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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 1:12 pm
por Penguin
Justin Case escreveu:
Penguin escreveu:II SEMINÁRIO DE OFFSET
INSTITUTO DE FOMENTO E COORDENAÇÃO INDUSTRIAL


“O OFFSET NOS PROJETOS ESTRATÉGICOS DA FAB”
Brig Ar José Augusto Crepaldi Affonso
Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate
14 de dezembro de 2014
São José dos Campos- SP

http://www.workshop3.ifi.cta.br/apresen ... epaldi.pdf
Muito interessante, Penguin.
Valeu!

Justin
Link para as demais apresentações:

http://www.workshop3.ifi.cta.br/apresentacoes/

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 1:29 pm
por LeandroGCard
Marechal-do-ar escreveu:E como referência procurei quantos mísseis de certos modelos já foram fabricados, não é uma informação fácil de achar:
AIM-7 Sparrow: Mais de 50.000 mísseis
AIM-54 Phoenix: 24.000 mísseis
AID-120 AMRAAM: entre 50.000 e 100.000 mísseis

Então... Quanto que é muito?
Marechal, de onde saíram estes números?

Quanto ao AIM-7 talvez 50.000 seja um valor razoável, mas estamos falando do míssil de alcance médio padrão da maioria dos países da OTAN por mais de 40 anos (a produção começou em 1954 e se estendeu até 1997 ou por aí). Ainda assim isso não dá nem 1200 mísseis por ano, e inclui justamente o período da Guerra do Vietnã onde a produção de fato foi às alturas. Para os demais os valores que encontrei estão em faixas completamente diferentes (as referências abaixo são apenas exemplos, mas não são as únicas com valores nestas faixas):

- AIM-54: pouco mais de 5.000 produzidos entre 1973 e 1990, o que dá menos de 200 mísseis por ano.
http://www.designation-systems.net/dusrm/m-54.html

-AMRAAM: 17.500 mísseis até o ano passado, com produção iniciando em 1991, dando o astronômico número (sem ironia) de 761 mísseis por ano.
https://www.bga-aeroweb.com/Defense/AMRAAM.html

Mas veja que aqui estamos falando de um míssil empregado por bem mais da metade de todas as aeronaves de combate do planeta em dezenas de países, e pelas forças aéreas que executam a maior quantidade de lançamentos tanto de teste/treino quanto em condições reais, e que foram empregados nas duas guerras do golfo e em outros conflitos menores.

Se considerarmos os números que coloquei para a FAB, que provavelmente ainda nem chegou a lançar 100 mísseis em toda a sua história, não está tão fora assim.

E existe outra função importantíssima para mísseis obsoletos: treinamento, ter pilotos que sabem como é disparar um míssil de verdade é quase tão importante quanto ter o míssil em si.
Na verdade para isso nem seriam necessários lançamentos de mísseis obsoletos, bastariam mísseis "fake" contendo só o motor e sistema de lançamento em uma estrutura que aguentasse apenas um único vôo. A partir do momento em que o míssil deixasse a aeronave lançadora todos os demais procedimentos poderiam ser simulados via software.

Veja, os "apenas" 10% do valor da aquisição dos aviões ainda são várias centenas de milhões, o que daria para sustentar uma linha de produção mínima dos mísseis por no mínimo uma década, incluindo aí o departamento de engenharia para efetuar os constantes aperfeiçoamentos. Me parece uma forma muito melhor de gastar o dinheiro do que comprar um monte de mísseis para ficarem estocados obsolescendo em algum lugar, e que exigiriam ainda mais $$$ para serem atualizados no que fosse possível (e nem tudo seria) de tempos em tempos.

Cada vez mais acho que guerras na AS seriam uma repetição de Etiópia vs Somália...
Com os custos dos materiais militares atuais? Acho que nem isso... :roll: .


Leandro G. Card

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 2:58 pm
por kirk
LAAD 2015: U.S. Presence Down After Rivals Win Contracts
by Reuben Johnson and Chris Pocock

Imagem
Saab Gripen in flight - Brazil chose the Saab Gripen for its fighter competition.

