Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#721 Mensagem por FCarvalho » Ter Jun 23, 2020 4:02 pm

Cassio escreveu: Sáb Jun 20, 2020 5:51 pm Os caças estarão a 30 min da fronteira e irão depois atacar o que mesmo??? Árvores talvez?
Não vi sentido nessa comparação de tempo.
Uma das missões de qualquer força aérea não é policiamento aéreo? O que os A-29 fazem do nosso lado, eles fazem do lado deles com Kfir, e talvez venham a fazer com F-16.
Qualquer um no cmdo da FAB deveria estar coçando os cabelos agora ao pensar que podemos ter caças da vizinhança ao largo das nossas fronteiras. Se ele podem, ou poderão, fazer isso, nós não?
Bem, quem garante que estes caças, ou de qualquer outro país não pode simplesmente entrar no nosso espaço aéreo e passear a vontade, inclusive captando informações de inteligencia e reconhecimento?
Não precisa de guerra ou achar que eles vão chegar a fronteira para atacar o que quer que seja. É simplesmente falar sobre a nossa capacidade real e efetiva de proteger nosso espaço aéreo.
Não é preciso dizer que nosso espaço aéreo nas fronteiras é mais furado e peneirado do que a minha carteira.
Aliás a quantidade de "alvos" detectados pelo SISDABRA cresceu nos últimos anos. Só não cresceu a nossa capacidade, ou responsabilidade, sobre o controle dele.
E sim, na fronteira com a Colombia existe muita coisa que pode ser atacada. Nem tudo aqui é só mato como pensam aí embaixo.

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#722 Mensagem por FCarvalho » Ter Jun 23, 2020 4:13 pm

Glauber Prestes escreveu: Sáb Jun 20, 2020 6:51 pm O Gripen pode ser facilmente desdobrado, certo? Pensando em um segundo lote, mantemos 24 deles em Manaus, e construímos uma pista em São Gabriel da Cahoeira. Se precisar, desdobra pra lá. Se for Venezuela, desdobra pra Boa Vista.
São Gabriel da Cachoeira já tem uma base aérea de desdobramento, com uma pista capaz de receber qualquer aeronave da FAB. Boa Vista idem, já que a cidade conta com aeroporto regional também capaz de receber todas as aeronaves da FAB.
Além de SGC, o município de Tabatinga conta também com uma pista e aeroporto internacional. Mesmo que não pareça. :roll:
No meio do caminho tem Tefé no médio Solimões.
Todos os PEF possuem pistas que poderiam, em tese, receber o Gripen E/F.
A questão é: no caso de um imbróglio qualquer na fronteira, vai haver pistas para pousar? A infraestrutura da FAB é mínima nessas localidades na fronteira colombiana. E quando eu digo mínima, é para dizer que não tem nada mesmo.

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#723 Mensagem por Matheus » Ter Jun 23, 2020 7:39 pm

Fazer uma pista decente em meio a alguma rodovia que corte a região norte não deve ser coisa difícil pro EB. Além do mais, em caso de imbróglio, não acontece do dia pra noite. Ao esquentar a chapa, já teríamos aviões desdobrados bem como voos de AEW, radares de solo e alguma coisa de AA tb. Isso imaginado um pouco de avanço nas FAS (um segundo lote de gripen, um segundo lote de aew, e uma arma AA decente).
FCarvalho escreveu: Ter Jun 23, 2020 4:13 pm
Glauber Prestes escreveu: Sáb Jun 20, 2020 6:51 pm O Gripen pode ser facilmente desdobrado, certo? Pensando em um segundo lote, mantemos 24 deles em Manaus, e construímos uma pista em São Gabriel da Cahoeira. Se precisar, desdobra pra lá. Se for Venezuela, desdobra pra Boa Vista.
São Gabriel da Cachoeira já tem uma base aérea de desdobramento, com uma pista capaz de receber qualquer aeronave da FAB. Boa Vista idem, já que a cidade conta com aeroporto regional também capaz de receber todas as aeronaves da FAB.
Além de SGC, o município de Tabatinga conta também com uma pista e aeroporto internacional. Mesmo que não pareça. :roll:
No meio do caminho tem Tefé no médio Solimões.
Todos os PEF possuem pistas que poderiam, em tese, receber o Gripen E/F.
A questão é: no caso de um imbróglio qualquer na fronteira, vai haver pistas para pousar? A infraestrutura da FAB é mínima nessas localidades na fronteira colombiana. E quando eu digo mínima, é para dizer que não tem nada mesmo.

