Fórum Defesa Brasil

Pelo menos cada um vai ter o seu próprio fuzil, o que NÃO É o caso hoje...

Fui Chefe do Escalão Logístico da 8ª RM/DE (no final do século passado) mas tinhamos fuzis para todo o efetivo e mais 5% em estoque no Depósito Regional de Armamento/8, em que pese a 8ª ser uma Região das mais desprovidas.
Quando comandei o Treze tinhamos FAL para todo o efetivo e até algumas sobras lá no NPOR. Nas demais OM da Brigada (20BIB, 5º RCC, GAC, Eng, Com, PE, BLog) não havia faltas.

Não existe essa situação de atirar com corona rebatida em local confinado, a coronha atrapalha menos que a necessidade de voltar ela pra posição se seu inimigo estiver na outra esquina (ou mesmo a uns 20 metros), onde sem coronha você já não vai acertar NADA, a não ser que seja o Rambo!

Agora, numa hipotética situação em que a coronha trave na posição aberta (pouquíssimo provavel de acontecer), pega o fuzil e muda de mão!!! Atira com a esquerda mesmo, sem coronha não vai dar muita diferença em precisão mesmo, vai ser o famoso "spray and pray"...

Atirar com coronha rebatida é coisa de quem NÃO SABE ATIRAR (bandidos e atores de filmes). E duvido que alguém acerte com precisão mínima um alvo do tamanho de uma pessoa.

Agora, antes que falem que os Grumecs, por exemplo, gostam da Mini Uzi (ou Mac 10) porque a cadência de tiro é elevada e é melhor pra "limpar" os corredores estreitos dos navios... Bom, aí estamos falando de combates a menos de 5 metros, e nessas condições o cara com fuzil está sobre-armado.

E por último. Como é que se atira sem coronha em ambiente CQB? A princípio é com a arma na altura da cintura, certo? E desse jeito NECESSARIAMENTE o próprio cotovelo vai estar "sobrando" pra trás, e assim dá pra atirar com a coronha também, mantendo a coronha paralela ao antebraço.

Enfim: utilidade prática para atirar com a coronha rebatida "limite tendendo a zero".

Talvez eles pudessem ter dado essa "capacidade" pro fuzil, mas falar nisso como um erro gravíssimo do fuzil já é exagero na minha opinião. E o MD-97 já tem muitos problemas "de verdade" conhecidos.


P.S.: Não analisei direitinho as fotos, mas duas coisas que tem que se atentar. A primeira é que RUSSOS USAM UMA DOUTRINA DIFERENTE da de todo o ocidente. Lá todo soldado é um metralhador, e atira "pra direção geral de por alí mesmo" logo eles tem mais situações onde podem colocar o fuzil na altura da cintura (sem usar a coronha) e por consequência em fuzis que rebatem a coronha pra lateral ela rebater pro lado esquerdo (deixando o lado direito e principalmente os controles da arma, que ficam todos do lado direito) é um fator mais importante. Por aqui não... Tiro de fuzileiro é tiro colocado, e os controles de armas (sem controle dos dois lados) costumam FICAR DO LADO ESQUERDO.

A segunda coisa é que eu já ví MUITAS fotos na internet "espelhadas" por algum motivo (encaixar melhor no site, por exemplo) e isso torna a análise perigosa. Você tem que conhecer as arma pra poder saber isso (como ver um FAL com a alavanca de manejo no lado esquerdo da arma).

Esse negocio de atirar de qualquer arma longa (fuzil, metralhadora, carabina, submetralhadora...etc) com a coronha rebatida não existe na prática. Pode ser até que alguém encontre alguma foto de alguém operando dessa forma mas posso dizer que é inviável! A coronha rebatida só mesmo para deslocamentos em viaturas (blindadas ou nao), para facilitar o desembarque/embarque. Até mesmo em situações de patrulhamento, mesmo dentro da VTR, deve-se utilizar a coronha estendida!

