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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#736 Mensagem por Boss » Qua Nov 23, 2011 10:26 pm

A Rússia se tirar a indústria bélica não passa de uma exportadora de commodities também.




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#737 Mensagem por Boss » Qua Nov 23, 2011 10:43 pm

Tyler escreveu:
Túlio, veja o que eu escrevi na Ameaça Real ao Brasil: A China quer tomar o Brasil de assalto ao desprover de capacidade industrial. E as portas estão abertas...

Aos EUA cabe tentar aproximar a Rússia e Índia para si, tal como o Brasil, pois ao grande Tigre Asiático, sabe que no futuro será seu inimigo, pois ambos desejam caminhar no mesmo caminho económico, mas o mundo é pequeno demais para 2 gigantes expansionistas.

A Rússia eu não consigo ver como um grande aliado à China, pois seu povo é muito nacionalista e patriota, e não vai aceitar ter sua economia tomada pelos chineses, e a Índia todos já sabemos... resta saber como o Brasil se comportará...
Falar que "as portas estão abertas" dá a falsa sensação de que nada está sendo feito e que o GF concorda em nos deixar vendendo soja e ferro para o mundo todo, só importando bens industriais.

Muito longe disso. Só ler o plano Brasil Maior, discursos de ministros sobre isso, que se vê que há preocupação com isso e que medidas estão sendo tomadas. O nosso maior gargalo é a questão de infraestrutura, que é uma grande porcaria (e o PAC se arrasta para ser cumprido) e ainda a questão tributária, mas isso envolve um quebra-pau com os Estados (o caso dos royalties do pré-sal já mostra o quão fácil é negociar com os Estados).

E claro, o recente caso da indústria automobilística. O governo ampliou o imposto sobre carros importados e logo depois, claro, após a chuva de crítica dos haters, várias montadoras anunciaram fábricas aqui.

Lembram a pressão do GF em cima da Vale para ela parar de vender só ferro e criar siderúrgicas ? Muita gente criticou, mas parece que a moda é criticar tudo. Se pressiona para vender aço ao invés de ferro, é intrometido, estatista, comunista, etc. Se não faz nada, está entregando o minério aos chineses. Enfim...




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#738 Mensagem por Andre Correa » Qua Nov 23, 2011 10:46 pm

Boss escreveu:A Rússia se tirar a indústria bélica não passa de uma exportadora de commodities também.
Sobre a economia Russa:
Petróleo, gás natural, metais e madeira respondem por mais de 80% das exportações russas no estrangeiro. Desde 2003, porém, as exportações de recursos naturais começaram a diminuir em importância econômica, com o considerável fortalecimento do mercado interno. Apesar dos preços elevados, energia, petróleo e gás só contribuem com 5,7% do PIB da Rússia e o governo prevê que este número cairá para 3,7% em 2011. As receitas de exportação do petróleo permitiram à Rússia aumentar suas reservas cambiais de US$ 12 bilhões em 1999, para 597,3 bilhões dólares em 1 de agosto de 2008, a terceira maior reserva cambial do mundo. A política macroeconômica do ministro das finanças, Alexei Kudrin, foi sã e prudente, com a renda adicional que está sendo armazenada no Fundo de Estabilização da Rússia. Em 2006, a Rússia reembolsou a maioria de seus débitos, deixando-a com uma das menores dívidas externas entre as principais economias. O Fundo de Estabilização da Rússia ajudou o país a sair da crise financeira global em um estado muito melhor do que muitos especialistas esperavam.

Um código de imposto mais simplificado, aprovado em 2001, reduziu a carga tributária sobre as pessoas e as receitas do Estado aumentaram drasticamente. A Rússia tem uma taxa fixa de 13%. Isso o coloca como o país com o segundo sistema fiscal mais atrativo para gestores pessoais únicos no mundo, após os Emirados Árabes Unidos. Segundo a Bloomberg, a Rússia é considerada bem à frente da maioria dos outros países ricos em recursos para o seu desenvolvimento econômico, com uma longa tradição de educação, ciência e indústria. O país tem mais diplomados no ensino superior do que qualquer outro país da Europa.

Entretanto, o desenvolvimento econômico russo tem sido geograficamente desigual, com a região de Moscou contribuindo com uma parte muito importante do PIB do país. Outro problema é a modernização de sua infraestrutura e o envelhecimento populacional; o governo disse que serão investidos US$ 1 trilhão no desenvolvimento da infraestrutura até 2020.
Aí algumas coisas que o Brasil poderia aprender com a Rússia, para crescer ainda mais...




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#739 Mensagem por Andre Correa » Qua Nov 23, 2011 10:48 pm

Boss escreveu:
Tyler escreveu:
Túlio, veja o que eu escrevi na Ameaça Real ao Brasil: A China quer tomar o Brasil de assalto ao desprover de capacidade industrial. E as portas estão abertas...

Aos EUA cabe tentar aproximar a Rússia e Índia para si, tal como o Brasil, pois ao grande Tigre Asiático, sabe que no futuro será seu inimigo, pois ambos desejam caminhar no mesmo caminho económico, mas o mundo é pequeno demais para 2 gigantes expansionistas.

A Rússia eu não consigo ver como um grande aliado à China, pois seu povo é muito nacionalista e patriota, e não vai aceitar ter sua economia tomada pelos chineses, e a Índia todos já sabemos... resta saber como o Brasil se comportará...
Falar que "as portas estão abertas" dá a falsa sensação de que nada está sendo feito e que o GF concorda em nos deixar vendendo soja e ferro para o mundo todo, só importando bens industriais.

Muito longe disso. Só ler o plano Brasil Maior, discursos de ministros sobre isso, que se vê que há preocupação com isso e que medidas estão sendo tomadas. O nosso maior gargalo é a questão de infraestrutura, que é uma grande porcaria (e o PAC se arrasta para ser cumprido) e ainda a questão tributária, mas isso envolve um quebra-pau com os Estados (o caso dos royalties do pré-sal já mostra o quão fácil é negociar com os Estados).

E claro, o recente caso da indústria automobilística. O governo ampliou o imposto sobre carros importados e logo depois, claro, após a chuva de crítica dos haters, várias montadoras anunciaram fábricas aqui.

