MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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joao fernando
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7396 Mensagem por joao fernando » Sex Mar 24, 2017 2:14 pm

EduClau escreveu:O problema da MEI é faturamento bruto super baixo, 60k por ano e só pode recolher previdência um valor que vai garantir aposentadoria de 1SM, não tem como aumentar.

ABS.
O que pra mim, tá ótimo. Trabalho sozinho, pago só água luz e telefone. De que me adianta ganhar mais se tenho que gastar uma naba com contador e outros gastos? Creio que como eu tenha milhares de casos iguais.

Qto ao Tulio: vc teve a sua licença maternidade garantida, respeite a minha :mrgreen:




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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cabeça de martelo
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7397 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Mar 25, 2017 1:52 pm

Leiam o artigo, como estes casais há muitos mais e com depoimentos semelhantes:

:arrow: http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... u-folhetim




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Frederico Vitor
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7398 Mensagem por Frederico Vitor » Dom Mar 26, 2017 12:32 am

cabeça de martelo escreveu:Leiam o artigo, como estes casais há muitos mais e com depoimentos semelhantes:

:arrow: http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... u-folhetim
Li e reli esta matéria jornalística e não tenho nenhuma dificuldade em dizer que se trata de um texto completamente recheado de hipérboles, estereótipos e conclusões rasas. (Como sempre, é claro. Ainda mais na imprensa lusa).

Apesar da crise econômica, política e social que passa o Brasil (12% da população economicamente ativa está sem emprego) não vejo essa extrema necessidade de buscar “sobrevivência” em terras estrangeiras, especialmente em Portugal.

Não sou contra o cidadão embarcar para fora do Brasil e, aqui, nunca mais voltar. Porém, ajudar a reforçar estereótipos e simplificações difusas acerca do Brasil em meios de imprensa no exterior é de dar náuseas.

Aqui não é nenhum paraíso, é claro. O Brasil não é, nuca foi e jamais será, uma maravilha. Porém o inferno pintado por este quadro dantesco não é tão diabólico assim - e este texto "jornalístico", infeliz, diga-se de passagem, reforça o que estou dizendo.

Por exemplo: moro em uma cidade que foi classificada a 29º mais violenta do mundo, segundo a ONG mexicana Seguridad, Justicia Y Paz. Com uma taxa de homicídio de 43,89 para 100 mil habitantes. OK, são os números. Mas vem cá...

Dirijo à noite tranquilamente, não dou bobeira, evito conduzir com os vidros abertos (até porque o calor escaldante não me permite guiar sem ligar o ar-condicionado). Não vago jamais em determinadas zonas da cidade em altas horas da noite. Tomo todo o cuidado que uma pessoa precisa tomar em uma cidade média/grande. Acho que minhas atitudes enquanto ao zelo para com a segurança são praticamente as mesmas de cidadãos sensatos de qualquer outra cidade, como Chicago, Nova York, Lisboa, Tóquio, Madri, Buenos Aires, etc.

Já sofri algum assalto? NÃO. Já fui assediado ou corri perigo real de ser "maquinado" por algum assaltante? NÃO! (ainda).

Ando armado? (gostaria, mas) NÃO. Nunca precisei andar armado. Tenho carro blindado? NÃO. Tenho medo de sofrer assalto ou ser vítima de algum tipo de violência? Também NÃO. Sou um inconsequente ou, como se diz na gíria vulgar das ruas do Brasil, seria eu um vacilão? Negativo. Apenas levo um estilo de vida "normal" que não chama a atenção, não dou sopa ao azar, isto é, evito me sobrar em locais errados e na hora errada. Entende?

Porém isso não quer dizer que não há uma séria crise de segurança pública no Brasil. Existe sim e ela é gravíssima. Aqui onde moro, provavelmente, na virada deste sábado (25/03) para o domingo (26/03), meia dúzia de indivíduos (na melhor das hipóteses), lamentavelmente morrerão vítimas de disparo de arma de fogo. É uma dura e triste realidade, essa é a verdade.

