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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 5:30 pm
por Carlos Lima
Penguin escreveu:
Carlos Lima escreveu: Estamos ainda a muitos anos disso... os desafios são tantos que nem a vetoração via aeronaves "AEW" (que são maiores, processam mais informações e são menos vulneráveis a interferência eletrônica, além de possuir um tempo bem maior 'on station') ainda estão totalmente consolidadas como plataformas para vetoração de U(C)AVs.

[]s
CB_Lima
Se A FAB, depois de operar radares AESA, chegar a conclusão que os biplaces são mais versáteis no sentido de melhor aproveitamento das capacidades dos sistemas, os F podem vir em maior quantidade caso novos lotes sejam encomendados.
Eu sou da opinião que pelo menos por tudo o que conversei, vi e li, eu prefiro investir em AEW como plataforma de vetoração de U(C)AVs do que aeronaves de combate.

Eu prefiro o desenvolvimento de um E-Jet AEW com esse tipo de capacidade e em quantidades maiores do que os nossos E-99A e podendo atuar como multiplicador de forças e posto de C&C.

Eu particularmente prefiriria um Gripen F tipo o Growler, para realizar trabalhos de interferência ativa.

É bom lembrar que uma versão "F" com esse tipo de especialização muito provavelmente não será usada para treinamento, pois é uma aeronave mais cara em função dos equipamentos extras que irá possuir (não vale a pena usá-la para treinar pilotos), o que abriria uma brecha para LIFTs de alta capacidade (o que acho melhor para ser honesto).

Na minha opinião um Gripen F para treinar pilotos é um LIFT de Luxo. A plataforma pode ser usada em outras missões.

[]s
CB_Lima

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 5:33 pm
por Túlio
Totalmente de acordo.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 5:52 pm
por Carlos Lima
PS - 1.0: Para quem quer entender mais sobre o assunto de AEW (e derivados) além de multiplição de forças assim como o papel passado, atual e futuro desse tipo de plataforma, um dos livros que sugiro que é de relativa "fácil digestão", é:

Beyond the Horizon: The History of AEW&C Aircraft

PS - 2.0: Um outro livro mais "histórico" mas que ajuda a entender o pensamento da comunidade de inteligência, e "adaptabilidade" de plataformas e missões de Sigint, Elint, etc é:

The History of Big Safari

Não que esses livros tragam todas as respostas sobre esse tipo de debate, mas ajudam a entender muito do contexto de pensamento de vários operadores que tem (tiveram) que lidar bastante com atividades "eletrônicas".

Enfim... ;)

[]s
CB_Lima

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 7:49 pm
por kirk
Carlos Lima escreveu:
Túlio escreveu:Sei lá, estava pensando (e forçando para ver se achava algum sentido no biplace F): e se fizessem uma versão tipo aquela do F/A-18D, especial para operações noturnas? Ou um Wild Weasel? Melhor ainda, a SAAB é sócia no projeto nEUROn, daí o 2P ficaria controlando os bichinhos em linha de visada (satélite e mole de interceptar/negar sinal). Daí era só fazer os CFTs e...
Em teoria todos os Eurobabies (Gripen/Typhoon/Rafale) tem planos (PowerPoints) de utilizar o 2p para controlar U(C)AVs no futuro.

Até agora em função do número de informações sendo processadas e todos os problemas de tomada de decisão a melhor solução ainda é controlar U(C)AVs a partir de um bunker a milhares de Km do teatro de Operações e resolver problemas de 'sequestro de sinais' com o uso de Datalink / AEW's fazendo o papel secundário de transmissor (caso necessário).

O controle dessas aeronave via AEWs (que tem bem mais espaço do que caças) ainda tem os seus desafios.

Mas creio que nos próximos 10 anos a coisa vai mudar.

Até o F-35 tem esse tipo de plano.

[]s
CB_Lima
Olá pessoal,

Entendo que se no futuro ocorrerem conflitos de alta intensidade um Gripen "interferidor" que agrega 4 nEUROns de baixíssima visibilidade para reconhecimento bem próximo, praticamente no meio do inimigo torna-se uma arma fenomenal, principalmente se forem desenvolvidos radares horizontais AESA e embarcar IRST ... lembrando que a comunicação de dados via D-link podem atingir distâncias de 500 km+ ... é um absurdo a vantagem que se consegue com o completo domínio da informação ... com o operador em silêncio radar ...

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E concordo que essa tática pode ser utilizada com o operador embarcado em uma aeronave EW ... entretanto quanto maior a intensidade do conflito mais longe e protegidos devem estar os AEW&Cs e talvez capitaneado por um caça a probabilidade de atingir o coração da formação inimiga seja maior.

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Muito interessante esse assunto ! :wink:

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 7:55 pm
por Túlio
Sim, aí estaria a vantagem do Gripen biplace, não conversão operacional mas ATAQUE!