Lembram a pressão do GF em cima da Vale para ela parar de vender só ferro e criar siderúrgicas ? Muita gente criticou, mas parece que a moda é criticar tudo. Se pressiona para vender aço ao invés de ferro, é intrometido, estatista, comunista, etc. Se não faz nada, está entregando o minério aos chineses. Enfim...
Pois, mas o que quer que esteja a ser feito, precisa ser acelerado... pois os Chineses já despertaram... O mesmo se passa em Portugal, e acho que um pouco pelo mundo todo... ou revertemos a coisa a nosso favor, ou seremos "assimilados", e é o que parece que os EUA estão a tentar fazer...




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#740 Mensagem por Boss » Qua Nov 23, 2011 11:04 pm

Ah, a Rússia pegou muita coisa boa dos tempos soviéticos, nem dá para comparar.

Por mim, o Brasil "sério"*, nasceu em 1994, no máximo, em 1992. Nisso, a URSS já tinha se esfacelado e seu grande legado já tinha sido deixado.






*Sim, "sério". Se muitos consideram o atual piada, não olhem o passado.




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#741 Mensagem por romeo » Qui Nov 24, 2011 3:01 am

Historicamente Impérios vão e vem... Todos sabemos...

Recomendo a série abaixo, para quem dispuser de um tempinho... Ai vai o link de um dos vídeos.



Romeo




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#742 Mensagem por suntsé » Qui Nov 24, 2011 9:49 am

romeo escreveu:Historicamente Impérios vão e vem... Todos sabemos...

Recomendo a série abaixo, para quem dispuser de um tempinho... Ai vai o link de um dos vídeos.



Romeo

Muito obrigado, adoro vídeos épicos [009]




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#743 Mensagem por kurgan » Qui Dez 08, 2011 6:24 pm

08/12/2011 - 10h48
Corpos de militares dos EUA foram enterrados em fossa comum

WASHINGTON, 8 dez 2011 (AFP) -Os corpos de ao menos 274 militares americanos foram enterrados em uma fossa comum na Virgínia (leste), informou o Washington Post, citando fontes militares.

As famílias dos militares mortos, que autorizaram as Forças Armadas a dispor dos restos de seus familiares "de maneira digna", não foram informadas desta prática, realizada até 2008, segundo o jornal.

Um total de 1.762 restos humanos em péssimo estado para permitir testes de DNA para identificá-los também foram enterrados nestas fossas comuns, segundo a força aérea, afirmou o Post.

Estes enterros em fossas comuns foram ocultados de altos funcionários do Pentágono em uma missão de avaliação realizada em 2008 sobre as práticas de cremação na base aérea de Dover (Delaware, leste), principal ponto de entrada em solo americano dos restos de militares mortos no exterior, por onde transitaram desde 2001 mais de 6.300 corpos de soldados mortos principalmente no Iraque ou Afeganistão.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... rensa.jhtm




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#744 Mensagem por kurgan » Sex Dez 09, 2011 11:20 am

Lixão tem restos de 274 soldados americanos mortos em combate
Corpos foram cremados com autorização das famílias, mas destino dado às cinzas causa revolta
09 de dezembro de 2011 | 3h 03

WASHINGTON - O Estado de S.Paulo

A Força Aérea dos EUA jogou as cinzas dos restos mortais de pelo menos 274 soldados americanos em um lixão no Estado de Virgínia. O número é muito maior do que as Forças Armadas haviam reconhecido há três anos, quando interromperam a aplicação do método, usado até então em sigilo.

O local do lixão não foi revelado às famílias, que haviam autorizado o governo a dar um "fim digno e respeitoso" a seus parentes. A Força Aérea sempre declarou que não tinha condições de avaliar o número exato de soldados cujos restos mortais foram enviados para o lixão. A prática foi revelada no mês passado pelo Washington Post, que documentou o caso de um soldado cujos restos foram enviados para o lixão do Condado de King George.

Representantes da Força Aérea e do Pentágono disseram no mês passado que estabelecer quantos restos mortais foram enviados para o depósito de lixo seria uma tarefa que exigiria uma busca exaustiva nos registros de mais de 6.300 soldados que passaram pelo necrotério desde 2001.

Pressionada, a Força Aérea apresentou números esta semana. Entre 2004 e 2008, teriam sido cremados e levados ao depósito 976 fragmentos de 274 militares. Outro grupo de 1.762 restos mortais não identificados foi recolhido no campo de batalha e teve o mesmo destino. Os fragmentos não puderam ser submetidos a testes de DNA por estarem excessivamente queimados ou danificados em explosões. O total de fragmentos cremados colocados no depósito de lixo ultrapassa 2.700.

Representantes da Força Aérea declararam que o primeiro registro de utilização do lixão para essa finalidade data de 23 de fevereiro de 2004. O banco de dados do necrotério começou a operar no final de 2003. Segundo a Força Aérea, os diretores do necrotério decidiram acabar com a prática em maio de 2008. Agora, as Forças Armadas cremam partes dos corpos não reclamadas e não identificadas e jogam as cinzas no mar.

Gari-Lynn Smith, a viúva de um sargento do Exército morto no Iraque, afirmou que recebeu em julho um e-mail de Trevor Dean, diretor do necrotério, dizendo que os restos cremados eram levados para depósitos de lixo pelo menos desde que ele começou a trabalhar em Dover, em 1996. Dean é um dos funcionários que será punido por ter contribuído para divulgar os desmandos administrativos.

O marido de Gari-Lynn, Scott R. Smith, membro de uma unidade especializada em desativar bombas, morreu em 17 de julho de 2006. Em 2007, ela começou a perguntar o que tinha acontecido com os restos mortais do marido. Em abril ela recebeu uma carta do necrotério contando sobre o destino. "É um problema moral", disse Jeff Jenkins, gerente do depósito de King George. "Eu não gostaria que pessoas que morreram lá fora combatendo pelo nosso país fossem enterradas - nenhuma parte delas - no depósito de lixo." / THE WASHINGTON POST

http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 8547,0.htm




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#745 Mensagem por jumentodonordeste » Sex Dez 09, 2011 2:17 pm

No one left behind...




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#746 Mensagem por FoxTroop » Qui Dez 15, 2011 1:59 pm

Enquanto no "Land of blá blá blá e Pedigripal" se passa isto:
Census shows 1 in 2 people are poor or low-income
Nearly half of Americans are low-income as rising expenses, unemployment shrink middle class


WASHINGTON (AP) -- Squeezed by rising living costs, a record number of Americans — nearly 1 in 2 — have fallen into poverty or are scraping by on earnings that classify them as low income.

