Isso mesmo, em nenhum lugar, existiu uma declaração de encerramento do processo, ou mesmo dizendo que os outros concorrentes haviam sido desclassificados, apenas se manifestou a preferência pela análise da proposta do Rafale, em bom, tom, primeiro eles, depois os outros. A primeira nota do Ministério da Defesa foi na mesma direção, porém, acrescentou um passo adiante. Tanto o Sr. Lula, mas principalmente, o Amorim não se comprometeram em nada, apenas repetiu a fala do Presidente, e ainda foi mais reticente.Santiago escreveu:Vou dar meu pitaco...
As demonstrações públicas de preferências (desnecessárias) vêm de longa data e nunca fizeram bem ao processo.
Um processo com esse, embora não seja uma licitação pública, possui "regras" que são apresentadas aos competidores e aceitas por quem dele resolve participar (empresas e governos). Sem esse "regulamento" (onde são estabelecidos condições de sigilo, prazos, ritos, critérios, exigências, etc), duvido que empresas investiriam milhões apenas para figurar em uma peça com final previamente armado. Seriamos ingênuos se acreditassemos que entre os atores participantes há algum ingênuo.
O não cumprimento do "regulamento" pode(ria) ter implicações legais e/ou diplomáticas, totalmente evitáveis se não houvesse a aparente precipitação verbal. Desde ontem o ministro do MRE frisou quando perguntado que ele não estava a par das implicações legais para afirmar que o processo seletivo se encerrava naquele momento. O presidente na entrevista seguiu o mesmo caminho, ao esquivar-se em responder objetivamente se Saab e Boeing estariam fora do processo (http://www.defesanet.com.br/md1/fr_br_12.htm).
Acho que a nota foi necessária, para neutralizar eventuais problemas de ordem legal e/ou diplomático. Contudo, a precipitação e a conseqüente nota podem causar alguns efeitos colaterais. Poderá trazer chateações.
Mas sinceramente não acredito em alteração no resultado e nem cancelamento do processo. Aliás, acho que até entre a imprensa em geral há um percepção da necessidade dos caças.
Episódio totalmente desnecessário. Uma pena, para um processo que tem sido mundialmente elogiado.
[]s
Quanto aos regulamentos, eles não existem para nossos tribunais, não existe aqui segurança para as empresas, porque o processo é amplamente discricionário, não tem ritos definidos. E não poderão cobrar isso judicialmente.
A bola está com os franceses, só se pisarem muito na bola perdem o contrato.
[]´s