Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

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pafuncio
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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#76 Mensagem por pafuncio » Sáb Out 03, 2009 4:38 pm

Red_Star escreveu:¡Felicidades! Muy buena noticia, tengo chances de poder ir a ver una Olimpiada :mrgreen:

Saludos

Solito ????? O con su mujer ??? [051] [051]




"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
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Vinicius Pimenta
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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#77 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Out 03, 2009 6:21 pm

Não tive tempo de dizer na hora, mas...

RIOOOOOOOOOOO!!!!

Que fantástico!

Fiquei extremamente feliz pelo Rio e pelo Brasil.

Certamente para nós essa vitória tem muito mais significado do que teria para os outros concorrentes.

Agora é trabalhar, fiscalizar, cobrar e fazer de tudo para termos excelentes Jogos Olímpicos.




Vinicius Pimenta

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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#78 Mensagem por Alagoano » Sáb Out 03, 2009 11:03 pm

Parabéns ao Rio!!! Parabéns ao Brasil!!!

E Parabéns a todos que acreditaram e fizeram possível a realização desse grande evento no nosso país. Com certeza trará grande visibilidade internacional para nossa terra, dessa vez espero que seja uma visibilidade muito positiva. Torço por isso.

Saudações.




João Mendes

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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#79 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Out 04, 2009 11:08 am



O povo se supera.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#80 Mensagem por raphavidottoo » Dom Out 04, 2009 1:20 pm

Parabéns ao Rio, ao Brasil e também para toda a américa latina, afinal, todos nós teremos mais facilidade para ir a uma olimpíada. E que nossos governantes façam o trabalho certo, o Brasil pode mostrar ao mundo que pode mudar, e eu creio muito nisso.




Enlil
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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#81 Mensagem por Enlil » Dom Out 04, 2009 11:09 pm

Atualizado em 4 de outubro, 2009 - 19:53 (Brasília) 22:53 GMT

Rio 2016: Para Lula, discutir transparência de gastos 'diminui papel do Brasil'

Márcia Bizzotto
De Bruxelas para a BBC Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo, em Bruxelas, que questionar a transparência dos investimentos previstos para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, é um argumento para diminuir o papel do Brasil.

“Eu acho que ficar com esse argumento agora, que eu já ouvi algumas pessoas dizerem, seria colocar o Brasil outra vez no papel pequeno que alguns querem colocar todo santo dia. Certamente o povo brasileiro saberá fiscalizar o uso do dinheiro”, afirmou o presidente a um grupo de jornalistas.

Perguntado pela BBC Brasil sobre como o governo pretende garantir a transparência, Lula respondeu: “Garantindo. Primeiro com o simples pressuposto de que as pessoas são honestas até que provem o contrário”.

“É uma Olimpíada que vai ter fiscalização de comitê internacional, de comitê nacional, de Tribunal de Contas, de Controladoria”, disse.

Legado

Lula ainda afirmou que para assegurar que as mudanças realizadas para os Jogos Olímpicos deixem um legado para o Rio de Janeiro e seus cidadãos, o Brasil deve “acompanhar com um olhar de lupa” a evolução de outras cidades que já sediaram Olimpíadas e “aprender com a História”.

“Nós precisamos de ensinamentos para que a gente construa uma grande Olimpíada, para que a gente permita que o legado que fique seja utilizado corretamente para o Brasil se transformar numa grande potência e não ter retrocesso”.

O presidente disse que sua maior preocupação agora é dar início aos trabalhos necessários para que o Rio esteja pronto para sediar os Jogos em 2016.

“É importante a gente fazer as coisas com muita antecedência, porque vai ter muito trabalho”, disse o presidente, que no entanto afirmou que “80% do que for feito para a Copa do Mundo de 2014 servirá para a Olimpíada”.

Lula também elogiou toda a equipe que trabalhou na candidatura do Rio e destacou o papel da diplomacia brasileira na campanha olímpica que, segundo ele, “é como ganhar voto na Câmara, no Senado, no sindicato”.

“A vitória do Rio foi uma vitória de todo mundo. Isso não é um mérito de uma pessoa, é um mérito de uma nação e de milhões de pessoas que trabalharam direta ou indiretamente”, afirmou.

