Re: Suicida joga avião em shopping de Goiânia
Enviado: Ter Mar 17, 2009 1:57 am
Aqui está um vídeo feito do helicóptero da PM de Goiás perseguindo o avião:
Eu não consegui ver nenhum Tucano.
Eu não consegui ver nenhum Tucano.
É da discordância com respeito que nasce o debate sadio. Respeito a opinião de que acha que a FAB agiu corretamente, mas não concordo. A cada dia surgem mais relatos sobre como estivemos perto de uma grande tragédia:Quanto a abater a aeronave, não é esse o procedimento e nem era para ser, mas novamente...sua opinião é essa e não sou eu que vou tentar mudar isso.
o desespero do gerente de um parque de diversões vizinho ao shopping Buriti, que disse que o parque havia recebido cerca de 30 ônibus escolares e que o avião havia raspado a barriga na roda gigante lotada!
Rodrigo, esse não foi o primeiro caso, não. Na década de 50, teve um caso com um mecânico da escola da Varig, que algum tempo após ser despedido, roubou um T-6 e tentou acertar uma aeronave de passageiros que estava em solo, mas também errou o alvo. Também tem o caso do sequestro do avião da Vasp em que o sequestrador queria jogar a aeronave no Congresso Nacional...rodrigo escreveu:Mas roubar um avião para se suicidar é a primeira vez no Brasil, e não será a última. Espero que todos errem o alvo, como esse.
Eu entendo sua opinião mas, sinceramente, discordo da mesma. Acho que a FAB não poderia abater a aeronave sem ter completa certeza de que não havia outra opção e, mesmo assim, o abate da aeronave poderia ser feito apenas se as circunstâncias o permitissem uma vez que poderia ter resultados muito piores do que a aeronave acertar o próprio shopping pois a aeronave abatida poderia se quebrar em vários pedaços que resultariam em uma área atingida muito maior.rodrigo escreveu:É da discordância com respeito que nasce o debate sadio. Respeito a opinião de que acha que a FAB agiu corretamente, mas não concordo. A cada dia surgem mais relatos sobre como estivemos perto de uma grande tragédia:
Olá, rodrigo, boa noite!rodrigo escreveu:Não tivemos o incêndio por 10 metros.Enfim, nosso país é pacífico. Mas, infelizmente, isso provoca o efeito "incendio": só se toma alguma medida, mudanças, quando um incendio ocorre...esperemos que isso não ocorra ou que pelo menos, ocorra de forma branda...
Prezados Rodrigo e Slip, só mais um caso que fiquei sabendo hoje, ao ler a parte de opinião do leitor do Jornal Opopular aqui de Goiânia, onde um leitor, comentando o fato da semana passada aqui em Goiânia, relatou o ocorrido em Barra do Garças-MT, em junho de 1980, onde um piloto de taxi aéreo com problemas de relacionamento familiar, tentou jogar um avião na casa de um parente, mas o mesmo caiu 100 m. antes, numa praça (próximo de um hotel e de uma feira), matando 5 pessoas, inclusive o irmão do leitor em solo.Slip Junior escreveu:Rodrigo, esse não foi o primeiro caso, não. Na década de 50, teve um caso com um mecânico da escola da Varig, que algum tempo após ser despedido, roubou um T-6 e tentou acertar uma aeronave de passageiros que estava em solo, mas também errou o alvo. Também tem o caso do sequestro do avião da Vasp em que o sequestrador queria jogar a aeronave no Congresso Nacional...rodrigo escreveu:Mas roubar um avião para se suicidar é a primeira vez no Brasil, e não será a última. Espero que todos errem o alvo, como esse.
Eu entendo sua opinião mas, sinceramente, discordo da mesma. Acho que a FAB não poderia abater a aeronave sem ter completa certeza de que não havia outra opção e, mesmo assim, o abate da aeronave poderia ser feito apenas se as circunstâncias o permitissem uma vez que poderia ter resultados muito piores do que a aeronave acertar o próprio shopping pois a aeronave abatida poderia se quebrar em vários pedaços que resultariam em uma área atingida muito maior.rodrigo escreveu:É da discordância com respeito que nasce o debate sadio. Respeito a opinião de que acha que a FAB agiu corretamente, mas não concordo. A cada dia surgem mais relatos sobre como estivemos perto de uma grande tragédia:
Obs.: Enquanto eu redigia essa mensagem, o Vilmar postou a dele e ele explica em mais detalhes exatamente o que eu quero dizer com a segunda parte dessa mensagem.