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 7:56 pm
por Túlio
E a cada 8 seriam 32 nEUROns...

(((Claro que não é pro nosso bico, os Europeus até topam, já aqui.... :roll: :roll: :roll: :roll: )))

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 8:30 pm
por mmatuso
Pois é, algo poderoso demais para termos. :?

Se eu fosse o governo e quisesse apostar em defesa aérea eu financiaria fábricas de drones em tudo que é canto do país.

Em qualquer conflito despacharia uma chuva de drones kamikase de tudo que é tamanho. [003]

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 8:33 pm
por Carlos Lima
Aeronaves AEW tem várias vantagem enormes, dentre elas a 'geração' de energia, além é claro "God view" e o fato de seu afastamento do campo de batalha as deixa muito menos vulneráveis a interferência eletrônica ativa.

Os caças para alcançar esses alcances extremos de transmissões de dados tem que se transformar em 'baterias" voadoras e isso não é aconselhável por um número gigante de motivos. Alcance/Emissão de radiação/Energia para ser gerada/Proximidade muito maior do teatro de operações/Gerenciamento do campo de batalha/"workload" do operador de U(C)AVs, se transformar em uma "árvore de Natal eletrônica" na tela dos seus adversários, etc.

É bom lembrar que uma tecnologia que está avançando tanto quanto a transmissão de dados é justamente a de interferência e por isso uma aeronave de caça controlando U(C)AVs já não é tão "appealing" quanto era antigamente.

Por um bom tempo ainda caças controlando diversos U(C)AVs está mais perto do "Call of Duty" :D do que da realidade.

Agora, um avião de 4 geração tipo Gripen F realizando interferência ativa ajudando em um pacote de ataque/Defesa seria bem mais bem-vindo e seria uma ótima arma realizando "interferência" contra "Pacotes" de U(C)AVs/aeronaves convencionais.

Mas essa é a minha "escola" de pensamento. ;)

Eu pegaria qualquer $$ extra disponível e ao invés de colocar em monitor de tela plana e outras coisas, eu criaria uma versão de interferência eletrônica ativa do Gripen F com o benefício real de estarmos desenvolvendo uma versão especializada do avião, para uma tarefa cada vez mais crucial e com potêncial real de atrair gente que tem interesse nesse tipo de coisa (tá aí um número que vai crescer).

Ou seja... o Gripen F já nasceria como aeronave especializada ao invés de LIFT de Luxo aonde "hoje" vamos aprender a botar um piloto atrás do outro piloto no mesmo avião. :|

O modelo que eu penso que funcionaria seria por exemplo fazer o oposto do que os suecos fizeram conosco no caso do E-99 e oferecer um "pacote" de "modificação made in Brazil para Guerra Eletrônica" para ser colocado em aeronaves biplaces e que se por um acaso os interessados tivessem vontade de botar isso na "carcaça" do Gripen F... ótimo!

Senão... tudo bem também, mas pelo menos geraríamos $$$ e P&D de fato nacionais sem viagem na maionese.

Esse foi o modelo que os suecos fizeram com o E-99 aonde trouxemos a carcaça e cada cliente decidia o recheio com o radar sueco montado em cima, e além disso os operadores tem a flexibilidade de escolher outras carcaças tipo SAAB2000/340, etc.

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CB_Lima

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 8:58 pm
por Wingate
Carlos Lima escreveu:PS - 1.0: Para quem quer entender mais sobre o assunto de AEW (e derivados) além de multiplição de forças assim como o papel passado, atual e futuro desse tipo de plataforma, um dos livros que sugiro que é de relativa "fácil digestão", é:

Beyond the Horizon: The History of AEW&C Aircraft

PS - 2.0: Um outro livro mais "histórico" mas que ajuda a entender o pensamento da comunidade de inteligência, e "adaptabilidade" de plataformas e missões de Sigint, Elint, etc é:

The History of Big Safari

Não que esses livros tragam todas as respostas sobre esse tipo de debate, mas ajudam a entender muito do contexto de pensamento de vários operadores que tem (tiveram) que lidar bastante com atividades "eletrônicas".

Enfim... ;)

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CB_Lima
Lembrando os pioneiros "Super Constellations"...

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Wingate

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 9:02 pm
por Marechal-do-ar
Carlos Lima escreveu:Aeronaves AEW tem várias vantagem enormes, dentre elas a 'geração' de energia...

Os caças para alcançar esses alcances extremos de transmissões de dados tem que se transformar em 'baterias" voadoras...
Acho engraçado o argumento da geração de energia, então quer dizer que um caça que tem uma turbina com potência na faixa dos MW (e dezenas ou centenas de MW) terá problemas por causa de uns aparelhos que consomem kW? Para projetos antigos até é compreensível, mas em projetos novos?

Como exemplo, o Gripen, o Gripen C não vai receber radar AESA, não por não poder fornecer a potência necessária, mas por não poder refrigerar o radar, já no Gripen E pode vir AESA e o que for.