Acordos

Lula está em Bruxelas a convite do rei Alberto II, com quem mantém na segunda-feira um encontro privado seguido de almoço no Palácio de Laeken.

Neste domingo, o presidente se reuniu com o primeiro-ministro belga, Herman Van Rompuy, no Castelo de Val Duchesse, onde ambos acompanharam o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, e seu homólogo belga, Yves Leterme, durante a assinatura de acordos bilaterais para intensificar a cooperação em política, cultura e logística portuária.

Um dos acordos assinados determina que as contribuições previdenciárias feitas por brasileiros que residam na Bélgica sejam reconhecidas pelo governo do Brasil caso estas pessoas regressem ao país. A medida também é válida para belgas que trabalhem no Brasil.

Na segunda-feira, Lula também participa do encerramento de dois seminários que contam com a participação de empresários brasileiros.

O presidente afirmou que pretende conquistar investidores belgas com as “extraordinárias possibilidades” que o Brasil oferece com os preparativos para a Copa de 2014, as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a exploração do petróleo no pré-sal e, agora, a Olimpíada de 2016.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... b_cq.shtml




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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#82 Mensagem por Alagoano » Seg Out 05, 2009 10:35 pm

Depois dessa vitória, que o presidente Lula soube muito bem manejar, fica mais difícil o sonho da oposição de voltar ao poder nas eleições de 2010.

Saudações.




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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#83 Mensagem por Enlil » Seg Out 05, 2009 10:55 pm

Não é para tanto; mas também pensei nisso. Sem dúvida é um ponto positivo q será explorado...




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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#84 Mensagem por R.A.Barros » Seg Out 05, 2009 11:22 pm

Olha, esse ano o governo lula ta de parabéns. Consegui tudo o que queria e mais um pouco.




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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#85 Mensagem por Enlil » Ter Out 06, 2009 1:15 am

Atualizado em 5 de outubro, 2009 - 16:36 (Brasília) 19:36 GMT

Brasil usa Olimpíada e Copa para atrair investidores estrangeiros

Márcia Bizzotto
De Bruxelas para a BBC Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou em Bruxelas uma intensa campanha para conquistar investimentos estrangeiros para o Brasil, usando como argumentos a realização da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro e da Copa do Mundo de 2014 no país.

"Abrem-se extraordinárias oportunidades de negócios", disse Lula nesta segunda-feira a uma plateia formada por empresários belgas e brasileiros no encerramento de um seminário.

A seu lado estavam o príncipe Felipe da Bélgica e o ministro de Exteriores belga, Yves Leterme, que haviam se reunido com o presidente momentos antes.

De acordo com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, o país precisa de US$ 48 bilhões em investimentos para a construção e reforma de estádios e para os setores de telecomunicações e hotelaria nas doze cidades sede da Copa de 2014.

‘Pequenez’


O ministro também estima investimentos de US$ 14 bilhões para a Olimpíada de 2016, dos quais 72% correspondem a obras de infraestrutura.

"A Bélgica tem muito mais razão de, em 2010, fazer mais investimentos no Brasil", insistiu Lula, recordando que em 2008 os investimentos belgas no país somaram US$ 1,9 bilhões e o comércio bilateral duplicou nos últimos quatro anos, chegando a US$ 7 bilhões.

Por sua parte, o ministro belga afirmou que as companhias belgas têm "muita experiência na construção de instalações para a Copa de 2014".

"Vocês jogarão a final, nós construiremos a infraestrutura", brincou Leterme.

Autoestima


Lula ainda disse aos empresários belgas que o Brasil voltará a crescer 5% ao ano em 2010 e, de acordo com estimativas do Banco Mundial, poderá ser a quinta economia do mundo em 2016 se manter o ritmo de crescimento.

O presidente ressaltou que o país não é apenas um grande produtor agrícola, mas também pode oferecer tecnologia a seus sócios comerciais, como é o caso dos biocombustíveis, que definiu como uma "alternativa segura, limpa e eficaz", que pode ajudar os países desenvolvidos a cumprir suas metas de redução de emissões de gases com efeito estufa.

Destacando a posição do Brasil no cenário mundial, Lula defendeu que a melhor maneira do país ser respeitado internacionalmente é acreditando em seu potencial.

