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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Há ali umas parecenças!!! Ambos tem nomes sonantes que não lhes são originais! Ambos deram a ideia que iam recuperar isto mas fizeram mais porcaria... O Ótelo e o Socas são uma e a mesma pessoa!! Já alguém viu os dois juntos?
Kids - there is no Santa. Those gifts were from your parents. Happy New Year from Wikileaks
- Túlio
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
O Prepe véio ainda vai manifestar profundas SAUDADES do nosso bueno D. Sócas I, o Inginheiro, do mesmo modo que, após esbravejar e esbravejar, admitiu que o pérfido Santanaz não era tão ruim assim...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
A história das duas personagens da foto é muito complexa (Otelo Saraiva de Carvalho e Mário Soares), foi o Soares que deu o indulto presidencial, o perdão às FP25, organização terrorista,
Porque esse assunto não é off topic? Porque as FP25 foram financiadas pela CIA. Alguns vão ficar espantados, mas não é nenhum segredo, existe abundante documentação.
È um assunto complexo na nossa história recente.
Porque esse assunto não é off topic? Porque as FP25 foram financiadas pela CIA. Alguns vão ficar espantados, mas não é nenhum segredo, existe abundante documentação.
È um assunto complexo na nossa história recente.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
01/11/2011 - 11h06
EUA devem abandonar base no Quirguistão, disse presidente eleito
BISQUEQUE, Quirguistão, 1 Nov 2011 (AFP) -Os Estados Unidos terão que fechar a base militar que mantêm no Quirguistão para apoiar operações no Afeganistão, disse nesta terça-feira o presidente eleito desta República do centro da Ásia, Almazbek Atambayev.
Este alto funcionário, atualmente primeiro-ministro e eleito presidente por maioria esmagadora no domingo, afirmou que os Estados Unidos terão que deixar a base de Manas depois que os contratos de concessão expirarem em 2014.
"Nosso país honrará todos os seus acordos internacionais, mas alertamos a embaixada dos Estados Unidos que terá que fechar a base em 2014", disse Atambayev a jornalistas.
A ex-república soviética é a única em todo o mundo que hospeda bases militares tanto da Rússia como dos Estados Unidos, em um reflexo da recente rivalidade entre Moscou e Washington em uma região turbulenta, mas rica em recursos energéticos.
Denominada oficialmente Centro de Trânsito de Manas, a base arrendada pelos Estados Unidos está situada em um aeroporto civil nas imediações da capital do Quirguistão, Biskek.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) já traçou uma estratégia para retirar todas as suas tropas do Afeganistão até o final de 2014.
Atambayev acrescentou que não acreditava que a base proporcionasse uma segurança de longo prazo para seu país.
"Estamos dispostos a criar centros de trânsito civil, mas não bases militares, com Estados Unidos, Rússia ou qualquer outro país interessado", disse.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... leito.jhtm
EUA devem abandonar base no Quirguistão, disse presidente eleito
BISQUEQUE, Quirguistão, 1 Nov 2011 (AFP) -Os Estados Unidos terão que fechar a base militar que mantêm no Quirguistão para apoiar operações no Afeganistão, disse nesta terça-feira o presidente eleito desta República do centro da Ásia, Almazbek Atambayev.
Este alto funcionário, atualmente primeiro-ministro e eleito presidente por maioria esmagadora no domingo, afirmou que os Estados Unidos terão que deixar a base de Manas depois que os contratos de concessão expirarem em 2014.
"Nosso país honrará todos os seus acordos internacionais, mas alertamos a embaixada dos Estados Unidos que terá que fechar a base em 2014", disse Atambayev a jornalistas.
A ex-república soviética é a única em todo o mundo que hospeda bases militares tanto da Rússia como dos Estados Unidos, em um reflexo da recente rivalidade entre Moscou e Washington em uma região turbulenta, mas rica em recursos energéticos.
Denominada oficialmente Centro de Trânsito de Manas, a base arrendada pelos Estados Unidos está situada em um aeroporto civil nas imediações da capital do Quirguistão, Biskek.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) já traçou uma estratégia para retirar todas as suas tropas do Afeganistão até o final de 2014.
Atambayev acrescentou que não acreditava que a base proporcionasse uma segurança de longo prazo para seu país.
"Estamos dispostos a criar centros de trânsito civil, mas não bases militares, com Estados Unidos, Rússia ou qualquer outro país interessado", disse.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... leito.jhtm
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Isto tem alguma coisa a ver com o facto de eu ter sido chamado de mentiroso compulsivo esquizofrenico no topo desta mesma página sem que você se tenha dado ao trabalho de escrever uma linha ?Assim, o usuário PT está sendo ADVERTIDO: ou modera seu comportamento e se torna mais tolerante para com opiniões diversas da sua ou será Moderado por nós com mais rigor.
Tenha santa paciência
- Túlio
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Lemos MAIS do que UMA página e mesmo MAIS do que UM tópico, PT...
