TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Justin Case
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70711 Mensagem por Justin Case » Ter Jan 28, 2014 6:00 pm

Amigos,

Sobre a possível posição da empresa nacional como "main contractor" para a compra do F-X, há dois problemas principais:
1. O financiamento (se requerido):
Normalmente, o financiamento é subsidiado pelo governo sueco para a exportação de produtos do ofertante SAAB. Isso fica complexo se o cliente da SAAB passar a ser a Embraer e não mais o governo brasileiro. Não é fácil imaginar que o financiador sueco se disponha a suportar o contrato nacional entre FAB e Embraer. Há soluções intermediárias, quando a SAAB poderia vender kits para a FAB e esta repassar para a Embraer. Continua o problema de financiar a atividade brasileira e outro, mais grave, de a FAB ter responsabilidade para fornecer os kits no tempo e na qualidade contratual prevista.
2. A responsabilidade técnica.
A FAB, como qualquer cliente, detesta a situação de responsabilidade dividida entre fornecedores. Quando há participação comum, sempre "a culpa é do outro".
Um dos grandes problemas de negociação na Índia, segundo foi publicado, é justamente a imposição de uma contratada nacional, mas com a responsabilidade técnica do fornecedor estrangeiro, sem que este tenha qualquer controle sobre trabalho a ser realizado.

Por isso, tenho certeza que a FAB pediu total responsabilidade dos ofertantes do F-X. Se for feita a opção por colocar o contrato principal na Embraer (que teria situação similar a um "atravessador"), temos que nos preparar para grandes problemas na negociação, na condução do contrato, além do aumento de preço. Ninguém assume responsabilidade (Embraer) sem ganhar para isso.

Abraços,

Justin




Lirolfuti
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70712 Mensagem por Lirolfuti » Ter Jan 28, 2014 8:48 pm

Otima oportunidade para fazer perguntas.

DEFESANET E JORNAL O GLOBO PROMOVEM DEBATE AO VIVO SOBRE COMPRA DE CAÇAS
Major-Brigadeiro do Ar Carlos Baptista Jr e Brigadeiro-do-Ar José Augusto Crepaldi Affonso participam de hangout nesta quarta-feira, às 15h

O site especializado DefesaNet, em parceria inédita com o O GLOBO, promove nesta quarta-feira (29JAN14), às 15h, um Hangout para debater a mais importante negociação da História da aviação militar do Brasil: a compra de 36 caças, como resultado do programa F-X2.

Depois de mais de uma década de negociação e muitas idas e vindas, o governo brasileiro decidiu comprar da Suécia, 36 caças para equipar a Força Aérea. Vários fatores pesaram a favor do caça sueco Gripen NG: a transferência de tecnologia, o custo, a performance. No entanto, o caça escolhido é um modelo ainda em desenvolvimento, e apenas um protótipo montado a partir da estrutura básica de um modelo mais antigo, o JAS 39 Gripen D, encontra-se em voo no momento.

Se por um lado, ao término de seu desenvolvimento o Brasil terá propriedade intelectual sobre parte desse avião, por outro, paira a incerteza sobre suas capacidades finais e adequação à defesa do Espaço Aéreo Brasileiro, neste momento a cargo, principalmente, dos caças de fabricação americana, F-5, da década de 70, modernizados pela Embraer.

Os F-5 substituíram os recém aposentados Mirage 2000, de fabricação francesa, e que embora também defasados, eram mais adequados às missões de interceptação e defesa aérea.

O Brasil fez uma boa escolha? E como fica a garantia da soberania do Espaço Aéreo Brasileiro a partir de agora? Mesmo no futuro, com a chegada dos Gripen, estará a Força Aérea Brasileira apta a enfrentar os desafios de novos cenários que se estabelecem no âmbito da modernização de seu emprego, das transformações políticas e sociais na América Latina, e da garantia de uma presença soberana na defesa dos interesses do Brasil?