The latest census data depict a middle class that's shrinking as unemployment stays high and the government's safety net frays. The new numbers follow years of stagnating wages for the middle class that have hurt millions of workers and families.

"Safety net programs such as food stamps and tax credits kept poverty from rising even higher in 2010, but for many low-income families with work-related and medical expenses, they are considered too 'rich' to qualify," said Sheldon Danziger, a University of Michigan public policy professor who specializes in poverty.

"The reality is that prospects for the poor and the near poor are dismal," he said. "If Congress and the states make further cuts, we can expect the number of poor and low-income families to rise for the next several years." .......
http://finance.yahoo.com/news/census-sh ... 40568.html


E se vai arranjando uns "heróis" à martelada, para a malta elevar a estima:
US Marines deny exaggerating deeds of war hero

The US Marine Corps rejected a report that the elite unit exaggerated the deeds of a former trooper who won the country's most prestigious military honor for his valor in Afghanistan.

McClatchy newspapers alleged that key facts in the corps' publicized account of Corporal Dakota Meyer's actions in a 2009 battle were inaccurate, overstated or unsubstantiated. The Marines said they were "disappointed" with the article.

"We firmly stand behind the Medal of Honor (MOH) process and the conclusion that this Marine rightly deserved the nation's highest military honor," the Marine Corps said in a statement.

Meyer, 23, was the first living Marine since the Vietnam War to receive the Medal of Honor, which was presented to him on September 15 by President Barack Obama in a televised White House ceremony.

Obama hailed Meyer for defying orders and rushing into the heart of an ambush to retrieve fallen comrades, save 13 fellow Americans, kill eight Taliban insurgents and leave his gun turret to rescue two dozen Afghans.

But the McClatchy report, written by Jonathan Landay, a journalist who was accompanying Meyer's unit and witnessed the 2009 battle in the Ganjgal Valley, said details of that account were untrue or unconfirmed.

It was not possible for Meyer to have saved 13 US troops, the article said, because 12 Americans were ambushed in the battle, including the McClatchy reporter, and four troopers were killed, it said.

Pá..... isso são pormenores, pormenores :lol: :lol:

And military documents indicated that the arrival of helicopters secured the survival of the remaining personnel, not Meyer's vehicle.

Pormenores, insignificantes pormenores :roll:

There are no statements from fellow troops confirming that Meyer, who has since left the military, killed eight Taliban as claimed on the Marine Corps website, the article said.

The driver of Meyer's vehicle, Staff Sergeant Juan Rodriguez-Chavez, reported seeing Meyer kill one insurgent.

Tão bem morto que se dividiu em oito bocados, daí a confusão, mas isso são só pormenores

There were also no sworn statements that backed up the portrayal of Meyer leaping out of his gun turret and pulling the 24 wounded Afghans into his truck, according to the report.

Meyer's driver described nine Afghan soldiers getting into the Humvee armored vehicle by themselves while Meyer remained in the turret, it said.


Enfiou 24 afegãos dentro do Humvee?!!! Vinham atados em fardo, só pode. Pormenores......

The article also said there was no evidence that supported the White House and Marine Corps account that Meyer defied orders by heading towards gunfire to help his comrades.

The Marine Corps acknowledged that eyewitness accounts might differ but said that was typical in the confusion of combat and a rigorous process had been followed before the Medal of Honor was approved.

É..... confusão em combate..... sim....

The award was backed up by numerous statements by witnesses, graphics, a command inquiry and two army investigations, the Marine Corps said.

"Due to the distance and length of time the battle lasted and the fact that the majority of the participants were in a deadly fight for their lives and the lives of their comrades, the eyewitness accounts may vary in certain detail -- variations that are expected," it said.

The Marines also defended a narrative of the battle posted on the corps' website that is based on Meyer's account.

"We supported this communication method in large part because of (later promoted) Sgt. Meyer's personal desire to not retell with each interview, and thereby re-live, what he calls the 'worst day of his life,' it said.

But the McClatchy article lamented the Marine Corps' handling of Meyer's story, saying the young trooper had displayed courage and deserved to be decorated, without the need for embellishing details.

"What's most striking is that all this probably was unnecessary. Meyer, the 296th Marine to earn the medal, by all accounts deserved his nomination," the newspaper said.

The medal was given to Meyer amid growing complaints in Congress and among troops that soldiers were not being put up for the highest honor.
http://news.yahoo.com/us-marines-deny-e ... 49889.html


E vai-se pedindo aos chineses mais umas massas para isto:
Defense bill nears passage in Congress
http://news.yahoo.com/defense-bill-near ... 36395.html


Sublinhados e comentários da minha autoria.




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#747 Mensagem por EDSON » Qui Dez 15, 2011 5:27 pm

FoxTroop escreveu:Enquanto no "Land of blá blá blá e Pedigripal" se passa isto:
Census shows 1 in 2 people are poor or low-income
Nearly half of Americans are low-income as rising expenses, unemployment shrink middle class


WASHINGTON (AP) -- Squeezed by rising living costs, a record number of Americans — nearly 1 in 2 — have fallen into poverty or are scraping by on earnings that classify them as low income.

The latest census data depict a middle class that's shrinking as unemployment stays high and the government's safety net frays. The new numbers follow years of stagnating wages for the middle class that have hurt millions of workers and families.

"Safety net programs such as food stamps and tax credits kept poverty from rising even higher in 2010, but for many low-income families with work-related and medical expenses, they are considered too 'rich' to qualify," said Sheldon Danziger, a University of Michigan public policy professor who specializes in poverty.

"The reality is that prospects for the poor and the near poor are dismal," he said. "If Congress and the states make further cuts, we can expect the number of poor and low-income families to rise for the next several years." .......
http://finance.yahoo.com/news/census-sh ... 40568.html


E se vai arranjando uns "heróis" à martelada, para a malta elevar a estima:
US Marines deny exaggerating deeds of war hero

The US Marine Corps rejected a report that the elite unit exaggerated the deeds of a former trooper who won the country's most prestigious military honor for his valor in Afghanistan.

McClatchy newspapers alleged that key facts in the corps' publicized account of Corporal Dakota Meyer's actions in a 2009 battle were inaccurate, overstated or unsubstantiated. The Marines said they were "disappointed" with the article.