E o que está escrito em verde é SÉRIO.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Túlio escreveu:O Prepe véio ainda vai manifestar profundas SAUDADES do nosso bueno D. Sócas I, o Inginheiro, do mesmo modo que, após esbravejar e esbravejar, admitiu que o pérfido Santanaz não era tão ruim assim...
Ainda não cheguei a tanto...
Triste sina ter nascido português
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional ... t_id=32752EUA: milhares de indignados bloqueiam porto de Oakland [com fotos]
3 de Novembro, 2011
Desde Setembro o movimento Occupy Wall Street tomou conta de várias cidades norte-americanas, hoje milhares de manifestantes declararam vitória ao ocuparem o porto de Oakland durante cerca de cinco horas.
Todas as actividades de um porto que anualmente movimenta 39 mil milhões de dólares foram suspensas durante cerca de cinco horas.
O bloqueio das actividades do porto teve como objectivo destacar a greve geral mobilizada para aquela cidade e na qual participaram cerca de 4500 pessoas.
Ao final da tarde os manifestantes deixaram o porto e marcharam de volta ao centro da cidade. Seria nessa altura que os ânimos se exaltaram, com a polícia a intervir depois de ser acessa uma fogueira em pleno centro da cidade.
Foi disparado gás lacrimogéneo para dispersar a multidão e houve confrontos com as forças de segurança. Há apenas dois feridos a registar.
Os activistas continuam nas ruas. É possível acompanhar os acontecimentos através de sites que disponibilizam ligações em directo com os protestantes de Oakland.
Veja aqui as imagens do protesto
http://sol.sapo.pt/inicio/galerias/foto ... t_id=32757
SOL
Triste sina ter nascido português
Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
EE UU acusa a China del robo “persistente” de su tecnología
elpais.com
El crecimiento económico de China está basado en el robo sistemático y creciente de la tecnología norteamericana y de otros países de Occidente, según un informe oficial del Gobierno de Estados Unidos que describe con inusitada claridad lo que considera una de las mayores amenazas a la legítima competencia comercial en este tiempo de avanzados sistemas de comunicación.
“Los agentes chinos son los más activos y persistentes perpetradores mundiales de espionaje económico. Compañías privadas y especialistas en el ciberespacio han descubierto numerosos ataques e incursiones en redes de ordenadores originados en China”, afirma el informe de la inteligencia estadounidense que fue presentado hoy en el Congreso.
“Los servicios de espionaje de China, así como compañías privadas y otras entidades de ese país, han tratado de usar frecuentemente a ciudadanos chinos o a personas con lazos familiares con China que tienen acceso a redes corporativas para robar secretos mediante el uso de dispositivos móviles o correos electrónicos. De los siete casos que fueron juzgados bajo la Ley de Espionaje Económico en 2010, siete tenían lazos con China”, asegura el Gobierno norteamericano.
El documento cita también a Rusia como el segundo país cuyos servicios de espionaje han dedicado más esfuerzos y recursos para acceder a la tecnología de EE UU, que resulta fundamental para el propio despegue tecnológico que intenta ese país desde hace años. Los responsables estadounidenses advierten también del riesgo de que los secretos robados acaben “en manos de activistas políticos y sociales y de grupos de hackers, como Wikileaks”.
Es difícil conocer con exactitud el perjuicio económico que ese tipo de espionaje supone para las empresas norteamericanas, aunque algunos expertos han calculado que en el año 2009 se perdieron al menos 50.000 millones de dólares por este concepto. El informe asegura que algunos países europeos, como Alemania, Francia y el Reino Unido, han detectado también actividades similares de parte de China y Rusia, y han denunciado también un daño de varios decenas de millones de dólares para su industria nacional.
Los gobiernos de China y Rusia ha negado habitualmente estas acusaciones y, aunque han admitido ciertas prácticas aisladas de pirateo originadas en sus países, se han resistido a poner en marcha una legislación eficaz para impedirlas, pese a las insistentes presiones en ese sentido. Este informe de la inteligencia norteamericana eleva hasta un límite sin precedentes esa presión y menciona por su nombre a algunos ciudadanos chinos que habrían actuado con autorización, o al menos sin la oposición, de las autoridades chinas. Esta denuncia podría abrir un nuevo frente de conflicto en las relaciones diplomáticas con China en vísperas del encuentro que Barack Obama tiene previsto sostener con el presidente chino, Hu Jintao, la próxima semana en la cumbre de la APEC.
Amenaza creciente para los próximos años
El Gobierno norteamericano considera que el desarrollo de los sistemas de comunicación y la demanda ciudadana de una mayor transparencia convierten el peligro del espionaje en una amenaza creciente en los próximos años. “La proliferación de dispositivos móviles para conectarse a Internet y a otras redes seguirá dando nuevas oportunidades para cometer espionaje”, afirma el documento. “La tendencia, tanto de organizaciones privadas como de los gobiernos a compartir y almacenar información supondrá un desafío mayor para garantizar la seguridad y la integridad de la información delicada”.