Em relação à questão social, política e ética no Brasil, essa é uma novela antiga que o mundo todo já conhece. Corrupção generalizada no setor público/privado, classe política distante e desconectada dos anseios do povo, deterioração dos serviços públicos (saúde um lixo, segurança inoperante, educação não ensina nada), altos impostos, retorno muito abaixo e aquém do que deveria ser, desemprego batendo os dois dígitos, dívida pública galopante, colapso do sistema previdenciário, precarização nas relações de trabalho, etc, etc, etc...

Mas, apesar disso tudo, não vejo razões para se desesperar e fugir do famigerado "inferno" chamado Brasil.

O País é imenso, oferece múltiplas possibilidades e soluções.

Mais uma vez, nada tenho contra as famílias que cruzaram o Atlântico em busca do "paraíso" ou um novo começo em um lugar onde possam receber um “retorno positivo”. Entretanto só não acho salutar potencializar estereótipos desmedidos e propagar exageros.

Classe média como esta reportada pela matéria geralmente vive no Brasil em "reinos encantados", atrás de muros que delimitam condomínios horizontais, repletos de casas muito confortáveis. Ou vivem em torres com apartamentos de 600 metros quadrados. Tudo isso é legítimo, louvável e admirável. Nada contra.

Creio que a realidade dura do cotidiana (ineficiência na saúde, educação, transporte, exposição à violência, ausência de serviços essenciais e de equipamentos públicos para o exercício pleno da cidadania) não os assombra e, tampouco, faz parte do dia-a-dia desta gente. As mazelas brasileiras escancaradas na matéria doem de forma mais aguda nos brasileiros que estão na outra margem do barranco do abismo social brasileiro.

Que lá sejam felizes e daqui não levem nem o pó. 8-]




Editado pela última vez por Frederico Vitor em Dom Mar 26, 2017 12:40 am, em um total de 1 vez.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7399 Mensagem por Frederico Vitor » Dom Mar 26, 2017 12:36 am

A matéria diz:

Este não foi o caso de Juliana e Márcio Cerqueira. Porque se recusaram a reproduzir o modo de vida que tinham em Salvador da Baía.
Salvador é capital do Estado da BaHia. Não existe uma unidade federativa brasileira por nome Baía.
“Sou muito crítica. O Brasil virou uma sociedade superficial. As pessoas concorrem umas com as outras o tempo todo”
Crítica? Ser crítico todo mundo é. Em qualquer sociedade as pessoas concorrem umas com as outras o tempo todo, inclusive na tribo indígena Xavante, localizada no Parque Nacional do Xingu no Estado de Mato Grosso.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7400 Mensagem por Bourne » Dom Mar 26, 2017 11:28 am

O clima atual na grande imprensa

[004] [004] [004]

Brincadeira. Esse tipo de texto e argumentos que a Laura Carvalho joga por aí não são levados a sério. Por que não tem fundamento para entende alguma coisa da área. A consequência é eliminar o debate que seria relevante para reforma da previdência ou qualquer reforma na legislação ou estrutura de estado. Já que os tecnocratas do estado brasileiro, apoiados pelo governo da ocasião, não vão ter crítica factíveis e passam o que querem como a melhor solução.
Laura Carvalho e eu temos debatido diversos aspectos da reforma da Previdência. Em sua resposta na quinta-feira (23), ocorreram três avanços. A fila andou.

Primeiro, percebeu que não faz sentido empregar a expectativa de vida ao nascer para discutir o tema.

Segundo, notou que as aposentadorias por tempo de contribuição ocorrem no espaço urbano, com benefício maior do que o salário mínimo.

Terceiro, desistiu de argumentar que o excessivo gasto previdenciário do Estado brasileiro —algo que está conosco há décadas— seja consequência de crise econômica, algo conjuntural.