"We firmly stand behind the Medal of Honor (MOH) process and the conclusion that this Marine rightly deserved the nation's highest military honor," the Marine Corps said in a statement.

Meyer, 23, was the first living Marine since the Vietnam War to receive the Medal of Honor, which was presented to him on September 15 by President Barack Obama in a televised White House ceremony.

Obama hailed Meyer for defying orders and rushing into the heart of an ambush to retrieve fallen comrades, save 13 fellow Americans, kill eight Taliban insurgents and leave his gun turret to rescue two dozen Afghans.

But the McClatchy report, written by Jonathan Landay, a journalist who was accompanying Meyer's unit and witnessed the 2009 battle in the Ganjgal Valley, said details of that account were untrue or unconfirmed.

It was not possible for Meyer to have saved 13 US troops, the article said, because 12 Americans were ambushed in the battle, including the McClatchy reporter, and four troopers were killed, it said.

Pá..... isso são pormenores, pormenores :lol: :lol:

And military documents indicated that the arrival of helicopters secured the survival of the remaining personnel, not Meyer's vehicle.

Pormenores, insignificantes pormenores :roll:

There are no statements from fellow troops confirming that Meyer, who has since left the military, killed eight Taliban as claimed on the Marine Corps website, the article said.

The driver of Meyer's vehicle, Staff Sergeant Juan Rodriguez-Chavez, reported seeing Meyer kill one insurgent.

Tão bem morto que se dividiu em oito bocados, daí a confusão, mas isso são só pormenores

There were also no sworn statements that backed up the portrayal of Meyer leaping out of his gun turret and pulling the 24 wounded Afghans into his truck, according to the report.

Meyer's driver described nine Afghan soldiers getting into the Humvee armored vehicle by themselves while Meyer remained in the turret, it said.


Enfiou 24 afegãos dentro do Humvee?!!! Vinham atados em fardo, só pode. Pormenores......

The article also said there was no evidence that supported the White House and Marine Corps account that Meyer defied orders by heading towards gunfire to help his comrades.

The Marine Corps acknowledged that eyewitness accounts might differ but said that was typical in the confusion of combat and a rigorous process had been followed before the Medal of Honor was approved.

É..... confusão em combate..... sim....

The award was backed up by numerous statements by witnesses, graphics, a command inquiry and two army investigations, the Marine Corps said.

"Due to the distance and length of time the battle lasted and the fact that the majority of the participants were in a deadly fight for their lives and the lives of their comrades, the eyewitness accounts may vary in certain detail -- variations that are expected," it said.

The Marines also defended a narrative of the battle posted on the corps' website that is based on Meyer's account.

"We supported this communication method in large part because of (later promoted) Sgt. Meyer's personal desire to not retell with each interview, and thereby re-live, what he calls the 'worst day of his life,' it said.

But the McClatchy article lamented the Marine Corps' handling of Meyer's story, saying the young trooper had displayed courage and deserved to be decorated, without the need for embellishing details.

"What's most striking is that all this probably was unnecessary. Meyer, the 296th Marine to earn the medal, by all accounts deserved his nomination," the newspaper said.

The medal was given to Meyer amid growing complaints in Congress and among troops that soldiers were not being put up for the highest honor.
http://news.yahoo.com/us-marines-deny-e ... 49889.html


E vai-se pedindo aos chineses mais umas massas para isto:
Defense bill nears passage in Congress
http://news.yahoo.com/defense-bill-near ... 36395.html


Sublinhados e comentários da minha autoria.


Hora então porque não deram a medalha para o helicóptero.

Merecia a Medalha mas não merecia que seu nome fosse colocado nesta mentira idiota para filmes hollywoodianos.




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#748 Mensagem por FoxTroop » Qui Dez 15, 2011 5:30 pm

Sem dúvida que merece uma condecoração. Os seus actos, directa ou indirectamente safaram os sobreviventes do grupo de 12 militares emboscados. Agora montar um "guião" destes....




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#749 Mensagem por Túlio » Ter Dez 20, 2011 10:22 am

Crise sistémica global
EUA 2012/2016: Um país insolvente e ingovernável

por GEAB [*]
Como anunciado nos GEAB anteriores, nossa equipe apresenta neste nº 60 suas antecipações sobre a evolução dos Estados Unidos para o período 2012-1016. Este país, epicentro da crise sistémica global e pilar do sistema internacional deste 1945, vai atravessar um período particularmente trágico da sua história no decurso destes cinco anos. Já insolvente, irá tornar-se ingovernável – provocando para os americanos e aqueles que dependem dos Estados Unidos choques económicos, financeiros, monetários, geopolíticos e sociais violentos e destruidores. Se os Estados Unidos de hoje já são bem diferentes da "hiper-potência" de 2006, ano de publicação dos primeiros GEAB que anunciavam a crise sistémica global e o fim do poderio estado-unidense, as mudanças que antecipamos para o período 2012-2016 são ainda mais importantes e vão transformar radicalmente o país, seu sistema institucional, seu tecido social e seu peso económico e financeiro.

Paralelamente, como a cada mês de Dezembro, avaliamos nossas antecipações para o ano decorrido. Este exercício muito raramente praticado pelos think-tanks, peritos e media [1] é um instrumento que permite tanto aos assinantes [2] como aos nossos investigadores verificar que o nosso trabalho mantém um forte valor acrescentado e que está em ligação directa com a realidade. Neste ano o nosso desempenho melhorou ligeiramente e o LEAP/E2020 atingiu um resultado de 82% de êxito nas suas antecipações para 2011.

Pormenorizamos igualmente nossas recomendações referentes às divisas, ao ouro, às bolsas e às consequências da marginalização do Reino Unido no seio da UE [3] sobre a libra, o ouro e a dívida britânica e apresentamos alguns conselhos quanto às evoluções do sistema institucional americano [4] .

Neste comunicado público optámos por apresentar um extracto da nossa antecipação sobre a evolução dos Estados Unidos para o período 2012-2016.

Mas antes de abordar o caso americano, queremos fazer o ponto sobre a situação europeia [5] .

