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Re: Ministério da Defesa

Enviado: Ter Dez 08, 2020 4:26 pm
por knigh7
À partir dos 26 min. ele cita o nome das 13 empresas brasileiras que foram ao evento.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Ter Dez 08, 2020 4:34 pm
por Túlio
knigh7 escreveu: Ter Dez 08, 2020 4:15 pm

Havendo empresas brasileiras interessadas em ATGM, como houve (ou foi a Avibrás ou foi a Imbel pois eram as únicas desta área que foram), no mínimo vai pressionar a SIATT.
O MSS 1.2 tem uma capacidade de penetração muito ruim, por exemplo (550mm de RHA, única ogiva), além da demora do projeto.
Mas é do que estou falando: qual o melhor custo-benefício, melhorar a ogiva de um ATGM que já temos ou recomeçar do zero com um produto estrangeiro e pagando royalties ainda por cima?

E demora por demora, IA2 manda lembrança...

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Ter Dez 08, 2020 4:42 pm
por knigh7
2 executivos da SIATT concederam entrevistas recentes aos canais Base Militar e Defesa Area & Naval. Em nenhum momento falaram em melhorar a capacidade de penetração do MSS 1.2.

Agora eu quero ver a Avibrás ou a Imbel quererem produzir localmente sob licença alguns dos ATGM. A SIATT vai sair da zona de conforto em que ela está.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qua Dez 09, 2020 5:59 pm
por FCarvalho
Talvez os mísseis ucranianos não sejam o melhor que existam no mercado, mas, se forem baratos de comprar e manter, e pudermos fabricar aqui sob licença e mexer neles a vontade a partir da expertise implantada na Imbel ou Avibrás, ou seja lá mais de quem, sendo que estas empresas tem acesso às novas tecnologias do ocidente no campo da missilística, então pode ser que tenhamos mísseis à altura dos mais modernos em alguns anos, começando agora com um sistema básico mas eficaz, e já disponível.
Essa é a lógica por trás de todos os projetos e ações tomadas pelo MD em relação a produtos importados. Obtenção de tecnologia, novas capacidades produtivas e inovação industrial.
O que temos agora é um projeto de 35 anos que nunca saiu do papel de verdade. E pelo andar da carruagem, jamais o fará.
A mesma coisa vale para os manpad que os ucranianos produzem por lá, que é basicamente uma cópia dos Igla-S melhorada. Se pudermos comprar em grandes quantidades a preços razoáveis e fazer a manutenção aqui.
Como li certa vez em uma apresentação do EB sobre a artilharia de campanha, a despeito da sua modernização, "é melhor ter logo do que deixar para depois".
Já faz anos, senão décadas, que convivemos com hiatos materiais que são, no mínimo, uma vergonha para qualquer exército que se preze. Imperdoável o EB em pleno séc XXI não operar um único ATGM operacional na infantaria. E pior, Manpad ser tratado como arma de artilharia.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qua Dez 09, 2020 6:14 pm
por FCarvalho
knigh7 escreveu: Ter Dez 08, 2020 4:12 pm Foram 3 mísseis antitanques objetos de interesse de empresas brasileiras.

A partir dos 28 min. do vídeo que eu postei acima. O Caiafa cita o Corser, Falarik e mais um outro que eu não reconheci. Se puderem me ajudar neste terceiro, agradeço.
Principais demandas consultadas pelo Brasil:

1- Mísseis anticarro guiados - conversou-se sobre o possível fornecimento de sistemas seriais de mísseis antitanque como o "Scythian" e o "Corsair", e do míssil antitanque guiado FALARICK 90 (disparável pelo tubo de armas de 105/120 mm de alma lisa) para as necessidades das Forças Armadas Brasileiras.

Na internet o primeiro é nomeado como Skif, enquanto o segundo responde pelo nome de Corsar, e o Falarick é o Falarick.

abs

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qua Dez 09, 2020 8:56 pm
por knigh7
Caraio, a versão do Skif de 155mm, pesando 37kg, é capaz de penetrar blindagem acima de 1.100mm além da ERA. :shock: Foi desenvolvida para penetrar MBTs como o Abrams.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qua Dez 09, 2020 10:36 pm
por gabriel219
Eu sinceramente prefiro LAHAT (versão aérea, lançamento por tubo e uma nova versão pra Infantaria) + Spike SR/LR2/ER2 do que isso, mas se vier uma parceria para fabrica Konus e Skif, seria muito bem vinda. O LAHAT penetra menos, mas é um míssil que pode atacar a um ângulo de 30 graus acima da viatura, maximizando sua capacidade de 800 mm de RHAe pós ERA.

Corsar acho muito aquém, mesmo tendo ogiva tandem.

MSS 1.2AC já deu o que tinha que dar e deveria ser deixado de lado.

O que me interessa mesmo são os drones e munição de artilharia guiada.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qui Dez 10, 2020 1:07 am
por knigh7
As 2 entrevistas que eu assisti com os executivos da SIATT eu fiquei roendo as unhas de raiva. Pra eles o MSS 1.2 é ótimo, está tudo bom. Eles estão sossegados.

Eu cheguei a conclusão que a única solução é uma empresa forte no EB e capacitada (pode ser a Avibrás ou a própria Imbel que estavam lá) que encampe um projeto para produção local de um outro míssil.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qui Dez 10, 2020 1:25 am
por gabriel219
A Gespi é fortíssima candidata a produzir LAHAT e Spike aqui no país, já que é subsidiária da Rafael. Avibrás e Imbel devem correr em parceria pra algo fora.

O EB deve selecionar o Spike pra equipar os Esquilo, já que é o favorito de muitos lá dentro.