EE UU asegura que los objetivos principales del espionaje chino y ruso son: la tecnología de información y comunicación -“la línea medular de casi todas las demás tecnologías”- los datos sobre recursos naturales, la tecnología militar -“particularmente de sistemas marinos, de vehículos aéreos sin tripulación y otras tecnologías aeroespaciales y aeronáuticas”- y la tecnologías de sectores económicos en los que se espera un rápido crecimiento en los próximos años, como la relacionada con el medio ambiente y las energías limpias.
Pese a que el grueso de este informe está dedicado al espionaje comercial, también refleja la preocupación por el acceso a la información de carácter militar, sobre todo de parte de China, un país que presenta abiertamente competencia a EE UU por el liderazgo mundial y que está interesado en la modernización y fortalecimiento de sus fuerzas armadas. El Gobierno chino, por ejemplo, presionó en su día al de Pakistán, con el que tiene muy buenas relaciones, para que le permitiese acceso al helicóptero que los soldados norteamericanos dejaron abandonados en la residencia en la que mataron a Osama bin Laden.
Este conflicto sobre el espionaje puede agravarse en el futuro en la medida en que la desconfianza entre China y EE UU crezca y cada vez sea más difícil impedir el acceso a la información. En el trasfondo de este debate se encuentra la necesidad de buscar nuevos mecanismos para el control de Internet y de generar un nuevo modelo de relaciones diplomáticas basadas en la colaboración en aquellos aspectos que se están convirtiendo en intereses universales.
elpais.com
El crecimiento económico de China está basado en el robo sistemático y creciente de la tecnología norteamericana y de otros países de Occidente, según un informe oficial del Gobierno de Estados Unidos que describe con inusitada claridad lo que considera una de las mayores amenazas a la legítima competencia comercial en este tiempo de avanzados sistemas de comunicación.
“Los agentes chinos son los más activos y persistentes perpetradores mundiales de espionaje económico. Compañías privadas y especialistas en el ciberespacio han descubierto numerosos ataques e incursiones en redes de ordenadores originados en China”, afirma el informe de la inteligencia estadounidense que fue presentado hoy en el Congreso.
“Los servicios de espionaje de China, así como compañías privadas y otras entidades de ese país, han tratado de usar frecuentemente a ciudadanos chinos o a personas con lazos familiares con China que tienen acceso a redes corporativas para robar secretos mediante el uso de dispositivos móviles o correos electrónicos. De los siete casos que fueron juzgados bajo la Ley de Espionaje Económico en 2010, siete tenían lazos con China”, asegura el Gobierno norteamericano.
El documento cita también a Rusia como el segundo país cuyos servicios de espionaje han dedicado más esfuerzos y recursos para acceder a la tecnología de EE UU, que resulta fundamental para el propio despegue tecnológico que intenta ese país desde hace años. Los responsables estadounidenses advierten también del riesgo de que los secretos robados acaben “en manos de activistas políticos y sociales y de grupos de hackers, como Wikileaks”.
Es difícil conocer con exactitud el perjuicio económico que ese tipo de espionaje supone para las empresas norteamericanas, aunque algunos expertos han calculado que en el año 2009 se perdieron al menos 50.000 millones de dólares por este concepto. El informe asegura que algunos países europeos, como Alemania, Francia y el Reino Unido, han detectado también actividades similares de parte de China y Rusia, y han denunciado también un daño de varios decenas de millones de dólares para su industria nacional.
Los gobiernos de China y Rusia ha negado habitualmente estas acusaciones y, aunque han admitido ciertas prácticas aisladas de pirateo originadas en sus países, se han resistido a poner en marcha una legislación eficaz para impedirlas, pese a las insistentes presiones en ese sentido. Este informe de la inteligencia norteamericana eleva hasta un límite sin precedentes esa presión y menciona por su nombre a algunos ciudadanos chinos que habrían actuado con autorización, o al menos sin la oposición, de las autoridades chinas. Esta denuncia podría abrir un nuevo frente de conflicto en las relaciones diplomáticas con China en vísperas del encuentro que Barack Obama tiene previsto sostener con el presidente chino, Hu Jintao, la próxima semana en la cumbre de la APEC.
Amenaza creciente para los próximos años
El Gobierno norteamericano considera que el desarrollo de los sistemas de comunicación y la demanda ciudadana de una mayor transparencia convierten el peligro del espionaje en una amenaza creciente en los próximos años. “La proliferación de dispositivos móviles para conectarse a Internet y a otras redes seguirá dando nuevas oportunidades para cometer espionaje”, afirma el documento. “La tendencia, tanto de organizaciones privadas como de los gobiernos a compartir y almacenar información supondrá un desafío mayor para garantizar la seguridad y la integridad de la información delicada”.
EE UU asegura que los objetivos principales del espionaje chino y ruso son: la tecnología de información y comunicación -“la línea medular de casi todas las demás tecnologías”- los datos sobre recursos naturales, la tecnología militar -“particularmente de sistemas marinos, de vehículos aéreos sin tripulación y otras tecnologías aeroespaciales y aeronáuticas”- y la tecnologías de sectores económicos en los que se espera un rápido crecimiento en los próximos años, como la relacionada con el medio ambiente y las energías limpias.
