Intercâmbio EUA-China sobre drones; Startups dos EUA enfrentam escassez de peças devido a sanções chinesas
Conflito EUA-China
1º de novembro de 2024 18h
[Washington = Shunsuke Akagi] O conflito entre os Estados Unidos e a China se espalhou para a indústria de aeronaves não tripuladas (drones), e a troca de regulamentações e sanções contra empresas do outro lado está se intensificando. Skydio, um novo fabricante americano, foi recentemente alvo de sanções chinesas e enfrentou escassez de baterias, um componente importante. A empresa fornece drones para Taiwan e Ucrânia.
Skydio é um fabricante líder americano de drones. Recentemente, eles emitiram um comunicado dizendo:
“Não esperamos decidir sobre um fornecedor de baterias até a primavera de 2025”. Isto se deveu às sanções da China, que foi a fonte das baterias. A empresa criticou a resposta do governo chinês, dizendo que estava “usando a sua cadeia de abastecimento como arma”.
Em junho, o Departamento de Estado dos EUA aprovou aproximadamente 360 milhões de dólares (aproximadamente 54,7 mil milhões de ienes) em vendas de armas a Taiwan, incluindo drones de ataque. Em Setembro, foi realizada uma reunião com o objectivo de reforçar a cooperação com Taiwan, a fim de afastar a rede de aquisição de drones da dependência da China.
Em resposta, a China acrescentou sanções a várias empresas dos EUA, incluindo a Skydio, em meados de outubro. Como resultado, a empresa não conseguiu adquirir peças.
Skydio se opôs às sanções, dizendo: “Nosso único cliente em Taiwan é o corpo de bombeiros do Ministério do Interior”. "(As sanções) têm como objetivo eliminar as empresas de drones dos EUA, líderes do setor, e aumentar a dependência global das empresas chinesas de drones." Skydio também fornece drones para os militares ucranianos.
Os Estados Unidos também estão a reforçar o seu controlo sobre as empresas chinesas de drones. Em Setembro, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou por unanimidade um projecto de lei que proibiria a venda de novos drones da chinesa DJI, o maior fabricante mundial de drones, nos Estados Unidos e a ligação a redes de telecomunicações. O Departamento de Defesa dos EUA também designou a DJI como afiliada do Exército de Libertação do Povo Chinês. A DJI entrou com uma ação judicial nos Estados Unidos em outubro, alegando que a designação estava incorreta.
Os drones são cada vez mais utilizados em conflitos em todo o mundo, incluindo na Ucrânia, e estão a tornar-se cada vez mais importantes para a segurança industrial. É altamente provável que a retaliação continue no futuro.
Joe Bartlett, diretor de política federal da SkyDio, atuou anteriormente como conselheiro de segurança interna da deputada Elise Stefanik, que propôs a proibição do DJI. Em junho, o CEO da Skydio, Adam Bly, testemunhou numa audiência na Câmara dos Representantes dos EUA que “a China usa o comércio como ferramenta de guerra”.
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