The Latin American Aerospace and Defence (LAAD) 2015 exposition in Rio de Janeiro last week saw an increase in exhibitors and attendees. But the U.S. presence was significantly reduced, after American companies failed to capture big defense projects in the region. An emblematic example is Brazil’s own F-X2 fighter competition, in which the Boeing Super Hornet lost to the Saab Gripen NG. At the show, the Swedish company signed an agreement with Embraer for joint management of the F-X2 project.

Although U.S. firms scaled back on their presence at LAAD, other traditional players in this market such as Israel and France—or more recent entrants such as Russia and the People’s Republic of China (PRC)—are positioning themselves for the long haul and to establish a permanent presence in the market. Chinese companies are placing staff permanently in either São Paulo, Brazil’s business megalopolis, or in Brasilia, the capital. Russian firms, despite sanctions against them doing business with any entities that have EU or U.S. connections, hired more space than ever at LAAD and are busy hawking air defense systems and infantry weapons to numerous clients.

The agreement between Saab and Embraer confirmed the extensive role for the latter in Gripen NG systems development, integration, flight test, final assembly and aircraft deliveries. This includes joint responsibility for the complete development of the two-seat version. The two companies will build a Gripen engineering center at Embraer’s Gavião Peixoto factory. However, Saab carefully noted that the latest industrial agreement is contingent on the activation of the F-X2 contracts with the Brazilian Aeronautics Command (Portuguese acronym COMAER) that were signed last October. These contracts “will come into effect once certain conditions have been fulfilled [which is] expected… during the first half of 2015,” Saab added.

Brazil has decided to equip its Gripens with a set of almost entirely non-U.S. weaponry and systems. With this in mind, Saab has now taken a 15-stake in Brazilian aeronautical engineering services company Akaer. Last February, Saab announced the extent of its cooperation with Brazilian avionics house AEL Sistemas. AEL will provide the wide-area display (WAD) and the head-up display (HUD). A four-year development and production program has already started in Porto Alegre. The WAD for Brazil’s Gripen NG aircraft is a single intelligent large screen (19 x 8 in) display in full color, with state-of-the-art touchscreen controls capability.

Soon after the show concluded, French company Sagem announced an agreement with Helibras for the local production of 30 autopilot systems for Brazil’s Panther helicopters. The work will be done by Optovac, a full-owned subsidiary of Sagem in São Jose dos Campos. Sagem said that it had been investing in avionics and optronics solutions for Brazil’s armed forces since 2012. Optovac is also producing flight controls and navigation systems for Brazil’s Caracel and Fennec helicopters. Helibras is the Brazilian subsidiary of Airbus Helicopters, which is supplying the majority of Brazil’s rotary-wing needs.
http://www.ainonline.com/aviation-news/ ... -contracts

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 3:53 pm
por FCarvalho
bem, quando os americanos não ganham diretamente, eles sempre acabam dando um jeito de levar indiretamente. não tem jeito. americano não perde nesse mundo nem jogando biriba... :roll:

abs

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 5:08 pm
por kirk
FCarvalho escreveu:bem, quando os americanos não ganham diretamente, eles sempre acabam dando um jeito de levar indiretamente. não tem jeito. americano não perde nesse mundo nem jogando biriba... :roll:

abs
Pela matéria acima parece que é o contrário, a FAB resolveu utilizar o quanto possível equipamentos, armas e sistemas sem o "made USA".

... "non-U.S. weaponry and systems".

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 5:33 pm
por alcmartin
Marechal-do-ar escreveu:
knigh7 escreveu:O projeto do WAD da AEL/ELBIT são 2 monitores unidos com alimentação e processamento separados, mas um coladinho no outro, com uma borda ultrafina. E em caso de falha de uma das telas, o monitor sem problema automaticamente assume também as imagens, alternado ou dividindo a do outro. O piloto faz o que bem entende com as funções da tela que sobrou, as telas são idênticas, sejam em hardware, software e alimentação.
Me pergunto se isso realmente adiciona mais segurança, se as funções passam de uma tela para outra existe um sistema que liga as duas e esse sistema é centralizado e se tornou mais complexo para poder fazer esse joguinho de ping pong, e se esse sistema falhar? As duas telas redundantes apagam?

