Zavva, naturalmente não sou o Marino, mas se me permite comentar uma parte... Bem, pergunto: se um indivíduo chega a ponto de dizer "no meu mundo" não significa que o problema está nele mesmo?Zavva escreveu: Marino,
É bom deixar claro que eu não sou contra a idéia de ter um caça comum para as duas forças.
Minha critica esta em tentar remendar o processo. No meu mundo isso é intoleravel.
Trabalho com projetos, e todo projeto quando inicia tem objetivos (core) claros que devem ser respeitados. Aceita-se alguma alteração de escopo, um pouco de alterações de requisitos, mas nunca os objetivos, porque isso simplesmente não da certo.
Quer alterar o os objetivos principais ?
Ok, vamos começar tudo de novo.
Eu sei posso até ser apedrejado em praça publica por propor um F-X3, mas existe a maneira certa e a maneira errada de se trabalhar.
Posso afirmar que todo o processo do F-X2, apesar de eu não estar envolvido nele, é uma cadeia de eventos e processos interrelacionados que levam ao produto final, que é o caça escolhido. Não é tão simples assim criar um enxerto de requisitos de ultima hora e achar que tudo vai acabar bem.
Por exemplo: Saab não tem um caça naval. O Sea Gripen é apenas um conceito que foi oferecido a India.
Isso serve apenas para mostrar que temos uma aeronave na shortlist que pelos requisito da MB, nem deveria estar.
Isso é estranho não ?
Para não ser necessário um F-X3, deveriamos nos focar nos requisitos da FAB....é o que eu penso. Mas como quem decide...não sou, fico aqui apenas trocando uma ideia com voces.
Abs
Pergunto isto porque a expressão "meu mundo", "meu entendimento", etc. significa fechamento, restrição, relativização, muito "eu", pouco "todos". Não é limitante agir ou pensar, ou abstrair --, ou... -- pensar assim? Além da unha do pé existem outros universos, em geral, mais amplos e receptivos. Deixando claro que este comentário não implica em sugestão para mudar de opinião.
A alteração dos objetivos primários -- e não principais, pois principal é algo mal definido -- é desejável, é o reconhecimento dos erros, não importando o grau do mesmos. Se para acertar for necessário voltar atrás, que se volte sempre! O que não é permissível é errar usando como argumento os erros do passado e a "falta de chance" de corrigir as distorções! Haverá erros novos? Não tenha dúvida, mas que sejam apenas e tão somente erros novos.
FX-3? Tire da cabeça! Já comentei sobre isso, sei que leu, mas se os argumentos ("fabianos" via PEMAER, não meus!), então a limitação não é necessariamente minha. Não existe FX-3 agora, mas haverá, porém lá pra frente, muito lá pra frente. Pra deixar claro, quando os 5ªG estirem maduros, logo não se aplica aos atuais concorrentes ao FX-2. Dói? Acredito, mas a dor é suportável e passageira.
Sobre o Sea Gripen: não existe falha alguma no fato da MB desejar, necessitar, de seu novo caça, nem mesmo de participar involuntariamente e indiretamente do processo, longe disso, o problema está no concorrente (aceite!!!) que se mostrou incapaz de ter um produto adequado às nossas necessidades. Não tem que se adequar o processo ou o "pensamento" à questão pessoal, a coisa deve ser ao contrário, os candidatos é que devem se adaptar à necessidade do cliente.
Tempos atrás disse neste mesmo fórum, só existem dois caças efetivamente presentes nesta lista tríplice: Rafale e F/A-18 SH, o Gripen NG não passou de um sonho de verão de alguns. Pode dar Gripen NG? Pode, mas será um erro primário, um erro irreparável e imperdoável em relação ao país. Gripen NG é solução? Sim, claro que é, mas solução para os problemas da Suécia e da SAAB, jamais do Brasil e da FAB.
Não tenho preferência quanto ao vetor em si, falo sério, qualquer um dos três atendem às necessidades atuais da FAB (até porque esta está mais na ficção do que na realidade; retórica e nada mais). Sei que ofenderei colegas, amigos e Irmãos, mas afirmo do fundo da alma: é melhor um caça sólido como um F/A-18 SH, com todas as restrições que existem, do que um Gripen NG. Só para deixar claro que não tenho nada contra aos equipamentos de origem norte-americana. Penso no país, escolho (ante minhas convicções estúpidas) o que acredito (sinônimo de ingenuidade) ser o melhor para nossa defesa. Se não pudermos ter soberania plena, então que tenhamos decência, sabedoria, sapiência; estupidez para salvar os quebrados é promover, para logo breve, a nossa quebradeira.
Forte abraço!!!