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#724 Mensagem por FCarvalho » Ter Jun 23, 2020 8:17 pm

Matheus, só exitem duas rodovias federais no Amazonas: a BR-319 MAO-PV e a BR-174 MAO-BV.
Na fronteira com os países limítrofes na região norte só existe um tipo de estrada: os rios.
E não aproveitá-los, seria no mínimo, equivocado.
Quem constrói pistas de pouso na Amazõnia é a COMARA da força aérea. A engenharia do EB por aqui tem poucos batalhões e estes não se metem neste tipo de trabalho. Só nas BR's, e ainda assim quando o governo quer fazer propaganda.
Existem pistas nos PEF que variam de 400 a 1200 metros, dependendo da localidade.
A questão é como fazer a vigilância do espaço aéreo sobre a fronteira sem colocar lá material e pessoal em quantidade e qualidade.
Fazer defesa aérea de 1600 kms com a Colombia a partir de Manaus, PV ou BV é no mínimo uma piada de mal gosto.
A mesma coisa com os demais vizinhos aqui no norte.
E ao contrário de nós, que somos totalmente passivos-reativos, mesmo com todas as limitações e intempéries experimenta chegar perto do lado deles para ver o que acontece...
Eu já vi.

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#725 Mensagem por Matheus » Ter Jun 23, 2020 8:45 pm

Creio que os militares devem fazer esse tipo de simulação eventualmente, não?




Editado pela última vez por Matheus em Ter Jun 23, 2020 9:49 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#726 Mensagem por FCarvalho » Ter Jun 23, 2020 9:41 pm

Fazem quando há recursos para isso, cada vez mais escassos.
Só para se ter uma ideia, a FAB gasta mais tempo e querosene fazendo missões MMI, ACISO ou CAN, quando não em apoio aos governos estaduais, do que propriamente na missão primária.
Na verdade a demanda para estas missões é tão grande na região que se a FAB não barrar uma parte delas, não sobra nada para fazer o que uma força aérea faz.
Imagina então como está a situação para os esquadrões do 3o Gav.

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#727 Mensagem por Matheus » Ter Jun 23, 2020 9:49 pm

Temos pequenas cidades na beira do Amazonas que poderiam receber pistas, acredito, como Tonantins.

Digo simulações tipo "jogos de guerra".




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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#728 Mensagem por Cassio » Ter Jun 23, 2020 10:22 pm

Se fosse para ter uma nova base de caças com esquadrão alocado e toda infraestrutura... Não seria no meio do nada. Pistas de desdobramento bastam.




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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#729 Mensagem por Matheus » Ter Jun 23, 2020 11:22 pm

Sim, apenas pistas de desdobramentos. Essas pequenas cidades na beira do Amazonas teriam a vantagem de estarem na rota fluvial de Manaus e Tefé.
Agora, pq diabos a Colômbia entraria em guerra conosco por um pedaço de selva, não tenho a menor ideia.
Hoje, nosso TO menos improvável é Roraima, Amazonas e Amapá. Depois, o sul, numa possível venezuelização Argentina. O resto é mais do que improvável. No entanto a história mostra que não devemos nos descuidar com qualquer q seja.




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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#730 Mensagem por FCarvalho » Ter Jun 23, 2020 11:44 pm

O que a FAB chama de base de desdobramento não passa de uns poucos hangarates que mau cabem um Super Tucano, e equipes diminutas que cuidam dos radares do CINDACTA e segurança. O resto diz respeito ao aeroporto local.