Digo isso porque tinha essa mesma dúvida e tive a oportunidade de tira-las durante instruções de tiro com armas longas com coronha rebatível/retrátil (MT40, CT40, MD-2 e espingarda calibre 12 tática). Independente da situação (desde tiros estáticos até combate em ambientes confinados) sempre se utiliza a coronha estendida!

Vejam essa foto na qual policiais do GATE da PMESP treinam uma entrada tática num ambiente altamente confinado (numa pequena casa), todos os fuzis estão com a coronha estendida!

gribel escreveu:

Respeito sua opinião, mestre..mas discordo.
Hj, os embates são mais próximos, os palcos mudaram de 50 anos pra cá.
Eu acho mesmo que o fzleiro poder usar a coronha a 200 mtrs e rebatê-la após a progressão, num cenário urbano, ou mesmo em mato, pode salvar a vida dele.
Ouso mesmo ilustrar com vossa nobre pessoa.
Não conheço seu local de trabalho, mais imagino corredors, quinas e tals.
Caso vc se visse num pega pra capar generalizado, e vc com um fz desses....ia manter sua opinião do mais barato e do tanto faz? Acho que não.

Abração, seu cabra

Cupincha véio, treinei, treino e tenho cursos de CQC/CQB (nunca com fuzil), usando revólver, pistola, SMG e Carabina, além de doze dos modelos com e sem coronha. Para estas últimas armas, a título de curiosidade, éramos instruídos a manter a parte traseira da arma bem próxima do ombro (braço bem encolhido, mão direita quase encostada no peito do colete balístico) para 'despiorar' a precisão. Com as demais que tivessem coronha NUNCA fui instruído ou sequer levemente estimulado a atirar com coronha retraída e/ou à altura da cintura, perdas de precisão em ambiente fechado podem afetar de modo BEM desagradável algum colega (não se atua sozinho a não ser por absoluta falta de opção) ou inocente nas proximidades ou até a nós mesmos. Uma doze ou mesmo SMG .40 faz um barulhão dos infernos num ambiente confinado, fuzil deve ser um terror mesmo com protetor auricular, o que NÃO se terá numa ação real! O que se precisa aprender E BEM muito antes do primeiro disparo é SEGURANÇA e a técnica do FATIAMENTO e a do 'costas com costas', daí corredores e quinas assustam bem menos. A dupla fixa sempre foi estimulada, a gente se sente muito mais seguro sabendo que o outro está ali e, acostumado a ele, ter uma idéia do que ele fará numa determinada situação. O resto é Hollywood. Assim, pessoalmente prefiro integrar um grupo dos buenos portando apenas um revólver com meros três cartuchos a um fuzil de coronha dobrada com trinta, serei mais útil e menos perigoso para os demais...

henriquejr escreveu:
Vejam essa foto na qual policiais do GATE da PMESP treinam uma entrada tática num ambiente altamente confinado (numa pequena casa), todos os fuzis estão com a coronha estendida!

Sem ser especialista, o que me parece aqui é que o armamento é inapropriado para a situação. Talvez uma carabina CT-30 fosse mais adequada.

Túlio escreveu:

gribel escreveu:

Respeito sua opinião, mestre..mas discordo.
Hj, os embates são mais próximos, os palcos mudaram de 50 anos pra cá.
Eu acho mesmo que o fzleiro poder usar a coronha a 200 mtrs e rebatê-la após a progressão, num cenário urbano, ou mesmo em mato, pode salvar a vida dele.
Ouso mesmo ilustrar com vossa nobre pessoa.
Não conheço seu local de trabalho, mais imagino corredors, quinas e tals.
Caso vc se visse num pega pra capar generalizado, e vc com um fz desses....ia manter sua opinião do mais barato e do tanto faz? Acho que não.