"Acho que o Brasil não pode repetir os erros que cometeu no século 20, quando o Brasil não acreditava em si, achava que tudo o que era feito nos outros países era melhor, que nós éramos coitadinhos e que tínhamos que pedir licença para todo o mundo", disse.

"Não é possível que um país que tem a terceira fábrica de aviões do mundo - que muitos aviões que voam na Bélgica são da Embraer, incluindo o de sua majestade - seja vendido ao mundo apenas como as favelas do Rio de Janeiro ou como carnaval e o futebol", insistiu.

O presidente culpou os próprios brasileiros de promover a "pequenez com que durante muito tempo as pessoas de fora viram o Brasil".

A delegação brasileira dará continuidade à campanha por investimentos estrangeiros na terça-feira, em Estocolmo, capital da Suécia, com uma reunião bilateral com o governo sueco e um encontro reunindo empresários de ambos países.

Antes, Lula e sua equipe participam da terceira cúpula entre o Brasil e a União Europeia, também na capital sueca.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_rc.shtml




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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#86 Mensagem por manuel.liste » Ter Out 06, 2009 5:17 am

Parabéns a Río e a Brasil :D




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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#87 Mensagem por Enlil » Ter Out 13, 2009 5:38 am

RIO OLÍMPICO, 2016
Indiferença em vez de otimismo

Por Washington Araújo em 6/10/2009

Ele conquistou auto-suficiência em petróleo, passou a ser emprestador do Fundo Monetário Internacional. Ele descobriu que dispõe de imensas reservas de petróleo na camada do pré-sal, em uma faixa de não desprezíveis 800 quilômetros entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina. Ele trouxe 20 milhões de pessoas da miséria para a pobreza e 18 milhões de pobres subiram à classe média. Ele será palco do maior evento futebolístico do mundo – a Copa do Mundo de 2014. E, de quebra, em 2016 já foi escolhido para sediar as primeiras Olimpíadas da América Latina.

Na maior crise econômica mundial pós-1929 ele encarou os desafios, esnobou a velha ordem econômica esclerosada – e em vertiginosa queda – com a alcunha de "marolinha" e foi o primeiro país a retomar o crescimento econômico. De celebrada 10ª potência econômica mundial já vem sendo anunciado, em previsão de peso-pesado do Banco Mundial, que em 2016... será a 5ª maior economia do mundo.

Em meio a barulhentos vizinhos que movem mundos, fundos, alteram Constituições tudo em esforço concertado para se perpetuar no poder, ele continua dando mostras de que a alternância democrática é o que melhor condiz com sua história e melhor será para seu futuro.

Ele é o Brasil. Aquele sempre cantado em verso e prosa como o Brasil-brasileiro e o gigante deitado eternamente em berço esplêndido. Assisti inteiramente concentrado na transmissão (por sinal muito boa) da Rede Record de Televisão, minuto a minuto, a cerimônia em Copenhague para a escolha por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI) do país-sede das Olimpíadas de 2016. Assisti o nome do Rio de Janeiro ser anunciado e a algazarra (palavra com cheiro de naftalina mas muito oportuna) no salão. Depois fui conferir a maneira como o mundo se curvava ao Brasil.

Chacinas em pauta

Barack Obama diz que "vitória do Brasil (para sediar Olimpíadas) é histórica". A rede CNN destacou que "o Rio desbancou Chicago, Madri e Tóquio", o New York Times não deixou por menos e em seu site na internet destaca a escolha da cidade como a primeira da América do Sul a sediar uma edição das Olimpíadas. O principal jornal espanhol, El País, abriu longa manchete em seu site: "Madri ficou a um passo do sonho. O esforço diplomático dos últimos dias não deu frutos e o Rio se impôs na última curva".

O francês Le Monde dava a escolha do Rio como notícia principal e não deixava de alfinetar seus vizinhos: "Os brasileiros comemoram, os espanhóis lamentam", dizia um título. Até o principal diário esportivo dos hermanos, o argentino Olé, não se conteve: "Se festeja en Río, duele en Madrid, decepción en Chicago (Obama inclusive), y quién sabe qué se dice en Tokyo..." O Clarín deixou claro desde os últimos dias que a Argentina era espanhola desde sempre e passamos a acreditar que a Argentina compartilha fronteiras com o Brasil por mera ironia geográfica. Não causou mesmo espanto ver que a nossa Cidade Maravilhosa (e agora Olímpica) ganhar de Chicago, Madri e Tóquio só podia mesmo doer no âmago da alma portenha. Coisas da vida. Fazer o quê?

