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Enviado: Sáb Jun 30, 2007 9:34 pm
por Guerra
Soldados americanos encontram um orfanato iraquiano abandonado! Horrível, quem tiver estômago fraco, nem veja as fotos!


Como assim "encontram"....Eles moeram o pais agora vem com essa hipocrisia. Nessa altura do campeonato ou eles são responsaveis pelo povo iraquiano ou eles são os assassinos do povo. Eles são ou não são os responsaveis pelo povo iraquiano?
Eles vão ficar até quando fazendo pose de libertadores no Iraque? Depois de tanto tempo eles deviam pelo menos ter a ombridade de assumir os problemas do pais.

Ou eles consertam a merda que fizeram ou saem, como já de praxe, com o rabo entre as pernas.





Se os responsaveis por essa barbaridade estão vivos merecem ser punidos por crimes contra a humanidade.


Não há duvida. A ONU embargou o Iraque por 10 anos para os EUA fazer essa estercada e os EUA não pensou duas vezes antes de derrubar toda a estrutura do pais.

Eles deviam colocar todos os filhos da mãe de todas guerras numa bandeja e servir num banquete na casa branca.

Enviado: Dom Jul 01, 2007 2:04 pm
por Clermont
SGT GUERRA escreveu: Como assim "encontram"....Eles moeram o pais agora vem com essa hipocrisia. Nessa altura do campeonato ou eles são responsaveis pelo povo iraquiano ou eles são os assassinos do povo.

(...)

Não há duvida. A ONU embargou o Iraque por 10 anos para os EUA fazer essa estercada e os EUA não pensou duas vezes antes de derrubar toda a estrutura do pais.


Completamente de acordo. Se essas imagens tivessem sido tomadas em 2003, após a conquista de Bagdá, os americanos as teriam utilizado como trunfo propagandísitico contra o regime de Saddam ("Viram? Viram como Saddam it's a bad guy? Chegamos a tempo de salvar essas crianças!")

Mas, agora, em 2007? E depois que os vermes já devem ter comido o que havia de bom no Saddam?

Hoje, é claro que a responsabilidade jaz, inteiramente com os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Pois, se os anglo-americanos tivessem se dedicado a fazer outra coisa qualquer, em março de 2003, muito provavelmente, tais cenas nunca teriam se tornado realidade, mesmo apesar do bloqueio econômico.

Enviado: Seg Jul 02, 2007 4:39 am
por P44
Sgt Guerra e Clermont [009] Vcs falaram muito bem!

Enviado: Ter Jul 03, 2007 10:45 am
por Clermont
MARÇO DE 2003.

Por Paul Craig Roberts – 03 de julho de 2007.

John Lukacs em sua monografia, June 1941: Hitler and Stalin, relata que “os melhores especialistas militares em todo o mundo previram a derrota da União Soviética dentro de umas poucas semanas, ou em dois meses, no máximo”, seguindo-se à invasão da Rússia por Hitler, em 22 de junho de 1941.

Embora a soberba máquina militar alemã tenha tido um excelente desempenho, pelo início de 1943 sua capacidade ofensiva estava exaurida e os alemães foram derrotados em Stalingrado. A Alemanha perdeu a guerra um ano e meio antes de os Estados Unidos efeturarem a invasão da Normandia. Se Hitler não tivesse exaurido o Exército alemão na Rússia, uma invasão americana da Normandia não poderia ter sido contemplada.

Lukacs se ocupa com as conseqüências imprevistas do 22 de junho de 1941. Não é tão cedo, ou tão tarde, para nos ocuparmos com as conseqüências imprevistas do 20 de março de 2003.

Mais de quatro anos atrás, o Pentágono e seus conselheiros neo-conservadores e propagandistas da imprensa prometeram aos americanos um “passeio de guerra” com entre três e seis semanas de duração. Seis semanas depois, em 2 de maio de 2003, no mais desastrado factóide de propaganda da história, o Presidente Bush pousou no porta-aviões “USS Lincoln”, cuja torre tinha sido enfeitada com uma faixa declarando “Missão Cumprida”, e anunciou o fim das grandes operações de combate no Iraque.

De fato, a guerra mal tinha começado. Quatro anos depois, com o fracasso, em junho de 2007 da última medida desesperada do Presidente Bush – “The Surge” – a capacidade ofensiva dos Estados Unidos está exaurida *. As forças armadas americanas nada mais podem fazer e tem menos controle da situação do que nunca.

Talvez, a mais clara indicação de que a guerra no Iraque não mais está sob controle americano seja o anúncio da Turquia de planos para invadir o norte do Iraque, o lar dos curdos iraquianos. Enquanto junho de 2007 chega ao fim, o Ministro do Exterior da Turquia, Abdullah Gul declarou que se as forças americanas ou iraquianas não eliminarem as guerrilhas curdas que estão atacando a Turquia, o exército turco irá se mover para dentro do norte do Iraque para lidar com a situação.

O Ministro do Exterior, Gul, foi inequívoco: “Os planos militares foram traçados em seus menores detalhes. O governo conhece esses planos e concorda com eles. Se nem o governo iraquiano, nem as forças ocupantes americanas podem fazer isto [esmagar as guerrilhas], nós tomaremos nossas próprias decisões e as implementaremos.”

O ultimato coloca o Presidente Bush em uma situação impossível. Nem o governo iraquiano, nem os militares americanos tem os meios para lidar com as guerrilhas curdas em suas fortalezas nas montanhas. Os militares americanos não podem, sequer, ocupar Bagdá. O governo iraquiano existe, tão somente, em nome, e pode ser encontrado, apenas, em seus escritórios localizados dentro da Zona Verde, fortificada e protegida pelos americanos, em Bagdá. E mais ainda, se o governo, apenas nominal, iraquiano tem algum apoio, ele é oriundo dos curdos no norte do Iraque.

O restante do Iraque é controlado por insurgentes sunitas e milícias xiitas. Mesmo Basra, no sul, foi abandonada ás milícias xiitas pelos aliados britânicos de Bush.

O distendido Império Americano não tem quaisquer tropas para enviar para o norte do Iraque. A OTAN, cuja carta a destinava a defender a Europa Ocidental da invasão soviética, deveria ter sido desmobilizada há duas décadas atrás. Hoje, a OTAN funciona como força auxiliar dos Estados Unidos e foi enviada para o Afeganistão, onde está sendo derrotada, como os britânicos e soviéticos foram antes.

Nas brumas desse caos ingovernável, o vice-presidente Cheney, o antigo embaixador de Bush na ONU, John Bolton e o restante do Bando de Guerra estão exigindo que os Estados Unidos ataquem o Irã, a Síria e o Hezbollah, no Líbano.

As conseqüências imprevistas do “passeio de guerra” já estão muito além da capacidade do governo Bush para administrá-las e irão atormentar os futuros governos por muitos anos. Para a administração dar início a novos atos de agressão no Oriente Médio, é ir além da temeridade para a insanidade.


____________________________

Paul Craig Roberts redigiu a Lei Kemp-Roth e foi Assistente-Secretário do Tesouro na Administração Reagan. Ele é Editor Associado da página de editorial do The Wall Street Journal e Editor-Colaborador da National Review.

------------------------------------------------------------

* : À propósito, as forças armadas americanas estão com problemas sérios. O recrutamento está caindo, mês após mês. e, por isso, os militares americanos estão rebaixando os padrões de aptidão física dos candidatos a recrutas. Pesquisas mostram que, devido a guerra impopular no Iraque, somente um décimo da juventude americana manifesta o desejo de servir às forças armadas. Esse é o índice mais baixo da história desse tipo de pesquisa.

Enviado: Qui Jul 05, 2007 10:53 am
por Sniper
Austrália admite estar no Iraque pelo petróleo

A Austrália admitiu, pela primeira vez, que um dos motivos pelos quais se envolveu na guerra do Iraque foi para "garantir petróleo". A declaração foi feita pelo ministro da Defesa, Brendan Nelson, que disse que manter "fontes de segurança" no Oriente Médio era uma prioridade para o governo do país.
A Austrália foi um dos aliados dos Estados Unidos na ofensiva contra o Iraque em 2003 e ainda mantém 1,5 mil soldados na região. "O que estamos divulgando hoje determina muitas prioridades para a defesa da Austrália, e a segurança é uma delas. Obviamente, o Oriente Médio, não apenas o Iraque, mas a região inteira, é um importante fornecedor de energia, de petróleo principalmente, para o resto do mundo", afirmou Nelson.

O ministro da Defesa ponderou, no entanto, que por mais que a questão energética tivesse influenciado na decisão de participar da guerra, a principal razão para que as tropas australianas ainda estejam no Iraque é para impedir que a "crise humanitária" piore.

Mentiras
Críticos do governo vêm acusando o primeiro-ministro australiano, John Howard, de falar mentiras sobre o Iraque. Segundo políticos da oposição, o premiê teria insistido em 2003, ano da invasão, que a campanha para derrubar Saddam Hussein do poder nada tinha a ver com o interesse no petróleo.

Grupos de protesto contra a guerra disseram que a declaração de governo australiano prova que "a invasão liderada pelos Estados Unidos foi motivada mais pelo desejo de ter petróleo do que por uma tentativa genuína de impedir a proliferação das armas de destruição em massa".

Os ministros australianos rejeitaram as críticas e voltaram a dizer que vão manter o compromisso de ajudar os Estados Unidos a estabilizar o Iraque e a combater o terrorismo. Eles ainda ressaltaram que não haverá nenhuma "retirada prematura" das forças australianas da região.

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1737206-EI308,00.html

Enviado: Qui Jul 05, 2007 11:12 am
por P44
Austrália admite estar no Iraque pelo petróleo

A Austrália admitiu, pela primeira vez, que um dos motivos pelos quais se envolveu na guerra do Iraque foi para "garantir petróleo".


pelo menos estes já o admitiram, faltam os outros
:roll:

Enviado: Qui Jul 05, 2007 11:46 am
por Sniper
P44 escreveu:
Austrália admite estar no Iraque pelo petróleo

A Austrália admitiu, pela primeira vez, que um dos motivos pelos quais se envolveu na guerra do Iraque foi para "garantir petróleo".


pelo menos estes já o admitiram, faltam os outros
:roll:


Se é petróleo que eles querem, por que não metem as caras no Irã como fizeram com o defunto Iraque :?: :twisted: :twisted: :twisted:

Em minha humilde opinião, o Irã sim é uma grave ameaça a paz mundial, com um projeto atômico (com fins militares) em andamento e ameaçando riscar outros países do mapa... :evil:

Enviado: Qui Jul 05, 2007 12:02 pm
por BrasileiroBR
Sniper escreveu:Austrália admite estar no Iraque pelo petróleo

A Austrália admitiu, pela primeira vez, que um dos motivos pelos quais se envolveu na guerra do Iraque foi para "garantir petróleo". A declaração foi feita pelo ministro da Defesa, Brendan Nelson, que disse que manter "fontes de segurança" no Oriente Médio era uma prioridade para o governo do país.
A Austrália foi um dos aliados dos Estados Unidos na ofensiva contra o Iraque em 2003 e ainda mantém 1,5 mil soldados na região. "O que estamos divulgando hoje determina muitas prioridades para a defesa da Austrália, e a segurança é uma delas. Obviamente, o Oriente Médio, não apenas o Iraque, mas a região inteira, é um importante fornecedor de energia, de petróleo principalmente, para o resto do mundo", afirmou Nelson.

O ministro da Defesa ponderou, no entanto, que por mais que a questão energética tivesse influenciado na decisão de participar da guerra, a principal razão para que as tropas australianas ainda estejam no Iraque é para impedir que a "crise humanitária" piore.

Mentiras
Críticos do governo vêm acusando o primeiro-ministro australiano, John Howard, de falar mentiras sobre o Iraque. Segundo políticos da oposição, o premiê teria insistido em 2003, ano da invasão, que a campanha para derrubar Saddam Hussein do poder nada tinha a ver com o interesse no petróleo.

Grupos de protesto contra a guerra disseram que a declaração de governo australiano prova que "a invasão liderada pelos Estados Unidos foi motivada mais pelo desejo de ter petróleo do que por uma tentativa genuína de impedir a proliferação das armas de destruição em massa".

Os ministros australianos rejeitaram as críticas e voltaram a dizer que vão manter o compromisso de ajudar os Estados Unidos a estabilizar o Iraque e a combater o terrorismo. Eles ainda ressaltaram que não haverá nenhuma "retirada prematura" das forças australianas da região.

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1737206-EI308,00.html


depois de ler isso....

seria de outro MUNDO pensar que os EUA poderiam invadir a Venezuela ? como diz o Chavez...

ou quem sabe a Amazonia

:twisted:

Enviado: Qui Jul 05, 2007 1:14 pm
por Einsamkeit
Mas todo mundo sabia disso, voce nao?

é obvio que era war for oil....

Isso nao justifica a republiqueta venezuelana de banana em nada...

Mas obvio que os comunas de plantao vao falar que é o proximo alvo é o Brasil, amazonia....

Enviado: Sáb Jul 07, 2007 9:40 pm
por EDSON
Einsamkeit escreveu:Mas todo mundo sabia disso, voce nao?

é obvio que era war for oil....

Isso nao justifica a republiqueta venezuelana de banana em nada...

Mas obvio que os comunas de plantao vao falar que é o proximo alvo é o Brasil, amazonia....



O camarada Edson aqui não falou nada.

Enviado: Sáb Jul 07, 2007 10:30 pm
por Kratos
BrasileiroBR escreveu:
Sniper escreveu:Austrália admite estar no Iraque pelo petróleo

A Austrália admitiu, pela primeira vez, que um dos motivos pelos quais se envolveu na guerra do Iraque foi para "garantir petróleo". A declaração foi feita pelo ministro da Defesa, Brendan Nelson, que disse que manter "fontes de segurança" no Oriente Médio era uma prioridade para o governo do país.
A Austrália foi um dos aliados dos Estados Unidos na ofensiva contra o Iraque em 2003 e ainda mantém 1,5 mil soldados na região. "O que estamos divulgando hoje determina muitas prioridades para a defesa da Austrália, e a segurança é uma delas. Obviamente, o Oriente Médio, não apenas o Iraque, mas a região inteira, é um importante fornecedor de energia, de petróleo principalmente, para o resto do mundo", afirmou Nelson.

O ministro da Defesa ponderou, no entanto, que por mais que a questão energética tivesse influenciado na decisão de participar da guerra, a principal razão para que as tropas australianas ainda estejam no Iraque é para impedir que a "crise humanitária" piore.

Mentiras
Críticos do governo vêm acusando o primeiro-ministro australiano, John Howard, de falar mentiras sobre o Iraque. Segundo políticos da oposição, o premiê teria insistido em 2003, ano da invasão, que a campanha para derrubar Saddam Hussein do poder nada tinha a ver com o interesse no petróleo.

Grupos de protesto contra a guerra disseram que a declaração de governo australiano prova que "a invasão liderada pelos Estados Unidos foi motivada mais pelo desejo de ter petróleo do que por uma tentativa genuína de impedir a proliferação das armas de destruição em massa".

Os ministros australianos rejeitaram as críticas e voltaram a dizer que vão manter o compromisso de ajudar os Estados Unidos a estabilizar o Iraque e a combater o terrorismo. Eles ainda ressaltaram que não haverá nenhuma "retirada prematura" das forças australianas da região.

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1737206-EI308,00.html


depois de ler isso....

seria de outro MUNDO pensar que os EUA poderiam invadir a Venezuela ? como diz o Chavez...

ou quem sabe a Amazonia


:twisted:


Seria sim, completamente de outro mundo.

Enviado: Sáb Jul 07, 2007 10:56 pm
por Bolovo
EDSON escreveu:
Einsamkeit escreveu:Mas todo mundo sabia disso, voce nao?

é obvio que era war for oil....

Isso nao justifica a republiqueta venezuelana de banana em nada...

Mas obvio que os comunas de plantao vao falar que é o proximo alvo é o Brasil, amazonia....



O camarada Edson aqui não falou nada.

Zhukov era amigo pessoal da Eisenhower.

Enviado: Ter Jul 10, 2007 11:34 am
por EDSON
Bolovo escreveu:
EDSON escreveu:
Einsamkeit escreveu:Mas todo mundo sabia disso, voce nao?

é obvio que era war for oil....

Isso nao justifica a republiqueta venezuelana de banana em nada...