Abração, seu cabra

Cupincha véio, treinei, treino e tenho cursos de CQC/CQB (nunca com fuzil), usando revólver, pistola, SMG e Carabina, além de doze dos modelos com e sem coronha. Para estas últimas armas, a título de curiosidade, éramos instruídos a manter a parte traseira da arma bem próxima do ombro (braço bem encolhido, mão direita quase encostada no peito do colete balístico) para 'despiorar' a precisão. Com as demais que tivessem coronha NUNCA fui instruído ou sequer levemente estimulado a atirar com coronha retraída e/ou à altura da cintura, perdas de precisão em ambiente fechado podem afetar de modo BEM desagradável algum colega (não se atua sozinho a não ser por absoluta falta de opção) ou inocente nas proximidades ou até a nós mesmos. Uma doze ou mesmo SMG .40 faz um barulhão dos infernos num ambiente confinado, fuzil deve ser um terror mesmo com protetor auricular, o que NÃO se terá numa ação real! O que se precisa aprender E BEM muito antes do primeiro disparo é SEGURANÇA e a técnica do FATIAMENTO e a do 'costas com costas', daí corredores e quinas assustam bem menos. A dupla fixa sempre foi estimulada, a gente se sente muito mais seguro sabendo que o outro está ali e, acostumado a ele, ter uma idéia do que ele fará numa determinada situação. O resto é Hollywood. Assim, pessoalmente prefiro integrar um grupo dos buenos portando apenas um revólver com meros três cartuchos a um fuzil de coronha dobrada com trinta, serei mais útil e menos perigoso para os demais...

Disse tudo, Túlio!
Tem nem o que complementar.

Última forma : )

ps: Mas ainda acho que o gatilho deveria estar acessível.

gribel escreveu:Última forma : )

ps: Mas ainda acho que o gatilho deveria estar acessível.

É teu direito, meu truta!

Agora, se aceitas a sugestão de um velhote calejado, NUNCA fiques perto de um sujeito com um fuzil com a coronha dobrada (com acesso ao gatilho) numa situação real de combate, pode te sair BEM cara a brincadeira...

Ademais, se o que te incomoda mesmo é o comprimento do fz, sempre há aquele Tavorzinho com cano de 13 pol, deve ser menor que uma MT-40...

wagnerm25 escreveu:

henriquejr escreveu:
Vejam essa foto na qual policiais do GATE da PMESP treinam uma entrada tática num ambiente altamente confinado (numa pequena casa), todos os fuzis estão com a coronha estendida!

Sem ser especialista, o que me parece aqui é que o armamento é inapropriado para a situação. Talvez uma carabina CT-30 fosse mais adequada.

Chamei as armas da foto de fuzil mas provavelmente são carabinas do MD-97, tem praticamente o mesmo tamanho de uma CT-30 mas com o poder de parada de um 5.56! Não é uma arma inapropriada para a situação.

Além disso o 556 nessa distância tem um poder de parada absurdo e não transfixia o alvo.

Chegou o 556 Fanaticos da parada, da trapassada e da mirada!!

Por mim o gatilho como nos AK esta bom, se a doutrina nacional diz que nao serve, tem muito risco e Quetales disparar com a coisa fechada ta bom, mas os AK tem muita experiencia em combate pelo mundo, e o dedinho esta sempre disponivel seja com ou sem coronha... devem estar errados com esta filosofia, guerras, revoluçoes, catastrofes, massacres, golpes de estado, em florestas, desertos, montanhas, vales, pradarias e cidades... parece que o pessoal da Kalashinikov nao aprendeu nada de pratico deixando o gatilho sempre disponivel!

Pelo gatilho livre em qualquer situaçao!!!

Gozado, olhando bem os carregadores, eles me parecem mais de .30 M1 do que 5,56, sei lá, meio retos demais...

Por outro lado, mão no carregador RULEZ, né não?

Túlio escreveu:

gribel escreveu:Última forma : )

ps: Mas ainda acho que o gatilho deveria estar acessível.

É teu direito, meu truta!

Agora, se aceitas a sugestão de um velhote calejado, NUNCA fiques perto de um sujeito com um fuzil com a coronha dobrada (com acesso ao gatilho) numa situação real de combate, pode te sair BEM cara a brincadeira...

Ademais, se o que te incomoda mesmo é o comprimento do fz, sempre há aquele Tavorzinho com cano de 13 pol, deve ser menor que uma MT-40...

Bizú na caixola!
[]ção : )

Aquele falho FAL Yankee volta o nos encontrar... gostei da immagini!!