Abraço
Acredito que isso seja inquestionável. Assim como o alto risco a partir das manobras arriscadas que ele começou a realizar, em cima de áreas altamente sensíveis, como o aeroporto de Goiânia. Nesse momento, ele deu diversos rasantes em cima de um A320 da TAM, com os passageiros e abastecido. Não precisamos de muita imaginação para pensar o que aconteceria, se por mero acidente, ele colidisse com o A320. Depois deu rasantes no hospital onde se encontravam parentes internados. Se não me engano, é o maior hospital da região Centro Oeste, e um local que costuma ser preservado até mesmo em guerra. Pois ele ficou mais de 20 minutos fazendo piruetas e quase tocando o trem de pouso no prédio. Por fim, rumou para o maior shopping de Goiânia, ao lado de um parque de diversões e um supermercado. E ficou fazendo manobras até cair por acidente ou se jogar, duas hipóteses terríveis, porque poderiam ter acontecido nos cenários anteriores. E milagrosamente não atingiu ninguém, em uma área de grande circulação de pessoas. Fazendo uma analogia, seria como se a polícia ficasse assistindo um ladrão ficar dando cavalo de pau no meio da rua, perto de pedestres, e torcendo para tudo acabar bem. Se ele tivesse roubado o avião, viajado para qualquer lugar e ficado em uma situação que não ameaçasse ninguém, eu não acharia motivo para abatê-lo, mas manobrando em cima desses cenários, ainda acho omissão não terem derrubado.Durante todo o acompanhamento da aeronave, A FAB não possuia nenhuma informação válida e inquestionável de que o piloto iria jogar o avião contra pessoas no solo.
Alguem contesta isso?
É com isso que todos os traficantes e suicidas contam. Aliás, gostaria que me mostrassem que esse fator entrou no processo de decisão da FAB.2. Sem ter absoluta certeza da inevitabilidade da tragédia, gostaria de saber quem tomaria a decisão de matar uma criaça de 5 anos.
Algum de vocês tomaria essa decisão?
Já havia dito isso.3. Não cabe à FAB, nem seria exequível, revistar de forma efetiva, todos os pilotos e passageiros que embarcam nos aeródromos civis e particulares do Brasil.
Não concordo. O público a quem a lei se destinava é diferente, mas se falamos de abate, acredito que a legislação pertinente é essa. A cadeia de autorização tem que ser obedecida, assim como todos os procedimentos para alertar a aeronave ilegal.4. A Lei do Abate foi feita para outra finalidade, não se aplicando no caso em discussão.
Esse eu realmente desconhecia... Obrigado pela informação.Rodrigoiano escreveu:Prezados Rodrigo e Slip, só mais um caso que fiquei sabendo hoje, ao ler a parte de opinião do leitor do Jornal Opopular aqui de Goiânia, onde um leitor, comentando o fato da semana passada aqui em Goiânia, relatou o ocorrido em Barra do Garças-MT, em junho de 1980, onde um piloto de taxi aéreo com problemas de relacionamento familiar, tentou jogar um avião na casa de um parente, mas o mesmo caiu 100 m. antes, numa praça (próximo de um hotel e de uma feira), matando 5 pessoas, inclusive o irmão do leitor em solo.
Abraços!
Rodrigo, utilizando essa mesma analogia, abater a aeronave representaria abrir fogo com armas automáticas contra o carro e assim colocar em um risco ainda maior todos pedestres e as pessoas que, por ventura, pudessem estar abordo.rodrigo escreveu:Fazendo uma analogia, seria como se a polícia ficasse assistindo um ladrão ficar dando cavalo de pau no meio da rua, perto de pedestres, e torcendo para tudo acabar bem.
Descordo, veja só, aparentemente há um conflito de direitos fundamentais (piloto e filha x incolumidade pública), mas esse conflito só é aparente. Vou tentar explicar simplificamente...cicloneprojekt escreveu:Concordo em número e grau.Poti Camarão escreveu:Falar é fácil. Fazer é que é difícil
O episódio da queda do avião, em Goiânia, me fez lembrar a morte da estudante Eloá e fazer um paralelo entre os dois casos. Especificamente, sobre a atuação das autoridades policiais.