O MTBF de um monitor deve ser de, no mínimo, umas 100.000 horas, boa sorte com algum software assim, e a complexidade só piora as coisas.
juarez castro escreveu: Evidentemente que tal tela vai necessitar de mais arrefecimento, portanto o sistema de refrigeração da aeronave deverá ser reprojetado e o lay out e talvez algumas dimensões da cabine também.
Um monitor deve consumir uns 20W, não vai nem fazer cócegas no sistema de refrigeração.
marechal, nao sei especificamente do Gripen, mas os similares do mercado funcionam da seguinte maneira: um computador gerencia os dados para as telas, sendo priorizados alguns dados, em detrimento de outros. P.ex., os de seguranca do voo, primeiro. Se ha' alguma pane, dentro desta prioridade, os dados sao redistribuidos nas telas restantes. Mas, pode-se mudar o arranjo manualmente, dentro da prioridade, no gosto do piloto. Ex. da direita para esquerda, etc.

Ha' uma diferenca entre a pane da tela e pane no computador que o alimenta. Na pane da tela, ela fica preta! Quando ha' pane no computador, aparece um traco branco, diagonal. indica que a tela funciona, mas nao recebe nada. E ha' ainda pane nos dados recebidos, absurdos. Estes...so' um outro computador para comparacao, com outra fonte de dadsos, ou a percepcao do piloto, para saber.
sds.

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 5:36 pm
por Carlos Lima
A realidade é que a começar pelo motor a dependência Americana (ou aliados) é bem significativa, a começar pela Inglaterra e indo por Israel.

Acho que é bom não nos enganarmos, aceitarmos a realidade e bola pra frente.

[]s
CB_Lima

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 5:42 pm
por mmatuso
Boa estratégia, para fugir de embargo não comprar armamento americano em um caça que tem um monte de peças desse país. [101]

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 7:19 pm
por general-lee
Parlamento da Suécia exige explicações após a denúncia da existência de sérios problemas técnicos com o Gripen
Publicado em 22/04/2015 por LaMarca em Militar
saab_jas_39_gripen_flares
Saab JAS 39C Gripen (Foto: Flygvapnet)
As falhas, que foram encobertas durante cinco anos, são consideradas inaceitáveis. O Parlamento sueco demanda explicações.
A denúncia foi feita inicialmente pela emissora de televisão TV4 News, que teve acesso a relatórios internos da Força Aérea Sueca (Flygvapnet). Logo em seguida, o assunto ganhou grande repercussão na imprensa local.

Saab_JAS-39C_Gripen,_Sweden_-_Air_Force
Saab JAS 39C Gripen (Foto: Flygvapnet)
Segundo o que foi apurado, as falhas na aeronave envolvem os seguintes sistemas:

sistema de armas
sistema de geração de oxigênio a bordo
sistema de pressurização dos macacões anti-G dos pilotos
Também foi relatado uma série de eventos envolvendo o desligamento, as vezes simultâneo, das telas (LCD displays) empregadas na navegação e informações de radar da aeronave. Por conta desses problemas, a Flygvapnet criou um plano definindo restrições relativas ao teto de serviço da aeronave e ao tipo de manobras que podem ser realizadas com segurança.

2nd flight with weapons
Gripen NG Demonstrator (Foto: Katsuhiko TOKUNAGA – Saab)
Outro problema relatado é o mau funcionamento no sistema de pouso ou aterragem por instrumentos da aeronave, também conhecido pela sigla ILS.

De acordo com a opinião de Robert Persson, Gerente de Segurança de Voo da Força Aérea Sueca, todos esses erros impedem que Gripen seja empregado em sua plena capacidade.

