDA DA INDÚSTRIA FINANCEIRA - Na verdade me parece uma visão extremamente equivocada e meio CATASTROFISTA até: com o surgimento e depois a massificação da internet, há cada vez menos emprego para analistas porque há cada vez menos gente disposta a confiar seu dinheiro a estranhos para que o usem como bem entenderem e sem dar explicações (alguns deles agora fazem isso em sua nova carreira de YOUTUBER, mas agora "explicam" [026] com suas indefectíveis Fibonaccis). Isso começou, pelo que sei, ali pelo início deste século, quando pessoas comuns começaram a descobrir que não precisava mais ser cliente de uma corretora para entrar no Mercado (coisa parecida com o mencionado sobre o NUBANK, aliás: para fazer minha CC no Itaú tive que levar pessoalmente um monte de documentos à agência, charlar por mais de uma hora com a - até hoje - gerente da minha conta, ler e assinar um balaio de papel, depositar um mínimo de BRL 500 na Poupança para poder ter Cartão de Crédito e por aí vai e mesmo assim não foi na hora, ainda foram avaliar minha pontuação de crédito e checar SPC/SERASA. Cerca de uma semana depois recebi pelo SEDEX o meu cartão da conta e tive que ir de novo à agência para desbloquear; uma semana depois o CC, com o ridículo limite de BRL 4k e nova ida à agência, com meus três últimos contracheques em papel, além dos CCs que eu já tinha - AMEX e outro - e três últimas faturas de cada para provar que pagava em dia), era se inscrever pela web e sair apostando. Montes de pessoas levaram tombo nesse pulo, especialmente na Grande Crise (2007/2008, mas caiu ainda muito mais gente que confiava em fundos de investimento/pensão) e mais especialmente ainda entre aqueles que não sabiam o que ouro realmente era/é. A maior prova do que estou dizendo é a ascensão da Bitcoin, ativo que teve suas Bull Runs sobretudo pela ação de micro e pequenos investidores, não de multibilionários e megacorporações. Estas (Microsoft & quetales) só tentaram entrar já no momento da ressaca, com o Mercado despencando e ficando na baixa por quase um ano. Novamente, um monte de nego levou tombo mas outro continua entrando e tentando aprender a ser Trader até hoje. Duvido que parem, pelo contrário. God bless'em!

Volta e meia dou sugestões de teses a quem tem "deprôma", gosta muito de estudar e quer fazer o nome nos meios acadêmicos, e aqui fica mais uma: que tale uma comparação entre o número de pessoas que atuavam no Mercado como EMPREGADOS vs INDEPENDENTES no começo da década anterior e como está este panorama no fim da atual? Há muito espaço para explicações rebuscadas e citações de caras cool :mrgreen: , gráficos e tabelas e, mui especialmente, uma CONCLUSÃO, que não consigo imaginar diferente de algo como "enfim, o número de empresas com existência física-jurídica e seus empregados no Mercado Financeiro diminuiu, mas o número de pessoas investindo, ao contrário, aumentou, e bem acima da quantidade de empregos perdidos; isto tende a se acentuar nos anos vindouros, com ainda menos bosses e employees e mais self-bosses".

Acho que dava ao menos para arrumar umas entrevistas na grobo... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted: