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Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Sex Dez 17, 2010 11:25 am
por irlan
Alguém ainda se lembra das caracteristicas que o EB pediu para a adoção do IA2?,comparadas com a do FAL, qual é o melhor?

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Sex Dez 17, 2010 11:52 am
por Brasileiro
irlan escreveu:Alguém ainda se lembra das caracteristicas que o EB pediu para a adoção do IA2?,comparadas com a do FAL, qual é o melhor?
Eu sei é que o FAL é original, mas para competir com os chineses a Imbel decidiu fazer também a sua própria versão pirata do FAL, e assim surgiu o IA2.



abraços]

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 4:55 pm
por Zelhos
Já que se já sabe tanto do IA2 diz quais são suas caracteristicas , tiro efetivo, peso etc...

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 8:24 pm
por irlan
Não me lembro das caracteristícas do Fuzil mas pelo oque o pessoal falou eram bem modestas comparadas com outros projetos que temos aí mundo afora....

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Sáb Dez 18, 2010 8:30 pm
por jumentodonordeste
As mesmas do FAL.

ISSO É UM FAL.

Só que é verde.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 10:20 am
por Clermont
Situação complicada.

Dependendo da escolha, o Brasil (o Exército, pelo menos) poderia escolher um calibre já antigo (5,56 mm) do qual se suspeita ser obsoleto.

Somando-se a isto, poderia escolher um fuzil novo, porém, de desenho, também considerado antigo, por muitos.

Ou seja, teríamos um problema de software e de hardware. Mais ou menos, como dotar uma pessoa com um computador Pentium 100, rodando um sistema operacional Windows 98 (IA2 + 5,56 mm).

Não é à toa que Guerra acredita que o Exército, pelo menos tratando-se das massas do Serviço Militar Obrigatório, vai acabar ficando, mesmo, com os velhos FAL cal. 7,62 OTAN, convertidos em Parafal de cano curto

Agora, uma questão interessante: a Venezuela, ao adotar o AK-103, também encomendou uma fábrica de munições 7,62 x 39 mm. Fiquei curioso: eis aqui, uma nação que fabricava 7,62 x 51 mm, sem ser nenhuma grande potência industrial, mas que resolveu adotar um cartucho novo, totalmente alienígena para o Novo Mundo (Cuba não conta. Os cubanos SÃO alienígenas).

Seria interessante tentar comparar isto com a situação brasileira. Realmente, eu não faço a menor idéia da capacidade do Brasil de fabricar munição (provavelmente, este deve ser um número secreto, escondido em alguma gaveta do Estado-Maior do Exército). Nem faço idéia de quanto custaria converter a CBC, para fabricar um novo cartucho. Mas, é irresistível pensar que, se a Venezuela pôde, por quê o Brasil, SE TIVESSE VONTADE, não poderia?

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 10:54 am
por irlan
Qual seria esse novo cartucho que você menciona?, um 5.56?

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 11:21 am
por jumentodonordeste
Não...

Ele está afirmando que o 5,56, provavelmente será substituido por um outro.
Esse outro seria um intermediário de verdade. O que coloca o 5,56 em caminho da obsolescência.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 12:38 pm
por Clermont
jumentodonordeste escreveu:Não...

Ele está afirmando que o 5,56, provavelmente será substituido por um outro.
Esse outro seria um intermediário de verdade. O que coloca o 5,56 em caminho da obsolescência.
É isso aí.

E, neste caso, o Brasil teria duas opções: esperar, continuando a usar seus Parafal 7,62 mm, ou, então, pensar se seria possível ter a audácia de adotar um cartucho intermediário, por si mesmo.

Embora, neste caso, seja difícil imaginar se o país teria a condição de suprir munição, numa emergência, sem a possibilidade de importação.

Embora, por outro lado, a Venezuela, também esteja numa situação parecida. O cartucho dos AK, é fabricado por muitos países, porém, levando-se em conta os oponentes prováveis de Hugo Chávez, é fácil imaginar que os venezuelanos sofreriam um bloqueio naval. Então, como chegariam carregamentos de munição extracontinentais?

E a única fábrica venezuelana - que nem sei se já está produzindo cartuchos 7,62 x 39 mm - seria sua única fonte de produção, com todos os riscos que isso acarreta (sabotagem, destruição pelo ar).

Seria interessante saber como essas questões poderiam ser pensadas, em termos de Brasil.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 1:22 pm
por FoxTroop
Clermont, não creio que a questão seja a capacidade de o Brasil suprimir as suas necessidades em caso de adopção de um calibre como por exemplo o .280 (7x43mm) que foi claramente superior em testes mas que a teimosia e politiquice americana desprezou em favor do T65 (que se veio a tornar no 7.62 NATO).

Penso que a questão tem mais a ver com a abordagem economicista das questões de defesa, feita pelos politicos que não se percebem (ou querem aperceber) que, em defesa, gastos e ganhos não são quantificaveis dessa forma.

Como tal, o que qualquer politico vai dizer é:
--Isso é bom mesmo, vamos montar uma linha para a produção disso e quanto é que vamos exportar?
Militar:
-- Bem..., não dá para exportar, só nós mesmo é que vamos usar isso. Assim peço que seja criada uma reserva de guerra em cada unidade militar, onde serão armazenadas munições suficientes caso a fábrica seja destruida ou sabotada (em Portugal fizemos isso)

-- Quêeeee..... Isso não dá para vender, é só para nós?!!!! Reserva de quê?!!!! E quer que se produza em excesso para estar parada nos quarteis?!!!!! Endoideceu ou quê?!!!! Isso custa muito, não vai dar, como vamos investir dinheiro nisso se não há nada a ganhar?!!! Deixe de sonhos.

Quanto ao 556, eu continuo convencido de que vai durar ainda muito tempo, apesar de todas as sus deficiencias e de se estar a chegar ao patamar máximo do seu aperfeiçoamento e de se estar a pisar claramente as convenções sobre o uso de certos tipos de munição.

http://www.marinecorpstimes.com/news/20 ... o_021510w/

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 1:51 pm
por Clermont
FoxTroop escreveu:Clermont, não creio que a questão seja a capacidade de o Brasil suprimir as suas necessidades em caso de adopção de um calibre como por exemplo o .280 (7x43mm) que foi claramente superior em testes mas que a teimosia e politiquice americana desprezou em favor do T65 (que se veio a tornar no 7.62 NATO).

Penso que a questão tem mais a ver com a abordagem economicista das questões de defesa, feita pelos politicos que não se percebem (ou querem aperceber) que, em defesa, gastos e ganhos não são quantificaveis dessa forma.
Sem dúvida, tais preocupações políticas - ou politiqueiras - são previsíveis. Mas, lendo o texto que você divulgou, fica claro que os próprios Estados Unidos, estão tendo problemas com produção de munição, e o autor diz que, em caso de troca de calibres, um esforço industrial extra teria de ser patrocinado pelo estado, seja em fábricas próprias, ou fornecendo incentivos à iniciativa privada. Então, a questão da capacidade autônoma de fabricar munição, parece ser uma coisa, extremamente complexa.
Quanto ao 556, eu continuo convencido de que vai durar ainda muito tempo, apesar de todas as sus deficiencias e de se estar a chegar ao patamar máximo do seu aperfeiçoamento e de se estar a pisar claramente as convenções sobre o uso de certos tipos de munição.