Da não deslocação da Eurolândia à deslocação do Reino Unido

Como antecipado pela nossa equipe, a cimeira europeia de Bruxelas dos dias 7 e 8 de Dezembro últimos desembocou em dois acontecimentos chave:

a busca da integração da Eurolândia com uma aceleração e um reforço das integrações orçamentais e financeiras e o esboço de uma integração fiscal [6]
Os governos da zona euro, Alemanha à cabeça, confirmaram a sua vontade de irem até o fim deste processo, ao contrário de todos os discursos anglo-saxões e eurocépticos que desde há dois anos prediziam que a Alemanha abandonaria o euro. Paralelamente, recusam-se a seguir o caminho do Fed e do Banco da Inglaterra proibindo-se de fazer trabalhar a impressora de papel-moeda (Quantitative Easing, QE) enquanto a disciplina orçamental não estiver assegurada no seio da Eurolândia [7] . Os fracassos evidentes das QE tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido [8] confirmam a pertinência desta opção que permitirá no fim de 2012 iniciar a criação de Eurobonds [9] .

Em contrapartida, a "garantia" de que o caso grego, de "imposição voluntária" de um desconto de 50% aos credores privados do país, permanecerá uma excepção é uma promessa que não compromete senão aqueles que nela acreditam. Ela foi igualmente avançada pelo presidente francês Nicolas Sarkozy cujos concidadãos sabem muito bem, após cinco anos de prática, que os seus compromissos não têm nenhum valor duradouro e são sempre de natureza táctica [10] .

- a marginalização duradoura (pelo menos 5 anos) do Reino Unido no seio da União Europeia confirma de modo gritante que doravante é a Eurolândia que dirige os assuntos europeus. A incapacidade de David Cameron para reunir nem que fossem dois ou três dos "aliados tradicionais" do Reino Unido [11] ilustra o enfraquecimento estrutural da diplomacia britânica e a falta de confiança geral na Europa sobre a capacidade do Reino Unido para ultrapassar a crise [12] . Também é um indicador fiável da perda de influência dos Estados Unidos sobre o continente uma vez que o envio do secretário do Tesouro Tim Geithner e do vice-presidente Joe Biden, em perambulação no continente alguns dias antes da cimeira, não serviu para nada e não permitiu evitar o fracasso britânico [13] .


Esta cimeira terá sido histórica, mas não ainda por ter resolvido os problemas financeiros e orçamentais europeus. Como havíamos antecipado em Dezembro de 2010, e como Angela Merkel acaba de recordar no Bundestag, o caminho da Eurolândia é um percurso longo, complexo e caótica, à imagem da rota percorrida desde os anos 1950 em matéria de integração económica [14] . Mas é um caminho que reforça o nosso continente e vai colocar a Eurolândia no coração do mundo de após a crise [15] . Se os mercados não estão contentes com esta realidade, o problema é deles. Eles vão continuar a ver seus activos-fantasmas esvaírem-se em fumo, seus bancos e hedge funds abrirem falência, tentando em vão fazer escalar as taxas de juros sobre as dívidas europeias [16] com o resultado de verem as notas das agências de crédito anglo-saxónicas perderem toda credibilidade [17] .


Esta cimeira é histórica pois confirma e dinamiza o retorno dos países fundadores da UE aos comandos do projecto europeu e porque mostra que longe de assistir a um deslocamento da zona euro, o choque tentado por David Cameron às ordens dos financeiros da City [18] levou a uma aceleração do deslocamento do Reino Unido [19] . Além do afrontamento entre liberais-democratas e conservadores que a atitude de Cameron iniciou, fragilizando sempre mais uma coligação já em más condições, esta marginalização britânica provoca uma oposição determinada na Escócia e no País de Gales, cujos dirigentes proclamam seu apego à UE e sua vontade, no que se refere à Escócia [20] , de aderir ao euro uma vez posto em marcha o processo de independência por volta de 2014 [21] .

E, cereja em cima do bolo, a conivência entre a City e o governo britânico doravante é um tema que ultrapassa as fronteiras britânicas e reforça a determinação do continente de por sob controle definitivo esta entidade "fora da lei". Como havíamos descrito desde Dezembro de 2009 e do início dos ataques contra a Grécia e a Eurolândia, a City, alarmada pelas consequências da crise em matéria de regulamentação europeia, lançou-se num ataque contra a Eurolândia em gestação, pondo ao seu serviço o Partido Conservador e os media financeiros anglo-saxónicos [22] . O episódio da recente cimeira de Bruxelas marca uma grande derrota para a City nesta guerra cada vez mais pública, expondo de passagem o rancor de uma maioria de britânicos não contra a Eurolândia mas contra a City [23] , acusada de parasitar o país [24] .

Com 1800 mil milhões de libras de dinheiro público investidos nos bancos para evitar o seu colapso em 2008, os contribuintes britânicos são efectivamente os que pagaram mais caro o salvamento dos estabelecimentos financeiros. E o governo inglês pode muito continuar a excluir esta soma do cálculo do seu endividamento público pretendendo que se trata de um "investimento", quando de facto cada vez menos pessoas do mundo imaginam que os bancos da City recuperarão da crise, sobretudo desde o agravamento do segundo semestre de 2011: as acções compradas pelo Estado de facto já não valem mais nada. O "hedge fund UK" está à beira do precipício [25] ... e graças à David Cameron e à City, ele está isolado, sem ninguém para lhe acudir, nem na Europa nem nos Estados Unidos.

Com a bolha chinesa [26] prestes a juntar-se à recessão europeia e à depressão americana, a tempestade de 2012 vai determinar se David Cameron e seu ministro das Finanças George Osborne são descendentes dignos dos grandes navegadores britânicos.


Mas retornemos agora ao extracto da nossa antecipação sobre o futuro dos Estados Unidos para o período 2012-2016.

EUA 2012/2016: Um país insolvente e ingovernável

Neste GEAB nº 60, nossa equipe apresenta suas antecipações do futuro dos Estados Unidos para o período 2012-2016. Recordamos que desde 2006 e os primeiros GEAB, o LEAP/E2020 descreveu a crise sistémica global como um fenómeno caracterizando o fim do mundo tal como se conhece desde 1945, marcando o colapso do pilar americano sobre o qual esta ordem mundial tem repousado há cerca de sete décadas. Desde 2006 havíamos identificado os anos 2011-2013 como aqueles no decorrer dos quais o "Muro Dólar", sobre o qual assenta a potência dos Estados Unidos, ia se deslocar. O Verão de 2011, com a degradação da classificação de crédito dos EUA pela agência S&P marcou uma viragem histórica e confirmou que o "impossível" [27] estava mesmo em vias de se concretizar. Parece-nos portanto essencial proporcionar hoje aos nossos leitores uma visão antecipadora clara sobre o que espera o "pilar" do mundo de antes da crise no momento, desde o Verão de 2011, em que esta crise passou à "velocidade superior" [28] .

Assim, segundo o LEAP/E2020, o ano eleitoral 2012 que se abre sobre um fundo de depressão económica e social, de paralisia completa do aparelho de estado federal [29] , de forte rejeição do bipartidarismo tradicional e de questionamentos crescentes sobre a pertinência da Constituição, inaugura um período crucial da história dos Estados Unidos. No decorrer dos próximos quatro anos, o país vai ser submetido a choques políticos, económicos, financeiros e sociais jamais experimentados desde o fim da Guerra de Secessão que, acaso da história, começa muito precisamente há 150 anos, em 1861. No decorrer deste período, os Estados Unidos vão ser simultaneamente insolventes e ingovernáveis, transformando em "barco à deriva" ("bateau-ivre") o que foi o "navio almirante" do mundo destes últimas décadas.

Para tornar compreensível a complexidade dos processos em curso, nossa equipe optou por organizar suas antecipações neste assunto em torno de três grandes polos:
1. A paralisia institucional estado-unidense e o deslocamento do bipartidarismo tradicional.
2. A espiral económica infernal dos EUA: recessão/depressão/inflação
3. A decomposição do tecido sócio-político estado-unidense.

A espiral económica infernal dos EUA: recessão/depressão/inflação (extracto)

Os Estados Unidos terminam o ano de 2011 num estado de fraqueza sem equivalente desde a Guerra de Secessão. Já não exercem nenhuma liderança significativa a nível internacional. A confrontação entre blocos geopolíticos aguça-se e acham-se confrontados com quase todos os grandes actores do mundo: China, Rússia, Brasil (e mais geralmente quase toda a América do Sul) e doravante a Eurolândia [30] . Paralelamente, não chegar a dominar um desemprego cuja taxa real está estagnada em tornos dos 20% no pano de fundo de uma redução contínua e sem precedente da população activa (que caiu ao seu nível de 2011 [31] ).

O imobiliário, fundamento da riqueza das famílias estado-unidenses juntamente com a bolsa, continua a ver os seus preços caírem ano após ano apesar das tentativas desesperadas do Fed [32] de facilitar os empréstimos à economia através da taxa zero. A bolsa retomou sua baixa interrompida artificialmente pelas duas Quantitative Easing de 2009 e 2010. Os bancos americanos, cujos balanços estão muito mais carregados de produtos financeiros derivados do que os seus homólogos europeus, aproximam-se perigosamente de uma nova série de falências de que a MF Global é um sinal precursor, demonstrando a inexistência dos procedimentos de controle ou de alerta três anos após o colapso da Wall Street em 2008 [33] .

A pobreza estende-se cada dia um pouco mais através do país, em que um americano em cada seis depende doravante de selos de alimentação [34] e em que uma criança em cada cinco experimenta episódios de vida na rua [35] . Os serviços públicos (educação, sociais, polícia, rodoviários, ...) foram consideravelmente reduzidos em todo o país para evitar as falências de cidades, municípios ou Estados. O êxito encontrado pela revolta das classes médias e dos jovens (Tea Party e Occupy Wall Street) é explicado por estas evoluções objectivas. E os próximos anos verão estas tendências agravarem-se.

O estado de fraqueza da economia e da sociedade estado-unidense de 2011 é, paradoxalmente, o resultado das tentativas de "salvamento" efectuadas em 2009/2010 (planos de estímulo, QE, ...) e da degradação de uma situação "normal" pré 2008. O ano de 2012 vai assinalar o primeiro ano de degradação a partir de uma situação já muito deteriorada [36] .

As PMEs, as famílias, as colectividades locais [37] , os serviços públicos, ... não têm mais "colchões amortecedores" para atenuar o choque da recessão em que o país caiu de novo [38] . Havíamos antecipado que o ano de 2012 veria uma baixa de 30% do US dólar em relação às principais divisas mundiais. Nesta economia que importa o essencial dos seus bens de consumo, isso se traduzirá por uma baixa quase equivalente ao poder de compra das famílias estado-unidenses num fundo de inflação com dois algarismos.

Os Tea Party e Occupy Wall Street têm portanto belos dias pela frente pois a cólera de 2011 tornar-se-á a fúria de 2012/2013...

Notas:

(1) Sem falar sequer das agências de classificação que passam o seu tempo a modificar as suas avaliações, prova de que não dispõe de nenhuma metodologia fiável e que vagam ao sabor das pressões e das modas.

(2) Que assim podem julgar directamente tanto a pertinência das nossas antecipações como a honestidade das nossas avaliações.

(3) Uma evolução antecipada há muito pela nossa equipe.

(4) A pedido de numerosos leitores estado-unidenses.

(5) É no GEAB 61 ou 62 que apresentaremos nossas antecipações para a UE 2012-2016.

(6) O presidente da UE, Herman Van Rompuy, quase tem razão ao dizer que dentro de alguns anos julgar-se-á este fim de ano 2011 como um "annus mirabilis" para a Europa. Para a nossa equipe, é 2012 que será de facto o ano chave. Fonte: Le Soir, 13/12/2011

(7) Fonte: New York Times, 10/12/2011

(8) O Banco de Pagamentos Internacionais (BIS, na sigla em inglês) acaba de assinalar ao Reino Unidos que a sua política de Quantitative Easing estava em vias de fracassar. Fonte: Telegraph, 12/12/2011

(9) Seja o que for que Angela Merkel diga hoje.

(10) Os alemães, holandeses e outros países com excedente estão igualmente determinados a retornar a este ponto quando chegar o momento certo. E mantemos nossa antecipação de que 30% da dívida pública ocidental não será reembolsada em 2012: na Europa, no Japão e nos Estados Unidos.

(11) Ou seja, os países europeus ainda enfeudados a Washington como a Chéquia de Vaclav Klaus, os países bálticos ou a Suécia.

(12) Todos os países da zona euro, salvo o Reino Unido, alinharam-se sabiamente por trás da bandeira da moeda única europeia. Mas sem dúvida são "irresponsáveis", "idiotas" ou "inconscientes"... ao contrário dos comentadores dos media anglo-saxónicos que sabem estar tudo condenado ao fracasso. Assim como antes de 2008 eles estavam persuadidos da invencibilidade das finanças anglo-saxónicas ou, até o segundo semestre de 2011, de que a crise estava sob controle! Fonte: Libération, 13/12/2011

(13) Este tipo de visitas estado-unidenses de alto nível ou telefonemas presidenciais, amplamente divulgados pela imprensa dos EUA, pouco antes de uma cimeira europeia tornou-se uma característica da administração Obama. Impossibilitada de poder influir sobre os acontecimentos – uma vez que os eurolandeses fizeram compreender a Washington que devia ocupar-se dos seus próprios assuntos – isso permite fazer com que a opinião pública americana acredite que Washington continua sempre o "deus ex machina" dos assuntos europeus; embora nunca desde 1945 a influência dos EUA foi tão fraca sobre a evolução da Europa. É verdade que sem dinheiro, sem ameaça comum e sem credibilidade em matéria económica e financeira, a tarefa dos enviados americanos não é fácil!

(14) Fonte: Euronews, 14/12/2011

(15) Segundo o LEAP/E2020, Angela Merkel é hoje sem contestação o único "homem de estado" europeu e mesmo ocidental. Ela não é uma grande visionária mas é a única responsável política que combina a necessidade de políticas difíceis com uma visão positiva do futuro. E seja o que for que se pense, ela dá prova de uma inegável determinação, uma qualidade necessária para realizar as coisas que têm importância em política e que são sempre coisas difíceis.

(16) Dizemos "em vão" por duas razões. Por um lado, porque as taxas reais actuais não são de todo aquelas que a imprensa utiliza (ver gráfico acima) e, por outro, porque, segundo as nossas análises, a Eurolândia em 2012 ou princípio de 2013, se as taxas continuarem a subir, tratará de arrecadar directamente uma parte da imensa poupança europeia para desligar-se nas suas próprias condições dos mercados financeiros anglo-saxónicos ... que deverão aceitar um enorme desconto (haircut).

(17) A este respeito, a composição dos accionistas das três agências esclarece a ausência total de independência das suas decisões uma vez que estão nas mãos de alguns grandes bancos e fundos de investimento estado-unidenses (fonte: Bankster ). Já é tempo de elas degradarem a classificação da Eurolândia em vários pontos ... para que os investidores façam a sua opção: acreditar nas classificações das agências ou confiar nas suas próprias opiniões (fonte: CNBC, 15/12/2011). Haverá uma diferença no fim. Segundo o LEAP/E2020, aqueles que seguirem as agências serão os maiores perdedores desta crise financeira. E a tentativa dos governos europeus de "manter a todo preço o seu AAA", como é o caso de Nicolas Sarkozy, demonstra apenas uma coisa: eles não fazem senão ouvir os seus amigos financeiros. Quando se está na Eurolândia e se é o primeiro bloco comercial do mundo, o detentor da maior poupança mundial, etc..., pode-se zombar das agências de classificação. Ou se as ignora ou se lhes rompe as rédeas. Duas coisas que estarão igualmente no programa de 2012.

(18) Os "hedge funds" da City tornaram-se os maiores doadores do Partido Conservador (ver gráfico acima) que de facto é o seu intermediário político. E estes mesmos "hedge funds" têm naturalmente uma ternura particular pelos eurocépticos britânicos de que Roger Cohen esboça um quadro particularmente edificante no New York Times de 13/12/2011. O que os eurocépticos britânicos reprovam em Angela Merkel não é que ela seja alemã e sim que não seja nazi. Se fosse o caso, as suas ideias de "raça superior" poderiam exprimir-se mais facilmente no seio da UE.

(19) Que se encontra privado de influência sobre decisões que o afectarão de qualquer maneira. Fonte: Guardian, 10/12/2011

(20) Fontes: Scottish TV, 12/12/2011; Wales Online, 10/12/2011; Independent, 05/12/2011

(21) A propósito disto, nossa equipe aproveita para partilhar as suas reflexões sobre a utilização do termo "Unido" nos nomes de países. Consideramos que todos os países ou entidades políticas que põem a palavra Unido ou União no seu nome estão condenados à desunião no dia em que uma crise grave modifica os equilíbrios internos. O facto de utilizar o termo "Unido" mascara de facto um problema fundamental de identidade comum. É por isso que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas entrou em colapso; que as Províncias Unidas estão desunidas e que os Estados Unidos assim como o Reino Unido enfrentam tendências centrífugas crescentes. Também é por isso que a União Europeia não é uma entidade política viável (está destinada a não ser senão um grande mercado, fonte: Spiegel, 18/11/2011) ... ao contrário da Eurolândia que não tem necessidade de acrescentar União ou Unido para ter uma identidade comum. Franck Biancheri, director do LEAP/E2020, exprimiu assim, por estas razões, sua oposição à adopção da expressão União Europeia em lugar de Comunidade Europeia no princípio dos anos 1990.

(22) E utilizando plenamente sua capacidade de manipular as cotações das divisas e de outros activos financeiros. Uma aptidão em declínio rápido devido à crise e ao desmascaramento crescente da manipulação em curso.

(23) Fonte: Independent, 10/12/2011

(24) A City é uma sobrevivência feudal que escapa a toda regulamentação séria no seio do Reino Unido. Nem que seja por ser um imenso centro financeiro que muito poucos controladores "controlam", apoiada sobre a vasta rede de paraísos fiscais formada por confetis do antigo império britânico. Para informação, a France Télévisions acaba de difundir uma notável reportagem sobre a City em 11/2011. Poder-se-ia dizer que a City é uma espécie de base de "piratas" à imagem das costas bárbaras que as potências europeias finalmente dominaram através de campanhas militares no século XIX, após séculos de piratarias e de tráficos de toda espécie.

(25) Seja devido ao factor de a dívida ser pública ou privada. Assim, em 2012 os investimentos imobiliários britânicos serão incapazes de refinanciar US$156 mil milhões de empréstimos. Fonte: Bloomberg, 09/12/2011

(26) Fontes: Telegraph, 14/12/2011; Les Echos, 01/12/2011

(27) Recordemos que apenas um ano antes parecia totalmente louco antecipar uma tal degradação. Os peritos financeiros, os media especializados e outros especialistas do "futuro como cópia conforme do passado" consideravam impossível uma tal degradação, ou eventualmente a prazo de cinco ou des anos se a situação financeira do país continuasse a degradar-se.

(28) Esta exigência é tanto mais forte porque as esferas mediáticas e financeiras são totalmente parasitadas pelo "chamariz" que constitui a "crise do euro", destinada, como sublinhamos desde há dois anos, e ocultar a gravidade da situação no cerne do sistema financeira mundial, a saber, a Wall Street e a City. O clamoroso fracasso de David Cameron em Bruxelas, na semana passada, ilustra igualmente o pânico que reina no coração das finanças anglo-saxónicas.

(29) A Eurolândia, apesar das suas "desvantagens" contantemente recordadas pelos media anglo-saxónicas e dos sarcasmos histéricos dos intermediários da Wall Street e da City, conseguiu desde há cerca de dois anos construir toda uma nova aparelhagem político-institucional para atravessar a crise e preparar-se para o mundo de amanhã. Os Estados Unidos ao contrário verificaram-se totalmente incapazes da menor iniciativa para adaptarem-se à nova ordem mundial como mostrou recentemente o fracasso da super-comissão de redução do défice apesar do seu objectivo bem limitado de 1500 mil milhões de reduções ao longo de 10 anos (ver o gráfico acima). A História dos Estados, tal como a das espécies, mostra entretanto que a capacidade de adaptação é essencial para a sobrevivência; e que isto é uma lei que não tem excepção.

(30) No seu belo poema "Se" , Rudyard Kipling escrevia "...Se puderes suportar ouvir tuas palavras / Travestidas por trapaceiros para enganar tolos, / E ouvir mentirem sobre ti suas bocas loucas / Sem que mintas tu mesmo uma única palavra... Então os Reis, os Deuses, a Fortuna e a Vitória / Serão para sempre seus escravos submissos". E este conselho vale tanto para as colectividades quanto para os indivíduos pois a leitura imprensa anglo-saxónica a propósito do euro e da Eurolândia faz com que a nossa equipe pense irresistivelmente nesta passagem do poema. Contudo, com a marginalização do Reino Unido no seio da UE e a aceleração da integração da Eurolândia (conforme as nossas antecipações), constatamos a ultrapassagem de uma barreira psicológica na Eurolândia: já não é tempo de poupar as susceptibilidades dos nossos "aliados" anglo-saxónicos, mas muito simplesmente de nos protegermos dos ataques dos nossos adversários anglo-saxónicos. Ao contrário dos media e dos peritos "mainstream" da Wall Street e da City, os eurolandeses não perdem tempo a "travestir as palavras para enganar tolos"; eles contentam-se em levar em conta a realidade, a avançar ignorando-os e a cortar uma por uma as cordas que os ligam às praças financeiras (e amanhã políticas) britânicas e americanas. Nossa equipe não pode resistir ao prazer de apresentar uma nova ilustração da manipulação quotidiana de informação em que a maior parte dos media britânicos e americanos se tornou especialista. Assim, no quadro da nossa rubrica "os trapaceiros falam aos tolos", MarketWatch publicou em 14/12/2011 um artigo intitulado "Os gestores de fundos temem uma deslocação da zona euro". Ora, o que é que se descobre no interior do artigo? Que o seu principal temor (para 75% dentre eles) era uma nova degradação da classificação dos EUA (48% pensam que acontecerá em 2012) e que somente 44% deles pensavam que havia um risco de que um país saia um dia da zona euro, sem mencionar o prazo. Uma titulação honesta deveria portanto ter sido "Os gestores de fundos tem uma nova degradação da classificação dos EUA". Mas, como se diz em francês, "à la guerre, comme à la guerre!" (faça o que é preciso fazer).

(31) Quanto no mesmo tempo a população dos EUA aumentou em 30 milhões de pessoas, ou seja, uma alta de 10%. Fonte: Washington Post, 02/12/2011

(32) Para a nossa equipe, 2013/2014 vai proporcionar, através do Congresso e devido a um apoio maciço na opinião pública, uma ocasião sem precedentes para reclamar um desmantelamento do Fed. As convicções anti-federais dos Tea Parties e aquelas anti-Wall Stret encontrarão aí um ponto de convergência irresistível.

(33) A este respeito, é particularmente interessante constatar que as agências de classificação, Moody's à cabeça, mais uma vez nada viram aproximar-se uma vez que no fim do Verão de 2011 a MF Global era recomendada por estas agências ... quando aquela sociedade já estava mesmo em vias de retirar dinheiro das contas dos seus clientes para tentar sobreviver. Aqueles que acreditam que os seus investimentos estão melhor protegidos na Wall Street ou na City que meditem sobre este "pormenor".

(34) Fontes: MSNBC, 11/2011; RT, 08/12/2011

(35) São números que doravante classificam o país integralmente na categoria "terceiro mundo" em matéria social. Fonte: Beforeitsnews, 29/11/2011

(36) O país já não gera crescimento, como explica Gregor McDonald em SeekingAlpha de 05/12/2011.

(37) Fonte: Washington Post, 29/11/2011

(38) O país de facto nunca saiu desde 2008, salvo tecnicamente devido a medidas macroeconómicas. Mas ninguém se alimenta de macroeconomia ... salvo os economistas.
15/Dezembro/2011

[*] Global Europe Anticipation Bulletin.

O original encontra-se em www.leap2020.eu/...




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#750 Mensagem por P44 » Ter Dez 20, 2011 1:51 pm

Há bocado assisti a um excerto do "60 minutes" na SIC, duma reportagem acerca de familias inteiras que vivem em carros, na Florida :shock:
Fiquei sabendo que 1/3 dos "homeless" americanos reside na Florida.
Familias inteiras , pais, mães, filhos, avós, tios, vivendo em carros e sem qualquer esperança, dependendo de ajuda de algumas instituições que os ajudam pagando-lhes quartos em moteis.
A reportagem terminava com uma familia que está pintando todos os quartos de um motel , de modo a que possam lá ficar mais algum tempo. Inclusivé uma menininha de 8 anos :(

E depois gastam biliões em guerras...




Triste sina ter nascido português 👎
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