Persistem dois erros factuais. Primeiro, não é verdade que a lei 13.183, de 2015, tenha atacado o problema das aposentadorias precoces. Na verdade, a lei que estabeleceu o critério da soma de idade com anos de contribuição de 85 anos para mulheres e 95 aos para homens agravou o problema.

Continua a haver a aposentadoria precoce —significativamente antes dos 60 anos— com benefício ainda maior. Com a nova regra, por exemplo, uma mulher pode aposentar-se aos 55 anos se comprovar 30 anos de contribuição com aposentadoria integral. Na regra antiga, o fator previdenciário garantia somente 70% do benefício.

Na OCDE, a taxa de reposição agregada —razão entre benefício previdenciário e renda ativa— é de 57% e não se aposenta antes dos 60 anos.

O segundo erro factual de Laura é que a "expectativa de duração da aposentadoria é de 13,4 anos no Brasil e chega a 17,6 anos na média dos países da OCDE". De fato, esse dado consta no relatório "Pensions at Glance 2015", da OCDE, tabela 7.10 à página 165, mas é um dado referente à efetiva saída do mercado de trabalho, e não de recebimento do beneficio (há muitas pessoas que se aposentam e continuam trabalhando). Para o debate em tela, o que importa é o momento em que o benefício é requerido.

Por exemplo, a idade média de aposentadoria, isto é, de requerimento do benefício, de uma mulher por tempo de contribuição em 2016 foi de 53 anos. A duração esperada do benefício, pela expectativa de sobrevida, será de 30 anos, e não 13.

Não há dados oficiais de expectativa de sobrevida com abertura rural e urbana. Segundo a dissertação de mestrado de Márcia Caldas de Castro, de 1997, "Entradas e saídas no sistema previdenciário brasileiro: uma aplicação de tábuas de mortalidade", a sobrevida aos 60 anos no campo era, nos anos 1990, igual à do meio urbano, por volta de 25 anos.

A necessidade da reforma é que o montante do gasto, 13% do PIB, é absolutamente fora de padrão para economias com taxa de de pendência de 13%. Adicionalmente, a dinâmica demográfica levará esse gasto para valores superiores a 20% do PIB. É necessário que a taxa de crescimento do gasto primário da União passe a ser igual à taxa de crescimento da economia. A reforma é um dos instrumentos importantes para estabilizar o gasto primário da União como proporção do produto da economia.

Penso que a discordância que há entre mim e Laura é que eu vejo ligação entre crescimento permanente do gasto primário do Estado acima do crescimento do PIB —tem sido assim nos últimos 25 anos— e baixa poupança, taxa de juros reais elevadas, pressão inflacionária constante e baixo crescimento. Enquanto Laura não enxerga essa ligação.

Laura é mais feliz do que eu.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/sa ... rias.shtml




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7401 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mar 28, 2017 6:41 am

Frederico Vitor escreveu:
cabeça de martelo escreveu:Leiam o artigo, como estes casais há muitos mais e com depoimentos semelhantes:

:arrow: http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... u-folhetim
Li e reli esta matéria jornalística e não tenho nenhuma dificuldade em dizer que se trata de um texto completamente recheado de hipérboles, estereótipos e conclusões rasas. (Como sempre, é claro. Ainda mais na imprensa lusa).

Apesar da crise econômica, política e social que passa o Brasil (12% da população economicamente ativa está sem emprego) não vejo essa extrema necessidade de buscar “sobrevivência” em terras estrangeiras, especialmente em Portugal.
Porquê em especial em Portugal?
Não sou contra o cidadão embarcar para fora do Brasil e, aqui, nunca mais voltar. Porém, ajudar a reforçar estereótipos e simplificações difusas acerca do Brasil em meios de imprensa no exterior é de dar náuseas.