Para discutir os desdobramentos da escolha e qual o impacto dela sobre a estratégia nacional de defesa, a conversa contará com a participação de dois importantes representantes da Força Aérea:

- Major-Brigadeiro do Ar Carlos Baptista Júnior, Comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileira (COMDABRA), e,
- Brigadeiro-do-Ar José Augusto Crepaldi Affonso, presidente da COPAC, a comissão que analisou todas as propostas apresentadas pelos concorrentes ao Brasil.

Pela primeira vez, dois protagonistas da compra e da utilização dos caças estarão juntos para debater o assunto, sob a mediação de Nelson Düring, editor-chefe da Agência de Notícias DefesaNet.

Vianney Riller Jr, piloto de teste e editor de avaliação de aeronaves do DefesaNet, e o editor-assistente Roberto Maltchik. de O GLOBO, também participarão da conversa.

O Hangout será transmitido ao vivo, nesta quarta-feira (29JAN14), às 15h, aqui no DefesaNet e também no site do GLOBO. Contamos com a presença de todos.
http://www.defesanet.com.br/gripenbrazi ... -de-Cacas/




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FCarvalho
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70713 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 28, 2014 9:08 pm

Justin Case escreveu:Amigos,
Sobre a possível posição da empresa nacional como "main contractor" para a compra do F-X, há dois problemas principais:
1. O financiamento (se requerido):
Normalmente, o financiamento é subsidiado pelo governo sueco para a exportação de produtos do ofertante SAAB. Isso fica complexo se o cliente da SAAB passar a ser a Embraer e não mais o governo brasileiro. Não é fácil imaginar que o financiador sueco se disponha a suportar o contrato nacional entre FAB e Embraer. Há soluções intermediárias, quando a SAAB poderia vender kits para a FAB e esta repassar para a Embraer. Continua o problema de financiar a atividade brasileira e outro, mais grave, de a FAB ter responsabilidade para fornecer os kits no tempo e na qualidade contratual prevista.
2. A responsabilidade técnica.
A FAB, como qualquer cliente, detesta a situação de responsabilidade dividida entre fornecedores. Quando há participação comum, sempre "a culpa é do outro".
Um dos grandes problemas de negociação na Índia, segundo foi publicado, é justamente a imposição de uma contratada nacional, mas com a responsabilidade técnica do fornecedor estrangeiro, sem que este tenha qualquer controle sobre trabalho a ser realizado.
Por isso, tenho certeza que a FAB pediu total responsabilidade dos ofertantes do F-X. Se for feita a opção por colocar o contrato principal na Embraer (que teria situação similar a um "atravessador"), temos que nos preparar para grandes problemas na negociação, na condução do contrato, além do aumento de preço. Ninguém assume responsabilidade (Embraer) sem ganhar para isso.
Abraços,
Justin
Olá Justin,

Seus argumentos são bem consistentes e embasados. Mas me permito uma questão: se a Embraer fará parte, invariavelmente, do contrato a ser assinado para o desenvolvimento do projeto do Gripen NG, só não sabemos ainda em que nível, e sendo ela a principal indústria aeroespacial do Brasil - impensável um projeto de caça no Brasil sem ela - e tendo ela também já há quase duas décadas negócios com os suecos em outros projetos conjuntos bem sucedidos, há de supor-se que a SAAB de alguma forma tente balancear estas questões aventadas por você no sentido de que aquela empresa nacional possa ser apontada em um papel de destaque neste processo todo. Visto que de outra forma não poderia ser.

Afinal, ninguém no Brasil tem ou dispões da expertise tecnológica e humana capaz se sustentar as tot's e ofset's decorrentes da propaganda sueca durante todo o período do FX. Mesmo os investimentos prometidos em outras áreas e industrias não serão suficientes para compor todo o arcabouço tecno-industrial, científico e formacional esperado neste programa.

Ou seja, sem a Embraer no Gripen NG-BR, simplesmente a coisa não andará a contento. E a FAB, a SAAB e o GF sabem disso.