O Gripen é a espinha dorsal do sistema de defesa sueco, sendo o primeiro recurso acionado para verificar qualquer instabilidade no Báltico ou uma atitude agressiva por parte da Rússia

Allan Widman, membro do Partido Liberal e presidente da Comissão de Defesa do Parlamento, ficou surpreso com as denúncias e exigiu uma explicação imediata das Forças Armadas Suecas.

“É algo particularmente importante, diante na situação geopolítica que temos neste momento”, declarou Widman à TV4 News.



Reação da Força Aérea Sueca

Em resposta às denúncias feitas pela emissora de televisão TV4 News, o Comando de Defesa Aeroespacial da Flygvapnet se posicionou em seu Blog, informando que a reportagem está seriamente equivocada, haja vista os referidos documentos nunca foram secretos, assim também como as restrições não são graves.

Ainda segundo a Flygvapnet, a Autoridade reguladora da Força Aérea (Militära Flygsäkerhetsinspektionen – FLYGI) não considerou necessário criticar a forma como a Força Aérea Sueca gerencia as restrições temporárias (sic) nas aeronaves. Em seu mais recente relatório a FLYGI afirma que a avaliação geral da segurança aérea das aeronaves é aceitável e sem uma clara tendência negativa. Em um sentido estatístico, a situação é considerada boa pois a taxa de acidentes no ano de 2014 é zero e o número de incidentes graves é baixo. De uma forma mais ampla, isso se reflete nos demais operadores da aeronave, lembrando que a mesma é empregada em missões com alto grau de importância e operada por pessoal altamente qualificado.

Para ler o posicionamento completo do Comando de Defesa Aeroespacial da Flygvapnet, clique aqui.

Reação da Saab

A Saab, fabricante do Gripen, através de seu Diretor de Imprensa, Sebastian Carlsson, afirmou estar ciente dos problemas, enfatizando que medidas corretivas tem sido implementadas.

“Nunca tivemos tão poucos casos como agora. Ocorrem anormalidades, mas o Gripen possui um dos sistemas de voo mais estáveis do mundo”, afirmou Sebastian Carlsson.

Para ler o posicionamento da Saab, clique aqui, aqui, aqui e aqui.

FONTE: Svenska Dagbladet, Dagens Nyheter link 1, Dagens Nyheter link 2, Di, TV4 News link 1, TV4 News link 2, Corren, Metro, NyTeknik, Folkbladet, Sveriges Radio, Helsingborgs Dagblad, Skaraborgsbygden

EDIÇÃO: Cavok

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 8:29 pm
por kirk
Carlos Lima escreveu:A realidade é que a começar pelo motor a dependência Americana (ou aliados) é bem significativa, a começar pela Inglaterra e indo por Israel.

Acho que é bom não nos enganarmos, aceitarmos a realidade e bola pra frente.

[]s
CB_Lima
mmatuso escreveu:Boa estratégia, para fugir de embargo não comprar armamento americano em um caça que tem um monte de peças desse país. [101]
Seria de bom tamanho sabermos quais são esse "monte de peças" sei do motor, não é segredo a ninguém, mas o que tem mais ?

Com a palavra os Senhores ! :wink:

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 11:00 pm
por kirk
kirk escreveu:
Carlos Lima escreveu:A realidade é que a começar pelo motor a dependência Americana (ou aliados) é bem significativa, a começar pela Inglaterra e indo por Israel.

Acho que é bom não nos enganarmos, aceitarmos a realidade e bola pra frente.

[]s
CB_Lima
mmatuso escreveu:Boa estratégia, para fugir de embargo não comprar armamento americano em um caça que tem um monte de peças desse país. [101]
Seria de bom tamanho sabermos quais são esse "monte de peças" sei do motor, não é segredo a ninguém, mas o que tem mais ?

Com a palavra os Senhores ! :wink:
E aí "CUMPADRES" pesquisaram ??? ... o que mais acharam além do motor ???

Tô aguardando !