Pese a que el grueso de este informe está dedicado al espionaje comercial, también refleja la preocupación por el acceso a la información de carácter militar, sobre todo de parte de China, un país que presenta abiertamente competencia a EE UU por el liderazgo mundial y que está interesado en la modernización y fortalecimiento de sus fuerzas armadas. El Gobierno chino, por ejemplo, presionó en su día al de Pakistán, con el que tiene muy buenas relaciones, para que le permitiese acceso al helicóptero que los soldados norteamericanos dejaron abandonados en la residencia en la que mataron a Osama bin Laden.
Este conflicto sobre el espionaje puede agravarse en el futuro en la medida en que la desconfianza entre China y EE UU crezca y cada vez sea más difícil impedir el acceso a la información. En el trasfondo de este debate se encuentra la necesidad de buscar nuevos mecanismos para el control de Internet y de generar un nuevo modelo de relaciones diplomáticas basadas en la colaboración en aquellos aspectos que se están convirtiendo en intereses universales.
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1001 ... cada.shtml
Extrema pobreza nos EUA cresce mais de um terço em uma década
DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
O número de cidadãos americanos que vivem na extrema pobreza aumentou em mais de um terço na última década, revela um estudo da Brookings Institution publicado nesta quinta-feira.
Nos últimos dez anos, o número de pessoas vivendo nos Estados Unidos abaixo da linha de pobreza (US$ 22.314 dólares ao ano para família de quatro membros) cresceu em 12,3 milhões, destaca o centro de estudos.
Assim, o número de americanos que vivem na pobreza atingiu "o histórico topo de 46,2 milhões", o que equivale a mais de 15% da população do país.
Brookings, que baseou seu estudo em dados do Censo dos Estados Unidos entre 2000 e 2009, verificou que os níveis de pobreza evoluíram de forma distinta segundo a região.
Enquanto em cidades do Meio Oeste como Detroit, Michigan e Dayton (Ohio) a pobreza quase dobrou, em outras, do Sul, como Baton Rouge (Louisiana) e Jackson (Mississipi), avançou em um terço.
O centro de estudos destaca que esta queda de renda eliminou os progressos econômicos verificados na década de 1990.
"Estas tendências sugerem que a força econômica do final dos anos 1990 não resolveu de forma permanente o desafio de bolsões de pobreza concentrada" em certas zonas.
"O menor crescimento econômico da última década, seguido pela pior recessão em anos, incrementou os bolsões de extrema pobreza mais uma vez em todo o país, particularmente nas pequenas comunidades metropolitanas e nos subúrbios, especialmente no Meio Oeste".
Extrema pobreza nos EUA cresce mais de um terço em uma década
DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
O número de cidadãos americanos que vivem na extrema pobreza aumentou em mais de um terço na última década, revela um estudo da Brookings Institution publicado nesta quinta-feira.
Nos últimos dez anos, o número de pessoas vivendo nos Estados Unidos abaixo da linha de pobreza (US$ 22.314 dólares ao ano para família de quatro membros) cresceu em 12,3 milhões, destaca o centro de estudos.
Assim, o número de americanos que vivem na pobreza atingiu "o histórico topo de 46,2 milhões", o que equivale a mais de 15% da população do país.
Brookings, que baseou seu estudo em dados do Censo dos Estados Unidos entre 2000 e 2009, verificou que os níveis de pobreza evoluíram de forma distinta segundo a região.
Enquanto em cidades do Meio Oeste como Detroit, Michigan e Dayton (Ohio) a pobreza quase dobrou, em outras, do Sul, como Baton Rouge (Louisiana) e Jackson (Mississipi), avançou em um terço.
O centro de estudos destaca que esta queda de renda eliminou os progressos econômicos verificados na década de 1990.
"Estas tendências sugerem que a força econômica do final dos anos 1990 não resolveu de forma permanente o desafio de bolsões de pobreza concentrada" em certas zonas.
"O menor crescimento econômico da última década, seguido pela pior recessão em anos, incrementou os bolsões de extrema pobreza mais uma vez em todo o país, particularmente nas pequenas comunidades metropolitanas e nos subúrbios, especialmente no Meio Oeste".
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Por essas e outras que acho o IDH distorcido, ele por acaso é uma "média" que não leva em conta a concentração de renda?
[].
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- Sterrius
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
ae vc tem que ir pro IDH-D enlil.
Apesar que novamente voltamos ao ponto em que os dados do IDH desse ano são de 2005. Vai demorar ainda +alguns anos pro IDH usar dados de 2009/2010. Provavelmente apenas ano que vem ou em 2013.
E quanto mais gente for pra pobreza extrema nos EUA mais o mercado americano perde capacidade de movimentar e regenerar-se. Como nada tem sido feito pra colocar essas pessoas de novo na economia o futuro não parece bom.
