Fórum Defesa Brasil

A-29 escreveu:Os colegas que me desculpem, mas essa história de ficar com navios com pouca ou nenhuma capacidade militar só pra não perder verba é premiar a ineficiência. Quer dizer que se a vaca dá pouco leite a solução é ter mais vacas que dão pouco leite em vez de aumentar a produtividade?

Nada impede que a rubrica orçamentária de um navio receba mais recursos que no ano anterior, desde que isso seja justificado e existam recursos disponíveis. A manutenção de meios sem valor militar com o objetivo de não perder verbas é incorreto, pois desrespeita o princípio da eficiência e, principalmente, o contribuinte. E mais, quando isso é utilizado como artifício para alocar recursos em outras áreas, incorre-se em ilegalidade grave.

Nós temos o sério defeito de achar que a MB é um exemplo inatacável de competência, enquanto o executivo é um antro de perdição que propositalmente faz o máximo para acabar com as forças armadas. Todos os órgãos públicos, militares inclusive, têm seus pontos fortes e fracos, seus núcleos de excelência e gargalos de ineficiência.

Se a MB quer aplicar as verbas que tem de outra maneira, deve seguir os caminhos legais para isso em vez de se utilizar de artifícios.

Especificamente quanto ao São Paulo, não sou contra o navio, mas inegavelmente a MB gastou e gasta uma fortuna nele, sem que se tenha agregado um pingo de capacidade militar à força, e no final das contas é isso que conta. Torço para que os gastos já realizados tenham consequência positiva no futuro, pois até o presente...

Tudo bem, A-29! Vou concordar em partes na sua afirmação, mas não estamos tratando de meios onde é facilmente achado no mercado internacional, mas de meios extremamente complexos e de difícil aquisição (convenhamos, quando um RN dá baixa, quantas Marinhas pelo mundo não vão querer entrar na fila para comprá-lo?). A Marinha não é como a Aeronáutica, que pode ser mais criteriosa na hora de comprar tais e tais materiais. Um Navio-Aeródromo não é como um caça ou transporte que há sempre disponível no mercado de novos e usados. Navios são meios caros de operar e manter e de demorada construção.
Acredito que, quando a Marinha comprou o A-12, ela já tinha em mãos os valores de seus gastos com manutenção e operacionalidade, inclusive de sua ala aérea e encaixando esse valor no orçamento futuro. Não creio que não haja dinheiro para a operação, já que há sim. Segundo a Lei Federal n.º 7990/89, a MB tem o direito de receber 1% de “Royalties” do Petróleo. Isso é lei! É um direito da Marinha de receber e ela estava ciente disso quando comprou o A-12 (além do Congresso ter ciência do valor operação do navio). A meu ver, quando ela elabora a sua previsão orçamentária, ela deve contar com, pelo menos, uma margem desse valor, já que é um direito dela. Mesmo não contando com os “Royalties”, ainda temos dinheiro de manter a frota operativa, uma vez que o valor aprovado para a MB dá para fazer alguma coisa... Agora, pergunta quanto foi autorizado e quanto foi realmente liberado do orçamento... Maaaas, é muito mais fácil virar para o marinheiro (ou pro soldado ou pro aviador) e dizer: "Estamos segurando o superáfit" do que convencer os eleitores a cortar os cartões "Bolsa X-Tudo" para o mesmo fim.
Duvido que o Marino ou o Walter não sonham acordados com a frase: "Esse ano, vai ser liberado o valor total do orçamento, sem cortes, além do repasse de 100% do 'Royalties' do petróleo". Se um dia isso acontecer, você verá a marinha mudar da água para o vinho... hehehe

Confesso que estou pisando em ovos para falar sobre isso, uma vez que "Orçamento" não é necessáriamente a minha praia (eu trabalho no setor e não nessa função específica) e tenho medo de falar alguma bobagem para ter que corrigir no futuro. Mas mesmo assim, obrigado por manter essa discussão tão sadia! Estou achando legal a polidez das discussões!

Até mais!

Resumindo o meu post:

Dinheiro para operar, a MB sempre teve... Ou vocês acham que a MB compra navio sem saber o quanto vai gastar com ele?
O que impede dela receber o que está escrito são os constantes cortes feitos pelo Planejamento...

Até mais!

Olá Brigadeiro.

Então estamos de acordo. Se a MB prevê seus gastos de modo a ficar operativa e tem um planejamento de que com estes gastos terá e manterá uma determinada capacidade militar, só que tais recursos são contingenciados pelo governo, então tudo bem.

Outra coisa seria a MB manter navios sem valor militar apenas como artifício para manter verbas. Aí seria um grave caso ou de desperdício ou de desvio de recursos.

Também acho bem bacana essa discussão civilizada

A-29 escreveu:Olá Brigadeiro.

Então estamos de acordo. Se a MB prevê seus gastos de modo a ficar operativa e tem um planejamento de que com estes gastos terá e manterá uma determinada capacidade militar, só que tais recursos são contingenciados pelo governo, então tudo bem.

Outra coisa seria a MB manter navios sem valor militar apenas como artifício para manter verbas. Aí seria um grave caso ou de desperdício ou de desvio de recursos.

Tudo bem?
É isso aí! A coisa é toda planejada e bem feita! Nada é feita sem estudo e muito cálculo, senão a auditoria "chega junto". O problema é que nem sempre as prioridades da MB são as prioridades dos caras que tem a chave do cofre...

Também acho bem bacana essa discussão civilizada

Até mais!

Prezados Senhores

Em seguida apresento um resumo geral das divesas ações em curso ou a serem desenvolvidas relacionadas ao PRM da MB. A conclusão preliminar e que a MB vai precisar realizar um grande esforço de gestão nos proxímos anos para poder realizar o planejamento proposto.

Programa de Reaparelhamento da Marinha - Resumo

(*) Prioridade 1 = (P1)

I – Navios novos:

Submarinos: 3 ( 1 + ) (P1)
NaPa 500 : 12 (P2)
NaPaOc: 5 (P2)
Fragatas .800 ton: 8 (P4)
Navios Fluviais (NaPaFlu 100 ton,NAHs,NDFlu): 15 (P5)
Navios da DHN (NOcPq, NHOc, NBlz): 12 (P6)
NAe: 1 (Definição em 2013)
Navio Transporte de Apoio: 1 (P8)

Corveta: 1 (Barroso)

II – Modernização de navios:

Submarinos: 5 (P1)
Fragatas: 3 (Geenhalgh) (P4)
Corvetas: 4 (Inhaúma) (P4)
Navios da DHN: 5 (P6)
Rebocadores de Alto Mar: 5 (P6)
NAe São Paulo (P7)
NDD Ceará (P8)

III – Compras de oportunidade:

NDCC G29 Garcia D’Avila
NOc H41 Cruzeiro do Sul

NDD: 1 ( 1 + 1 )
Navio Tanque de Esquadra: 1
Navios varredores: 6
Rebocadores de alto mar: 6

IV – Aviação naval

Aquisição de helicópteros ASW/ASuW: 4 ( 4 +)
Modernização Super Lynx : 6 (+6)
Modernização Super Puma: 6
Modernização Esquilo: 5
Aeronave AEW

V – Armas e munições:

Aquisição de torpedos MK48
Desenvolvimento de mísseis anti-navio
Aquisição de minas de fundeio e influencia
Munição naval calibres diversos
Canhões novos navios

VI – Corpo de Fuzileiros Navais:

Modernização de CC (SK 105, M113, CLANF)
Aquisição de obuses de 155 mm
Aquisição de CC (Piranha IIIC, CLANF...)
Aquisição de VANT
Aquisição de radar de vigilância aérea
Aquisição de sistemas de comunicação criptografados
Aquisição de mísseis anti-carro e antiaéreos

VII – Embarcações diversas:

Construção de EDCG: 3
Construção de EDVM: 5
Revitalização de EDCG: 3
Construção de lanchas de patrulha naval (diversas classes): 110

Sds

Lord Nauta

VI – Corpo de Fuzileiros Navais:

Modernização de CC (SK 105, M113, CLANF)
Aquisição de obuses de 155 mm
Aquisição de CC (Piranha IIIC, CLANF...)
Aquisição de VANT
Aquisição de radar de vigilância aérea
Aquisição de sistemas de comunicação criptografados
Aquisição de mísseis anti-carro e antiaéreos

Poderíamos pensar aqui em um programa conjunto com o EB?



abraços]

Brasileiro escreveu:

VI – Corpo de Fuzileiros Navais:

Modernização de CC (SK 105, M113, CLANF)
Aquisição de obuses de 155 mm
Aquisição de CC (Piranha IIIC, CLANF...)
Aquisição de VANT
Aquisição de radar de vigilância aérea
Aquisição de sistemas de comunicação criptografados
Aquisição de mísseis anti-carro e antiaéreos

Poderíamos pensar aqui em um programa conjunto com o EB?



abraços]

Em que sentido?

Os SK105 São operados apenas pelo CFN, CLANF ídem...

O resto podería ser discutido...

Totalmente de acordo. Só que eu acho que os obuseiros de 155 são o M777 ou G5.

Lord Nauta escreveu:Prezados Senhores

Em seguida apresento um resumo geral das divesas ações em curso ou a serem desenvolvidas relacionadas ao PRM da MB. A conclusão preliminar e que a MB vai precisar realizar um grande esforço de gestão nos proxímos anos para poder realizar o planejamento proposto.

Programa de Reaparelhamento da Marinha - Resumo

(*) Prioridade 1 = (P1)

I – Navios novos:

Submarinos: 3 ( 1 + ) (P1)
NaPa 500 : 12 (P2)
NaPaOc: 5 (P2)
Fragatas .800 ton: 8 (P4)
Navios Fluviais (NaPaFlu 100 ton,NAHs,NDFlu): 15 (P5)
Navios da DHN (NOcPq, NHOc, NBlz): 12 (P6)
NAe: 1 (Definição em 2013)
Navio Transporte de Apoio: 1 (P8)

Corveta: 1 (Barroso)

II – Modernização de navios:

Submarinos: 5 (P1)
Fragatas: 3 (Geenhalgh) (P4)
Corvetas: 4 (Inhaúma) (P4)
Navios da DHN: 5 (P6)
Rebocadores de Alto Mar: 5 (P6)
NAe São Paulo (P7)
NDD Ceará (P8)

III – Compras de oportunidade:

NDCC G29 Garcia D’Avila
NOc H41 Cruzeiro do Sul

NDD: 1 ( 1 + 1 )
Navio Tanque de Esquadra: 1
Navios varredores: 6
Rebocadores de alto mar: 6

IV – Aviação naval

Aquisição de helicópteros ASW/ASuW: 4 ( 4 +)
Modernização Super Lynx : 6 (+6)
Modernização Super Puma: 6
Modernização Esquilo: 5
Aeronave AEW

V – Armas e munições:

Aquisição de torpedos MK48
Desenvolvimento de mísseis anti-navio
Aquisição de minas de fundeio e influencia
Munição naval calibres diversos
Canhões novos navios

VI – Corpo de Fuzileiros Navais:

Modernização de CC (SK 105, M113, CLANF)
Aquisição de obuses de 155 mm
Aquisição de CC (Piranha IIIC, CLANF...)
Aquisição de VANT
Aquisição de radar de vigilância aérea
Aquisição de sistemas de comunicação criptografados
Aquisição de mísseis anti-carro e antiaéreos

VII – Embarcações diversas:

Construção de EDCG: 3
Construção de EDVM: 5
Revitalização de EDCG: 3
Construção de lanchas de patrulha naval (diversas classes): 110

Sds

Lord Nauta

Engraçado, a MB irá decidir sobre um novo PA em 2013 e existe a previsão de modernização do SP, mas aonde estão os caças? Irá operar PA sem aviação?

Abraços,

Wesley

Engraçado, a MB irá decidir sobre um novo PA em 2013 e existe a previsão de modernização do SP, mas aonde estão os caças? Irá operar PA sem aviação?

Abraços,

Wesley[/quote]

Se decidirem algo será para estar operacional só na década de 2020.
Eles terão mais uma década de uso do A-12, após a modernização, antes de um novo PA ser incorporado à armada. Até lá vai rolar muita água e polêmica a respeito dos meios aéreos para o A-13.

capsantanna escreveu:Engraçado, a MB irá decidir sobre um novo PA em 2013 e existe a previsão de modernização do SP, mas aonde estão os caças? Irá operar PA sem aviação?

Abraços,

Wesley

Se decidirem algo será para estar operacional só na década de 2020.
Eles terão mais uma década de uso do A-12, após a modernização, antes de um novo PA ser incorporado à armada. Até lá vai rolar muita água e polêmica a respeito dos meios aéreos para o A-13.[/quote]

Prezados Senhores

Em principio esta prevista a possibilidade de inicio da construção de um novo NAe para Esquadra a partir do ano de 2017. O novo navio devera ter características semelhantes ao atual São Paulo (emprego de aeronaves CSTOL). Segundo decisão do Almirantado estudos vão ser realizados de modo a subsidiar a revisão do PRM, que deve acontecer em 2013. Estes estudos podem inclusive apontar que a melhor alternativa para a substituição do São Paulo seja uma aquisição de oportunidade.

Sds

Lord Nauta

Lord Nauta escreveu:

capsantanna escreveu:Engraçado, a MB irá decidir sobre um novo PA em 2013 e existe a previsão de modernização do SP, mas aonde estão os caças? Irá operar PA sem aviação?

Abraços,

Wesley

Se decidirem algo será para estar operacional só na década de 2020.
Eles terão mais uma década de uso do A-12, após a modernização, antes de um novo PA ser incorporado à armada. Até lá vai rolar muita água e polêmica a respeito dos meios aéreos para o A-13.

Prezados Senhores

Em principio esta prevista a possibilidade de inicio da construção de um novo NAe para Esquadra a partir do ano de 2017. O novo navio devera ter características semelhantes ao atual São Paulo (emprego de aeronaves CSTOL). Segundo decisão do Almirantado estudos vão ser realizados de modo a subsidiar a revisão do PRM, que deve acontecer em 2013. Estes estudos podem inclusive apontar que a melhor alternativa para a substituição do São Paulo seja uma aquisição de oportunidade.

Sds

Lord Nauta[/quote]
E o nome? Espirito Santo? Paraná? Acre?

Prezado Amigo Glauberprestes

Caso a decisão da escolha do nome do novo NAe fosse minha, não teria duvidas em batiza-lo de ''Almirante Tamandaré''.

Sds

Lord Nauta

Lord Nauta escreveu:Prezado Amigo Glauberprestes

Caso a decisão da escolha do nome do novo NAe fosse minha, não teria duvidas em batiza-lo de ''Almirante Tamandaré''.

Sds

Lord Nauta

Nae Almirante Tamandaré. Ia ficar do peru!

Lord Nauta escreveu:Prezado Amigo Glauberprestes

Caso a decisão da escolha do nome do novo NAe fosse minha, não teria duvidas em batiza-lo de ''Almirante Tamandaré''.

Sds

Lord Nauta

Que tal NAe "Presidente Lula"?

[]'s