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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Sex Nov 19, 2010 7:56 pm
por Marino
Brasil se abstém em votação de resolução da ONU condenando apedrejamentos no Irã

Fernanda GodoyAgências internacionais

NOVA YORK - A representação do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) se absteve na quinta-feira da votação de uma resolução condenando amputações, chibatadas e o apedrejamento como forma de punição no Irã. Outros 56 países também se abstiveram e 44 votaram contra, mas o documento foi aprovado com o apoio de 80 integrantes da ONU. Uma resolução similar aprovada no ano passado obteve 74 votos a favor e 48 contra.

Comandada pela embaixadora Maria Luiza Viotti, a missão diplomática argumentou que o Brasil reconhece os problemas de direitos humanos no Irã, especialmente os das mulheres e de minorias como a comunidade Baha´i, mas avalia que o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad está avançando na cooperação com a ONU.

No texto do voto, a diplomacia brasileira afirma que as situações de direitos humanos devem ser examinadas de uma maneira "verdadeiramente holística, multilateral, despolitizada e não-seletiva". A embaixadora afirma que as resoluções sobre países específicos são as únicas, dentro do trabalho do Terceiro Comitê, "são as únicas que não passam por um processo de consultas abertas e transparente".

Expressando "profunda preocupação" com os direitos humanos, o texto deste ano destaca a manutenção da "tortura e do tratamento ou punição cruel, desumano ou degradante" no Irã. A resolução também menciona a "contínua alta incidência e dramático aumento no uso da pena de morte, na ausência de salvaguardas internacionais reconhecidas, inclusive com execuções públicas".

No início da reunião para discutir a questão, o Irã tentou bloquear a votação, mas só obteve apoio de 51 países. O secretário-geral do conselho de direitos humanos do país, Mohammad Javad Larijani, disse no comitê da ONU que a resolução era "vergonhosa" e cheia de "falácias".
Críticas contra repressão a jornalistas e blogueiros

O texto aprovado também cita "sistêmicas e sérias restrições" aos direitos de livre associação e de expressão de opositores políticos, advogados, jornalistas e blogueiros. O comitê de direitos humanos das Nações Unidas também mencionou sua "preocupação particular" com a falta de investigação sobre as violações cometidas durante os protestos após a reeleição do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em junho de 2009.

A resolução destaca ainda a "perversa" violência contra as mulheres. Ao longo deste ano, a campanha em defesa da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani ganhou força em todo o mundo, levando o Irã a suspender a pena de apedrejamento por adultério importa a ela. A decisão final sobre seu caso ainda não foi anunciada.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Dom Nov 21, 2010 8:03 pm
por Viktor Reznov
Nada surpreendente, uns tempos atrás a nossa diplomacia apoiou um egípcio pra um órgão da unesco de educação, esse egípcio deu uma declaração dizendo que queimaria todos os Torás se pudesse (Heil Hitler??), e o Brasil apoiou o canalha mesmo assim; aí o pessoal que adora falar bem da nossa diplomacia bipolar vem falar mal dos Estados Unidos pelas relações pervertidas que seus sucessivos governos têm mantido com ditaduras como a Arábia Saudita, o Chile de Pinochet e etc...... é MUITA hipocrisia.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Dom Nov 21, 2010 8:09 pm
por Ilya Ehrenburg
Cross escreveu:Nada surpreendente, uns tempos atrás a nossa diplomacia apoiou um egípcio pra um órgão da unesco de educação, esse egípcio deu uma declaração dizendo que queimaria todos os Torás se pudesse (Heil Hitler??), e o Brasil apoiou o canalha mesmo assim; aí o pessoal que adora falar bem da nossa diplomacia bipolar vem falar mal dos Estados Unidos pelas relações pervertidas que seus sucessivos governos têm mantido com ditaduras como a Arábia Saudita, o Chile de Pinochet e etc...... é MUITA hipocrisia.
É isso aí.
Deixem a vagabunda morrer. Viva o povo hirto e inconquistável do Irã!
Morte aos imperialistas!