Aqui não é nenhum paraíso, é claro. O Brasil não é, nuca foi e jamais será, uma maravilha. Porém o inferno pintado por este quadro dantesco não é tão diabólico assim - e este texto "jornalístico", infeliz, diga-se de passagem, reforça o que estou dizendo.
O texto não diz nada que eu tenha ouvido inúmeras vezes por Brasileiros. Queixam-se do custo de vida, do crime, da sensação que a sociedade está minada.ao estou a dizer coisas que ouvi dizer, estou a falar de coisas que disseram-me pessoalmente em conversas sobre Portugal, Brasil e o mundo.
Frederico Vitor escreveu:Por exemplo: moro em uma cidade que foi classificada a 29º mais violenta do mundo, segundo a ONG mexicana Seguridad, Justicia Y Paz. Com uma taxa de homicídio de 43,89 para 100 mil habitantes. OK, são os números. Mas vem cá...

Dirijo à noite tranquilamente, não dou bobeira, evito conduzir com os vidros abertos (até porque o calor escaldante não me permite guiar sem ligar o ar-condicionado). Não vago jamais em determinadas zonas da cidade em altas horas da noite. Tomo todo o cuidado que uma pessoa precisa tomar em uma cidade média/grande. Acho que minhas atitudes enquanto ao zelo para com a segurança são praticamente as mesmas de cidadãos sensatos de qualquer outra cidade, como Chicago, Nova York, Lisboa, Tóquio, Madri, Buenos Aires, etc.

Já sofri algum assalto? NÃO. Já fui assediado ou corri perigo real de ser "maquinado" por algum assaltante? NÃO! (ainda).

Ando armado? (gostaria, mas) NÃO. Nunca precisei andar armado. Tenho carro blindado? NÃO. Tenho medo de sofrer assalto ou ser vítima de algum tipo de violência? Também NÃO. Sou um inconsequente ou, como se diz na gíria vulgar das ruas do Brasil, seria eu um vacilão? Negativo. Apenas levo um estilo de vida "normal" que não chama a atenção, não dou sopa ao azar, isto é, evito me sobrar em locais errados e na hora errada. Entende?
Pois, mas eu ando na rua com a minha familia sem qualquer problema a qualquer hora do dia e não tenho bairros/zonas em que não posso entrar. É verdade que não vivo numa grande cidade, mas sim numa vila com 20000 pessoas e temos cada vez menos Guardas no posto, só sendo reforçados no verão pelo GIPS (uma espécie de Sapadores Florestais da GNR), mas mesmo assim temos poucos ou nenhuns problemas.
Frederico Vitor escreveu:Porém isso não quer dizer que não há uma séria crise de segurança pública no Brasil. Existe sim e ela é gravíssima. Aqui onde moro, provavelmente, na virada deste sábado (25/03) para o domingo (26/03), meia dúzia de indivíduos (na melhor das hipóteses), lamentavelmente morrerão vítimas de disparo de arma de fogo. É uma dura e triste realidade, essa é a verdade.
No ano passado houve um velhote que matou outro com a enchada por causa de heranças, antes disso não lembro-me de um assassinato excepto quando era adolescente. Coisas dessas são muito raras de acontecer por aqui. É mais para Lisboa ou Sintra.
Frederico Vitor escreveu:Em relação à questão social, política e ética no Brasil, essa é uma novela antiga que o mundo todo já conhece. Corrupção generalizada no setor público/privado, classe política distante e desconectada dos anseios do povo, deterioração dos serviços públicos (saúde um lixo, segurança inoperante, educação não ensina nada), altos impostos, retorno muito abaixo e aquém do que deveria ser, desemprego batendo os dois dígitos, dívida pública galopante, colapso do sistema previdenciário, precarização nas relações de trabalho, etc, etc, etc...

Mas, apesar disso tudo, não vejo razões para se desesperar e fugir do famigerado "inferno" chamado Brasil.

