Tudo isso porque cinco mil paranaenses votaram nele em vez do Osmar DiasPARANÁ | NA TV PARAGUAIA 29/02/2008 - 15h35
Presidente do Paraguai chama Requião de "corrupto"
por KARLOS KOHLBACH - GAZETA DO POVO ONLINE
A "briga" entre o governador Roberto Requião e o presidente paraguaio, Nicanor Duarte, teve mais um round nesta quinta-feira (28) à noite. Após o governador do Paraná mandar o presidente parar de falar "tonterias" e entregar o governo a Fernando Lugo, favorito nas eleições no país vizinho, Durte disparou pesado em um programa na televisão paraguaia: "Requião é corrupto de corpo e alma”.
As novas declarações de Nicanor foram levadas ao ar pelo “Canal 2". Lá, o presidente acusou: "É o homem (Requião) ligado ao tráfico de soja e controla os grandes círculos do contrabando na fronteira".
A discussão, via imprensa paranaense e paraguaia, começou quando um senador do país vizinho afirmou à uma rádio de Curitiba que Requião estava financiando a candidatura presidencial do opositor e ex-bispo Fernando Lugo - apoio esse confirmado e declarado publicamente pelo governador do Paraná. Tanto é que desde outubro de 2007 o secretário estadual da Comunicação Social, Airton Pisseti, tem ido freqüentemente (exatas 11 vezes) ao país vizinho para auxiliar na campanha. Diante disso, Nicanor avançou: no jornal paraguaio ABC Color, desafiou Requião a revelar quanto dinheiro estaria enviando a Lugo: "Como Requião está apoiando Lugo, com versos, com poemas?", ironizou o presidente.
A reação de Requião foi rápida: "Eu recomendo ao Nicanor que fique quieto, não diga ‘tonterías’ e entregue tranqüilamente a Lugo o governo do Paraguai", respondeu. O último round desta briga internacional aconteceu na noite de quinta-feira com a acusação de Duarte de que Requião seria "corrupto".
Segundo uma reportagem da agência de notícias EFE, Nicanor Duarte teria revelado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a ele uma vez "que estava profundamente arrependido de ter apoiado Requião para vencer o segundo turno das eleições presidenciais no estado do Paraná".
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o secretário de Imprensa do Governo do Paraná, Benedito Pires Trindade, solicitando uma entrevista com Requião para que ele pudesse comentar as duras críticas feitas pelo presidente do Paraguai. Por telefone, Benedito classificou a solicitação como uma piada. "Você deve ter mais respeito com o governador Roberto Requião e com o Paraná", disse antes de desligar o telefone.
Incidente diplomático
As declarações de Requião causaram um incidente diplomático com o Paraguai. Na quinta-feira (28) o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Rubén Ramírez, entregou um protesto formal ao embaixador brasileiro em Assunção, Valter Pecly Moreira, exigindo uma declaração do governo brasileiro sobre as afirmações de Requião.
Já Lugo, candidato presidencial da opositora Aliança Patriótica para a Mudança, formada pelo Partido Liberal, segunda força eleitoral do país, e vários grupos sociais e de esquerda, disse que as opiniões de Requião são as de "alguém que se solidariza com o povo paraguaio". O ex-bispo continua favorito para vencer as eleições presidenciais de 20 de abril, segundo pesquisa publicada na quarta-feira pelo jornal "Última Hora", de Assunção.
Nesta pesquisa, Lugo tem o apoio de 37,9% dos entrevistados, enquanto o general reformado Lino Oviedo, do partido opositor União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), ocupa o segundo lugar com 29,7% das preferências. Na terceira posição aparece a ex-ministra da Educação Blanca Ovelar - do Partido Colorado, no poder há 61 anos -, apoiada por Duarte, com 29,6%, enquanto o empresário Pedro Fadul, do também opositor Partido Pátria Querida (PPQ) tem apenas 2,4%.
O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar a troca de acusação entre o chefe do executivo paraguaio e paranaense. Segundo o ministério, Requião fala em nome do governo do Paraná e não do Federal. A embaixada brasileira em Assunção ainda não se manifestou. Já a embaixada paraguaia pede explicações formais do governo brasileiro.