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Dom Nov 21, 2010 8:14 pm
por RobertoRS
Ilya Ehrenburg escreveu:
Cross escreveu:Nada surpreendente, uns tempos atrás a nossa diplomacia apoiou um egípcio pra um órgão da unesco de educação, esse egípcio deu uma declaração dizendo que queimaria todos os Torás se pudesse (Heil Hitler??), e o Brasil apoiou o canalha mesmo assim; aí o pessoal que adora falar bem da nossa diplomacia bipolar vem falar mal dos Estados Unidos pelas relações pervertidas que seus sucessivos governos têm mantido com ditaduras como a Arábia Saudita, o Chile de Pinochet e etc...... é MUITA hipocrisia.
É isso aí.
Deixem a vagabunda morrer. Viva o povo hirto e inconquistável do Irã!
Morte aos imperialistas!
Hehehe...

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Dom Nov 21, 2010 11:12 pm
por Viktor Reznov
Eu queria aprender a trollar com o Ilya. :(

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 9:58 am
por Marino
FERNANDO DE BARROS E SILVA
Abstenção pela pedra

SÃO PAULO - Argentina, Chile, Japão, EUA e a Europa, num total de 80 países, aprovaram resolução na ONU, encaminhada pelo Canadá, contra as "recorrentes violações dos direitos humanos" por parte do governo do Irã. O Brasil se absteve. Votou como Sudão, Síria, Líbia, Cuba e Venezuela, entre outros.
Na resolução, está em jogo o repúdio às execuções por apedrejamento, às execuções de menores, à tortura, às mutilações, à perseguição a mulheres, minorias e presos políticos pelo Estado iraniano.
Ao justificar a posição brasileira, a embaixadora Maria Luiza Viotti defendeu que os direitos humanos devem ser examinados "de uma maneira holística, multilateral, despolitizada e não seletiva".
Maneira "holística"? Cabe um "voto de protesto" contra esse jargão eufemístico, a serviço da empulhação diplomática? Diante da iraniana que está prestes a morrer apedrejada, a fala brasileira soa simplesmente cínica.
Mas a abstenção do Brasil também é política. Ela faz eco à posição do próprio Irã, que vê na defesa dos direitos humanos uma cortina de fumaça para os interesses da política externa norte-americana.
O Brasil se nega a criticar o Irã publicamente. Insiste que a cooperação e o diálogo são preferíveis ao isolamento de Ahmadinejad. Na prática, transige com a barbárie, negociando vergonhosamente os direitos humanos, em nome, talvez, de um antiamericanismo fora de época e de lugar, como quem quisesse acertar contas do passado por razões equivocadas.
Lula, ao oferecer asilo a Sakineh Ashtani, acredita ter feito a sua parte. Lavou as mãos. Mas o Brasil será cobrado, e com razão, se sua execução se consumar. Por que não tratar o caso Sakineh como um divisor de águas? Ou melhor: por que, sabendo que ele assumiu essa dimensão, emprestar solidariedade aos facínoras? Por que jogar o peso político do país na simpatia acovardada e covarde pelo obscurantismo? Pois é disso, afinal, que se trata.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 10:09 am
por Hader
No que diferem as lapidações iranianas e as sauditas? Ou as mutilações? Barbárie é barbárie em qualquer lugar, mas os interesses geopolíticos são diferentes. Podemos discorrer longamente sobre as típicas mutilações etíopes...mas quem se interessa por negras pobres, não é mesmo?

[]'s

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 10:23 am
por Marino
Hader escreveu:No que diferem as lapidações iranianas e as sauditas? Ou as mutilações? Barbárie é barbárie em qualquer lugar, mas os interesses geopolíticos são diferentes. Podemos discorrer longamente sobre as típicas mutilações etíopes...mas quem se interessa por negras pobres, não é mesmo?

[]'s
X2!

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 10:35 am
por LeandroGCard
Independentemente de qualquer questão política/econômica, criticar qualquer país isolado, inclusive o Irã, por condenar à morte um de seus cidadãos acusado de crime muito grave (o adultério é apenas um dos crimes de que Sakineh Ashtiani é acusada , não se pode esquecer que ela foi condenada por 2 assassinatos e por isso pegou a pena de morte) deveria deixar qualquer país sério do mundo em uma tremenda "saia justa".

A pena de morte é aplicada em vários países, inclusive nos próprios EUA, na China, e em diversas nações árabes aliadas do ocidente (Arábia Saudita, Egito, etc...). E em muitos deles a pena de morte pode ser aplicada a crimes que no ocidente não justificariam tal penalidade. Como então aprovar uma moção contra o Irã e deixar de fora todos os demais países que aplicam o mesmo tipo de pena? No caso do Brasil especificamente, temos um dos nossos cidadãos condenado à pena de morte por tráfico de drogas na Indonésia, e nem por isso se pediu que fizéssemos qualquer movimento para condenar àquele país por aplicar esta pena a este tipo de delito.