Como resolver esta questão, aí é que são elas. :roll:

Mas atuar como uma reles subcontrata e/ou "apertadora de parafuso" neste programa é que a Embraer não aceitará. E penso que nem poderia ser diferente.

abs.




AVATAR INSERIDO PELA MODERAÇÃO

(pode ser substituído sem problemas)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70714 Mensagem por ELSONDUARTE » Qui Jan 30, 2014 2:50 pm

Hangout sobre aquisição dos Caças Gripen NG da FAB





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Justin Case
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70715 Mensagem por Justin Case » Qui Jan 30, 2014 3:20 pm

FCarvalho escreveu:
Justin Case escreveu:Amigos,
Sobre a possível posição da empresa nacional como "main contractor" para a compra do F-X, há dois problemas principais:
1. O financiamento (se requerido):
Normalmente, o financiamento é subsidiado pelo governo sueco para a exportação de produtos do ofertante SAAB. Isso fica complexo se o cliente da SAAB passar a ser a Embraer e não mais o governo brasileiro. Não é fácil imaginar que o financiador sueco se disponha a suportar o contrato nacional entre FAB e Embraer. Há soluções intermediárias, quando a SAAB poderia vender kits para a FAB e esta repassar para a Embraer. Continua o problema de financiar a atividade brasileira e outro, mais grave, de a FAB ter responsabilidade para fornecer os kits no tempo e na qualidade contratual prevista.
2. A responsabilidade técnica.
A FAB, como qualquer cliente, detesta a situação de responsabilidade dividida entre fornecedores. Quando há participação comum, sempre "a culpa é do outro".
Um dos grandes problemas de negociação na Índia, segundo foi publicado, é justamente a imposição de uma contratada nacional, mas com a responsabilidade técnica do fornecedor estrangeiro, sem que este tenha qualquer controle sobre trabalho a ser realizado.
Por isso, tenho certeza que a FAB pediu total responsabilidade dos ofertantes do F-X. Se for feita a opção por colocar o contrato principal na Embraer (que teria situação similar a um "atravessador"), temos que nos preparar para grandes problemas na negociação, na condução do contrato, além do aumento de preço. Ninguém assume responsabilidade (Embraer) sem ganhar para isso.
Abraços,
Justin
Olá Justin,

Seus argumentos são bem consistentes e embasados. Mas me permito uma questão: se a Embraer fará parte, invariavelmente, do contrato a ser assinado para o desenvolvimento do projeto do Gripen NG, só não sabemos ainda em que nível, e sendo ela a principal indústria aeroespacial do Brasil - impensável um projeto de caça no Brasil sem ela - e tendo ela também já há quase duas décadas negócios com os suecos em outros projetos conjuntos bem sucedidos, há de supor-se que a SAAB de alguma forma tente balancear estas questões aventadas por você no sentido de que aquela empresa nacional possa ser apontada em um papel de destaque neste processo todo. Visto que de outra forma não poderia ser.

Afinal, ninguém no Brasil tem ou dispões da expertise tecnológica e humana capaz se sustentar as tot's e ofset's decorrentes da propaganda sueca durante todo o período do FX. Mesmo os investimentos prometidos em outras áreas e industrias não serão suficientes para compor todo o arcabouço tecno-industrial, científico e formacional esperado neste programa.

Ou seja, sem a Embraer no Gripen NG-BR, simplesmente a coisa não andará a contento. E a FAB, a SAAB e o GF sabem disso.

Como resolver esta questão, aí é que são elas. :roll:

Mas atuar como uma reles subcontrata e/ou "apertadora de parafuso" neste programa é que a Embraer não aceitará. E penso que nem poderia ser diferente.

abs.
FCarvalho, boa tarde.