Quando e se recebem esquadrões de outras OM o pessoal tem que levar praticamente tudo. Do parafuso a gasolina, porque do contrário sequer saem do chão.

Isso não dá sequer para chamar de base. No mais a logística é péssima e quem quiser operar fora de Manaus ou das capitais tá f... e mal pago. Até por isso as operações fora das bases são cada vez menos recorrentes. Pessoal só tira o pé quando dessas operações de GLO do governo.

No mais, todas as fronteiras estão ao Deus dará, desde sempre. E não há planos para modificar o status quo.

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#731 Mensagem por FCarvalho » Qua Jun 24, 2020 12:05 am

Cassio escreveu: Ter Jun 23, 2020 10:22 pm Se fosse para ter uma nova base de caças com esquadrão alocado e toda infraestrutura... Não seria no meio do nada. Pistas de desdobramento bastam.
O "no meio do nada" é porque nós não estamos lá. Nem Estado, nem ffaa's, nem ninguém.
Mas mesmo assim há brasileiros morando nesses lugares. Eles só não tem o mesmo sex apeal das capitais e das cidades grandes e seus confortos.
É como diz aquela frase famosa... "o poder é inimigo do vazio."
Ainda bem que aqui ninguém liga para isso. Vamos sempre poder mandar a cavalaria que tá tudo dominado. :roll:

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#732 Mensagem por gogogas » Qua Jun 24, 2020 9:41 am

Não me lembro bem qual foi o ano , mas naquelas operações Ágata , a FAB desdobrou uma pista de aço em um lugar do Sul para operações de defesa aérea perto da fronteira , mas foi empregado os A-29 ,não é do meu conhecimento se estás pistas comportam caças .....




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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#733 Mensagem por Matheus » Qua Jun 24, 2020 10:24 am

Vamos supor um cenário em que "a chapa começa esquentar" na região da fronteira por uma descoberta de grande jazida de petróleo e a Colômbia esteja sob "gestão" de um governo populista que precisa de uma cortina de fumaça para mudar o foco de uma crise econômica. Supor também que a FAB tenha recebido seus Gripens e sistemas AA.
Parece-me óbvio que um "esforço de guerra", teríamos rapidamente Gripens em São Gabriel da Cachoeira, Boa Vista e Rio Branco, inicialmente, bem como o transporte de AA para estes locais, deslocamento dos AEW/SR, KCs e demais aeronaves e materiais de apoio. Nosso grande problema seria a fronteira Letícia/Tabatinga, mas que poderia ser atacada através de Cruzeiro do Sul, no Acre, inclusive atacando com MT300/Gripen a aprtir deste ponto, que possui ligação rodoviária pela BR364. A partir de Tefé, o EB/FAB e MB, poderiam deslocar infraestrutura pelo rio Amazonas criando pistas de desdobramento em pequenas cidades, com material de apoio/AA/aeronaves, sendo utilizados num eventual inutilização da base de SGC. O SNB, poderia ser deslocado para a costa colombiana armado com MT300, colocando a principal base colombiana (ALA1), e até mesmo Bogotá sob risco de receber algum MT300.
Enfim, só "viajando na maionese. Como dizia o Degan, "hoy por hoy", tanto nós como Colômbia estamos jodidos...




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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#734 Mensagem por FCarvalho » Qua Jun 24, 2020 12:50 pm

gogogas escreveu: Qua Jun 24, 2020 9:41 am Não me lembro bem qual foi o ano , mas naquelas operações Ágata , a FAB desdobrou uma pista de aço em um lugar do Sul para operações de defesa aérea perto da fronteira , mas foi empregado os A-29 ,não é do meu conhecimento se estás pistas comportam caças .....
Eu desconheço qualquer tipo de pista assim que a FAB tenha utilizado. Mas posso estar enganado.
No caso dos Gripen E/F eles podem utilizar até mesmo as menores pistas dos PEF que tem pelo menos 400 metros. Ele opera com menos do que isso dependendo da carga. Os suecos com certeza devem estar conversando muito sobre estas características com a FAB devido as operações de rodopistas que eles praticam frequentemente. Para nós, o que falta em rodovia aqui no norte, podemos substituir por pistas nos PEFF e/ou cidades na fronteira.
O problema como tenho dito é que não basta apenas colocar os caças e outros aviões nelas, é preciso de um sistema de apoio que hoje a FAB não tem/teria.