E convenhamos, com um fluxo de ar quase supersônico a disposição qualquer refrigeração é possível.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 9:26 pm
por Alcantara
Carlos Lima escreveu:Eu sou da opinião que pelo menos por tudo o que conversei, vi e li, eu prefiro investir em AEW como plataforma de vetoração de U(C)AVs do que aeronaves de combate.

Eu prefiro o desenvolvimento de um E-Jet AEW com esse tipo de capacidade e em quantidades maiores do que os nossos E-99A e podendo atuar como multiplicador de forças e posto de C&C.
Acontece, Lima, que algumas missões mais "quentes" tenham que ser comandadas de perto, por uma aeronave de combate, devido à dinâmica do cenário. Em uma missão tipo Osirak, por exemplo. Poucas, desapercebidas, fizeram um trabalho que um enxame teria mais dificuldade.

Opinião, claro.

Abraços.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 9:34 pm
por Carlos Lima
Marechal-do-ar escreveu:
Carlos Lima escreveu:Aeronaves AEW tem várias vantagem enormes, dentre elas a 'geração' de energia...

Os caças para alcançar esses alcances extremos de transmissões de dados tem que se transformar em 'baterias" voadoras...
Acho engraçado o argumento da geração de energia, então quer dizer que um caça que tem uma turbina com potência na faixa dos MW (e dezenas ou centenas de MW) terá problemas por causa de uns aparelhos que consomem kW? Para projetos antigos até é compreensível, mas em projetos novos?

Como exemplo, o Gripen, o Gripen C não vai receber radar AESA, não por não poder fornecer a potência necessária, mas por não poder refrigerar o radar, já no Gripen E pode vir AESA e o que for.

E convenhamos, com um fluxo de ar quase supersônico a disposição qualquer refrigeração é possível.
Pode parecer incrivel para voce, mas essa e' a realidade. SH, Rafale, F-35, Typhoon e por ai vai chegando ate o nosso F5 sofrem/sofreram com geracao de energia... O Growler por exemplo leva naqueles seus pods geradores para lidar com esse desafio.


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CB

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 9:39 pm
por Carlos Lima
Alcantara escreveu:
Carlos Lima escreveu:Eu sou da opinião que pelo menos por tudo o que conversei, vi e li, eu prefiro investir em AEW como plataforma de vetoração de U(C)AVs do que aeronaves de combate.

Eu prefiro o desenvolvimento de um E-Jet AEW com esse tipo de capacidade e em quantidades maiores do que os nossos E-99A e podendo atuar como multiplicador de forças e posto de C&C.
Acontece, Lima, que algumas missões mais "quentes" tenham que ser comandadas de perto, por uma aeronave de combate, devido à dinâmica do cenário. Em uma missão tipo Osirak, por exemplo. Poucas, desapercebidas, fizeram um trabalho que um enxame teria mais dificuldade.

Opinião, claro.

Abraços.
Na verdade Alcântara o argumento e' o oposto... Voce quer alguem com "God View" tomando decisoes... Pilotos nos avioes de combate em missoes quentes tem que se preocupar primeiro em sair vivo de missoes quentes e cumpri-las e nao ser baba de Ucav :)

[]s
CB

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 9:43 pm
por mmatuso
Lima, esse cenário de dificuldade acredito que seja para uma situação de uma ação ofensiva.

Mas em casos como o nosso que seria usado para defesa de território/ponto? Fazer a guiagem e controle dos Ucav não poderiam ser feitos por estações em terra?

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Mai 14, 2015 10:03 pm
por Alcantara
Carlos Lima escreveu:
Alcantara escreveu: Acontece, Lima, que algumas missões mais "quentes" tenham que ser comandadas de perto, por uma aeronave de combate, devido à dinâmica do cenário. Em uma missão tipo Osirak, por exemplo. Poucas, desapercebidas, fizeram um trabalho que um enxame teria mais dificuldade.

Opinião, claro.

Abraços.
Na verdade Alcântara o argumento e' o oposto... Voce quer alguem com "God View" tomando decisoes... Pilotos nos avioes de combate em missoes quentes tem que se preocupar primeiro em sair vivo de missoes quentes e cumpri-las e nao ser baba de Ucav :)

[]s
CB
Bem, já dei a minha opinião. Se você acha que uma aeronave AEW&C se encaixa melhor nesse perfil de missão, ok, mas eu vejo de maneira diferente. Não creio que um grande AEW&C faça uma infiltração em território inimigo sem ser percebido.

No exemplo abaixo, poderíamos ter os Gripen UCAV no lugar dos F-16. Seriam 8 UCAVs controlados por 4 Gripens ou, até mesmo, por apenas 2!!

http://24.media.tumblr.com/tumblr_lueg3citSW1r4qlp5o1_500.jpg