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Agora eles evoluiram. Usam uma kombi para aplicar a injeção letal. A pena de morte a domicílio!joao fernando escreveu:Ta certo Dandolo, eles pra fazer a usina de 3 gargantas mandou o povo sair que a agua vai subir!!! E quem reclama, vc sabe...Paredom com a bala sendo paga pela familia.
Não se queixe, não se explique, não se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora.
B. Disraeli
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E o holocausto que está sendo praticado no Brasil ?Jorge Freire escreveu:Agora eles evoluiram. Usam uma kombi para aplicar a injeção letal. A pena de morte a domicílio!joao fernando escreveu:Ta certo Dandolo, eles pra fazer a usina de 3 gargantas mandou o povo sair que a agua vai subir!!! E quem reclama, vc sabe...Paredom com a bala sendo paga pela familia.
Veja como os criminosos matam pessoas inocentes, ficam 5 anos presos, saem novamente, e voltam a matar ... E os políticos corruptos que não são presos ?
Sinto muito, mas prefiro o Regime da China no Brasil. Não vejo outra solução.
- joao fernando
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Já somos o país mais violento do planeta ... As estatísticas mostram que estamos em guerra. Que tipo de guerra ? Bandidos e Políticos Venais contra a sociedade. Há uma conspiração silenciosa de políticos venais contra o povo. Vou explicar: Políticos se locupletam dos cofres públicos para enriquecerem, manipulando as autoridades policiais e judiciárias.joao fernando escreveu:Dandolo, aqui é velho oeste. Vc acredita em lei de desarmamento? Eu não...
Não sei onde iremos parar. E isso sem contar com a exploração dos banqueiros.
- Túlio
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Uma kôza é verdade, sem sistema bancário um País é INVIÁVEL; agora, sem exageros, por favor, tem gente buena praticando juros de mais de 100% ao ano (empresas de factoring), fora o inferno do Cheque Especial...
Uma kôza tem de ser encarada: um País onde quem mais lucra são os bancos e não as empresas de produção, serviços e agribusiness, tem algo de MUITO errado...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Quem manda no mundo?Túlio escreveu:Uma kôza é verdade, sem sistema bancário um País é INVIÁVEL; agora, sem exageros, por favor, tem gente buena praticando juros de mais de 100% ao ano (empresas de factoring), fora o inferno do Cheque Especial...
Uma kôza tem de ser encarada: um País onde quem mais lucra são os bancos e não as empresas de produção, serviços e agribusiness, tem algo de MUITO errado...
1) Banqueiros;
2) Empresários Bilionários;
3) Políticos Corruptos e Ditadores;
4) Igrejas;
5) Máfias de todos os tipos;
6) Juízes das cortes supremas.
O país (povo) que conseguir controlar o poder desses segmentos, pode se considerar feliz.
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Por que o Requião está apoiando o candidato que quer criar problemas para o nosso país? Ele quer ser conhecido como um traidor? Alguém pode explicar isso?A-29 escreveu:Tudo isso porque cinco mil paranaenses votaram nele em vez do Osmar DiasPARANÁ | NA TV PARAGUAIA 29/02/2008 - 15h35
Presidente do Paraguai chama Requião de "corrupto"
por KARLOS KOHLBACH - GAZETA DO POVO ONLINE
A "briga" entre o governador Roberto Requião e o presidente paraguaio, Nicanor Duarte, teve mais um round nesta quinta-feira (28) à noite. Após o governador do Paraná mandar o presidente parar de falar "tonterias" e entregar o governo a Fernando Lugo, favorito nas eleições no país vizinho, Durte disparou pesado em um programa na televisão paraguaia: "Requião é corrupto de corpo e alma”.
As novas declarações de Nicanor foram levadas ao ar pelo “Canal 2". Lá, o presidente acusou: "É o homem (Requião) ligado ao tráfico de soja e controla os grandes círculos do contrabando na fronteira".
A discussão, via imprensa paranaense e paraguaia, começou quando um senador do país vizinho afirmou à uma rádio de Curitiba que Requião estava financiando a candidatura presidencial do opositor e ex-bispo Fernando Lugo - apoio esse confirmado e declarado publicamente pelo governador do Paraná. Tanto é que desde outubro de 2007 o secretário estadual da Comunicação Social, Airton Pisseti, tem ido freqüentemente (exatas 11 vezes) ao país vizinho para auxiliar na campanha. Diante disso, Nicanor avançou: no jornal paraguaio ABC Color, desafiou Requião a revelar quanto dinheiro estaria enviando a Lugo: "Como Requião está apoiando Lugo, com versos, com poemas?", ironizou o presidente.