Estou certo de que a Embraer terá participação relevante neste projeto.
A discussão é mesmo sobre o posicionamento da empresa nacional na arquitetura contratual: será a contratada principal da FAB ou será a principal subcontratada da SAAB? Há vantagens e desvantagens nas duas opções.
Haveria uma terceira, de o Governo fazer contratos separados com cada uma das empresas, sem subordinação entre elas. Essa opção eu descarto, pois não seria administrável devido aos conflitos de responsabilidade sobre o trabalho a realizar, sobre a qualidade e os prazos.
Eu acho que a SAAB será "main contractor", a Embraer será a subcontratada principal, e esta última terá sob sua responsabilidade todas as demais empresas nacionais participantes, tais como Akaer, AEL, etc.
Abraço,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70716 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jan 30, 2014 5:33 pm

Notícia interessante:
Saab investirá US$ 150 milhões em fábrica para fazer caça Gripen

Expectativa é que fábrica saia do papel em 2014 e empregue mil pessoas.
Governo anunciou compra de 36 caças suecos Gripen por US$ 4,5 bilhões.


Tahiane Stochero Do G1, em São Bernardo do Campo



O vice-presidente mundial da Saab, Lennart Sindahl, anunciou nesta quinta-feira (30), em São Bernardo do Campo, o investimento inicial de US$ 150 milhões para a construção da fábrica que irá produzir estruturas para o Gripen, o novo caça do Brasil.

Em dezembro, a presidente Dilma Roussef anunciou a Saab como vencedora de uma licitação internacional para a compra do novo avião de combate brasileiro. Serão adquiridas 36 aeronaves por US$ 4,5 bilhões. Sueca, a Saab saiu-se vencedora do processo, onde concorreram também a norte-americana Boeing, com o F-18, e a francesa Dassault, com o Rafale.

Segundo Jairo Candido, presidente do Grupo Inbra, a parceira da Saab no país, a fábrica será erguida em uma área proxima ao rodoanel, onde a cidade construirá um polo de indústrias de defesa.

A expectativa é que a fábrica já saia do papel em 2014 e que empregue mil pessoas.

O anúncio foi feito durante visita de representantes da Saab a São Bernardo do Campo. Sindahl afirmou que a proposta apresentada é que 80% do Gripen seja feito no Brasil.

"Vamos aprender com os suecos como se faz peças de um avião de outro nível", disse Jairo Candido, cuja empresa já é responsavel por peças de aviões da Embraer.

A montagem e a integração das peças e sistemas dos aviões será feita pela Embraer.

Ainda não está definido quais serão as peças que serão produzidas no Brasil.

O investimento inicial de US$ 150 milhões será para as instalações físicas da fábrica e a transferência de equipamentos e máquinas.

"Seremos uma fábrica de aeroestruturas de nível 1, pois vamos aprender a fazer as partes importantes do avião, como a asa, a fuselagem. Isso o Brasil nunca fez. Até o momento produzimos peças de nível 2 e 3 (mais simples)", disse Jairo Cândido, do Grupo Inbra.

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho,diz que quando o ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou o Gripen, afirmando que se tratava apenas de um avião "ainda no papel", a Saab o pediu ajuda. "Vi aí uma oportunidade para desmistificar isso e uma oportunidade para trazer investimentos na região", disse.

A previsão inicial é que o primeiro Gripen seja entregue em 2018.

"Estamos vendo o Brasil como um parceiro em potencial. A escolha de São Bernardo do Campo para sediar esta indústria se deve a um conjunto de fatores, entre eles ao fato de várias empresas suecas já estarem instaladas na região. Temos uma parceria de confiança com a cidade", afirmou o vice-presidente da Saab.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/n ... ripen.html
Antes que alguém se assuste, a frase marcada em vermelho é apenas uma bobagem dita pelo executivo de uma empresa que até o momento é pouco relevante para o setor.


Leandro G. Card




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faterra
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70717 Mensagem por faterra » Qui Jan 30, 2014 5:49 pm

Justin Case escreveu:
FCarvalho escreveu: Olá Justin,

Seus argumentos são bem consistentes e embasados. Mas me permito uma questão: se a Embraer fará parte, invariavelmente, do contrato a ser assinado para o desenvolvimento do projeto do Gripen NG, só não sabemos ainda em que nível, e sendo ela a principal indústria aeroespacial do Brasil - impensável um projeto de caça no Brasil sem ela - e tendo ela também já há quase duas décadas negócios com os suecos em outros projetos conjuntos bem sucedidos, há de supor-se que a SAAB de alguma forma tente balancear estas questões aventadas por você no sentido de que aquela empresa nacional possa ser apontada em um papel de destaque neste processo todo. Visto que de outra forma não poderia ser.