Na tragédia de Santo André – SP, a polícia paulista foi duramente criticada por não ter matado o namorado seqüestrador, quando este se expôs aos atiradores de elite. A morte do rapaz, na visão dos críticos, pouparia a vida da jovem.
Em Goiânia, uma árvore e os carros estacionados podem ter selado a sorte das autoridades da Força Aérea Brasileira. Acaso o avião tivesse atingido a entrada principal do shopping, outras mortes certamente aconteceriam, além do piloto e da filhinha dele.
Assim tivesse acontecido, a FAB e o ministro da Defesa seriam enxovalhados. Iriam dizer que o avião era pra ter sido abatido por um caça. Salvaria vidas de quem estava no chão. Mas aí é que está o dilema: se os militares tivessem feito isso, vocês têm dúvida de que eles também não seriam censurados?
Na minha mente vejo a manchete: “FAB derruba avião e mata garotinha de cinco anos”. Argumentariam que a ação fora precipitada e que o piloto só queria chamar a atenção. Não teria coragem de cometer a sandice que acabou cometendo.
Recorro ao dito popular: “Falar é fácil. Fazer é que é difícil”.
Rodrigo, a partir desse momento, tudo bem, até concordo que deveriam abater a aeronave. Mas ela agora estava sobre a cidade. Como fazer isso? Como cumprir a lei, com tiros de advertência que cairiam no chão e poderiam causar estragos? O que fazer com uma chuva de pedaços de aeronave em chamas caso ela explodisse? Pra abater era preciso ter sido feito durante o trajeto. Ninguém assumiria esse ônus, até porque ninguém sabia que o cara ia cometer essa loucura.rodrigo escreveu:Acredito que isso seja inquestionável. Assim como o alto risco a partir das manobras arriscadas que ele começou a realizar, em cima de áreas altamente sensíveis, como o aeroporto de Goiânia. Nesse momento, ele deu diversos rasantes em cima de um A320 da TAM, com os passageiros e abastecido. Não precisamos de muita imaginação para pensar o que aconteceria, se por mero acidente, ele colidisse com o A320. Depois deu rasantes no hospital onde se encontravam parentes internados. Se não me engano, é o maior hospital da região Centro Oeste, e um local que costuma ser preservado até mesmo em guerra. Pois ele ficou mais de 20 minutos fazendo piruetas e quase tocando o trem de pouso no prédio. Por fim, rumou para o maior shopping de Goiânia, ao lado de um parque de diversões e um supermercado. E ficou fazendo manobras até cair por acidente ou se jogar, duas hipóteses terríveis, porque poderiam ter acontecido nos cenários anteriores. E milagrosamente não atingiu ninguém, em uma área de grande circulação de pessoas. Fazendo uma analogia, seria como se a polícia ficasse assistindo um ladrão ficar dando cavalo de pau no meio da rua, perto de pedestres, e torcendo para tudo acabar bem. Se ele tivesse roubado o avião, viajado para qualquer lugar e ficado em uma situação que não ameaçasse ninguém, eu não acharia motivo para abatê-lo, mas manobrando em cima desses cenários, ainda acho omissão não terem derrubado.
Concordo com você. Seja bem-vindo ao fórum!Palpiteiro escreveu:A FAB agiu certo no caso do avião de Goiânia.
Minha argumentação:
1. Durante todo o acompanhamento da aeronave, A FAB não possuia nenhuma informação válida e inquestionável de que o piloto iria jogar o avião contra pessoas no solo.
Alguem contesta isso?
2. Sem ter absoluta certeza da inevitabilidade da tragédia, gostaria de saber quem tomaria a decisão de matar uma criaça de 5 anos.
Algum de vocês tomaria essa decisão?
3. Não cabe à FAB, nem seria exequível, revistar de forma efetiva, todos os pilotos e passageiros que embarcam nos aeródromos civis e particulares do Brasil.
4. A Lei do Abate foi feita para outra finalidade, não se aplicando no caso em discussão.
Um abraço,
Palpiteiro