Quanto à forma da execução, o apedrejamento parece mesmo ser um ato de barbarismo, pelo sofrimento que impõem ao condenado. Ele está previsto na legislação iraniana por uma questão de tradição, mas o governo daquele país já alterou o método para enforcamento neste caso particular, reconhecendo que ele era inadequado e não deveria ser utilizado. Os EUA não tiveram esta mesma sensibilidade ao executarem Judy Buenoano na cadeira elétrica por um crime similar em 1998. E a cadeira elétrica ainda é um dos métodos legais de execução nos EUA até hoje.

O uso da pena de morte para qualquer crime, assim como outras práticas utilizadas pela justiça ou em casos de guerra como a tortura e a prisão sem acusação formal, deve sim ser combatido por qualquer povo que se considere civilizado. Mas insistir na condenação especificamente do Irã neste caso de Sakineh Ashtiani é no mínimo um exercício de hipocrisia, e não se pode criticar o governo brasileiro por não querer participar dele.


Leandro G. Card

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 12:01 pm
por rodrigo
O Brasil se absteve. Votou como Sudão, Síria, Líbia, Cuba e Venezuela, entre outros.
Sempre muito bem acompanhado, de acordo com nossa diplomacia. Só vale a pena acompanhar o resto do mundo pra salvar o Zélaia de Honduras. O Brasil podia ser mais atuante, e criar coragem na cara e apresentar uma emenda condenando o mesmo tipo de ação em todos os países.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 1:22 pm
por suntsé
Este ultimo artigo é escroto demais, isto é tudo que tenho a dizer.

Infelizmente, irá persistir a estratégia de criticar a nossa diplomacia de forma responsável e leviana. Criticar por criticar...apenas para fazer a caveira do governo diante da opinião publica.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 5:09 pm
por marcelo l.
Foi lançado o livro: Azeredo da Silveira: um depoimento

http://silveiradepoimento.com.br/site/

O livro

Azeredo da Silveira reorientou a política externa do Brasil. Durante os cinco anos em que foi ministro das Relações Exteriores (1974-1979), o país assistiu a manobras ousadas nas relações com os Estados Unidos, Argentina, Portugal, Paraguai, Bolívia, África, Europa Ocidental e Oriente Médio. O Brasil também reconheceu a China comunista e participou ativamente do embate entre o Norte industrializado e o Sul em desenvolvimento.
Neste livro, Azeredo da Silveira fala pela primeira vez dos bastidores da política externa brasileira no apogeu do regime militar, caracteriza as principais crises do período e explica as decisões mais controversas.
O leitor também terá a oportunidade de aprender sobre a riqueza do pensamento de Azeredo da Silveira e seus dilemas mais recorrentes. Nestas páginas terá acesso à visão de mundo de um homem cuja passagem pelo poder deixou legados duradouros para a posição do Brasil nas relações internacionais. E saberá como e por que ele se tornou um dos pais poderosos e influentes diplomatas a ocupar a chancelaria na história do país.
A crença em que o sistema internacional, apesar de sua rigidez e assimetria, era maleável para um Brasil em franca ascensão é uma idéia recorrente e poderosa no pensamento de Azeredo da Silveira uma de suas marcas mais distintivas.
Este depoimento inédito foi gravado entre 1979 e 1982, mas permaneceu fechado para pesquisa durante anos. Agora soma-se a um rico arquivo pessoal com cópias de milhares de memorandos, telegramas e cartas oficiais disponíveis no CPDOC/FGV.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 5:26 pm
por Ilya Ehrenburg
Cross escreveu:Eu queria aprender a trollar com o Ilya. :(
Posso lhe enviar o curso "Aprenda a ser sacana com classe num Fórum em apenas 10 lições", por "Ilya Ehrenburg", pelo preço módico de: R$ 500,00.

Aceito cartões de bandeiras Visa e Mastercard.

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 7:14 pm
por DELTA22
Visa e Mastercard???? :shock:

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco

Enviado: Seg Nov 22, 2010 7:55 pm
por suntsé
Ue??? Comunista capitalista?