O País é imenso, oferece múltiplas possibilidades e soluções.
E ainda bem que assim o é, mas há muito brasileiro que não pensa assim.
Frederico Vitor escreveu:Mais uma vez, nada tenho contra as famílias que cruzaram o Atlântico em busca do "paraíso" ou um novo começo em um lugar onde possam receber um “retorno positivo”. Entretanto só não acho salutar potencializar estereótipos desmedidos e propagar exageros.

Classe média como esta reportada pela matéria geralmente vive no Brasil em "reinos encantados", atrás de muros que delimitam condomínios horizontais, repletos de casas muito confortáveis. Ou vivem em torres com apartamentos de 600 metros quadrados. Tudo isso é legítimo, louvável e admirável. Nada contra.
Atenção, também há famílias que cruzam o Atlântico no sentido contrário. Porquê? Porque são por norma empresários ou com formação superior que encontram com maior facilidade empregos de topo bem remunerados que por cá escasseiam já que a competição é muito maior.
Frederico Vitor escreveu:Creio que a realidade dura do cotidiana (ineficiência na saúde, educação, transporte, exposição à violência, ausência de serviços essenciais e de equipamentos públicos para o exercício pleno da cidadania) não os assombra e, tampouco, faz parte do dia-a-dia desta gente. As mazelas brasileiras escancaradas na matéria doem de forma mais aguda nos brasileiros que estão na outra margem do barranco do abismo social brasileiro.

Que lá sejam felizes e daqui não levem nem o pó. 8-]
Isto já parece mágoa contra os teus compatriotas que saem porque sentem que precisam de sair para obter melhores condições. Eu a única mágoa que tenho é ter a minha irmã fora do país e longe de mim. Ela emigrou porque apesar de ter formação superior, não conseguia encontrar emprego com um salário que lhe agrada-se. Por isso arranjou emprego numa multinacional e em 5 anos já correu a Europa. A verdade é que ela própria diz que saindo do país permitiu-lhe ver com muito mais clareza os aspectos positivos do nosso país, perdeu a imagem romantizada do norte da Europa e do RU. Prefere muito mais viver em Portugal ou Espanha onde neste momento vive.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7402 Mensagem por Frederico Vitor » Ter Mar 28, 2017 9:27 am