Apesar que novamente voltamos ao ponto em que os dados do IDH desse ano são de 2005. Vai demorar ainda +alguns anos pro IDH usar dados de 2009/2010. Provavelmente apenas ano que vem ou em 2013.
E quanto mais gente for pra pobreza extrema nos EUA mais o mercado americano perde capacidade de movimentar e regenerar-se. Como nada tem sido feito pra colocar essas pessoas de novo na economia o futuro não parece bom.
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Concentração de riqueza ameaça fazer com que democracia nos EUA vire rótulo sem significado
Paul Krugman
A desigualdade econômica está de volta às manchetes, graças em grande parte ao movimento Occupy Wall Street, mas também por causa de uma assistência do Departamento de Orçamento do Congresso. E sabem o que isso significa? Que chegou a hora de desmascarar os grandes ocultadores da verdade!
A desigualdade econômica está de volta às manchetes, graças em grande parte ao movimento Occupy Wall Street, mas também por causa de uma assistência do Departamento de Orçamento do Congresso. E sabem o que isso significa? Que chegou a hora de desmascarar os grandes ocultadores da verdade!
Quem quer que tenha acompanhado essa questão sabe o que eu quero dizer. Toda vez que há uma ameaça de que seja revelado que as disparidades de renda são cada vez maiores, um grupo confiável de defensores da desigualdade procura ocultar os fatos. Institutos de pesquisa apresentam relatórios alegando que a desigualdade não está de fato em alta, ou que essa não é uma questão importante. Especialistas tentam colocar uma fachada mais benigna em frente a esse fenômeno, alegando que não se trata de fato de um conflito entre os ricos e o resto da população, mas sim entre os que têm escolaridade e os ignorantes.
Portanto, é preciso que se saiba que todas essas alegações são basicamente tentativas de ocultar a dura realidade: os norte-americanos vivem em uma sociedade na qual o dinheiro encontra-se cada vez mais concentrado nas mãos de poucas pessoas, e na qual essa concentração de renda e de riqueza ameaça fazer com que a democracia nos Estados Unidos se torne apenas um rótulo sem nenhum significado real.
O departamento do orçamento expôs parte dessa realidade terrível em um relatório recente, que documentou um declínio drástico da parcela de renda total que é destinada aos norte-americanos de rendimento baixo e médio. Nós ainda gostamos de achar que somos um país de classe média. Mas, considerando que 80% dos domicílios recebem atualmente menos do que a metade da renda total do país, essa ideia não corresponde à realidade.
Como resposta, os suspeitos atuais apresentaram alguns argumentos familiares: os dados estão incorretos (não estão); os ricos representam um grupo de indivíduos em constante mudança (mentira); e assim por diante. Atualmente o argumento mais popular parece ser, no entanto, a alegação de que nós podemos até não ser uma sociedade de classe média, mas somos ainda uma sociedade de classe média alta, na qual uma ampla classe de trabalhadores de alto nível educacional, que possuem as qualificações para competir no mundo moderno, está se saindo muito bem.
A história é bonita, e bem menos perturbadora do que o quadro de uma nação na qual um grupo muito menor de indivíduos ricos está se tornando cada vez mais dominante. Mas não se trata de uma história verdadeira.
Os trabalhadores com diploma universitário estão, de fato, se saindo melhor do que aqueles que não cursaram o terceiro grau, e a lacuna entre eles está de forma geral aumentando com o passar do tempo. Mas os norte-americanos de alto nível de escolaridade não estão de forma alguma imunes à estagnação de salário e à crescente insegurança econômica. Os ganhos salariais para a maioria dos trabalhadores com diploma universitário têm sido medíocres (e inexistentes desde 2000), e nem mesmo aqueles com qualificação ainda mais alta podem mais esperar conseguir empregos com bons benefícios. E um fato notável é que esses trabalhadores com diploma universitário básico, mas que não têm pós-graduação, contam com menor possibilidade de obter cobertura de seguro saúde vinculada ao emprego do que os trabalhadores em 1979 que tinham apenas o segundo grau.
Sendo assim, quem está embolsando com os grandes lucros? Uma minoria rica muito pequena.
O relatório do departamento do orçamento nos mostra que essencialmente toda a redistribuição de renda de baixo para cima, que teve origem na parcela de 80% da população que tem menos dinheiro, foi destinada ao grupo do 1% de norte-americanos mais ricos. Os seja, os manifestantes que dizem representar os interesses dos 99% acertaram na mosca, e os especialistas que lhes asseguram solenemente que tudo diz respeito de fato ao nível educacional, e não aos lucros de uma pequena elite, estão completamente equivocados.
Se os manifestantes estiverem cometendo algum erro quanto à estimativa, eles estarão errando por subestimarem o número de pessoas que estão sendo subtraídas no processo de divisão de riquezas. O relatório recente do departamento do orçamento não faz uma análise detalhada do grupo do 1% mais rico, mas um relatório anterior, que só cobre o período até 2005, mostrou que quase dois terços da parcela de riqueza crescente dos 1% mais ricos na verdade foram parar na verdade nos bolsos de 0,1% indivíduos mais ricos desse grupo – o um milésimo de norte-americanos mais ricos, que viram as suas rendas aumentarem em mais de 400% de 1979 a 2005.