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 11:34 pm
por Marechal-do-ar
LeandroGCard escreveu: - AIM-54: pouco mais de 5.000 produzidos entre 1973 e 1990, o que dá menos de 200 mísseis por ano.
http://www.designation-systems.net/dusrm/m-54.html

-AMRAAM: 17.500 mísseis até o ano passado, com produção iniciando em 1991, dando o astronômico número (sem ironia) de 761 mísseis por ano.
https://www.bga-aeroweb.com/Defense/AMRAAM.html
Acho que você tem razão quanto a esses números, o 24000 era de fato o número de AMRAAMs que o pentágono estava autorizado a comprar por 7 bilhões de dólares em 1984 para que o programa continuasse, não tem nada a ver com o número de Phoenixs que ficou em 5000 mesmo, e no caso desse último, o "por ano" está sobrando, ele só teve 3 versões operacionais e que ficaram em operação até sua aposentadoria, obsoletas ou não, não foi uma produção realmente contínua como é com o AMRAAM.
LeandroGCard escreveu:Se considerarmos os números que coloquei para a FAB, que provavelmente ainda nem chegou a lançar 100 mísseis em toda a sua história, não está tão fora assim.
Tirando o fato de que os EUA fabricam esses mísseis, somando os AIM-7, 9, 54 e 120 fica claro que eles tinham estoque ao menos para encher os pilones de seus aviões e mais um pouco, e eram milhares de aviões, não 36.

Então continua a pergunta central, quanto é muito para esse estoque?
LeandroGCard escreveu:Na verdade para isso nem seriam necessários lançamentos de mísseis obsoletos, bastariam mísseis "fake" contendo só o motor e sistema de lançamento em uma estrutura que aguentasse apenas um único vôo. A partir do momento em que o míssil deixasse a aeronave lançadora todos os demais procedimentos poderiam ser simulados via software.
A razão para os lançamentos reais é justamente conhecer as deficiências do simulador, o piloto pode decorar cada passo que o instrutor disser, pode repetir 500 vezes em um simulador, mas o disparo real? Simulador não falha, não treme, não da frio na barriga, dar ao piloto a certeza do que acontece quando dispara um míssil é importante para caso preciso um disparo de verdade, tem missão melhor para mísseis obsoletos ou no fim da vida útil?

E mais, acho que os F-5 que serão desativados deviam ser convertidos em radio-controlados e usados como alvos, mas alvos que tentam se defender, seria um aprendizado importantíssimo para os pilotos e para a engenharia sobre a real eficiência dos mísseis e de que formas a vida real difere do simulador, até para aperfeiçoar os simuladores, esse conhecimento considero muito mais valioso do que os trocados que vão receber leiloando os F-5.
LeandroGCard escreveu:Veja, os "apenas" 10% do valor da aquisição dos aviões ainda são várias centenas de milhões, o que daria para sustentar uma linha de produção mínima dos mísseis por no mínimo uma década, incluindo aí o departamento de engenharia para efetuar os constantes aperfeiçoamentos. Me parece uma forma muito melhor de gastar o dinheiro do que comprar um monte de mísseis para ficarem estocados obsolescendo em algum lugar, e que exigiriam ainda mais $$$ para serem atualizados no que fosse possível (e nem tudo seria) de tempos em tempos.
Se realmente criarem a tal linha de montagem...

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Qui Abr 23, 2015 11:59 pm
por Penguin
Trends in Air-to-Air Combat: Implications for Future Air Superiority
April 14, 2015 • By John Stillion • Studies

http://csbaonline.org/publications/2015 ... periority/

Imagem

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Sex Abr 24, 2015 1:17 am
por Ilya Ehrenburg
Cavok Blog: A Casa Caiu...
http://www.cavok.com.br/blog/parlamento ... -o-gripen/

Parlamento da Suécia exige explicações após a denúncia da existência de sérios problemas técnicos com o Gripen
Publicado em 22/04/2015

por LaMarca em Militar

As falhas, que foram encobertas durante cinco anos, são consideradas inaceitáveis. O Parlamento sueco demanda explicações.

