FCarvalho escreveu: ↑Seg Mai 15, 2023 4:39 pm A quantidade de problemas que se amontou nas últimas décadas, e continua se amontoando em escala estratosférica, é tão grande nas três forças que teríamos que vender ou alugar metade da Amazônia para quem oferecer mais para conseguir verba no curto e médio prazo a fim de tentar resolver todos os problemas. Com certeza não haverá mudanças no orçamento da Defesa no curto e médio prazo. Talvez na próxima década quando, e se, o azedume político-ideológico tiver baixado a poeira no país e as pessoas voltem a pensar com a cabeça e não com o fígado. Inclusive militares.
De minha parte, como tenho defendido aqui faz tempo, há espaço na FAB, e quiçá no mercado de exportação, para uma versão strech do avião da Embraer. Mal comparando, o C-130J-30 é capaz de levar mais tropas, pqdt e pallets que o KC-390 com praticamente as mesmas dimensões internas dele. Só muda a motorização. A mim me parece que, já que não vemos ter C-17, Y-20, C-2 ou IL-76 por aqui mesmo em qualquer tempo, nada demais dispor do modelo que temos e fazer ele oferecer capacidades semelhantes aqueles aviões, levando em conta as devidas proporções.
Um KC-390 capaz de levar uma companhia de infantaria leve na íntegra seria algo plenamente alcançável e não exigiria tantas mudanças que se dissesse que seria outro avião. Fala-se tanto em mobilidade aqui, mas não fazemos nada na prática para obter, manter e aumentar tais capacidades nas ffaa's. Com 35 aviões possíveis no contrato atual, podemos aumentar as chances do KC-390 no mundo se dispusermos antes nós mesmos de maiores e melhores capacidades para ele.
Creio que já deu para notar que o avião da Embraer embalou de vez nas vendas pelo mundo. E breve ele será o referencial para cargo militar médio em todo lugar. Será, ou na verdade, já é, o cara a ser batido neste nível de mercado. E a LM e Boeing sabem disso. A Airbus já se tocou também. Porque não aproveitar e surfar na onda, enquanto ela existe...
Não vou nem comentar o que ele poderia fazer na aviação naval, que é outro mercado objetivo e natural para versões subsequentes ao cargo.
O Min da Ciência e Tecnologia promoveu há 3 anos atrás uma discussão à repseito de satélites para o Brasil. O acesso a imagens de alta resolução de satélites de sensoriamento não se constiuía m problema mas havia problemas a ficar recorrendo a satélites de terceiros: a ausência de sigilo na prática, o risco de manipulação. E havia um risco muito grande de levantamento de informaçoes de caráter estratégico.
Hoje nós temos 2 satélites SAR com resolução 2m². Nada mais que 2 e nada com melhor resolução que isso. E 1 satélite de comunicação. Para um país desse tamanho.
O PESE foi muito bem projetado para nos livrar dessa excessiva dependência e ainda mais para um país enorme como nosso (já havia colocado o link do programa no tópico "Evolução do Programa Espacial Brasileiro"). Mas nos falta dinheiro para o programa.
E há problema nas nossas FFAA (que existe em várias oitras nações também) de ficar à reboque de grandes empresas do setor. O lobby da Helibrás de empurrar o H-160M, um heli cuja classe nós não precisamos,já está havendo sobre as FFAA. Com todas as carências que nós temos.