A reação de Requião foi rápida: "Eu recomendo ao Nicanor que fique quieto, não diga ‘tonterías’ e entregue tranqüilamente a Lugo o governo do Paraguai", respondeu. O último round desta briga internacional aconteceu na noite de quinta-feira com a acusação de Duarte de que Requião seria "corrupto".
Segundo uma reportagem da agência de notícias EFE, Nicanor Duarte teria revelado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a ele uma vez "que estava profundamente arrependido de ter apoiado Requião para vencer o segundo turno das eleições presidenciais no estado do Paraná".
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o secretário de Imprensa do Governo do Paraná, Benedito Pires Trindade, solicitando uma entrevista com Requião para que ele pudesse comentar as duras críticas feitas pelo presidente do Paraguai. Por telefone, Benedito classificou a solicitação como uma piada. "Você deve ter mais respeito com o governador Roberto Requião e com o Paraná", disse antes de desligar o telefone.
Incidente diplomático
As declarações de Requião causaram um incidente diplomático com o Paraguai. Na quinta-feira (28) o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Rubén Ramírez, entregou um protesto formal ao embaixador brasileiro em Assunção, Valter Pecly Moreira, exigindo uma declaração do governo brasileiro sobre as afirmações de Requião.
Já Lugo, candidato presidencial da opositora Aliança Patriótica para a Mudança, formada pelo Partido Liberal, segunda força eleitoral do país, e vários grupos sociais e de esquerda, disse que as opiniões de Requião são as de "alguém que se solidariza com o povo paraguaio". O ex-bispo continua favorito para vencer as eleições presidenciais de 20 de abril, segundo pesquisa publicada na quarta-feira pelo jornal "Última Hora", de Assunção.
Nesta pesquisa, Lugo tem o apoio de 37,9% dos entrevistados, enquanto o general reformado Lino Oviedo, do partido opositor União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), ocupa o segundo lugar com 29,7% das preferências. Na terceira posição aparece a ex-ministra da Educação Blanca Ovelar - do Partido Colorado, no poder há 61 anos -, apoiada por Duarte, com 29,6%, enquanto o empresário Pedro Fadul, do também opositor Partido Pátria Querida (PPQ) tem apenas 2,4%.
O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar a troca de acusação entre o chefe do executivo paraguaio e paranaense. Segundo o ministério, Requião fala em nome do governo do Paraná e não do Federal. A embaixada brasileira em Assunção ainda não se manifestou. Já a embaixada paraguaia pede explicações formais do governo brasileiro.
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O Sen Álvaro Dias deve ter essa resposta.Centurião escreveu:Por que o Requião está apoiando o candidato que quer criar problemas para o nosso país? Ele quer ser conhecido como um traidor? Alguém pode explicar isso?A-29 escreveu: Tudo isso porque cinco mil paranaenses votaram nele em vez do Osmar Dias
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Depois do papelão que o Lerner fez no Paraná, Requião como muitos outros politicos no Brasil só precisou fazer o discurso certo.A-29 escreveu:Tudo isso porque cinco mil paranaenses votaram nele em vez do Osmar DiasPARANÁ | NA TV PARAGUAIA 29/02/2008 - 15h35
Presidente do Paraguai chama Requião de "corrupto"
por KARLOS KOHLBACH - GAZETA DO POVO ONLINE
A "briga" entre o governador Roberto Requião e o presidente paraguaio, Nicanor Duarte, teve mais um round nesta quinta-feira (28) à noite. Após o governador do Paraná mandar o presidente parar de falar "tonterias" e entregar o governo a Fernando Lugo, favorito nas eleições no país vizinho, Durte disparou pesado em um programa na televisão paraguaia: "Requião é corrupto de corpo e alma”.
As novas declarações de Nicanor foram levadas ao ar pelo “Canal 2". Lá, o presidente acusou: "É o homem (Requião) ligado ao tráfico de soja e controla os grandes círculos do contrabando na fronteira".