http://www.marinecorpstimes.com/news/20 ... o_021510w/
Realmente, fiquei impressionado com as características daquele cartucho 7 x 46 mm ARC, do texto que você indicou. Acho que o Exército que o adotasse saíria na frente, em termos de poder de combate de infantaria. E já que, nos tempos atuais, em especial, para países como o Brasil, o mais provável é que os eventuais combates, sejam ações ao nível do batalhão de infantaria, com uns poucos tanques e algum apoio de artilharia, seria interessante apostar no incremento deste poder de combate, a qualquer custo. Cada vez mais, parece ficar claro que o 5,56 mm não passa de um beco sem saída, independente de quanto se possa "engordar" a bala, ou mudar sua constituição de chumbo, para qualquer outra coisa.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 2:32 pm
por FoxTroop
Clermont escreveu:Sem dúvida, tais preocupações políticas - ou politiqueiras - são previsíveis. Mas, lendo o texto que você divulgou, fica claro que os próprios Estados Unidos, estão tendo problemas com produção de munição, e o autor diz que, em caso de troca de calibres, um esforço industrial extra teria de ser patrocinado pelo estado, seja em fábricas próprias, ou fornecendo incentivos à iniciativa privada. Então, a questão da capacidade autônoma de fabricar munição, parece ser uma coisa, extremamente complexa.

Realmente, fiquei impressionado com as características daquele cartucho 7 x 46 mm ARC, do texto que você indicou. Acho que o Exército que o adotasse saíria na frente, em termos de poder de combate de infantaria. E já que, nos tempos atuais, em especial, para países como o Brasil, o mais provável é que os eventuais combates, sejam ações ao nível do batalhão de infantaria, com uns poucos tanques e algum apoio de artilharia, seria interessante apostar no incremento deste poder de combate, a qualquer custo. Cada vez mais, parece ficar claro que o 5,56 mm não passa de um beco sem saída, independente de quanto se possa "engordar" a bala, ou mudar sua constituição de chumbo, para qualquer outra coisa.

Um calibre como o 7x46mm ou 7x43mm será sem dúvida o ideal para a formação de uma força, um calibre.

Creio, contudo, que não se pode colocar a questão dos problemas de fornecimento de munição que assolam os americanos (e que tornam muito problemática a mudança para outro calibre) na realidade brasileira ou de outro país. Os USA estão envolvidos num conflito de alto desgaste, com quase duas centenas de milhar de efectivos no terreno que têm de ser multiplicados por 3 (rotação A-B-C), com consumos de munição assombrosos (muito por culpa da total falta de disciplina de fogo, mas isso é um ponto que seria interessante debater noutro tópico).

Portugal, por exemplo, suprimiu as suas necessidades de munição durante 14 anos de conflito, com apenas uma unidade de produção e além disso ainda exportava munição, portanto tenho a certeza que o Brasil não teria dificuldade em suprimir as suas necessidades em tempo de paz, criando uma reserva estratégica de munição nas diversas unidades militares, para o caso do imprevisto. Haja vontade :wink:

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 4:33 pm
por irlan
Oi, foxtroop, onde poderia ser estocadas essas reservas de munições?

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Dom Dez 19, 2010 5:19 pm
por FoxTroop
irlan escreveu:Oi, foxtroop, onde poderia ser estocadas essas reservas de munições?
Em Portugal, cada unidade dispunha de uma reserva própria de munições, considerada reserva de guerra. Essa reserva era criteriosamente zelada e verificados os seus lotes e validade dos mesmos, sendo passadas para treino de pessoal e substituidos por lotes novos quando necessário. Isso permitia a cada unidade manter um suprimento de munições para um tempo alargado de combate sem estar dependente de problemas logisticos graves (destruição ou sabotagem da unidade fabril, por exemplo) e dava autonomia para uma unidade fosse rápidamente activada para combate. Também servia para que, em caso de mobilização geral, todos os elementos da reserva fossem devidamente municiados.

O maior inconveniente é que isso sai caro, pois tem de se renovar os lotes de munições a espaços além das instalações fisicas em cada unidade militar, para armazenamento das munições.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Dez 21, 2010 1:27 pm
por wagnerm25
E esse fuzil Daewoo do exército sul coreano? Acho que é novo. Parece pesado.

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