A denúncia foi feita inicialmente pela emissora de televisão TV4 News, que teve acesso a relatórios internos da Força Aérea Sueca (Flygvapnet). Logo em seguida, o assunto ganhou grande repercussão na imprensa local.

Segundo o que foi apurado, as falhas na aeronave envolvem os seguintes sistemas:

sistema de armas
sistema de geração de oxigênio a bordo
sistema de pressurização dos macacões anti-G dos pilotos

Também foi relatado uma série de eventos envolvendo o desligamento, as vezes simultâneo, das telas (LCD displays) empregadas na navegação e informações de radar da aeronave. Por conta desses problemas, a Flygvapnet criou um plano definindo restrições relativas ao teto de serviço da aeronave e ao tipo de manobras que podem ser realizadas com segurança.
2nd flight with weapons

Gripen NG Demonstrator (Foto: Katsuhiko TOKUNAGA – Saab)

Outro problema relatado é o mau funcionamento no sistema de pouso ou aterragem por instrumentos da aeronave, também conhecido pela sigla ILS.

De acordo com a opinião de Robert Persson, Gerente de Segurança de Voo da Força Aérea Sueca, todos esses erros impedem que Gripen seja empregado em sua plena capacidade.

O Gripen é a espinha dorsal do sistema de defesa sueco, sendo o primeiro recurso acionado para verificar qualquer instabilidade no Báltico ou uma atitude agressiva por parte da Rússia

Allan Widman, membro do Partido Liberal e presidente da Comissão de Defesa do Parlamento, ficou surpreso com as denúncias e exigiu uma explicação imediata das Forças Armadas Suecas.

“É algo particularmente importante, diante na situação geopolítica que temos neste momento”, declarou Widman à TV4 News.



Reação da Força Aérea Sueca

Em resposta às denúncias feitas pela emissora de televisão TV4 News, o Comando de Defesa Aeroespacial da Flygvapnet se posicionou em seu Blog, informando que a reportagem está seriamente equivocada, haja vista os referidos documentos nunca foram secretos, assim também como as restrições não são graves.

Ainda segundo a Flygvapnet, a Autoridade reguladora da Força Aérea (Militära Flygsäkerhetsinspektionen – FLYGI) não considerou necessário criticar a forma como a Força Aérea Sueca gerencia as restrições temporárias (sic) nas aeronaves. Em seu mais recente relatório a FLYGI afirma que a avaliação geral da segurança aérea das aeronaves é aceitável e sem uma clara tendência negativa. Em um sentido estatístico, a situação é considerada boa pois a taxa de acidentes no ano de 2014 é zero e o número de incidentes graves é baixo. De uma forma mais ampla, isso se reflete nos demais operadores da aeronave, lembrando que a mesma é empregada em missões com alto grau de importância e operada por pessoal altamente qualificado.

Para ler o posicionamento completo do Comando de Defesa Aeroespacial da Flygvapnet, clique aqui.

Reação da Saab

A Saab, fabricante do Gripen, através de seu Diretor de Imprensa, Sebastian Carlsson, afirmou estar ciente dos problemas, enfatizando que medidas corretivas tem sido implementadas.

“Nunca tivemos tão poucos casos como agora. Ocorrem anormalidades, mas o Gripen possui um dos sistemas de voo mais estáveis do mundo”, afirmou Sebastian Carlsson.

Para ler o posicionamento da Saab, clique aqui, aqui, aqui e aqui.

FONTE: Svenska Dagbladet, Dagens Nyheter link 1, Dagens Nyheter link 2, Di, TV4 News link 1, TV4 News link 2, Corren, Metro, NyTeknik, Folkbladet, Sveriges Radio, Helsingborgs Dagblad, Skaraborgsbygden

EDIÇÃO: Cavok

IMAGENS: Meramente ilustrativas

NOTA DO EDITOR¹: É… a casa caiu!

NOTA DO EDITOR²: Diante do exposto, fica claro cristalino o porquê da resistência dos pilotos suecos à tela única.

