Fórum Defesa Brasil

Carlos Lima escreveu:

kirk escreveu:

Esse é o tipo de pensamento de Engenheiros...

Para a "engenharia" colocar uma tela grandona no espaço de 3 menores e o resto de outros sistemas sem dúvida é um desafio e tanto, deve ser ótimo desvendar essa charada, ainda mais com alguém pagando por isso!

Na prática não são eles quem vão pilotar o avião...



[]s
CB_Lima

Comentário mais infeliz.

Minha mãe tem um celular daqueles bem antigos, não consegue ler mensagens direito, nunca acessou internet, não sabe o que é GPS e nem sonha com touch screen. Pra ela aprender algo novo é muito desgastante, não quer e nem tem interesse. Já está bloqueada.
Por outro lado tenho um afilhado de 4 anos, ele pega meu celular e pra ele é tudo natural, sabe desbloquear a senha do touch, sabe navegar por todas as telas e acreditem, aprendeu sozinho a desinstalar e instalar jogos que são do seu interesse. Sabe onde liga a internet e já me falou um dia no carro pra ligar o GPS pra chegar logo em casa.

Bom o que quero dizer com isso tudo! O Brasil está comprando/projetando um caça pra no mínimo 40 anos de uso. Para os pilotos atuais, talvez uma tela wide touch screen seja o fim do mundo, mas e no futuro? Logo logo pilotos novos com outra mentalidade estarão dentro dos cockpits e pra eles vai ser tão natural quanto o celular pro meu afilhado.

Outra coisa, vejo algumas postagens insinuando que tudo é na base de jogo de interesses ou que os engenheiros fazem do jeito que querem e pronto. É assim mesmo? Não existem pilotos de provas que testam e aprovam as soluções? A propina rola solta dentro das forças armadas desse jeito?

Prefiro ser um ingênuo e acreditar que a FAB sabe o que faz. E apesar de torcer pelo Rafale na maior parte do FX, estou feliz pelo Gripen e ansioso para que cheguem logo aqui em Anápolis.

Abraços

Tem um item que não foi mais comentado, mas que pode "explicar" uma boa parte do acréscimo no valor final do contrato do FX-2.

Estou me referindo ao motor GE.

E eu li (não sei se neste tópico) que o motor equivale a 60% do valor de uma caça.

Assim, o principal responsável por esse acréscimo não poderia ser uma possível adoção no NG dessa nova e mais potente versão do motor GE?

PS: Antes que alguém diga algo, eu quero deixar bem claro que não sei absolutamente de nada e estou apenas especulando com base no já foi escrito neste tópico.

Paisano escreveu:Tem um item que não foi mais comentado, mas que pode "explicar" uma boa parte do acréscimo no valor final do contrato do FX-2.

Estou me referindo ao motor GE.

E eu li (não sei se neste tópico) que o motor equivale a 60% do valor de uma caça.

Assim, o principal responsável por esse acréscimo não poderia ser uma possível adoção no NG dessa nova e mais potente versão do motor GE?

PS: Antes que alguém diga algo, eu quero deixar bem claro que não sei absolutamente de nada e estou apenas especulando com base no já foi escrito neste tópico.

Minha teoria.

Acredito que estão fazendo resforços estruturais também para facilitar a operação embarcada e um futuro motor mais potente.

O motor 414-EPE ainda não está disponível, mas é razoável prever que teremos alguma variante mais potente em algum momento.

Também fiquei surpreso com o pedido de redução do RCS (imagino que frontal). Isso pode ficar bem caro.
Somando os acessórios "versão BR" a conta sobe mais um pouco.

Fora tudo isso ainda se comenta, em forums da vida, que a capacidade de carga deve subir uns 500kg (por mágica eu imagino).

Resumindo, 1 Bi de verdinhas é muito dinheiro, mas se consome rápido com P&D num projeto desse.

(para o F35, um 1 Bi em P&D é troco de pinga)

Energys escreveu:

kirk escreveu:

Não sei com precisão, mas me parece que se o display principal apagar por completo, existem mais dois (um a esquerda e outro ao centro - atrás do manche) que, possivelmente, "seguram" as funções e parâmetros principais para sobrevivência do caça. Repito, não sei se esta possibilidade é real, apenas suponho que sim.

Att.

Tem também o HMD, que possui informações de vôo.

Você tem razão, Alcantara. Meu comentário porém se concentrou nos displays porque me parece que alguns pensam que elas são como os televisores de tubo Telefunken!

Att.

Quanto ao risco envolvido na operação de uma tela única, me convenci de que não é significativo. Além do recurso de a tela poder operar a metade se uma delas falhar, há as telas menores. Tirando estes displays, ainda resta o HUD e o HMD, que devem ser capazes de dar informações suficientes se, se não para completar a missão, ao menos voltar para casa.

Já em relação ao custo extra de 900 milhões, o novo cockpit, a 'tinta invisível' e sistema de guerra eletrônica distinto apontam para um processo de certificação distinto para o nosso caça. Acho que justifica o preço.
Só não sei quanto à versão F, se a FAB terá de botar dinheiro no desenvolvimento dela ou se é responsabilidade da SAAB em entregá-la.


abraços

Será que um dos vários fatores de encarecimento do gripenBr, não é justamente o desenvolvimento da versão F.