Porquê em especial em Portugal?
Especialmente Portugal justamente por já ter brasileiro demais e por existir um histórico não muito amistoso por parte de cidadãos portugueses em relação à comunidade brasileira (que é a maior de estrangeiros em seu país, diga-se de passagem).
O texto não diz nada que eu tenha ouvido inúmeras vezes por Brasileiros. Queixam-se do custo de vida, do crime, da sensação que a sociedade está minada.ao estou a dizer coisas que ouvi dizer, estou a falar de coisas que disseram-me pessoalmente em conversas sobre Portugal, Brasil e o mundo.
Depois do futebol o esporte preferido dos brasileiros é falar mal do Brasil. Um brasileiro falar mal do próprio país para um estrangeiro então... É tão prazeroso quanto ganhar o final de campeonato... Os brasileiros se ofendem se um estrangeiro tomar a iniciativa de tecer comentários jocosos em relação ao Brasil (principalmente se ele for argentino :mrgreen: )
Pois, mas eu ando na rua com a minha familia sem qualquer problema a qualquer hora do dia e não tenho bairros/zonas em que não posso entrar. É verdade que não vivo numa grande cidade, mas sim numa vila com 20000 pessoas e temos cada vez menos Guardas no posto, só sendo reforçados no verão pelo GIPS (uma espécie de Sapadores Florestais da GNR), mas mesmo assim temos poucos ou nenhuns problemas.
Aqui também, pelo menos no meu Estado (Goiás), se pode circular com tranquilidade em qualquer bairro de uma cidade do interior de população de aproximadamente 20 mil, 30 mil habitantes. A vida interiorana no Centro-Oeste do Brasil é tranquila e agradável. Os cidadãos dormem de janelas abertas sem medo de serem furtadas, conversam com as outras nas portas de suas respectivas casas ao entardecer e deixam os carros abertos quando vão à padaria/mercado/comércio/clínicas. O ritmo de vida é pacato. O problema são as cidades médias/grandes, ou seja, de 500 mil, 800 mil, 1,5 milhão de habitantes como é o caso da minha.
No ano passado houve um velhote que matou outro com a enchada por causa de heranças, antes disso não lembro-me de um assassinato excepto quando era adolescente. Coisas dessas são muito raras de acontecer por aqui. É mais para Lisboa ou Sintra.
Imagino. Como disse anteriormente o problema da segurança pública é mais acentuado em cidades de médio/grande porte. O inchaço populacional, a desigualdade de renda dos munícipes e a ineficiência dos serviços públicos em áreas afastadas do centro dessas grandes cidades é um potencializador da incidência de crimes. Mesmo assim, como aferi no tópico anterior, com os devidos cuidados dá para manter a integridade resguardada de perigos. No começo deste ano, por exemplo, passei férias no Rio de Janeiro. Foi muito tranquilo, passeei até altas horas da noite na região da Lapa, Copacabana e Leblon (áreas centrais). E não me ocorreu nenhuma ameaça. Obviamente tomei as devidas precauções.
Atenção, também há famílias que cruzam o Atlântico no sentido contrário. Porquê? Porque são por norma empresários ou com formação superior que encontram com maior facilidade empregos de topo bem remunerados que por cá escasseiam já que a competição é muito maior.
Isso é verdade, inclusive recentemente foi aberto um consulado honorário de Portugal aqui na minha cidade (com direito a um convidativo escritório cuja entrada há um mastro com a bandeira verde-rubro à tremular ao lado da auriverde) justamente pelo crescimento do número de cidadãos portugueses vivendo aqui.
Isto já parece mágoa contra os teus compatriotas que saem porque sentem que precisam de sair para obter melhores condições. Eu a única mágoa que tenho é ter a minha irmã fora do país e longe de mim. Ela emigrou porque apesar de ter formação superior, não conseguia encontrar emprego com um salário que lhe agrada-se. Por isso arranjou emprego numa multinacional e em 5 anos já correu a Europa. A verdade é que ela própria diz que saindo do país permitiu-lhe ver com muito mais clareza os aspectos positivos do nosso país, perdeu a imagem romantizada do norte da Europa e do RU. Prefere muito mais viver em Portugal ou Espanha onde neste momento vive.
Não, não se trata de mágoa. Apenas não concordei com certos exageros na fala de algumas personagens brasileiras entrevistadas para esta matéria jornalística. Também tenho parentes no exterior (Estados Unidos e Canadá). No primeiro caso o primo foi para lá entregar pizza. Hoje tem sua própria pizzaria em Tampa, na Flórida. Já o segundo foi fazer um doutorado em História e pretende ficar por lá mesmo, apesar do frio torturante.

Quando escrevi que daqui, eles, os brasileiros imigrantes, não deveriam levar nem o pó, eu apenas parafraseei uma suposta fala da Rainha Carlota Joaquina ( "Dessa terra, não quero nem o pó!"), mulher do Rei Dom João VI do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1816 a 1822). Na oportunidade em que a rainha supostamente teria dito tal frase ela estaria embarcando do Brasil de volta para a Europa...





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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7403 Mensagem por Bourne » Ter Mar 28, 2017 11:18 am

Um breve estudo focado da Fundação Perseu Abramo, aquela do PT, sobre o que pensa o pessoal da periferia.

Parece que começam a descobrir que a periferia reclama que paga imposto, tem estado muito burocratizado que atrapalha sua vida, e não vê resultados onde mora. Ao memso tempo, não gostam da associação religião e política; valorizam a educação; e tende a defender valores liberais. :o :shock:



fonte: http://novo.fpabramo.org.br/sites/defau ... ia-FPA.pdf




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7404 Mensagem por Clermont » Qua Mar 29, 2017 12:59 pm

Fim do imposto sindical é medida saneadora.