A discussão, via imprensa paranaense e paraguaia, começou quando um senador do país vizinho afirmou à uma rádio de Curitiba que Requião estava financiando a candidatura presidencial do opositor e ex-bispo Fernando Lugo - apoio esse confirmado e declarado publicamente pelo governador do Paraná. Tanto é que desde outubro de 2007 o secretário estadual da Comunicação Social, Airton Pisseti, tem ido freqüentemente (exatas 11 vezes) ao país vizinho para auxiliar na campanha. Diante disso, Nicanor avançou: no jornal paraguaio ABC Color, desafiou Requião a revelar quanto dinheiro estaria enviando a Lugo: "Como Requião está apoiando Lugo, com versos, com poemas?", ironizou o presidente.
A reação de Requião foi rápida: "Eu recomendo ao Nicanor que fique quieto, não diga ‘tonterías’ e entregue tranqüilamente a Lugo o governo do Paraguai", respondeu. O último round desta briga internacional aconteceu na noite de quinta-feira com a acusação de Duarte de que Requião seria "corrupto".
Segundo uma reportagem da agência de notícias EFE, Nicanor Duarte teria revelado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a ele uma vez "que estava profundamente arrependido de ter apoiado Requião para vencer o segundo turno das eleições presidenciais no estado do Paraná".
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o secretário de Imprensa do Governo do Paraná, Benedito Pires Trindade, solicitando uma entrevista com Requião para que ele pudesse comentar as duras críticas feitas pelo presidente do Paraguai. Por telefone, Benedito classificou a solicitação como uma piada. "Você deve ter mais respeito com o governador Roberto Requião e com o Paraná", disse antes de desligar o telefone.
Incidente diplomático
As declarações de Requião causaram um incidente diplomático com o Paraguai. Na quinta-feira (28) o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Rubén Ramírez, entregou um protesto formal ao embaixador brasileiro em Assunção, Valter Pecly Moreira, exigindo uma declaração do governo brasileiro sobre as afirmações de Requião.
Já Lugo, candidato presidencial da opositora Aliança Patriótica para a Mudança, formada pelo Partido Liberal, segunda força eleitoral do país, e vários grupos sociais e de esquerda, disse que as opiniões de Requião são as de "alguém que se solidariza com o povo paraguaio". O ex-bispo continua favorito para vencer as eleições presidenciais de 20 de abril, segundo pesquisa publicada na quarta-feira pelo jornal "Última Hora", de Assunção.
Nesta pesquisa, Lugo tem o apoio de 37,9% dos entrevistados, enquanto o general reformado Lino Oviedo, do partido opositor União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), ocupa o segundo lugar com 29,7% das preferências. Na terceira posição aparece a ex-ministra da Educação Blanca Ovelar - do Partido Colorado, no poder há 61 anos -, apoiada por Duarte, com 29,6%, enquanto o empresário Pedro Fadul, do também opositor Partido Pátria Querida (PPQ) tem apenas 2,4%.
O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar a troca de acusação entre o chefe do executivo paraguaio e paranaense. Segundo o ministério, Requião fala em nome do governo do Paraná e não do Federal. A embaixada brasileira em Assunção ainda não se manifestou. Já a embaixada paraguaia pede explicações formais do governo brasileiro.
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A ameaça a Itaipu
A campanha eleitoral no Paraguai gira em torno de dois temas principais. O primeiro é uma troca de acusações de corrupção e irregularidades que não deixa ninguém imaculado. Subornos, comissões, contratos fajutos, conluios com o crime organizado fazem o trivial variado do cardápio de acusações que os candidatos presidenciais trocam entre si. O outro, como mostrou reportagem publicada na semana passada pelo Estado, são as relações com o Brasil, país que a maioria dos candidatos vê como um império que tem mal contidas ambições sobre o território e as riquezas paraguaias.
Dos três principais candidatos - o bispo Fernando Lugo, com 31% das intenções de voto, o general Lino Oviedo, com 28%, e a candidata do partido no governo, Blanca Ovelar, com 27% -, somente Oviedo não é francamente hostil ao Brasil. Entre os candidatos menos cotados também existe a mesma disposição. Júlio López, do Partido dos Trabalhadores, por exemplo, afirma que a “invasão” dos brasiguaios - fazendeiros brasileiros que possuem terras no Paraguai - não será resolvida com a naturalização desses proprietários. Quer uma reforma agrária radical, que inclua a expulsão dos brasiguaios.