Mas obvio que os comunas de plantao vao falar que é o proximo alvo é o Brasil, amazonia....



O camarada Edson aqui não falou nada.

Zhukov era amigo pessoal da Eisenhower.



Amizade durante a guerra, não após.

Negócios a parte.

Zhukov, o caçador de exércitos nazifascistas.

Arquiteto da Cañas moderna.

Enviado: Ter Jul 10, 2007 11:40 am
por EDSON
Clermont escreveu:MARÇO DE 2003.

Por Paul Craig Roberts – 03 de julho de 2007.

John Lukacs em sua monografia, June 1941: Hitler and Stalin, relata que “os melhores especialistas militares em todo o mundo previram a derrota da União Soviética dentro de umas poucas semanas, ou em dois meses, no máximo”, seguindo-se à invasão da Rússia por Hitler, em 22 de junho de 1941.

Embora a soberba máquina militar alemã tenha tido um excelente desempenho, pelo início de 1943 sua capacidade ofensiva estava exaurida e os alemães foram derrotados em Stalingrado. A Alemanha perdeu a guerra um ano e meio antes de os Estados Unidos efeturarem a invasão da Normandia. Se Hitler não tivesse exaurido o Exército alemão na Rússia, uma invasão americana da Normandia não poderia ter sido contemplada.

Lukacs se ocupa com as conseqüências imprevistas do 22 de junho de 1941. Não é tão cedo, ou tão tarde, para nos ocuparmos com as conseqüências imprevistas do 20 de março de 2003.

Mais de quatro anos atrás, o Pentágono e seus conselheiros neo-conservadores e propagandistas da imprensa prometeram aos americanos um “passeio de guerra” com entre três e seis semanas de duração. Seis semanas depois, em 2 de maio de 2003, no mais desastrado factóide de propaganda da história, o Presidente Bush pousou no porta-aviões “USS Lincoln”, cuja torre tinha sido enfeitada com uma faixa declarando “Missão Cumprida”, e anunciou o fim das grandes operações de combate no Iraque.

De fato, a guerra mal tinha começado. Quatro anos depois, com o fracasso, em junho de 2007 da última medida desesperada do Presidente Bush – “The Surge” – a capacidade ofensiva dos Estados Unidos está exaurida *. As forças armadas americanas nada mais podem fazer e tem menos controle da situação do que nunca.

Talvez, a mais clara indicação de que a guerra no Iraque não mais está sob controle americano seja o anúncio da Turquia de planos para invadir o norte do Iraque, o lar dos curdos iraquianos. Enquanto junho de 2007 chega ao fim, o Ministro do Exterior da Turquia, Abdullah Gul declarou que se as forças americanas ou iraquianas não eliminarem as guerrilhas curdas que estão atacando a Turquia, o exército turco irá se mover para dentro do norte do Iraque para lidar com a situação.

O Ministro do Exterior, Gul, foi inequívoco: “Os planos militares foram traçados em seus menores detalhes. O governo conhece esses planos e concorda com eles. Se nem o governo iraquiano, nem as forças ocupantes americanas podem fazer isto [esmagar as guerrilhas], nós tomaremos nossas próprias decisões e as implementaremos.”

O ultimato coloca o Presidente Bush em uma situação impossível. Nem o governo iraquiano, nem os militares americanos tem os meios para lidar com as guerrilhas curdas em suas fortalezas nas montanhas. Os militares americanos não podem, sequer, ocupar Bagdá. O governo iraquiano existe, tão somente, em nome, e pode ser encontrado, apenas, em seus escritórios localizados dentro da Zona Verde, fortificada e protegida pelos americanos, em Bagdá. E mais ainda, se o governo, apenas nominal, iraquiano tem algum apoio, ele é oriundo dos curdos no norte do Iraque.

O restante do Iraque é controlado por insurgentes sunitas e milícias xiitas. Mesmo Basra, no sul, foi abandonada ás milícias xiitas pelos aliados britânicos de Bush.

O distendido Império Americano não tem quaisquer tropas para enviar para o norte do Iraque. A OTAN, cuja carta a destinava a defender a Europa Ocidental da invasão soviética, deveria ter sido desmobilizada há duas décadas atrás. Hoje, a OTAN funciona como força auxiliar dos Estados Unidos e foi enviada para o Afeganistão, onde está sendo derrotada, como os britânicos e soviéticos foram antes.

Nas brumas desse caos ingovernável, o vice-presidente Cheney, o antigo embaixador de Bush na ONU, John Bolton e o restante do Bando de Guerra estão exigindo que os Estados Unidos ataquem o Irã, a Síria e o Hezbollah, no Líbano.

As conseqüências imprevistas do “passeio de guerra” já estão muito além da capacidade do governo Bush para administrá-las e irão atormentar os futuros governos por muitos anos. Para a administração dar início a novos atos de agressão no Oriente Médio, é ir além da temeridade para a insanidade.


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Paul Craig Roberts redigiu a Lei Kemp-Roth e foi Assistente-Secretário do Tesouro na Administração Reagan. Ele é Editor Associado da página de editorial do The Wall Street Journal e Editor-Colaborador da National Review.

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* : À propósito, as forças armadas americanas estão com problemas sérios. O recrutamento está caindo, mês após mês. e, por isso, os militares americanos estão rebaixando os padrões de aptidão física dos candidatos a recrutas. Pesquisas mostram que, devido a guerra impopular no Iraque, somente um décimo da juventude americana manifesta o desejo de servir às forças armadas. Esse é o índice mais baixo da história desse tipo de pesquisa.





A Turquia invadir o Iraque é até uma questão de sobrevivência do Estado Turco.

Enviado: Ter Jul 10, 2007 11:46 am
por P44
Pesquisa
Oposição à guerra do Iraque atinge novo recorde nos EUA

Plantão | Publicada em 10/07/2007 às 05h06m
EFE

WASHINGTON - A oposição à guerra do Iraque alcançou um novo recorde nos Estados Unidos, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira. Somente 29% dos americanos defendem a estratégia de Bush no Iraque, um retrocesso em relação aos 33% de apoio ao presidente no início de junnho, informa o jornal "USA Today", para o qual o grupo Gallup realizou a sondagem.

Um em cada cinco entrevistados, considera que o aumento de força dos EUA no Iraque este ano melhorou a situação, enquanto que para metada não houve diferença. Mais de 70% dos entrevistados querem a retirada das tropas americanas do país árabe.

Para 55% o Congresso deveria esperar o desenvolvimento de uma nova política até que o general David Patraeus, comandante das forças dos EUA no Iraque, apresenta sua avaliação sobre a situação em um relatório previsto para setembro, enquanto 40% querem que os parlmentares atuem já.


Pela primeira vez em uma pesquisa chegou a 62% o índice de 60% dos que consideram que o envio de tropas ao Iraque foi um erro.

A pesquisa revela também que o apoio a Bush entre republicanos caiu para 68% em comparação com os 92% e os 82% obtidos nas duas pesquisas anteriores realizadas pela mesma empresa. diz o jornal.


http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2007/ ... 712111.asp

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09 de julho de 2007 - 17:49
EUA devem lutar no Iraque por muitos anos, diz general


Segundo chefe das forças americanas, contra-insurgência é "missão de longo prazo"

LONDRES - O chefe das forças americanas no Iraque, o general David Petraeus, disse à BBC que a luta contra os rebeldes do país é uma "missão de longo prazo" e que ainda pode levar muitos anos.

Em entrevista ao jornalista John Simpson, da BBC, na cidade de Baquba, transmitida nesta segunda-feira, 9, o general afirma que há indícios de que as tropas americanas estão conquistando vitórias no campo de batalha.

Mas alertou que as forças americanas estão engajadas em uma "dura luta", que "ficará mais dura antes de se tornar mais fácil". Petraeus ressaltou que a violência no Iraque não é algo que deve desaparecer da noite para o dia.

"Eu não sei se serão décadas, mas a média para combater insurgentes é algo entre nove e dez anos de missão", afirmou o general.

Mais importante do que o prazo para estabilizar o Iraque, segundo o general, é o número de soldados necessários para continuar a ocupação do país.

"Acredito que a pergunta é em que nível... e, realmente, a pergunta é como podemos gradualmente reduzir nossas forças para que possamos reduzir a tensão no Exército, na nação e assim por diante", afirmou.




http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo ... 09/262.htm