Mas não sei o que acontece com nossa imprensa. Na hora de mostrar otimismo fica indiferente. Dos jornais de maior circulação do país apenas o Jornal do Brasil levou à manchete o assunto das Olimpíadas. Publicou o diário carioca, na sexta-feira (2/10): "Rio 2016. É hoje!" O Globo, a Folha e o Estadão trataram mesmo foi do Enem e os dois diários paulistas, qual dupla sertaneja, elevaram ao altar principal as mesmas palavras: "PF investiga vazamento".

Temos que convir que a depender do entusiasmo de nosso jornalismo auriverde o maior evento esportivo do planeta em 2016 poderia se dar em terras madrilenhas, na Gotham City norte-americana ou na terra do Sol Nascente. Tudo, menos na ensolarada Rio de Janeiro, cidade que melhor vende a imagem do Brasil mas que freqüenta o noticiário nativo quase que unicamente através da cobertura de chacinas nos morros cariocas, nas incursões da polícia quando não de efetivos do exército para reprimir o narcotráfico ou quando nos informam do extermínio de meninos (e meninas) de rua.

Dia de celebração

Repassando as manchetes dos sete principais jornais brasileiros de sexta-feira (2/10), observamos com certo desalento que seis se ocupam do vazamento de provas do Enem e apenas um, o de menor circulação – e carioca ainda por cima – resolve dar um refresco e dá um voto de confiança ao evento de maior potencial midiático passível de ocorrer em nosso país.

É que temos especialistas no Brasil que não dá certo e pouquíssimo traquejo para com o Brasil que pode dar certo. E não me venham com a ladainha de que não temos boas notícias para apurar, assuntos interessantes para repercutir. Basta reler o primeiro parágrafo deste texto.

Que mais esperamos de bom para elevar nossa auto-estima e de quebra passar uma boa imagem do Brasil? Falta ainda termos um brasileiro pisando em solo lunar. E também o médico Miguel Nicolellis ganhar o Nobel de Medicina, Lygia Fagundes Telles trazer para o Brasil o Nobel de Literatura. E um filme brasileiro ganhar o Oscar de melhor filme. Pode até ser na categoria melhor filme estrangeiro. O Brasil poderia também ganhar assento no Conselho de Segurança da ONU, mas ainda é pouco para satisfazer nossas expectativas. É como se nossa imprensa visse o Brasil sempre com viés de baixa (para usar um linguajar típico do noticiário econômico).

Poderíamos começar a trabalhar para ter uma imprensa pautada pela ética e pela duradoura defesa dos direitos humanos. Uma imprensa que saiba distinguir opinião pública de opinião publicada, interesse público de interesse privado. E, quem sabe?, na medida em que formos transpondo as águas do rio São Francisco no Nordeste brasileiro poderíamos começar a transpor para a educação brasileira, em todos os níveis, do elementar ao superior, essa coisa chamada qualidade. De qualquer forma nada disso impede que festejemos um pouco nossas conquistas. Sonhos que foram de passadas gerações de brasileiros. Hoje não é dia de recolhimento. É de celebração. E não é todo dia que a terra descoberta por Cabral pode assistir a um placar assim: Rio, 66 votos. Madri, 32. Goleada!

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =558IMQ001




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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#88 Mensagem por Enlil » Ter Out 13, 2009 5:39 am

RIO OLÍMPICO, 2016
A celebração da diversidade

Por Washington Araújo em 12/10/2009

E de repente chegaram os primeiros comentários. Alguns identifiquei logo de cara como pessoas amigas, assíduas em manifestar generosidade, apreço e outras coisas boas ante meu texto sempre inacabado. As primeiras duas dúzias seguiram nesse ritmo. Mas, então, como contraponto aquela tendência de unanimidade (sempre marcada pela falta de luzes no intelecto) começaram a aparecer alguns poucos comentários tímidos, respeitosos porém discordantes da tese que levantava de que, como filhos de Deus, também merecemos um pouco de celebração já que a vida é curta para ser pequena.