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Re: Fuerza Aérea Colombiana (FAC)

#735 Mensagem por FCarvalho » Qua Jun 24, 2020 2:04 pm

Matheus escreveu: Qua Jun 24, 2020 10:24 am Vamos supor um cenário em que "a chapa começa esquentar" na região da fronteira por uma descoberta de grande jazida de petróleo e a Colômbia esteja sob "gestão" de um governo populista que precisa de uma cortina de fumaça para mudar o foco de uma crise econômica. Supor também que a FAB tenha recebido seus Gripens e sistemas AA.
Parece-me óbvio que um "esforço de guerra", teríamos rapidamente Gripens em São Gabriel da Cachoeira, Boa Vista e Rio Branco, inicialmente, bem como o transporte de AA para estes locais, deslocamento dos AEW/SR, KCs e demais aeronaves e materiais de apoio. Nosso grande problema seria a fronteira Letícia/Tabatinga, mas que poderia ser atacada através de Cruzeiro do Sul, no Acre, inclusive atacando com MT300/Gripen a aprtir deste ponto, que possui ligação rodoviária pela BR364. A partir de Tefé, o EB/FAB e MB, poderiam deslocar infraestrutura pelo rio Amazonas criando pistas de desdobramento em pequenas cidades, com material de apoio/AA/aeronaves, sendo utilizados num eventual inutilização da base de SGC. O SNB, poderia ser deslocado para a costa colombiana armado com MT300, colocando a principal base colombiana (ALA1), e até mesmo Bogotá sob risco de receber algum MT300.
Enfim, só "viajando na maionese. Como dizia o Degan, "hoy por hoy", tanto nós como Colômbia estamos jodidos...
Imaginando que os F-16 possam operar de pistas próximas da fronteira, e eles tem várias, assim como os Gripen E/F, podemos antever que qualquer coisa ao longo dos 1600 kms de linha com eles pode ser atacado em um raio de no mínimo 500 kms, sem necessidade de Revo. Isso põe Tefé, Tabatinga, Eirunepé, Cruzeiro do Sul, São Gabriel da Cachoeira e Barcelos sob a mira imediata dos caças colombianos.

Não é preciso dizer que todos os PEF estão sobre seu alcance. Em todas essas cidades existem OM de pelo menos uma força. Todas elas tem pistas que oferecem condições mais adequadas de operação para aviões de todos os tipos que a FAB mantém.

Aliás, no caso dos PEF e do aeroporto de Tabatinga, ataques aéreos seriam desperdício de munição e querosene, já que até com simples morteiros pode-se tirar as pistas e as OM de circulação por um bom tempo. E uma vez impedidas, não existe outra forma de chegar neles que não seja via fluvial ou por helicópteros. Notar que não temos meios suficientes nem de longe para fazer uma coisa e outra, demandando o arresto forçado de meios privados para fazer esse apoio e ligação neste caso.

A fim de evitar tal cenário, é necessário que a FAB pelo menos disponha de caças em Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira, as duas únicas pistas que oferecem as condições mais próximas do necessário para operarem full time e ainda prover o apoio logístico e operacional necessário aos caças. A partir delas o caça sueco e seus 926 kms de raio de ação pode fazer a defesa aérea da fronteira colombiana na íntegra. Com este alcance podemos cobrir o nosso lado e ainda ter capacidade de penetração no território vizinho até mesmo Bogotá no caso do uso de taques subalares.

Como tenho colocado, o problema maior é que não dá para fazer isso com caças em Manaus ou Belém.
Ainda que desdobrados, cada cidade desta teria que absorver no mínimo 1 esquadrão (12 a 18 undes) a fim de se conseguir operacionalidade 24/7 coerente com o tamanho da empreitada.