NOTA DO EDITOR³: Interessante a Força Aérea Sueca afirmar que os tais documentos, que serviram de base para as denúncias feitas pela emissora de televisão TV4 News, nunca foram secretos e que as restrições não são graves. Ou seja, assumiram que existem problemas, apenas trataram de minimizar os mesmos.

Mesmos não se tratando de documentos secretos, é impressionante que, até então, um assunto como esse nunca tinha sido abordado abertamente pela imprensa sueca.

A Saab também afirma que já estava ciente da situação, e que medidas tem sido implementadas a fim de corrigir as anormalidades.

Diante de fatos cuja veracidade foi confirmada tanto pela Força Aérea Sueca, como pela Saab, e, obviamente, minimizados por ambos, este Editor entende que é razoável presumir que essas anormalidades, por questões de segurança, tenham sido divulgadas aos demais operadores da aeronave (África do Sul, Hungria, República Checa, Reino Unido e Tailândia), até porque o fabricante afirma que medidas corretivas tem sido implementadas, e é bem possível que essas anomalias não atinjam apenas as aeronaves em operação na Suécia.

É incrível como as pessoas se contradizem com facilidade. Muita gente reclama que não existe transparência, e que os acidentes e incidentes aeronáuticos não são relatados. Aí, quando um assunto como este é divulgado pela imprensa, e republicado aqui no Cavok, a situação gera revolta em algumas pessoas.

Muitos dos que reclamaram são os mesmos que geralmente se divertem quando divulgamos os acidentes aéreos com aeronaves militares na Índia, quando relatamos os problemas no desenvolvimento do PAK FA, e quando abordamos os problemas do F-22 e F-35. Se for problema no Rafale, é porque é “jaca”, se for no Typhoon, é porque é um “tijolão”, se for russo, é porque não presta, e se o acidente é com um avião chinês, então é porque “soltou pecinha”, é “xing ling” e por aí vai…

Aí é divertido, não é mesmo?

Sem falar que quando o problema é com os outros, quase ninguém liga para a credibilidade da fonte.

Mas quando se trata do Gripen, a coisa muda de figura. E, mesmo com a Saab e a Força Aérea Sueca admitindo a situação, algumas pessoas insistem em afirmar que tudo isso é mentira e intriga da “imprensa marrom”, e até tentam denegrir a imagem do Cavok por estar publicando tais coisas.

Sejam mais coerentes em seus posicionamentos…

Por fim, entendemos que o Gripen é uma aeronave em constante desenvolvimento, entretanto nos causa estranheza que esse assunto não tenha sido tratado de forma mais transparente, como, por exemplo ocorre com o F-35.


Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Enviado: Sex Abr 24, 2015 10:15 am
por juarez castro
Carlos Lima escreveu:A realidade é que a começar pelo motor a dependência Americana (ou aliados) é bem significativa, a começar pela Inglaterra e indo por Israel.

Acho que é bom não nos enganarmos, aceitarmos a realidade e bola pra frente.

[]s
CB_Lima
Esta história de dependência é uma coisa no meu modesto entende tão promiscua quanto. Qual é a diferença de depender de Americanos, de Franceses, de Russos ou Chineses, nenhuma, para os que alardeavam a parceria intergaláctica nunca antes vista na face da terra com os Franceses, o caso dos Mistral Russos mostrou a realidade que é aquela que todo mundo sabe:

Países, independente, de sistema político, ideologia, religião ou localização geográfica não tem amigos, ou aliados, tem interesses.
Não que ficar a bunda na janela, pois muito bem:

Escolha um produto militar que tenha escala de produção, confiabilidade e robustez construtiva, que se adeque ao seu TO e que seja possível de ser mantido dentro de suas limitações orçamentárias.
Fabrique em casa as armas deste equipamento ou parte delas, a munição, os sistemas de EW e rastreio e suas integrações, estude detalhadamente o equipamento e mantenha seu pessoal qualificado e atualizado quanto a doutrina deste.

Grande abraço