Três dias depois de disponibilizado nesteObservatório, o volume de amigos que fizeram comentários ao texto ultrapassava já a centena [ver "Indiferença em vez de otimismo"]. Havia despertado paixões. Em poucos dias o autor esteve às portas de ganhar o Nobel de Literatura e frequentou também a ante-sala dos infectados com nacionalismo piegas, essa doença de nossa infância política.

Leitores encontraram motivações que me eram inteiramente despercebidas. Para dois ou três mais afoitos o que me movia o pensamento era o desejo de viver em um país dos sonhos, sem criminalidade, sem corrupção, sem sofrimento de qualquer espécie. Já outros me emocionaram com declarações de que ficaram com olhos marejados varados pela emoção. Meia dúzia encontrou no texto razões para se sentir melhor brasileiros, gente otimista e de bem com a vida enquanto outro tanto reclamou da ausência do presidente Lula em uma moldura estilística que lhe caberia à medida.

Experiência instigante

Nesse vai-e-vem de percepções encontrei leitores repercutindo o texto a torto e a direito quase como peça publicitária de uma campanha presidencial ainda incipiente nestes meses finais de 2009. Dezenas de sites e blogues criaram uma rede de proteção ao texto e não deixaram nem mesmo de adorná-lo com logomarcas, charges, lideranças políticas.

A verdade é que os leitores me ajudaram a me entender – se é que me entendem. Entendi que cada um vê no texto o quer ver e ponto final. Compreendi que há uma distância imensa entre intenção e gesto. Percebi que ficamos muito sofisticados na apreensão da linguagem escrita: qualquer afirmação traz consigo sua negação e o desejo de interagir com o autor é tão intenso que não dispensa arroubos de viva aceitação e sinais veementes de repúdio.

Não se aceitam mais livres pensadores, essa gente que ainda se atreve a cometer o pecado de pensar. Os leitores exercem com acentuado prazer o ofício do entomologista. E o que faz o entomologista? Estuda os insetos, analisa sua morfologia, fisiologia, comportamento e genética. É nesse sentido que vejo o leitores catalogar minha posição ideológica, classificar meu pensamento como animal político, estabelecer para que serve meu pensamento, que "usos" esses podem ter se "olhados" por quem os usa.

Creio que a vasta maioria dos que escrevem nesteObservatório o fazem movidos pelo desejo de comunicar algo e fazem a conspiração que reúne pensamento, linguagem e experiência de vida. Ocorre que, quando estou escrevendo, não consigo me imaginar tramando um texto para potencializar esta ou aquela tendência político-partidária. O próprio verbo tramar me deixa desconfortável, creiam-me.

As palavras, por mais esticadas que sejam, não conseguem trair o pensamento do autor. Este as escolhe como faria um apreciador de pedras pequenas à beira-mar: pega uma, deixa-lhe correr na palma da mão e então emite seu veredicto: esta fica comigo e entra em minha coleção enquanto aquela outra é logo descartada, escapa da mão e regressa ao ambiente que a gerou. O mundo está mais afeito às classificações ou nós é que não resistimos ao trabalho fácil e reducionista de classificar de coisas a pensamentos, de insetos a pessoas?

Seguindo esse livre-pensar, logo estaremos portando nas mãos, no lugar de aparelhos celulares, pequenas fichas na forma de etiquetas. No lugar de ligar o celular para conversar preencheremos etiquetas e vamos etiquetando o mundo e seus habitantes. Passaremos a usar uma planilha de cores vibrantes e agradáveis aos donos de pensamentos que têm mais afinidade com nosso modo de ver o mundo e colocaremos as cores frias e muito fortes, osdegradées de cinza, nos que pensam muito diferente da gente.

Pronto, temos diante de nós o desafio da alteridade, da percepção do outro e com isso a percepção da rica diversidade que constitui o patrimônio maior de espécie humana. Se somos gentis, amáveis apenas com aqueles que pensam de maneira similar à nossa, estamos traindo todo o jogo da vida pois optamos por encontrar nosso pensamento refletido no outro. O contrário, infelizmente, é a mais pura verdade. Rejeitamos o que não encontra eco na gente e nos privamos da mais instigante experiência na vida, a que leva ao encontro das diferenças e à celebração da diversidade.

Ser feliz

O texto "Indiferença no lugar de otimismo" é assertivo da primeira à última palavra e representa meu pensamento da forma mais clara que consegui expressá-lo quanto à escolha do Rio de Janeiro pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Usei apenas pedrinhas escolhidas, pedras que catei à beira-mar do pensamento, pedras que uma vez rolando na palma da mão não voltaram a seu lugar de origem, ficaram comigo e foram usadas de forma generosa ao longo do texto.

Embora sinta que o mesmo pareceu possuir os efeitos terapêuticos de óleo de fígado de baleia, aquele bálsamo milagroso que curava, nas feiras de Natal e de Caruaru, de unha encravada a infarto do miocárdio, entendo ser justo declarar que:

** expressar meu amor pelo Brasil não me alinha automática e irrestritamente ao governo do momento, seja ele qual for;

** decretar uma ou duas semanas de celebração particular pela vitória em Copenhague dos 190 milhões de habitantes do Rio de Janeiro não significa que a taxa de homicídios no país baixa a zero, como também não baixa a menos zero a existência dessa que é a pior enfermidade do caráter humano: a corrupção, sem adjetivos, substantivo mesmo;

** sentir emoção depois de ouvir o nome Rio de Janeiro, pronunciado com sotaque mexicano ou colombiano, pelo presidente do COI Jacques Rogge no dia 2/10/2009, não é o mesmo que fazer solene profissão de fé nesta ou naquela plataforma política;

** detectar que nossa imprensa parece sofrer de um pessimismo crônico (e sempre com viés de baixa) em sua cobertura regular sobre Brasil de hoje e aquele do futuro não é o mesmo que desfraldar bandeiras contra ou a favor desse ou daquele veículo de comunicação;

** destacar tanta coisa boa que vem acontecendo no Brasil, nos últimos anos, em esferas até bem pouco inimaginadas não me empurra para a toca do Coelho, aquele instigante ponto de partida do surrealAlice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll;


** pensar a conquista das Olimpíadas no Brasil em 2016 sob um ângulo mais condizente com meu estado de espírito – o da mais lúcida celebração – não é excludente às análises de outros jornalistas e, ao contrário, poderiam todas se somar sem que uma tenha que diminuir a força argumentativa de outra.

Chegará o dia em que um simples brasileiro poderá declarar sua felicidade sem ter que... se explicar.

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =559IMQ003




Tupi
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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#89 Mensagem por Tupi » Qua Out 14, 2009 11:36 am

14/10/2009
O que explica Rio-2016? A vocação inata do Brasil para a felicidade

Juan Arias
O fato de o Rio de Janeiro ter ganhado a disputa para hospedar os Jogos Olímpicos de 2016, deixando para trás cidades de grande prestígio como Madri, Chicago e Tóquio, já foi analisado de todas as formas. Tudo foi dito. Que a América do Sul já merecia uma Olimpíada. E é verdade. Que o Brasil é hoje a potência econômica emergente da região. Também é verdade, assim como que boa parte da vitória se deveu à enorme popularidade mundial do carismático ex-metalúrgico e hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E com ele a atuação do deus do futebol, Pelé, e do mago carioca Paulo Coelho, que soube ganhar a simpatia das mulheres dos delegados do Comitê Olímpico Internacional (COI), as quais convidou para jantar em um restaurante em Copenhague, em um clima de felicidade brasileira. Ou terão sido só as imagens das belezas únicas da mágica cidade carioca? Também, mas não só.

Existe outro elemento pouco destacado, que é a vocação inata do Brasil e dos brasileiros para a felicidade, que acaba se irradiando internacionalmente, contagiando o mundo.



Se houvesse sido feita uma pesquisa nacional, teria aparecido que nesse dia 100% dos brasileiros se sentiram felizes quando o presidente do COI abriu o envelope e apareceu Rio de Janeiro como vencedora da competição para realizar os Jogos Olímpicos de 2016. Os brasileiros, que gozam de uma formidável coesão nacional, estão sempre abertos para acolher qualquer motivo para ser felizes. E abrigar os jogos lhes causou orgulho e felicidade. E não escondem isso - outra característica do brasileiro.

Em minha primeira entrevista com a atriz de cinema e teatro Fernanda Montenegro, quando cheguei ao Brasil, há dez anos, ela me disse algo que nunca esqueci e que mais tarde pude tocar com a mão: "A diferença entre um europeu e um brasileiro é que o brasileiro não se envergonha de dizer que é feliz, e o europeu, sim".

Qualquer um que passa pelo Brasil, por turismo ou trabalho, sente-se rapidamente capturado pela cordialidade, a exuberância afetiva, o acolhimento alegre de sua gente, do norte ao sul do país. "É que com os brasileiros não se pode brigar, porque sorriem até quando você fica nervoso", me disse um correspondente argentino. É verdade. A vocação do brasileiro é mais para a paz, a amizade, o entendimento mútuo, o desejo de agradar, do que para a guerra ou a disputa. E então, o que acontece com a violência que mata no Brasil mais que em outros países? Não é uma violência brasileira, mas produzida pelo câncer do tráfico de drogas.

A melhor arma do brasileiro continua sendo o sorriso. O catedrático de estética da Universidade do Rio Isaías Latuf foi indagado em plena na rua em Buenos Aires se era brasileiro. "Como percebeu?", ele perguntou. E a resposta foi: "Por seu sorriso".

Segundo uma pesquisa realizada em 2008 em 120 países pelo Instituto Gallup e apresentado pela Fundação Getúlio Vargas, a felicidade do brasileiro é superior a seu PIB. O jovem brasileiro aparece com uma avaliação da felicidade superior à média mundial. O estudo revela que os jovens brasileiros entre 15 e 29 anos apresentam maior esperança de ser felizes nos próximos cinco anos do que os jovens do resto do mundo. E essa esperança de felicidade alcança 9,29%.

Os psicólogos tentaram analisar esses dados. Como é possível que os jovens de um país que aparece somente no 52º lugar no índice mundial de renda se sintam os mais felizes do planeta? O psicólogo Dionisio Benaszewski atribui isso ao fato de que, segundo a mesma pesquisa, os jovens brasileiros valorizam mais a felicidade do que o trabalho ou o dinheiro. Se há algo que de fato eu constatei no Brasil é que a maioria dos cidadãos, até os mais pobres, não vivem para trabalhar; trabalham para viver e para viver felizes. É quase impossível conseguir que alguém queira trabalhar em um domingo, mesmo ganhando o dobro. Costumam dizer: "Ah, não, domingo não dá".

Segundo Benaszewski, existe outro elemento gerador de felicidade no Brasil, que é causado pelas boas relações existentes entre membros da família e entre vizinhos. Aqui a rede de solidariedade, sobretudo entre os mais pobres, é formidável. Um exemplo disso são as favelas do Rio, que entre elas se chamam de "comunidades". E o são. O elemento afeto nas relações e o afã por ajudar-se mutuamente nas adversidades, ou de desfrutar os momentos felizes, são proverbiais.

Costuma-se dizer que os brasileiros sabem tirar felicidade até das pedras. Eles a buscam na alegria e na tristeza. No dia em que o Rio ganhou como sede dos Jogos Olímpicos, um casal de jovens brasileiros entrevistado em Madri por um repórter do programa de Iñaki Gabilondo disse algo mais ou menos assim: "Não fiquem tristes. Venham para o Rio, que é uma cidade maravilhosa, que se sentirão felizes". Pensei que, se tivesse sido o contrário, se Madri tivesse ganhado e o Rio, perdido, a jovem também teria se consolado de alguma forma, dizendo que estava feliz na maravilhosa cidade de Madri.

Assim são os brasileiros. São mergulhadores no mar da felicidade e, como não escondem isso, acabam contagiando os outros. Sem dúvida esse contágio também teve a ver na hora da votação em Copenhague.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Rio de Janeiro, 2016: Olimpíadas

#90 Mensagem por rodrigo » Qua Out 14, 2009 6:09 pm

14/10/2009 - 14h40

Orlando Silva culpa imprensa por "escândalo" no Pan
Mário Coelho

O ministro do Esporte, Orlando Silva, ignorou hoje (14) as irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e disse que não houve qualquer "escândalo" no uso do dinheiro público na realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. O ministro atribuiu à imprensa a responsabilidade pelo rótulo negativo que as obras dos jogos ganharam. "Não necessariamente o título e a manchete correspondem aos fatos", disse Orlando.