Aeronaves de apoio como os KC-390 e E/R-99 podem operar a partir de Manaus ou até mesmo Tefé, caso necessário.

Bem, aí entramos naquela questão: os 108 caças propostos são suficientes para apoiar, por exemplo, este cenário?

É preciso observar que neste caso, além dos dois municípios acima, Tefé, Manaus e Eirunepé que possuem OM da FAB precisariam de defesa aérea também. Isto significa que ao menos 1 esquadrão de caças da FAB tem obrigatoriamente que cobrir estas localidades. Genericamente, isto significaria pelo menos 60 caças.

Tomando como base os 36 que seriam alocados a Manaus, ainda teríamos um hiato de 24 aeronaves que teriam de ser deslocadas dos outros dois grupos de caça em Brasília e Santa Maria, segundo a ideia pensada pelo ex-cmte da FAB.

Estou falando de um número mínimo, o que caso fôssemos dispor de 18 undes - para sermos eficientes e não somente eficazes - em cada cidade, seriam em torno de 90 caças, o que praticamente é toda a frota planejada da FAB. Ou seja, estaríamos mais uma vez tentando cobrir a cabeça e descobrido os pés. Cabe ainda dizer que Porto Velho e Belém, onde estão localizados os outros dois centros do CINDACTA IV além do de Manaus, também seriam objeto de atenção e defesa, aumentando mais ainda a demanda por caças. Nesta brincadeira, já seriam em torno de 84 undes, pelo menos. Se fossem 18 undes a brincadeira passaria fácil da centena. Sequer teremos caças em quantidade para isso.

Enfim, se formos falar em artilharia AAe, que complementa a defesa aérea, seria o caso de falar em pelo menos 5 bia ou grupos AAe, de qualquer tipo de sistema. Idealmente, teriam que ser curta/média/longa distância e curta/média/grande altura para as cidades e curto e média altura e alcance para as demais localidades, onde, por exemplo, estejam os sítios do Cindacta IV. Onde iríamos arrumar tanta AAe em curto espaço de tempo?

Para tudo isso é necessário que a frota de KC-390 e E/R-99 estejam disponíveis 24/7 durante o período de operações. Neste aspecto, contar com uma quantidade expressiva destes meios é importante tanto quanto indispensável, o que no caso do avião da Embraer pode ser providenciado mediante a manutenção das entregas acordadas com a empresa, dado que teremos 28 undes, que além do transporte tático, também podem providenciar o Revo. Já aqueles outros, possuímos apenas 5 e 3 undes respectivamente, e com certeza, tanto um como outro não estarão disponíveis 100% do tempo. Isso diminui as nossa capacidade de alerta e C4I. A não ser que a FAB demandasse os C-99 e o transformasse em versões ISR, algo improvável de acontecer no curto prazo. Além de muito caro, e dependente de importações de insumos, que poderiam vir, ou não.

Notar que neste contexto a posse e uso de aeronaves pesadas de carga seria uma necessidade a ser coberta, já que as mesmas poderiam suprir no nível estratégico a logística de operação tanto da FAB como das demais forças. Mas isso seria outro imbróglio já que a quantidade a ser utilizada seria algo maior que os 4 KC-137 aposentados; atualmente não conseguimos sequer uma única aeronave usada para cobrir este hiato. A alternativa seria utilizar aviões comerciais de empresas brasileiras de carga, que não custa lembrar, a frota pode ser contada a dedo, e por isso, também longe de serem uma solução apropriada.

É possível perceber neste cenário hipotético, que o mesmo basicamente se repetiria em relação a Peru, Venezuela ou Bolívia de acordo com os seus cenários particulares.

Obviamente também é possível verificar que não temos hoje, no curto e médio prazo os recursos necessários para que a FAB possa efetivamente prover a defesa aérea do país em caso de um conflito, ainda que limitado e de curto prazo, com os vizinhos do norte, caso estes venham a possuir caças modernos e em quantidades além das hoje apresentadas.

As soluções nós temos no papel. Se nos servem, ou serão suficientes, o tempo, e talvez a repetição da história nos dirá.

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