Capaz de vermoa um mix de Skif, Falarick/Konus e Spike no EB.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qui Dez 10, 2020 1:52 am
por knigh7
A única concorrência de ATGM que há é para a AvEx e não li de nenhuma fonte confiável que empresas ofereceram produção local desses mísseis. Nem sei se o requisito da AvEx têm escala suficiente para a produção local.

No caso do armamento para o Lynx, eu sei que não tem. Seria antieconômico .

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qui Dez 10, 2020 2:53 am
por gabriel219
knigh7 escreveu: Qui Dez 10, 2020 1:52 am A única concorrência de ATGM que há é para a AvEx e não li de nenhuma fonte confiável que empresas ofereceram produção local desses mísseis. Nem sei se o requisito da AvEx têm escala suficiente para a produção local.

No caso do armamento para o Lynx, eu sei que não tem. Seria antieconômico .
Não falei que ofereceram, falei em possibilidade.

O Spike e o LAHAT são facilmente integráveis a inúmeras plataformas, principalmente pelo HeliCOAT.

A-29 necessita disso, AH-2 poderia ser equipado com isso, drones e assim vai, sem esquecer da Infantaria.

O que mais há são motivos para produzir a família Spike e o LAHAT localmente.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qui Dez 10, 2020 5:34 pm
por knigh7
Por mim, adotaria a família Spike (o NLOS para os Lynx, o ER II para a AvEx e o LR para a Infantaria e Cavalaria). São excelentes e facilitaria a logística podendo ter um bom índice de nacionalização.

Mas o caso do MSS 1.2 é o mesmo do MAN e do fuzil 5.56 para o EB:

Eles são obsoletos e/ou ruins (ou no caso do fuzil 5.56 até pouco tempo atrás) mas persistem devido a somatória de 3 fatores: empresa nacional com influência junto às FFAA, projeto considerado nacional e projeto que teve auxílio de institutos de P&D das próprias Forças Armadas.

Precisaria ter muita força, empresarial e de projeto (como a nacionalização), para demover o EB do MSS 1.2.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Sex Dez 11, 2020 12:03 am
por FCarvalho
knigh7 escreveu: Qui Dez 10, 2020 5:34 pm Precisaria ter muita força, empresarial e de projeto (como a nacionalização), para demover o EB do MSS 1.2.
A IMBEL tem. E ela esteve na Ucrânia.
No PEEx 2019-2023 é cito que o EB vai envidar resolução para os ATGM que não tem entre 2022 e 2023. Só não fala que solução seria essa. Bom, a IMBEL não faz nada sem o beneplácito do cmdo do exército.
No caso a Avibrás poderia até fazer esse papel, mas ela já tem o Astros 2020, que é muita coisa; por outro lado, em termos de capacidade de projeto e desenvolvimento de mísseis no país, ela é a nossa missile house. A Siatt corre por fora e sobrevive sabe-la lá como.
As empresas brasileiras que foram a esse encontro com certeza tiveram conversas prévias com os representantes ucranianos do governo da empresa de exportações que gestou o mesmo. Ninguém iria lá de gastar passagem de graça. Alguma coisa tende a sair daí em médio ou longo prazo.
Os ucranianos estão interessados em alguns de nossos produtos. Um eventual toma lá dá cá com certeza vai ser negociado caso se chegue a um consenso.
É ficar de olho.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Sex Dez 11, 2020 12:13 am
por FCarvalho
gabriel219 escreveu: Qui Dez 10, 2020 1:25 am A Gespi é fortíssima candidata a produzir LAHAT e Spike aqui no país, já que é subsidiária da Rafael. Avibrás e Imbel devem correr em parceria pra algo fora.
O EB deve selecionar o Spike pra equipar os Esquilo, já que é o favorito de muitos lá dentro.
Capaz de vermoa um mix de Skif, Falarick/Konus e Spike no EB.
Produzir aqui só se justifica se houver encomendas substanciais que ofereçam um bom custo x benefício.
Eu tendo a crer que o EB neste momento não está pensando nisso porque não tem condições de alocar os recursos que seriam necessários para abrir linhas de produção no Brasil de forma a tornar compensatório o investimento. Fica mais barato comprar direto e garantir a logística no país. E isso os israelenses podem fazer sem maiores problemas. Esse é o ponto forte deles. Mesmo os sistemas sendo relativamente mais caros que a concorrência.
Por outro lado, essa viagem à Ucrânia pode também inferir que o MD anda buscando alternativas menos onerosas para conseguir propor soluções aos hiatos urgentes que temos nas forças de forma a tentar equipar as mesmas a um custo menos proibitivo no curto/médio prazo e ao mesmo tempo angariar parcerias e tecnologias para a BID.
Enfim, como tenho dito nos outros tópicos sobre esse assunto, os ucranianos podem até não ter os melhores produtos, mas em se provando eficazes e acessíveis, além do baixo custo, podem acabar se tornando uma alternativa inteligente tanto para equipar minimamente as ffaa's e ainda de lambuja trazer novas tecnologias para o Brasil na mão de empresas realmente brasileiras.
A ver.

Re: Ministério da Defesa

Enviado: Qua Dez 16, 2020 10:49 pm
por FCarvalho
Emendas à LDO priorizam rodovias e defesa nacional como metas para 2021
Da Redação | 15/12/2020
Fonte: Agência Senado

Nessa lista, em seguida aparece “Defesa Nacional”, com 21 menções — sendo 17 em favor da Aeronáutica (10 para cargueiro KC-390 e 7 para o caça sueco Gripen); 3 para o programa de submarinos da Marinha; e 1 para o sistema de vigilância das fronteiras do Exército.