Com orçamento inicial de aproximadamente R$ 400 milhões, os jogos custaram aos cofres públicos aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Dois anos após o encerramento do Pan-Americano, o Tribunal de Contas da União (TCU) ainda não terminou de fiscalizar o uso de dinheiro público para o evento. Segundo reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense, as suspeitas de irregularidades levantadas pelo tribunal resultaram na abertura de 35 processos.

Durante audiência conjunta de três comissões da Câmara (Fiscalização Financeira e Controle; Turismo e Desporto, e Desenvolvimento Urbano) -, Orlando Silva disse que o TCU ainda não terminou a análise. O ministro se mostrou otimista quanto à aprovação das contas. "O relatório final vai mostrar que não houve irregularidades no Pan", disse.

Apesar de não ter encerrado as análises, o TCU já tomou duas decisões concretas. O tribunal encontrou falhas na implantação de infraestrutura de natureza temporária e locação de equipamentos para a construção das instalações na Vila Pan-Americana. Também foi apontado superfaturamento dos serviços que envolviam a prestação de serviços de hotelaria temporária na Vila Pan-Americana.

Os dois casos envolvem o secretário de Alto Rendimento do ministério, Ricardo Leyser. Um dos "homens fortes" na estrutura do PCdoB - mesmo partido do ministro Orlando Silva -, ele representou a pasta na organização do Pan. Leyser, que também está na organização dos Jogos Olímpicos de 2016, foi condenado pelo TCU a devolver, junto com outras sete pessoas, cerca de R$ 18 milhões aos cofres públicos. Mas ainda cabe recurso contra a decisão.

No fim da audiência pública, Orlando justificou o grande aporte financeiro pelo governo federal no Pan por conta de "ruídos e dificuldades de diálogos" entre as esferas de poder. "O governo federal interveio para não prejudicar a imagem do país. Foi preciso socorrer a organização do Pan para não expor o Brasil ao ridículo", afirmou.

Preocupação

Em entrevista aos jornalistas após a audiência, Orlando Silva disse que a maior preocupação com as obras da Copa do Mundo não está em sua pasta. Para ele, o tempo é pequeno e é preciso agilidade para construir e reformar os aeroportos brasileiros.

"Já conversamos com a Infraero [estatal que administra os aeroportos] para agilizar as obras", disse. Segundo o ministro, existem R$ 2,5 bilhões autorizados e previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a estrutura aeroportuária.

Na semana passada, o Congresso em Foco mostrou que o cronograma das obras da Copa, estabelecido pela Fifa, entidade internacional que rege o futebol mundialmente, está atrasado. As licitações deveriam ter sido abertas em agosto, com conclusão prevista para dezembro. O início das obras deveria ter ocorrido em fevereiro.

"Há um limite de responsabilidade e de interferência quanto a atrasos no cronograma. Prefiro confiar que os estados e os municípios vão cumprir o acordo que firmaram com a Fifa", disse Orlando Silva. O ministro afirmou que todas as obras estarão em andamento até 1º de março de 2010.

"Continuo com muitas dúvidas", disse o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), presidente da CFFC. Ele lembrou que, tirando linhas de crédito abertas pelo BNDES e algumas obras previstas no PAC, ninguém sabe quanto o país vai gastar nas obras para receber o maior evento do futebol mundial. "Para piorar, os financiamentos colocados são insuficientes, são ofertas que não possuem demanda", disparou.

Projetos

Não há, até o momento, nenhuma proposta do governo federal relacionada à organização da Copa do mundo. Os dois primeiros projetos devem chegar até o fim do ano. Uma das matérias será a lei geral para o evento. O governo criticou um anteprojeto de lei sugerido pela Fifa. Está fazendo alterações na proposta e deve concluí-la até o fim do ano. "São temas de baixa complexidade, que representam garantias aos turistas e profissionais que virão assistir a Copa", afirmou.

O outro projeto trata de isenções tributárias para os agentes envolvidos diretamente com a Copa. O ministro exlicou que a proposta está sendo pautada pelas experiências recentes de realização do evento, principalmente na Alemanha, no Japão, na Coreia e na França. "Fizemos um estudo comparado entre as isenções tributárias e queremos adotar algo semelhante ao modelo já existente", disse.

http://congressoemfoco.ig.com.br/notici ... acao=30145




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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