O Tratado de Itaipu e os contratos assinados entre os governos do Brasil e do Paraguai para a partilha da energia da usina hidrelétrica binacional são o principal alvo da ofensiva guarani. Todos os candidatos querem a revisão desses documentos. O general Oviedo prefere a via diplomática para mudar o que puder ser mudado. Mas Fernando Lugo e Blanca Ovelar falam em decisões unilaterais, sugerindo que poderão tentar fazer com a eletricidade o que o presidente Evo Morales fez com os hidrocarbonetos na Bolívia - a nacionalização dos recursos e das instalações.
Fernando Lugo, candidato favorito até agora, tem como principal ponto de seu programa a “recuperação da soberania energética”. Alega que o país recebe apenas US$ 200 milhões anuais - um “preço de custo” - pela venda da energia ao Brasil e quer transformar o Paraguai num exportador “livre” de eletricidade, com o que receberia US$ 1,8 bilhão anual - um “preço justo”. A candidata Blanca Ovelar, do Partido Colorado, que está no poder há 66 anos, segue a mesma trilha.
Ocorre que os dois países têm obrigações contratuais. Cada um tem direito à metade da energia gerada por Itaipu. O Brasil tem mercado para a sua parte; o Paraguai só usa 13% da sua cota. A sobra é obrigatoriamente transferida para o Brasil, não a “preço de mercado”, mas a uma remuneração previamente acertada que corresponde a uma compensação por cessão de direito de uso. Essa foi a fórmula encontrada em 1973 para viabilizar a construção da usina binacional, pois o Paraguai não tinha condições de compartilhar o custo financeiro da obra. O Brasil assumiu sozinho o encargo e, depois, também o ônus da instalação das novas turbinas que elevaram a capacidade de geração da usina. Ao Paraguai coube receber royalties, taxas de administração e supervisão, rendimentos de capital - como dono de metade da usina - e a remuneração pela cessão da energia, tendo assumido uma dívida que vencerá em 2023.
Há tempos, setores nacionalistas paraguaios defendem a revisão do Tratado e dos contratos. Há cerca de um ano e meio, por exemplo, o jornal ABC Color iniciou uma campanha de denúncias contra o “imperialismo” brasileiro. Segundo o jornal, a presença dos brasiguaios - que haviam sido atraídos pelo baixo preço da terra no Paraguai - nas áreas próximas a Itaipu é parte de um projeto geopolítico de anexação. “Não é difícil temer que, em poucos anos, o Brasil pretenda anexar o nosso país ou mantê-lo como Estado livre associado, como os Estados Unidos fazem com Porto Rico” - delirava o jornal em editorial.
Em janeiro, o candidato Lino Oviedo esteve durante uma hora com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para expor a sua plataforma eleitoral. Em março, o bispo Fernando Lugo será recebido por Lula, a quem dirá, como anunciou, que pretende renegociar o preço da energia cedida ao Brasil. Essa é uma pretensão que precisa ser liquidada no nascedouro. Se o presidente da República não disser claramente ao candidato que o Brasil não admitirá mudanças no contrato, que garante o fornecimento de 40% da energia consumida no centro industrial do Brasil, Itaipu certamente se transformará em um grave contencioso político.
A campanha eleitoral no Paraguai gira em torno de dois temas principais. O primeiro é uma troca de acusações de corrupção e irregularidades que não deixa ninguém imaculado. Subornos, comissões, contratos fajutos, conluios com o crime organizado fazem o trivial variado do cardápio de acusações que os candidatos presidenciais trocam entre si. O outro, como mostrou reportagem publicada na semana passada pelo Estado, são as relações com o Brasil, país que a maioria dos candidatos vê como um império que tem mal contidas ambições sobre o território e as riquezas paraguaias.
