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Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 11:01 am
por Brasileiro
LeandroGCard escreveu:
Ziba escreveu:Muito se fala em "desenvolvimento de doutrina", só esquecem que essa doutrina de uso dos Gepards já foi abandonada a décadas. Essa doutrina previa a proteção de colunas blindadas contra ataques de helis Russos. A coisa não é mais feita desta forma, a guerra como um todo mudou, está se tornando muito mais assimétrica e o uso de blindados vem sendo cada vez mais modificado.

Infelizmente o contrato já está fechados, ficaremos, por baixo, mais uns 20 anos presos a um equipamento obsoleto que servirá para criar uma doutrina que deveria ter sido criada nos anos 70/80! Enfim, saímos da WWII e entramos na guerra fria.
Se os Gepard forem usados apenas desta forma é isso mesmo, avançamos 30 anos, de 1945 para 1975 :( !

Mas um sistema como o Gepard pode ainda ser útil de outra forma (dependendo de sua capacidade real contra alvos menores, sobre o que não acho muitas informações), como um CIWS móvel para proteger pontos estratégicos ou mesmo sensores, estações de comando e lançadores de outros sistemas de maior alcance.

A forma como o EB irá distibuir suas unidades já dará uma dica de qual caminho será seguido. Mais importante ainda é ver com que sistemas ele será (e se será) complementado.


Leandro G. Card
É aí que eu acho que está o fator que faz compensar E MUITO a compra do Gepard. Nos traz uma melhora e tanto na defesa antimíssil de ponto.



abraços]

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 11:20 am
por denilson
LeandroGCard escreveu:
denilson escreveu:Na minha modesta opinião a melhor equação, de defesa aérea, hoje na AL é

46 F-5 + (um monte de) DERBY + 5 E-99 + Link Br (e claro tudo funcionando direitinho)

Posso ser apedrejado, mas no final das contas o que vai ser disparado é o míssil e não o avião, nessa fórmula o F-5 entra apenas como plataforma de lançamento que pode ser deslocada rapidamente para o local de lançamento e evadir da mesma forma e ponto.
F-16 sem alerta até A-1 derruba, e isso já ocorreu em Santa Maria.
Sistemas de alerta e contra-medidas eletrônicas qualquer um compra (até o Brasil já vende!!!) e incorpora em pouco tempo às suas capacidades. Alcance, desempenho e capacidade de carga ou já existem na plataforma ou adeus. Até parece que o Brasil é o único país do mundo que pode contar com AEW e links de dados, que os os demais estão proibidos pelas leis da natureza de ter isso.

Além disso, qualquer F-16 pode levar dois enormes tanques subalares e mais seis mísseis ou bombas, o que lhes dá um alcance suficiente para rodar em volta do perímetro de defesa dos F-5 com 4 mísseis, ou simplesmente para atraí-los para longe e esgotar seu combustível. E se o F-5 levar tanques de combustível externos não conseguirá levar todos os mísseis que poderia. E nem vamos falar em aviões maiores, como o Su-27/35. Apenas se a missão dos atacantes for atingir algum ponto bastante próximo da própria base dos F-5 e estes puderem ficar de tocaia sem se afastar muito é que poderão usar plenamente as vantagens do AEW e dos links de dados. É este cenário que se usa nos treinamentos militares, até por restrições de espaço aéreo, e assim o F-5 até parece razoável. Mas na hora da verdade as limitações de espaço deixam de existir, e aí a realidade é bem diferente.

Dizer que estamos bem servidos com o F-5M é o mesmo que insistir que um Mig-21 modernizado pode prover uma defesa aérea adequada nos dias atuais. Quem teria coragem de afirmar isso?


Leandro G. Card
Como escrevi anteriormente essa é a melhor equação, de defesa aérea HOJE, qualquer consideração de compra já sai dessa condição.
Sobre "rodar em volta do perímetro de defesa dos F-5", tranquilo, o pressuposto de "defesa" já estará obtido, para atacar o objetivo defendido o atacante terá que entrar no perímetro defesa do F-5 e da forma que esta "HOJE", e como o objetivo é defesa, o atacante já teria comprometido uma parte significativa de sua autonomia para nos atacar.
Para seguirmos esse papo temos que ir para outro tópico.
Abraço
Denilson

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 11:35 am
por Ziba
LeandroGCard escreveu:
Ziba escreveu:Muito se fala em "desenvolvimento de doutrina", só esquecem que essa doutrina de uso dos Gepards já foi abandonada a décadas. Essa doutrina previa a proteção de colunas blindadas contra ataques de helis Russos. A coisa não é mais feita desta forma, a guerra como um todo mudou, está se tornando muito mais assimétrica e o uso de blindados vem sendo cada vez mais modificado.

Infelizmente o contrato já está fechados, ficaremos, por baixo, mais uns 20 anos presos a um equipamento obsoleto que servirá para criar uma doutrina que deveria ter sido criada nos anos 70/80! Enfim, saímos da WWII e entramos na guerra fria.
Se os Gepard forem usados apenas desta forma é isso mesmo, avançamos 30 anos, de 1945 para 1975 :( !

Mas um sistema como o Gepard pode ainda ser útil de outra forma (dependendo de sua capacidade real contra alvos menores, sobre o que não acho muitas informações), como um CIWS móvel para proteger pontos estratégicos ou mesmo sensores, estações de comando e lançadores de outros sistemas de maior alcance.

A forma como o EB irá distibuir suas unidades já dará uma dica de qual caminho será seguido. Mais importante ainda é ver com que sistemas ele será (e se será) complementado.


Leandro G. Card
Para o que estão falando, a real função do Gepard será essa.

Essa situação é muito semelhante a do A-12/A4-Ku!!! Foram comprados se falando em "desenvolvimento de doutrina", mas a realidade é que não temos bala na agulha para comprar outro NAe e muito menos outros aviões, o A-12 vive encostado, os A4 tem uma disponibilidade baixa e gastamos milhões e milhões para adquirir algo que não tem uso, para criar uma doutrina que quando puder ser usada, a coisa já vai ter mudado de figura.

Muito se fala do Executivo, que não libera dinheiro para as FFAA, mas o pouco que é liberado é muito mal gosto. Seria muito mais benéfico ao EB adquirir veículos 4x4 com RBS-70 instados. A capacidade geral de enganjamento do sistema é maior, poderiam ser adquiridas mais unidades, o custo de manutenção seria menor, enfim...

Quanto a possibilidade de usá-lo como CIWS, até seria interessante se ele tivesse essa capacidade "plena", mas se analisarmos a verdade nua e crua, chegamos ao ponto de que injetores de 35mm não são ideais para essa função, tanto é verdade que 90% do sistemas desenvolvidos nessa area utilizam munição 20-30mm ou 40mm. Seria mais um quebra-galho, que vai durar outros 20 anos.

O problema é que o Brasil de uma forma geral (não apenas nas FFAA) tem a mania de seguir na contra-mão de tudo. Daqui a uns 10 anos, quando a maioria dos países abandonar essa configuração de veículos leves + manpads e adotar outra solução, o EB vai pensar em montar os mesmos manpads no Gepards que estão sendo adquiridos.

É frustrante...

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 11:51 am
por rodrigo
Se os Gepard forem usados apenas desta forma é isso mesmo, avançamos 30 anos, de 1945 para 1975 !
Essa realidade é de matar. Quando pensamos na pequena possibilidade de um ataque norte americano, e que eles possuem aeronaves furtivas que ainda nem foram tornadas públicas, estamos 100 anos atrás.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 12:10 pm
por Ricardo Rosa
Paulo Bastos escreveu:
osolamaalua escreveu:será uma bateria, cada seção duas viaturas. Provalvemente com 6 seções sempre ativas. E as demais viaturas revezando manutençaõ
Eu já acho que essas duas Bia AAAe se transformarão em GAAAe Bld.


Abraços,
Paulo

Boa tarde a todos,

Boa aposta, Paulo!

Abraços.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 12:26 pm
por LeandroGCard
Ziba escreveu:Quanto a possibilidade de usá-lo como CIWS, até seria interessante se ele tivesse essa capacidade "plena", mas se analisarmos a verdade nua e crua, chegamos ao ponto de que injetores de 35mm não são ideais para essa função, tanto é verdade que 90% do sistemas desenvolvidos nessa area utilizam munição 20-30mm ou 40mm. Seria mais um quebra-galho, que vai durar outros 20 anos.
Na verdade com apenas 36 unidades não seria nem mesmo um quebra-galho.

Na missão de defesa de pontos importantes (pistas de pouso, estações de radar, estações de energia, pontes, etc...) contra munições inteligentes e mísseis cruise seriam necessárias de três a quatro unidades para proteger cada alvo, então estaríamos falando de um país do tamanho Brasil ter como defender no máximo 13 alvos de cada vez! Um total absurdo (mas para uma Olimpíada ou uma Copa do Mundo até que dá 8-] ).

A função seria realmente apenas para formação de doutrina mesmo, principalmente para verificar a eficiência do sistema se comparado aos Trinity que já temos (pelo menos na MB) e eventuais Pantsir, que ao que tudo indica podem ser adquiridos brevemente (e também a conta-gotas). Somando-se as informações sobre o emprego dos 3 sistemas daria para chegar a um conhecimento bastante abrangente sobre armamento deste tipo em geral, o que poderia dar bons subsídios para o desenvolvimento em médio prazo de um sistema nacional que tivesse o máximo de eficiência nesta função de CIWS contra ameaças modernas (como os nossos próprios AVMT, MAR-1, MSS-1 e SBMK). E que em caso de crise pudesse ser produzido nas quantidades que viessem a ser necessárias.

Em uma situação ideal isso poderia ser um caminho muito interessante. E já que eu estou sonhando eu queria também ter um pônei azul... :roll: .


Leandro G. Card

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 12:59 pm
por Luiz Bastos
..FALHA

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 2:05 pm
por FCarvalho
a grande problemática de se falar em defesa AAe ou mesmo em defesa em um país como o Brasil, onde passamos longe, mas muito longe mesmo, que quaisquer discussões mais sérias sobre a necessidade de defesa nacional, continuaremos a ver as ffaa's sempre atrasadas em matéria de doutrina e aperfeiçoamento prático. Podemos até ter alguma consciencia dos cenários modernos e atuais de conflitos, mas isso por si só nunca bastará para podermos justificar as demandas e necessidades que temos. Está aí o PAED engavetado e vetado pela própria presidência, e ignorado pelo legislativo. Quase cinco anos de trabalho árduo simplesmente colocados de lado, porque "não é prioridade" e "a crise não nos permite..." ou "os valores são muito altos...", etc, e por aí vai série de desculpas e inconsequências para não termos de "gastar" com algo que a politica nacional jamais quis e nem mesmo quer envolvimento ou entendimento.

A problemática da aquisição de meios AAe, que se extende a todas as demais compras referentes a defesa no Brasil, como já disse aqui antes, e repito, é meramente um caso fortuito, onde o governo se viu obrigado a encampar a idéia em função de obrigações contratuais. E se não fosse isso, ainda estaríamos atirando de .50 em 2030.

Somos todos sabedores de que não há e nunca houve boa vontade com a área de defesa no Brasil. O próprio MD é uma tentativa oficial de "enquadrar" sob o comando civil os militares, fetixe buscado mais que insistentemente pelos donos do poder. E nunca passou realmente disso. Embora haja quem creia, que ele é mais do que isso.

Enfim, vamos no ater ao que os Guepards realmente são. E o que eles são? Apenas mais uma das indefectíveis compras de oportunidade, embora desta vez, impositiva, a que já estamos mais do que acostumados. E que servierão, somente, e tão somente, para quebrar um galho do governo para com seus contratantes,e 'formar doutrina' cmo de praxe, para o EB.

abs.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 2:11 pm
por Túlio
E dizer que, há menos de dois anos, "compra de oportunidade" era quase palavrão no DB.

Talharim e FABIO, os nossos Profetas! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 2:22 pm
por saullo
Túlio escreveu:E dizer que, há menos de dois anos, "compra de oportunidade" era quase palavrão no DB.

Talharim e FABIO, os nossos Profetas! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
É que tem muita gente, Túlio, que, sem maldade, ainda acredita nos nossos políticos. Não perceberam que a grande maioria dessa espécie, formada na maior parte de gente incapaz de prosperar na vida privada e que assim se pendura em nós, que os sustentamos através de impostos, tem projetos pessoais de enriquecimento e a nação que se dane.
Existem exceções, tem quem realmente se preocupa com a nação e é honesta, mas são poucos.

Abraços

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 2:32 pm
por J.Ricardo
Essa tal de END deixou muita gente deslumbrada...

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 2:46 pm
por Túlio
Não vou atirar pedra porque ATÉ EU caí no conto... :oops: :oops: :oops: :oops:

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 2:55 pm
por Sávio Ricardo
Aos moderadores: Existe alguma automação do botão "joinha" para que sempre que alguém fale algumas verdades sobre a nossa classe politica (como o post do prezado Saullo) ele ser ativado??? :mrgreen:

Pelo menos no meu caso, ativaria essa opção... 8-]

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 3:49 pm
por Túlio
Não há como, sinto. Tem que ser manualmente mesmo (lembrando que esta Seção-Fulcro e seus tópicos não são sobre política/politiquei...errr...políticos, tri?).

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 18, 2013 5:00 pm
por denilson
Aproveitando a charla, tem como retirar o joinha??? Esses dias cliquei sem querer e não achei como retirar... Bocaberta... :oops: