Enviado: Seg Dez 10, 2007 1:02 pm
Sniper escreveu:A China é aqui!
Crescimento das maiores empresas de Minas Gerais supera taxas registradas no gigante asiático
Paulo Paiva - Estado de Minas
A China é aqui. A análise do ranking das 300 maiores empresas de Minas Gerais, elaborado para o Estado de Minas pela Teixeira e Associados Auditores e Consultores, revela que as grandes empresas mineiras têm apresentado crescimento chinês em itens como receita bruta e investimentos em ativo, peças importantes do motor que move a economia. As receitas brutas, por exemplo, subiram 15% de 2005 para 2006. O investimento em ativos, indicativo de aumento de produção, foi ainda mais longe, chegando a 18,4%. A China, apontada como a nova locomotiva do globo, tem crescido a taxas médias anuais de 10% há anos. A pesquisa da Teixeira levou em conta dados como receita bruta, ativos e patrimônio líquido.
“O próprio perfil da economia mineira favorece um crescimento alto como este”, diz Domingos Teixeira, diretor da consultoria. É fato. Uma rápida olhada na lista das 20 maiores empresas mostra que nada menos que nove estão ligadas aos setores de siderurgia e mineração. No topo, está a Arcelor Brasil, fabricante de aços longos e semi-acabados que, pela primeira vez, superou a Usiminas como maior empresa do estado. Em Minas, a Arcelor Brasil, controlada pela ArcelorMittal, controla a Belgo. Já a ArcelorMittal é dona da Acesita – que, inclusive, deixou de existir como marca, assumindo o nome de ArcelorMittal Inox do Brasil.
Além de Arcelor e Usiminas, o ranking das 20 maiores traz ainda Gerdau Açominas (fabricante de semi-acabados de aço), Acesita (aços inoxidáveis), Vallourec & Mannesmann (fabricante de tubos de aço) e as mineradoras MBR, Samarco (ambas controladas pela Vale), Alcoa e Votorantim Zinco. Isso mostra bem a força desses dois setores no estado. Curiosamente, tem sido exatamente a China a maior compradora dessas commodities.
A lista é reveladora também em outros aspectos. A Fiat, responsável por ter colocado Minas no mapa da indústria automotiva brasileira e atualmente maior montadora do país, aparece na terceira colocação – e um dos motivos que a faz ser competitiva é justamente o fato de estar próxima dos fabricantes de aço como a Usiminas, que fornece para a montadora produtos já cortados, prontos para a montagem e em sistema just-in-time.
A telefonia está representada tanto pela Telemig Celular, hoje controlada pela Vivo, como pela Andrade Gutierrez, que também opera com participações no setor, e o Grupo Algar, dono da CTBC móvel e fixa. A energia, outro ponto forte do estado, aparece com a Cemig na quarta colocação e a Companhia Força e Luz Cataguases-Leopoldina, 16ª colocada. A Wembley, do vice-presidente José Alencar, surge como representante solitária do setor têxtil, um dos mais afetados pela crise do câmbio, que escancarou o mercado brasileiro aos baratos e descartáveis produtos chineses. Em serviços, destaques para Ale, distribuidora de combustíveis, e Grupo Martins, gigante atacadista instalado no Triângulo Mineiro, com faturamento bruto de quase R$ 3 bilhões.
O curioso é que, quando se desce um pouco abaixo da linha do Equador – ou seja, quando se olha para as empresas que estão de fora do ranking das 20 maiores – descobre-se uma economia bem mais diversificada. A 21ª colocada, por exemplo, é a Magnesita, fabricante de refratários e recentemente adquirida da família Pentagna Guimarães pelo fundo GP Investimentos, por R$ 1,2 bilhão. Aparecem pouco depois a Itambé, produtora de lácteos, os bancos BMG e Mercantil do Brasil, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e a Localiza, do segmento de locação de automóveis. O setor de serviços continua mostrando sua força: 29ª colocada, a Unimed BH ostenta uma receita operacional bruta de R$ 1 bilhão.
Mas no fundo é mesmo a siderurgia que manda no estado. Quando se verifica o gráfico dos 10 maiores setores por receita bruta, vê-se a siderurgia no topo da pirâmide, com valores três vezes maiores que o segundo colocado – indústria e comércio. Somadas, as receitas operacionais brutas de apenas quatro empresas (Arcelor, Usiminas, Açominas e Acesita) somam R$ 43,1 bilhões. As das demais chegam a R$ 47,4 bilhões. Minas ainda é isso: uma China feita de metal e aço..
Separatismo já!
Boa, boa...
Mas se eu falo isso em relação a SP, me fuzilam...