Afinal, ninguém no Brasil tem ou dispões da expertise tecnológica e humana capaz se sustentar as tot's e ofset's decorrentes da propaganda sueca durante todo o período do FX. Mesmo os investimentos prometidos em outras áreas e industrias não serão suficientes para compor todo o arcabouço tecno-industrial, científico e formacional esperado neste programa.

Ou seja, sem a Embraer no Gripen NG-BR, simplesmente a coisa não andará a contento. E a FAB, a SAAB e o GF sabem disso.

Como resolver esta questão, aí é que são elas. :roll:

Mas atuar como uma reles subcontrata e/ou "apertadora de parafuso" neste programa é que a Embraer não aceitará. E penso que nem poderia ser diferente.

abs.
FCarvalho, boa tarde.

Estou certo de que a Embraer terá participação relevante neste projeto.
A discussão é mesmo sobre o posicionamento da empresa nacional na arquitetura contratual: será a contratada principal da FAB ou será a principal subcontratada da SAAB? Há vantagens e desvantagens nas duas opções.
Haveria uma terceira, de o Governo fazer contratos separados com cada uma das empresas, sem subordinação entre elas. Essa opção eu descarto, pois não seria administrável devido aos conflitos de responsabilidade sobre o trabalho a realizar, sobre a qualidade e os prazos.
Eu acho que a SAAB será "main contractor", a Embraer será a subcontratada principal, e esta última terá sob sua responsabilidade todas as demais empresas nacionais participantes, tais como Akaer, AEL, etc.
Abraço,

Justin
Sei não, mas se vingar este arranjo destacado acima, o Marinho vai rodar a baiana! :twisted: Ele deve estar achando que o caça será construído em SBCampos! :roll: :twisted: :mrgreen:




Imagem

Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70718 Mensagem por EduClau » Qui Jan 30, 2014 6:25 pm

Foto interessante, não sei se já foi postada:

Imagem
http://www.superbwallpapers.com/aircraf ... pen-10200/

sds.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70719 Mensagem por Clermont » Qui Jan 30, 2014 9:29 pm

‘Eu sou bom pra caralho’, diz Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo.

Declaração foi um gesto incontido do prefeito durante entrevista sobre a fábrica de caças suecos em seu município.

Silvia Amorim - globo.com.br - 30.01.14.

Imagem


SÃO PAULO - Em um comentário incontido e esquecendo que os gravadores estavam todos ligados à sua frente, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), resumiu em uma frase nesta quinta-feira por que a cidade dele foi escolhida para a instalação da fábrica sueca que vai produzir os caças Gripen comprados pelo governo brasileiro:

— Eu sou bom pra caralho — afirmou.

A declaração, gravada pelo GLOBO, foi feita durante entrevista concedida pelo prefeito e por dirigentes da Saab na prefeitura de São Bernardo, no ABC paulista. Uma distância de quase três metros separavam os entrevistados da imprensa e frase não pôde ser ouvida pelos repórteres. Mas, gravadores e microfones estavam posicionados em cima da mesa e captaram o áudio.

Marinho soltou a frase quando o vice-presidente executivo da empresa sueca, Dan Jangblad, foi perguntado por que a Saab havia decido instalar em São Bernardo a unidade que produzirá peças para os caças. A cidade do ABC disputou com a Embraer, no interior paulista, a sede da fábrica. Assim que a pergunta foi feita e o intérprete a traduzia para o empresário sueco, Marinho se antecipou e fez o comentário.

O prefeito e Jangblad sentaram-se lado a lado e o clima era de descontração. Eles haviam saído de uma reunião a portas fechadas e Marinho, por diversas vezes, ajudou o intérprete do empresário a entender as perguntas dos repórteres.