Editorial de O Globo, 29.03.17.

Essa discussão é outra das antigas. Assim que a ditadura militar, no final do governo Geisel, na década de 70, permitiu alguma reivindicação e algum debate, metalúrgicos do ABC, com Luiz Inácio Lula da Silva na liderança, alçaram a bandeira do combate à “herança varguista”.

Nela, estavam e continuam não apenas a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas também o imposto sindical e o monopólio territorial, a chamada “unicidade sindical.” Os dois somados constituem lucrativa reserva cartorial de mercado.

O tempo correu, Lula e CUT chegaram ao poder, e as bandeiras do passado foram recolhidas. Há na CUT quem ainda balbucie algum argumento contra o imposto. Mas nada em voz alta. O então presidente Lula esqueceu as lutas do final da década de 70/início de 80, e até oficializou as centrais, por medida provisória, colocando-as dentro do aparato legal varguista, tão alvejado por ele e metalúrgicos 30 anos antes.

O objetivo de despejar nas centrais dinheiro público, do imposto, foi atingido —, e sem precisar de prestação de contas. Uma festa.

No atual ciclo de reformas, em que conceitos da CLT estão sendo revistos, surge uma oportunidade concreta de se realizar o sonho do jovem Lula: não haver imposto sindical, mas contribuição espontânea. Para sindicatos de empregados e patrões.

A proposta consta do relatório da reforma trabalhista, na Câmara, de autoria de Rogério Marinho (PSDB-RN). Tudo o que Lula e sindicalistas do ABC defendiam no final da década de 70 é verdade: o imposto sindical, retirado pelo Estado, de forma compulsória, do salário de todos — o equivalente a um dia de trabalho —, é um dinheiro fácil, que acomoda os dirigentes e os coloca distantes da massa de trabalhadores. Perdem representatividade.

Estima-se em R$ 3 bilhões anuais a arrecadação, distribuídos entre 10.123 sindicatos, dado de 2015. Eis por que há sempre grupos de supostos representantes de categorias em busca de alvarás, no Ministério do Trabalho, para criar o próprio sindicato. É um rentável negócio, como demonstram incontáveis reportagens sobre esquemas que se especializaram em privatizar este dinheiro público.

Outra medida complementar seria acabar com a tal “unicidade sindical”. A competição entre sindicatos em busca de mais afiliados resultará, por certo, em serviços mais eficientes prestados às categorias.

O fim deste imposto, com medidas correlatas, é saneador em todos os aspectos: na eliminação de desvios desse dinheiro para desvãos sindicais e o próprio aumento da importância do sindicato.

Será, caso ocorra, emblemático, por retirar em alguma proporção o Estado do circuito das relações patrões e empregados, sempre motivo de medidas populistas e deslavada demagogia.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7405 Mensagem por Bourne » Qua Mar 29, 2017 1:32 pm

Sei não. A CUT sempre foi contra o imposto sindical e defende abertamente que deixe de existir.

Prova

http://cut.org.br/busca/?q=Imposto%20Sindical

E, recentemente
Audiência pública em Brasília discute contribuição sindical
CUT defende a substituição do imposto pela contribuição da negociação coletiva

Uma audiência pública chamada pela Comissão Especial de Financiamento da Atividade Sindical discutiu as propostas em tramitação no Congresso que tratam da contribuição sindical.

Participaram do encontro, representantes das centrais sindicais, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do governo federal, além do Judiciário. A ideia é que após os encontros, seja formulada uma proposta única para o setor.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) faz uma campanha pelo fim da contribuição e defende a substituição do imposto pela contribuição da negociação coletiva.

"A CUT tem uma posição histórica contra o imposto sindical, mas não somos irresponsáveis. A CUT quer, primeiro, que seja criada uma nova contribuição, democrática, discutida e aprovada em assembleia, para depois acabar com o imposto sindical. Nós não podemos, em hipótese alguma, matar os nossos sindicatos de inanição", afirmou Valeir Ertle, secretário de Assuntos Jurídicos da CUT.