Dos três principais candidatos - o bispo Fernando Lugo, com 31% das intenções de voto, o general Lino Oviedo, com 28%, e a candidata do partido no governo, Blanca Ovelar, com 27% -, somente Oviedo não é francamente hostil ao Brasil. Entre os candidatos menos cotados também existe a mesma disposição. Júlio López, do Partido dos Trabalhadores, por exemplo, afirma que a “invasão” dos brasiguaios - fazendeiros brasileiros que possuem terras no Paraguai - não será resolvida com a naturalização desses proprietários. Quer uma reforma agrária radical, que inclua a expulsão dos brasiguaios.
O Tratado de Itaipu e os contratos assinados entre os governos do Brasil e do Paraguai para a partilha da energia da usina hidrelétrica binacional são o principal alvo da ofensiva guarani. Todos os candidatos querem a revisão desses documentos. O general Oviedo prefere a via diplomática para mudar o que puder ser mudado. Mas Fernando Lugo e Blanca Ovelar falam em decisões unilaterais, sugerindo que poderão tentar fazer com a eletricidade o que o presidente Evo Morales fez com os hidrocarbonetos na Bolívia - a nacionalização dos recursos e das instalações.
Fernando Lugo, candidato favorito até agora, tem como principal ponto de seu programa a “recuperação da soberania energética”. Alega que o país recebe apenas US$ 200 milhões anuais - um “preço de custo” - pela venda da energia ao Brasil e quer transformar o Paraguai num exportador “livre” de eletricidade, com o que receberia US$ 1,8 bilhão anual - um “preço justo”. A candidata Blanca Ovelar, do Partido Colorado, que está no poder há 66 anos, segue a mesma trilha.
Ocorre que os dois países têm obrigações contratuais. Cada um tem direito à metade da energia gerada por Itaipu. O Brasil tem mercado para a sua parte; o Paraguai só usa 13% da sua cota. A sobra é obrigatoriamente transferida para o Brasil, não a “preço de mercado”, mas a uma remuneração previamente acertada que corresponde a uma compensação por cessão de direito de uso. Essa foi a fórmula encontrada em 1973 para viabilizar a construção da usina binacional, pois o Paraguai não tinha condições de compartilhar o custo financeiro da obra. O Brasil assumiu sozinho o encargo e, depois, também o ônus da instalação das novas turbinas que elevaram a capacidade de geração da usina. Ao Paraguai coube receber royalties, taxas de administração e supervisão, rendimentos de capital - como dono de metade da usina - e a remuneração pela cessão da energia, tendo assumido uma dívida que vencerá em 2023.
Há tempos, setores nacionalistas paraguaios defendem a revisão do Tratado e dos contratos. Há cerca de um ano e meio, por exemplo, o jornal ABC Color iniciou uma campanha de denúncias contra o “imperialismo” brasileiro. Segundo o jornal, a presença dos brasiguaios - que haviam sido atraídos pelo baixo preço da terra no Paraguai - nas áreas próximas a Itaipu é parte de um projeto geopolítico de anexação. “Não é difícil temer que, em poucos anos, o Brasil pretenda anexar o nosso país ou mantê-lo como Estado livre associado, como os Estados Unidos fazem com Porto Rico” - delirava o jornal em editorial.
Em janeiro, o candidato Lino Oviedo esteve durante uma hora com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para expor a sua plataforma eleitoral. Em março, o bispo Fernando Lugo será recebido por Lula, a quem dirá, como anunciou, que pretende renegociar o preço da energia cedida ao Brasil. Essa é uma pretensão que precisa ser liquidada no nascedouro. Se o presidente da República não disser claramente ao candidato que o Brasil não admitirá mudanças no contrato, que garante o fornecimento de 40% da energia consumida no centro industrial do Brasil, Itaipu certamente se transformará em um grave contencioso político.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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Lula foi dar trela para Evo ... Agora vai ter que ceder para o Paraguai.PQD escreveu:A ameaça a Itaipu
A campanha eleitoral no Paraguai gira em torno de dois temas principais. O primeiro é uma troca de acusações de corrupção e irregularidades que não deixa ninguém imaculado. Subornos, comissões, contratos fajutos, conluios com o crime organizado fazem o trivial variado do cardápio de acusações que os candidatos presidenciais trocam entre si. O outro, como mostrou reportagem publicada na semana passada pelo Estado, são as relações com o Brasil, país que a maioria dos candidatos vê como um império que tem mal contidas ambições sobre o território e as riquezas paraguaias.