Knight escreveu:Também fiquei surpreso com o pedido de redução do RCS (imagino que frontal). Isso pode ficar bem caro.
Somando os acessórios "versão BR" a conta sobe mais um pouco.

Bem, como não são alterações profundas (abaixo, algumas), vai que...

É realmente uma pena a turbina F414-EPE ainda não estar disponível. Seria um ganho significativo ao Gripen e aos outros caças que usam da mesma turbina em sua versão atual.

Att.

Luís Henrique escreveu:

kirk escreveu: Acredito que 60%-70% desse valor resida nesse ítem :

- a capacidade de integrar armas produzidas nacionalmente

Esse último item são os primeiros passos para o desenvolvimento da próxima geração :

- e uma saída para minimizar a "assinatura radar" do avião, que impeça a identificação pelos inimigos.

Kirk, a capacidade de integrasr armas nacionais já era PREVISTA muito antes de fecharmos com os suecos.
Ainda gostaria de saber mais detalhes sobre o que vai vir A MAIS por conta dos U$ 900 mi A MAIS.

Esta parte que fala de RCS esta muito vaga. O que seria esta SAÍDA para minimizar a RCS???

Oi Luís Henrique,

Sei tanto quanto você, temos as mesmas fontes, ou seja tudo que é publicado, apenas tento extrair o máximo daquilo que efetivamente seja divulgado ... sobre a capacidade de integrar armas é uma operação complexa e até o momento não sabemos o que a FAB exigiu a MAIS do que foi proposto, mesma coisa o RCS ... porém sabemos que tudo que altera o equipamento em nível estrutural custa muito dinheiro e tempo de P&D, ensaios aerodinâmicos e certificação ...

Eu, assim como você e demais amigos, não ficamos nada satisfeitos com aumento de custos no contrato, porém tenho a firme convicção que HÁ um propósito e uma justificativa consistente, mas tenho dúvida que poderão ser divulgados, por questões óbvias de Segurança Nacional.

Porém uma coisa sabemos, além dos ítens elencados ainda estão inclusos os estudos de viabilidade do Sea Gripen e talvez (até provável) que já ocorram reforços estruturais para operação embarcada ...

As medidas para se reduzir a assinatura radar do Gripen devem ser coisas bem mais simples.
Uma geometria stealthy como essa das montagens desperdiça quase toda essa vantagem quando todo o armamento que carrega é externo.

Alterações pequenas na tomada de ar ou um nariz chanfrado como o do J-10B. No máximo coisas assim. Além da tintura anti-radar..



abraços

Por todas as teorias e os 'eu acho' isso ou aquilo a FAB teria muito o que explicar sobre esse projeto.

Se isso vai acontecer totalmente / parcialmente ou se vao sair pela tangente com o selo 'seguranca nacional' realmente teremos que aguardar e torcer por mais informacoes que nao sejam especulacoes.



[]s
CB

Carlos Lima escreveu:Por todas as teorias e os 'eu acho' isso ou aquilo a FAB teria muito o que explicar sobre esse projeto.

Se isso vai acontecer totalmente / parcialmente ou se vao sair pela tangente com o selo 'seguranca nacional' realmente teremos que aguardar e torcer por mais informacoes que nao sejam especulacoes.



[]s
CB

A explicação é simples. Quanto maior a TV melhor.

kirk escreveu:

Luís Henrique escreveu: Kirk, a capacidade de integrasr armas nacionais já era PREVISTA muito antes de fecharmos com os suecos.
Ainda gostaria de saber mais detalhes sobre o que vai vir A MAIS por conta dos U$ 900 mi A MAIS.

Esta parte que fala de RCS esta muito vaga. O que seria esta SAÍDA para minimizar a RCS???

Oi Luís Henrique,

Sei tanto quanto você, temos as mesmas fontes, ou seja tudo que é publicado, apenas tento extrair o máximo daquilo que efetivamente seja divulgado ... sobre a capacidade de integrar armas é uma operação complexa e até o momento não sabemos o que a FAB exigiu a MAIS do que foi proposto, mesma coisa o RCS ... porém sabemos que tudo que altera o equipamento em nível estrutural custa muito dinheiro e tempo de P&D, ensaios aerodinâmicos e certificação ...

Eu, assim como você e demais amigos, não ficamos nada satisfeitos com aumento de custos no contrato, porém tenho a firme convicção que HÁ um propósito e uma justificativa consistente, mas tenho dúvida que poderão ser divulgados, por questões óbvias de Segurança Nacional.

Porém uma coisa sabemos, além dos ítens elencados ainda estão inclusos os estudos de viabilidade do Sea Gripen e talvez (até provável) que já ocorram reforços estruturais para operação embarcada ...

Os estudos de viabilidade do Sea Gripen serao contabilizados como Offset, e nao estão incluídos no principal do contrato.
Se nao existe ainda Sea Gripen, está em fase de estudo de viabilidade, se aprovado o Offset, nao há reforço estrutural na versão da FAB.