Em sua participação, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), defendeu a manutenção do imposto. “Se fosse retirada essa fonte de renda [Imposto Sindical], os sindicatos não teriam condições de realizar seu trabalho."

http://cut.org.br/noticias/audiencia-pu ... ical-74d9/
Sabe o motivo? Sem o imposto sindical mata um monte de sindicato de fantasia de trabalhadores e de empresas. Verdadeiras aberrações que só sobrevivem por que obrigam os associados contribuírem, mesmo que não tenham nenhum beneficio. Para uma entidade forte como a CUT é ótimo. Por que abre espaço para ela crescer.

Outra coisa, a arredação compulsória de sindicatos é bem maior que 3 bilhões. Só o sistema S que é obrigatório passa de 0,3% do PIB. Se juntar todas as contribuições obrigatórias sindicais e tal vai para uns 1,5 a 2% do PIB. Lembrem que tem sindicato patronal que sustenta as federações de industrias e outras. Muitas delas enormes enganações e que beneficiam meia dúzia.

Essa é a parte do mundo parafiscal que existe no Brasil, não é discutido e grande parte da população não sabe que existe. Aquele que nasceu nos anos 1930 e foi fortalecido no governo militar. Até hoje está aí e existe pressão para não desconstruir.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7406 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mar 29, 2017 1:48 pm

Frederico Vitor escreveu:
Porquê em especial em Portugal?
Especialmente Portugal justamente por já ter brasileiro demais e por existir um histórico não muito amistoso por parte de cidadãos portugueses em relação à comunidade brasileira (que é a maior de estrangeiros em seu país, diga-se de passagem).
Se há comunidade estrangeira que não tem motivo para reclamar é a Brasileira. Conseguiram legalizar centenas de milhares de emigrantes ilegais numa altura de "crise", têm tratamento preferencial no SEF, conseguem a cidadania facilmente já que as leis cá em Portugal são bastante tolerantes e não tentam sacar dinheiro aos pretendentes como acontece na Itália.

Eu acompanhei o processo da minha ex, a.k.a. a defunta (cop. Túlio), sei o que foi arranjar os papéis, sei o que foi ir para o SEF em Lisboa, sei disso tudo e posso dizer-te, o brasileiro não tem nada que reclamar.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7407 Mensagem por Matheus » Qua Mar 29, 2017 1:50 pm

O sistema S funciona bem, ao meu ver. Agora contribuição sindical obrigatória...pqp...aberração. No Brasil existe sindicato de sindicato. Pra tu demitir um funcionário, mesmo pagando os direitos, tem que pedir a "bença" pro sindicato ao qual o funcionário nem filiado é.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7408 Mensagem por Túlio » Qua Mar 29, 2017 2:11 pm

cabeça de martelo escreveu:
Eu acompanhei o processo da minha ex, a.k.a. a defunta (cop. Túlio), sei o que foi arranjar os papéis, sei o que foi ir para o SEF em Lisboa, sei disso tudo e posso dizer-te, o brasileiro não tem nada que reclamar.
Na verdade uso o termo FALECIDA mas DEFUNTA tá valendo, vou começaire a usaire, pá! E a razão do termo é que acho incorreto dizer "ex-mulher" porque fica estranho, afinal, o que vem a ser uma "ex-mulher"? Um homem? Um gay? :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7409 Mensagem por Clermont » Qua Mar 29, 2017 3:22 pm

Túlio escreveu:afinal, o que vem a ser uma "ex-mulher"?
Thammy Gretchen.

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#7410 Mensagem por Túlio » Qua Mar 29, 2017 3:34 pm

Clermont escreveu:
Túlio escreveu:afinal, o que vem a ser uma "ex-mulher"?
Thammy Gretchen.

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