Dos três principais candidatos - o bispo Fernando Lugo, com 31% das intenções de voto, o general Lino Oviedo, com 28%, e a candidata do partido no governo, Blanca Ovelar, com 27% -, somente Oviedo não é francamente hostil ao Brasil. Entre os candidatos menos cotados também existe a mesma disposição. Júlio López, do Partido dos Trabalhadores, por exemplo, afirma que a “invasão” dos brasiguaios - fazendeiros brasileiros que possuem terras no Paraguai - não será resolvida com a naturalização desses proprietários. Quer uma reforma agrária radical, que inclua a expulsão dos brasiguaios.
O Tratado de Itaipu e os contratos assinados entre os governos do Brasil e do Paraguai para a partilha da energia da usina hidrelétrica binacional são o principal alvo da ofensiva guarani. Todos os candidatos querem a revisão desses documentos. O general Oviedo prefere a via diplomática para mudar o que puder ser mudado. Mas Fernando Lugo e Blanca Ovelar falam em decisões unilaterais, sugerindo que poderão tentar fazer com a eletricidade o que o presidente Evo Morales fez com os hidrocarbonetos na Bolívia - a nacionalização dos recursos e das instalações.
Fernando Lugo, candidato favorito até agora, tem como principal ponto de seu programa a “recuperação da soberania energética”. Alega que o país recebe apenas US$ 200 milhões anuais - um “preço de custo” - pela venda da energia ao Brasil e quer transformar o Paraguai num exportador “livre” de eletricidade, com o que receberia US$ 1,8 bilhão anual - um “preço justo”. A candidata Blanca Ovelar, do Partido Colorado, que está no poder há 66 anos, segue a mesma trilha.
Ocorre que os dois países têm obrigações contratuais. Cada um tem direito à metade da energia gerada por Itaipu. O Brasil tem mercado para a sua parte; o Paraguai só usa 13% da sua cota. A sobra é obrigatoriamente transferida para o Brasil, não a “preço de mercado”, mas a uma remuneração previamente acertada que corresponde a uma compensação por cessão de direito de uso. Essa foi a fórmula encontrada em 1973 para viabilizar a construção da usina binacional, pois o Paraguai não tinha condições de compartilhar o custo financeiro da obra. O Brasil assumiu sozinho o encargo e, depois, também o ônus da instalação das novas turbinas que elevaram a capacidade de geração da usina. Ao Paraguai coube receber royalties, taxas de administração e supervisão, rendimentos de capital - como dono de metade da usina - e a remuneração pela cessão da energia, tendo assumido uma dívida que vencerá em 2023.
Há tempos, setores nacionalistas paraguaios defendem a revisão do Tratado e dos contratos. Há cerca de um ano e meio, por exemplo, o jornal ABC Color iniciou uma campanha de denúncias contra o “imperialismo” brasileiro. Segundo o jornal, a presença dos brasiguaios - que haviam sido atraídos pelo baixo preço da terra no Paraguai - nas áreas próximas a Itaipu é parte de um projeto geopolítico de anexação. “Não é difícil temer que, em poucos anos, o Brasil pretenda anexar o nosso país ou mantê-lo como Estado livre associado, como os Estados Unidos fazem com Porto Rico” - delirava o jornal em editorial.
Em janeiro, o candidato Lino Oviedo esteve durante uma hora com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para expor a sua plataforma eleitoral. Em março, o bispo Fernando Lugo será recebido por Lula, a quem dirá, como anunciou, que pretende renegociar o preço da energia cedida ao Brasil. Essa é uma pretensão que precisa ser liquidada no nascedouro. Se o presidente da República não disser claramente ao candidato que o Brasil não admitirá mudanças no contrato, que garante o fornecimento de 40% da energia consumida no centro industrial do Brasil, Itaipu certamente se transformará em um grave contencioso político.
Que haja uma negociação justa para ambos os lados. Não ficaremos mais ricos, e nem mais pobres por causa disso.
Agora, US$ 200 milhões anuais para US$ 1,8 bilhão , jamais.
A quantia de US$ 400 milhões está de bom tamanho.
Se o Paraguai quiser se unir ao Brasil livremente, não teria problema. Façam um plebiscito. A Bolívia também quer se unir ao Brasil ? Bom ... teriam uma saída para o mar
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