E quem faz parte desse grupo de 0,1% mais ricos? Seriam eles heroicos empresários criadores de empregos? Não, em sua maioria eles são executivos de corporações. Pesquisas recentes revelam que cerca de 60% dos 0,1% mais ricos são executivos de companhias não financeiras ou indivíduos que ganham o seu dinheiro com finanças, ou seja, via de regra, o pessoal de Wall Street. Acrescentemos a este grupo os advogados e os integrantes do setor imobiliário e teremos mais de 70% dessa fatia de um milésimo de sortudos.
Mas por que essa concentração crescente de riqueza em tão poucas mãos tem importância? Parte da resposta é que a desigualdade crescente significa que a maioria das famílias não recebe a sua fatia do crescimento econômico. Além disso, assim que um indivíduo percebe o quanto os ricos ficaram mais ricos, o argumento de que impostos e salários mais altos deveriam fazer parte de qualquer acordo de longo prazo referente ao orçamento se torna muito mais convincente.
A resposta mais abrangente, no entanto, é que a concentração intensa de renda é incompatível com uma democracia real. Será que alguém poderia negar com seriedade que o nosso sistema político encontra-se distorcido pela influência do grande capital e que essa distorção está se agravando à medida que a riqueza de uns poucos fica cada vez maior?
Alguns especialistas estão tentando afirmar que as preocupações quanto à desigualdade crescente não passam de bobagem. Mas a verdade é que a própria natureza da nossa sociedade encontra-se ameaçada.
Paul Krugman
Professor de Princeton e colunista do New York Times desde 1999, Krugman venceu o prêmio Nobel de economia em 2008
Tradução: UOL
Fonte: UOL
http://planobrasil.com/2011/11/05/conce ... gnificado/
[]'s.
Paul Krugman
A desigualdade econômica está de volta às manchetes, graças em grande parte ao movimento Occupy Wall Street, mas também por causa de uma assistência do Departamento de Orçamento do Congresso. E sabem o que isso significa? Que chegou a hora de desmascarar os grandes ocultadores da verdade!
A desigualdade econômica está de volta às manchetes, graças em grande parte ao movimento Occupy Wall Street, mas também por causa de uma assistência do Departamento de Orçamento do Congresso. E sabem o que isso significa? Que chegou a hora de desmascarar os grandes ocultadores da verdade!
Quem quer que tenha acompanhado essa questão sabe o que eu quero dizer. Toda vez que há uma ameaça de que seja revelado que as disparidades de renda são cada vez maiores, um grupo confiável de defensores da desigualdade procura ocultar os fatos. Institutos de pesquisa apresentam relatórios alegando que a desigualdade não está de fato em alta, ou que essa não é uma questão importante. Especialistas tentam colocar uma fachada mais benigna em frente a esse fenômeno, alegando que não se trata de fato de um conflito entre os ricos e o resto da população, mas sim entre os que têm escolaridade e os ignorantes.
Portanto, é preciso que se saiba que todas essas alegações são basicamente tentativas de ocultar a dura realidade: os norte-americanos vivem em uma sociedade na qual o dinheiro encontra-se cada vez mais concentrado nas mãos de poucas pessoas, e na qual essa concentração de renda e de riqueza ameaça fazer com que a democracia nos Estados Unidos se torne apenas um rótulo sem nenhum significado real.
O departamento do orçamento expôs parte dessa realidade terrível em um relatório recente, que documentou um declínio drástico da parcela de renda total que é destinada aos norte-americanos de rendimento baixo e médio. Nós ainda gostamos de achar que somos um país de classe média. Mas, considerando que 80% dos domicílios recebem atualmente menos do que a metade da renda total do país, essa ideia não corresponde à realidade.
Como resposta, os suspeitos atuais apresentaram alguns argumentos familiares: os dados estão incorretos (não estão); os ricos representam um grupo de indivíduos em constante mudança (mentira); e assim por diante. Atualmente o argumento mais popular parece ser, no entanto, a alegação de que nós podemos até não ser uma sociedade de classe média, mas somos ainda uma sociedade de classe média alta, na qual uma ampla classe de trabalhadores de alto nível educacional, que possuem as qualificações para competir no mundo moderno, está se saindo muito bem.
A história é bonita, e bem menos perturbadora do que o quadro de uma nação na qual um grupo muito menor de indivíduos ricos está se tornando cada vez mais dominante. Mas não se trata de uma história verdadeira.