No discurso oficial, a explicação dada pelo prefeito para a escolha de São Bernardo foi mais polida. Ele atribuiu a vinda da unidade à existência na cidade de um centro de pesquisa da própria Saab desde 2011, ao apoio político dado por ele na fase da concorrência para a compra dos caças e à vocação industrial e à infraestrutura de transporte de São Bernardo.

A frase de Marinho traduz muito do momento político pelo qual passa o prefeito. Além da vitória da empresa sueca, apadrinhada por ele, na compra dos caças, ele emplacou seu secretário de Saúde, Artur Chioro, como ministro da pasta. Chioro teve a nomeação confirmada nesta quinta-feira. Amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as vitórias de Marinho têm sido interpretadas como sinal de que a influência dele junto à presidente Dilma Rousseff é crescente.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70720 Mensagem por FCarvalho » Qui Jan 30, 2014 10:22 pm

Justin Case escreveu:
FCarvalho escreveu: FCarvalho, boa tarde...
Estou certo de que a Embraer terá participação relevante neste projeto.
A discussão é mesmo sobre o posicionamento da empresa nacional na arquitetura contratual: será a contratada principal da FAB ou será a principal subcontratada da SAAB? Há vantagens e desvantagens nas duas opções.
Haveria uma terceira, de o Governo fazer contratos separados com cada uma das empresas, sem subordinação entre elas. Essa opção eu descarto, pois não seria administrável devido aos conflitos de responsabilidade sobre o trabalho a realizar, sobre a qualidade e os prazos.
Eu acho que a SAAB será "main contractor", a Embraer será a subcontratada principal, e esta última terá sob sua responsabilidade todas as demais empresas nacionais participantes, tais como Akaer, AEL, etc.
Abraço,
Justin
Olá Justin, espero que sim. Até porque, me termos de referencia no setor, não temos nada sequer parecido com a Embraer. E ela será necessária em todas as fases de desenvolvimento nas quais estejamos envolvidos.
Se como contratada principal ou secundária, o papel dela continua sendo fundamental para o sucesso deste programa, e para seus futuros desdobramentos. E os suecos sabem bem disso. A SAAB, se quiser vender mais Gripen's amanhã e depois, irão precisar mais da Embraer do que esta deles. Seja tendo a FAB e/ou MB como clientes, seja como produto de exportação.

abs.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70721 Mensagem por Juliano Lisboa » Sex Jan 31, 2014 3:49 pm

Uma coisa sobre o Hangout do Defesanet que gostei muito é saber que os 36 Gripens vão ficar todos em Anápolis, vai ser bonito ver isso.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70722 Mensagem por joao fernando » Sex Jan 31, 2014 4:07 pm

Juliano Lisboa escreveu:Uma coisa sobre o Hangout do Defesanet que gostei muito é saber que os 36 Gripens vão ficar todos em Anápolis, vai ser bonito ver isso.
Será um verdadeiro festival de aeromodelismo




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70723 Mensagem por Juliano Lisboa » Sex Jan 31, 2014 6:15 pm

joao fernando escreveu:
Juliano Lisboa escreveu:Uma coisa sobre o Hangout do Defesanet que gostei muito é saber que os 36 Gripens vão ficar todos em Anápolis, vai ser bonito ver isso.
Será um verdadeiro festival de aeromodelismo

Maldade...




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70724 Mensagem por irlan » Sex Jan 31, 2014 6:50 pm

Se metade voar, ta ok por mim.




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

#70725 Mensagem por Penguin » Sex Jan 31, 2014 9:01 pm

Valor, 31/01/2014
EMPRESAS
Caça Gripen, da Saab, terá versão com dois assentos

Por Virgínia Silveira | De São Bernardo do Campo

A versão de dois assentos (biposto) do caça sueco Gripen NG, escolhido para ser o novo avião
de combate da Força Aérea Brasileira (FAB), poderá ser inteiramente desenvolvida no Brasil pela
indústria aeroespacial do país. A informação foi confirmada por Dan Jangblad, vice-presidente mundial
da Saab, fabricante do caça.

O executivo, junto com uma comitiva de representantes da Saab, reuniu-se ontem com o prefeito
de São Bernardo, Luiz Marinho, e alguns empresários do setor aeroespacial brasileiro, para discutir o
investimento de US$ 150 milhões que será destinado à construção de uma fábrica de aeroestruturas
para o Gripen no município.

A oportunidade de o Brasil participar de forma ainda mais substancial do desenvolvimento do
Gripen surgiu porque o modelo biposto - normalmente usado para treinamento de pilotos de caça -, não
será fabricado pela Suíça, que encomendou 26 aeronaves da Saab e nem pela Suécia, com 60.

"Os dois países deverão utilizar a frota mais antiga do Gripen C&D para treinamento de seus
esquadrões", disse uma fonte que acompanha de perto o fornecimento do caça ao Brasil. Dos 36 aviões
que serão fornecidos à FAB, a um custo de US$ 4,5 bilhões, oito terão capacidade para transportar dois
pilotos e o restante será na versão monoposto, de apenas um assento.


"Esta é a grande oportunidade de o país atingir o domínio completo do desenvolvimento de um
caça supersônico, pois a versão monoposto já está em fase mais adiantada de construção", disse a
fonte. O modelo biposto será maior que a versão de um assento, exigindo uma nova estrutura.

"A versão biposto dará uma carga de trabalho ainda maior para a brasileira Akaer, que já
acumula uma importante experiência no desenvolvimento da estrutura do Gripen", disse Sergio Vaquelli,
líder da equipe técnica que já trabalha no projeto de implantação da nova fábrica de aeroestruturas da
Saab em São Bernardo.

A Akaer foi a primeira empresa contratada pela Saab para trabalhar no programa do Gripen NG,
com o desenvolvimento das fuselagens posterior e central, bem como as asas e as portas principais do
trem de aterrissagem do avião.

A Saab já iniciou a fase de definição da divisão de trabalho das empresas da cadeia aeroespacial
brasileira no desenvolvimento do caça. Pelo acordo entre Saab e o governo federal e a FAB, 80% do
Gripen será produzido no país.

Segundo o vice-presidente mundial, Embraer, Mectron, Atech, AEL Sistemas, Akaer e a
subsidiária da GE no pais vão participar do fornecimento das partes mais complexas do caça,
envolvendo integração de sistemas e armamentos, montagem final, data-link, componentes e
manutenção de motores, sistemas aviônicos e desenvolvimento de aeroestrutura.


O Valor apurou que a Saab já fez uma reunião preliminar de alto nível com a Embraer para
discutir a participação da brasileira na parte de integração de sistemas do Gripen e montagem final do
avião. As atividades da Embraer no caça serão desenvolvidas em sua fábrica em Gavião Peixoto (SP),
onde concentra projetos de defesa e também opera uma pista de ensaios em voo para aeronaves
militares.

A Inbra Aerospace, segundo o diretor Sergio Vaquelli, será uma das sócias brasileiras da nova
fábrica, que deverá se tornar uma Empresa Estratégica de Defesa (EED), com 60% de capital nacional,
conforme a lei federal 12.598. A área de engenharia da nova empresa será liderada pela Akaer.


Vaquelli disse que a fábrica de aeroestruturas não irá fornecer somente para o Gripen - assim
não se sustentaria no longo prazo. "Ela também poderá fornecer componentes para outros programas da
Saab e da Embraer, que compra muita coisa de fora porque não existe capacitação no Brasil", disse.

O presidente da Inbrafiltro, Jairo Cândido, disse que a nova empresa será a primeira fábrica de
aeroestruturas de nível 1 (peças mais complexas de um avião, como asas e fuselagem) da América
Latina. Atualmente, diz, o parque aeroespacial brasileiro só fornece componentes de nível 2 e 3.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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