Os trabalhadores com diploma universitário estão, de fato, se saindo melhor do que aqueles que não cursaram o terceiro grau, e a lacuna entre eles está de forma geral aumentando com o passar do tempo. Mas os norte-americanos de alto nível de escolaridade não estão de forma alguma imunes à estagnação de salário e à crescente insegurança econômica. Os ganhos salariais para a maioria dos trabalhadores com diploma universitário têm sido medíocres (e inexistentes desde 2000), e nem mesmo aqueles com qualificação ainda mais alta podem mais esperar conseguir empregos com bons benefícios. E um fato notável é que esses trabalhadores com diploma universitário básico, mas que não têm pós-graduação, contam com menor possibilidade de obter cobertura de seguro saúde vinculada ao emprego do que os trabalhadores em 1979 que tinham apenas o segundo grau.
Sendo assim, quem está embolsando com os grandes lucros? Uma minoria rica muito pequena.
O relatório do departamento do orçamento nos mostra que essencialmente toda a redistribuição de renda de baixo para cima, que teve origem na parcela de 80% da população que tem menos dinheiro, foi destinada ao grupo do 1% de norte-americanos mais ricos. Os seja, os manifestantes que dizem representar os interesses dos 99% acertaram na mosca, e os especialistas que lhes asseguram solenemente que tudo diz respeito de fato ao nível educacional, e não aos lucros de uma pequena elite, estão completamente equivocados.
Se os manifestantes estiverem cometendo algum erro quanto à estimativa, eles estarão errando por subestimarem o número de pessoas que estão sendo subtraídas no processo de divisão de riquezas. O relatório recente do departamento do orçamento não faz uma análise detalhada do grupo do 1% mais rico, mas um relatório anterior, que só cobre o período até 2005, mostrou que quase dois terços da parcela de riqueza crescente dos 1% mais ricos na verdade foram parar na verdade nos bolsos de 0,1% indivíduos mais ricos desse grupo – o um milésimo de norte-americanos mais ricos, que viram as suas rendas aumentarem em mais de 400% de 1979 a 2005.
E quem faz parte desse grupo de 0,1% mais ricos? Seriam eles heroicos empresários criadores de empregos? Não, em sua maioria eles são executivos de corporações. Pesquisas recentes revelam que cerca de 60% dos 0,1% mais ricos são executivos de companhias não financeiras ou indivíduos que ganham o seu dinheiro com finanças, ou seja, via de regra, o pessoal de Wall Street. Acrescentemos a este grupo os advogados e os integrantes do setor imobiliário e teremos mais de 70% dessa fatia de um milésimo de sortudos.
Mas por que essa concentração crescente de riqueza em tão poucas mãos tem importância? Parte da resposta é que a desigualdade crescente significa que a maioria das famílias não recebe a sua fatia do crescimento econômico. Além disso, assim que um indivíduo percebe o quanto os ricos ficaram mais ricos, o argumento de que impostos e salários mais altos deveriam fazer parte de qualquer acordo de longo prazo referente ao orçamento se torna muito mais convincente.
A resposta mais abrangente, no entanto, é que a concentração intensa de renda é incompatível com uma democracia real. Será que alguém poderia negar com seriedade que o nosso sistema político encontra-se distorcido pela influência do grande capital e que essa distorção está se agravando à medida que a riqueza de uns poucos fica cada vez maior?
Alguns especialistas estão tentando afirmar que as preocupações quanto à desigualdade crescente não passam de bobagem. Mas a verdade é que a própria natureza da nossa sociedade encontra-se ameaçada.
Paul Krugman
Professor de Princeton e colunista do New York Times desde 1999, Krugman venceu o prêmio Nobel de economia em 2008
Tradução: UOL
Fonte: UOL
http://planobrasil.com/2011/11/05/conce ... gnificado/
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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência
Minas de carvão e keynesianos militares
28 de outubro de 2011 | 16h52
Paul Krugman
Ah, então temos agora um novo princípio de economia : os gastos do governo não podem criar empregos, mas os cortes nas despesas do governo podem destruir empregos – desde que estes empregos estejam no setor da defesa.
Levou meses de disputas – a ameaça de uma paralisação do governo, um risco ainda maior de um calote da dívida nacional, e agora uma nova ameaça, de enormes cortes automáticos nos programas da defesa e do Medicare – mas a obsessão do Congresso com o déficit finalmente expôs a mais rara de todas as espécies: a dos keynesianos republicanos.
Com pouco menos de um mês até a Super Comissão sobre o déficit público recomendar as políticas necessárias para um corte em 10 anos de um déficit de US$ 1,2 trilhão, membros do Partido Republicano – o mesmo partido que está no caminho de uma guerra para que sejam feitos cortes profundos nas despesas, e que condena o “estímulo fracassado” do presidente Obama – estão fornecendo argumentos inusitados contra os cortes nas despesas. Se os cortes forem exagerados, rápidos demais, eles advertem, as pessoas perderão seus empregos!
…
Além disso – cortes no Exército – ou eliminando programas ou dispensando soldados – resultará em graves custos econômicos”, escreveu o chairman Buck McKeon num artigo publicado pelo The Wall Street Journal, na semana passada. “Se a Super Comissão não conseguir chegar a um acordo, os cortes automáticos poderão eliminar até 800.000 postos de trabalho nos setores industrial civil e no serviço ativo (o Exército). Isso aumentará nossa taxa de desemprego em um ponto porcentual, o fechamento de estaleiros e linhas de montagem e prejudicará a base industrial que é necessária para nossas tropas serem supridas e equipadas.
Uma ideia neste caso é que um keynesiano é um austríaco cujos contribuintes para sua campanha estão para perder um contrato lucrativo. Mas também nos leva a um argumento de Keynes, quando ele sugeriu enterrar garrafas cheias de dinheiro em minas de carvão desativadas para que a empresa privada voltar a explorá-las e, no processo, criar empregos:
É curioso como o senso comum, procurando escapar destas conclusões absurdas, tem se inclinado a preferir formas inteiramente “esbanjadoras” de gastos com empréstimos em vez de formas apenas parcialmente perdulárias, as quais, porque não são totalmente esbanjadoras, tendem a ser julgadas com base em princípios estritamente “comerciais”.
Por exemplo, uma ajuda para reduzir o desemprego financiada por empréstimos é mais prontamente aceita do que financiar um progresso a um custo inferior à taxa atual de juros; enquanto a forma de cavar buracos na terra conhecida como mineração de ouro, que não só acrescenta nada à riqueza real do mundo, mas envolve um mal uso da mão de obra, é a mais aceitável de todas as soluções.
E é exatamente isso. Se for proposto algum tipo de investimento público, digamos, em energia verde, ouviremos gritos de “Solyndra! Desperdício! Fraude!” Mas proponha o mesmo montante de gastos em armas que não precisamos e está tudo bem.
Se conseguirmos convencer os republicanos de que a energia solar ou o transporte de massa são um completo desperdício, mas que iriam contrariar algumas potências estrangeiras – os franceses, aí está! – um grande programa de estímulo seria aprovado.
28 de outubro de 2011 | 16h52
Paul Krugman
Ah, então temos agora um novo princípio de economia : os gastos do governo não podem criar empregos, mas os cortes nas despesas do governo podem destruir empregos – desde que estes empregos estejam no setor da defesa.
Levou meses de disputas – a ameaça de uma paralisação do governo, um risco ainda maior de um calote da dívida nacional, e agora uma nova ameaça, de enormes cortes automáticos nos programas da defesa e do Medicare – mas a obsessão do Congresso com o déficit finalmente expôs a mais rara de todas as espécies: a dos keynesianos republicanos.
Com pouco menos de um mês até a Super Comissão sobre o déficit público recomendar as políticas necessárias para um corte em 10 anos de um déficit de US$ 1,2 trilhão, membros do Partido Republicano – o mesmo partido que está no caminho de uma guerra para que sejam feitos cortes profundos nas despesas, e que condena o “estímulo fracassado” do presidente Obama – estão fornecendo argumentos inusitados contra os cortes nas despesas. Se os cortes forem exagerados, rápidos demais, eles advertem, as pessoas perderão seus empregos!
…
Além disso – cortes no Exército – ou eliminando programas ou dispensando soldados – resultará em graves custos econômicos”, escreveu o chairman Buck McKeon num artigo publicado pelo The Wall Street Journal, na semana passada. “Se a Super Comissão não conseguir chegar a um acordo, os cortes automáticos poderão eliminar até 800.000 postos de trabalho nos setores industrial civil e no serviço ativo (o Exército). Isso aumentará nossa taxa de desemprego em um ponto porcentual, o fechamento de estaleiros e linhas de montagem e prejudicará a base industrial que é necessária para nossas tropas serem supridas e equipadas.
Uma ideia neste caso é que um keynesiano é um austríaco cujos contribuintes para sua campanha estão para perder um contrato lucrativo. Mas também nos leva a um argumento de Keynes, quando ele sugeriu enterrar garrafas cheias de dinheiro em minas de carvão desativadas para que a empresa privada voltar a explorá-las e, no processo, criar empregos:
É curioso como o senso comum, procurando escapar destas conclusões absurdas, tem se inclinado a preferir formas inteiramente “esbanjadoras” de gastos com empréstimos em vez de formas apenas parcialmente perdulárias, as quais, porque não são totalmente esbanjadoras, tendem a ser julgadas com base em princípios estritamente “comerciais”.
Por exemplo, uma ajuda para reduzir o desemprego financiada por empréstimos é mais prontamente aceita do que financiar um progresso a um custo inferior à taxa atual de juros; enquanto a forma de cavar buracos na terra conhecida como mineração de ouro, que não só acrescenta nada à riqueza real do mundo, mas envolve um mal uso da mão de obra, é a mais aceitável de todas as soluções.
E é exatamente isso. Se for proposto algum tipo de investimento público, digamos, em energia verde, ouviremos gritos de “Solyndra! Desperdício! Fraude!” Mas proponha o mesmo montante de gastos em armas que não precisamos e está tudo bem.
Se conseguirmos convencer os republicanos de que a energia solar ou o transporte de massa são um completo desperdício, mas que iriam contrariar algumas potências estrangeiras – os franceses, aí está! – um grande programa de estímulo seria aprovado.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla