Missão de Paz no Haiti
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LIÇÕES DO HAITI
O Haiti é aqui?
O poder de polícia
O general Augusto Heleno, que comandou a missão de paz da ONU no Haiti, não tem dúvida de que as tropas brasileiras estão preparadas para uma atuação em favelas do Rio de Janeiro, depois da experiência de campo nas favelas de Porto Príncipe: "Já estamos no sexto contingente, trocando pelo sétimo. São quadros profissionais que tiveram uma experiência que, no Brasil, não teriam jamais, uma vivência real de combate, trocando tiro, aprendendo a reconhecer o terreno, dominando o medo. Tenho certeza de que estamos preparados", garante o general. Mas ressalta que "as diferenças marcantes têm que ser muito bem consideradas".
A primeira é o aspecto político, "porque lá nós estamos trabalhando sob a égide da ONU, com regras de engajamento bem definidas e bem compreendidas pelas tropas". Depois de três anos, com troca de contingentes a cada seis meses, o treinamento já está sendo feito de maneira bastante sofisticada: "Hoje nós treinamos o contingente que vai viajar nos seis meses anteriores exaustivamente, de modo que eles já chegam lá conhecendo bem todas as normas. Cada um deles sabe o que pode e o que não pode fazer".
Ao contrário, no Brasil, ele chama a atenção para o fato de que o Exército "não tem até hoje amparo legal para atuar nessas operações": "O nosso poder de polícia é limitado, limitadíssimo. Se não tivermos esse poder de polícia, o nosso sargento, o nosso soldado, vão sentar no banco dos réus. Este é um risco que nós não queremos correr: colocar nossos soldados diante de uma condenação por causa de uma operação", diz o general, que hoje trabalha no gabinete do comandante do Exército.
Ele diz que é claro que, nas regras do ato de engajamento da Missão de Paz, "está especificado que é preciso tomar cuidado com danos colaterais. A ação tem que ter proporcionalidade de forças, tudo isso, mas o nosso soldado sabe que se enfrentar um ato hostil, pode reagir que não será condenado".
O general se apressa a esclarecer que, "em nenhum momento a gente pensa em tomar o lugar da polícia, que é mais adestrada para esse tipo de operação, ela conhece a bandidagem. Ninguém pode abrir mão da colaboração da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Polícia Federal".
O que os militares querem, segundo o general Heleno, "é que no momento em que formos chamados, possamos assumir o comando da operação e coordená-la, de maneira que todos trabalhem com a sua habilidade". Ele lembra que mesmo o poder de polícia que foi dado ao Exército nas áreas de fronteira é contestado por alguns juristas porque foi feita por uma lei complementar, que seria um instrumento inadequado para este tipo de decisão.
Outro ponto importante destacado pelo general Heleno é que no Haiti o soldado não mora na área conflagrada. "Ele não tem família para ser ameaçada, este é um problema seríssimo no Rio de Janeiro." Há também uma diferença fundamental entre o tipo de bandidagem nas favelas de Porto Príncipe e as do Rio: "Lá o tráfico de drogas é mínimo, a defesa de posições dos traficantes do Rio é muito mais forte e os armamentos, mais pesados. Eles estão defendendo um comércio que rende muito dinheiro e a reação é muito mais violenta", ressalta o general.
O senador Cristovam Buarque (PDT), que esteve no Haiti, tem muitas dúvidas sobre a ação do Exército no combate ao crime organizado no Brasil, embora admita que já foi mais contrário e agora, ante a gravidade da situação, concorde em rever sua posição:
"Do ponto de vista técnico, não tenho a menor dúvida de que o Exército virá muito mais preparado. Tive que andar de capacete e colete à prova de bala, mas vi como eles estavam conquistando a população. Mas do ponto de vista político, da ética das Forças Armadas, é diferente. Lá eles estão enfrentando estrangeiros. Os bandidos do Brasil são bandidos, mas são brasileiros", analisa o senador.
Para ele, não é só o fato de que o Exército acabaria matando brasileiros: "É o de que pode acontecer de soldados brasileiros serem mortos por bandidos. Quebraria a pureza da função das Forças Armadas, que é defender o país. No Haiti, estamos a serviço das Nações Unidas".
Para o deputado federal Fernando Gabeira, outro que esteve no Haiti e acompanhou a primeira fase, de conquista de Bel-Air, "a fórmula não é muito complicada de replicar no Rio". Ele lembra que no início era muito difícil fazer operações conjuntas com policiais do Haiti, "pois eles avisavam os bandidos. Tiveram que apreender os telefones celulares deles e impor uma ordem à polícia".
Já o sociólogo Antonio Jorge Ramalho da Rocha, da Universidade de Brasília, que está trabalhando no Haiti junto à Missão de Paz, acha que as Forças Armadas podem ser utilizadas nas operações de impacto "desde que definido adequadamente o marco legal de sua atuação - o que ainda não se fez no Brasil". Ele lembra que a missão das Forças Armadas brasileiras está expressa na Constituição, nas Leis Complementares, e apenas subsidiariamente envolve o que no Brasil se chama de Garantia da Lei e da Ordem.
"A missão está clara; a visão do que se espera das Forças Armadas não está. O projeto de Força, os cenários de emprego, o dimensionamento das tropas, sua capacitação específica, nada disso está definido precisamente pelas autoridades políticas do Executivo e do Legislativo, que parecem ter outras prioridades."
Ele considera que "a omissão é das autoridades civis e remonta ao período da transição. No Brasil, o tema da relação entre civis e militares ainda é tabu; não viramos completamente a página de 1964. A sociedade ainda não avaliou desapaixonadamente os erros e acertos do regime de 1964 e não decidiu o que quer de suas Forças Armadas. E cabe fazê-lo".
O poder de polícia
O general Augusto Heleno, que comandou a missão de paz da ONU no Haiti, não tem dúvida de que as tropas brasileiras estão preparadas para uma atuação em favelas do Rio de Janeiro, depois da experiência de campo nas favelas de Porto Príncipe: "Já estamos no sexto contingente, trocando pelo sétimo. São quadros profissionais que tiveram uma experiência que, no Brasil, não teriam jamais, uma vivência real de combate, trocando tiro, aprendendo a reconhecer o terreno, dominando o medo. Tenho certeza de que estamos preparados", garante o general. Mas ressalta que "as diferenças marcantes têm que ser muito bem consideradas".
A primeira é o aspecto político, "porque lá nós estamos trabalhando sob a égide da ONU, com regras de engajamento bem definidas e bem compreendidas pelas tropas". Depois de três anos, com troca de contingentes a cada seis meses, o treinamento já está sendo feito de maneira bastante sofisticada: "Hoje nós treinamos o contingente que vai viajar nos seis meses anteriores exaustivamente, de modo que eles já chegam lá conhecendo bem todas as normas. Cada um deles sabe o que pode e o que não pode fazer".
Ao contrário, no Brasil, ele chama a atenção para o fato de que o Exército "não tem até hoje amparo legal para atuar nessas operações": "O nosso poder de polícia é limitado, limitadíssimo. Se não tivermos esse poder de polícia, o nosso sargento, o nosso soldado, vão sentar no banco dos réus. Este é um risco que nós não queremos correr: colocar nossos soldados diante de uma condenação por causa de uma operação", diz o general, que hoje trabalha no gabinete do comandante do Exército.
Ele diz que é claro que, nas regras do ato de engajamento da Missão de Paz, "está especificado que é preciso tomar cuidado com danos colaterais. A ação tem que ter proporcionalidade de forças, tudo isso, mas o nosso soldado sabe que se enfrentar um ato hostil, pode reagir que não será condenado".
O general se apressa a esclarecer que, "em nenhum momento a gente pensa em tomar o lugar da polícia, que é mais adestrada para esse tipo de operação, ela conhece a bandidagem. Ninguém pode abrir mão da colaboração da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Polícia Federal".
O que os militares querem, segundo o general Heleno, "é que no momento em que formos chamados, possamos assumir o comando da operação e coordená-la, de maneira que todos trabalhem com a sua habilidade". Ele lembra que mesmo o poder de polícia que foi dado ao Exército nas áreas de fronteira é contestado por alguns juristas porque foi feita por uma lei complementar, que seria um instrumento inadequado para este tipo de decisão.
Outro ponto importante destacado pelo general Heleno é que no Haiti o soldado não mora na área conflagrada. "Ele não tem família para ser ameaçada, este é um problema seríssimo no Rio de Janeiro." Há também uma diferença fundamental entre o tipo de bandidagem nas favelas de Porto Príncipe e as do Rio: "Lá o tráfico de drogas é mínimo, a defesa de posições dos traficantes do Rio é muito mais forte e os armamentos, mais pesados. Eles estão defendendo um comércio que rende muito dinheiro e a reação é muito mais violenta", ressalta o general.
O senador Cristovam Buarque (PDT), que esteve no Haiti, tem muitas dúvidas sobre a ação do Exército no combate ao crime organizado no Brasil, embora admita que já foi mais contrário e agora, ante a gravidade da situação, concorde em rever sua posição:
"Do ponto de vista técnico, não tenho a menor dúvida de que o Exército virá muito mais preparado. Tive que andar de capacete e colete à prova de bala, mas vi como eles estavam conquistando a população. Mas do ponto de vista político, da ética das Forças Armadas, é diferente. Lá eles estão enfrentando estrangeiros. Os bandidos do Brasil são bandidos, mas são brasileiros", analisa o senador.
Para ele, não é só o fato de que o Exército acabaria matando brasileiros: "É o de que pode acontecer de soldados brasileiros serem mortos por bandidos. Quebraria a pureza da função das Forças Armadas, que é defender o país. No Haiti, estamos a serviço das Nações Unidas".
Para o deputado federal Fernando Gabeira, outro que esteve no Haiti e acompanhou a primeira fase, de conquista de Bel-Air, "a fórmula não é muito complicada de replicar no Rio". Ele lembra que no início era muito difícil fazer operações conjuntas com policiais do Haiti, "pois eles avisavam os bandidos. Tiveram que apreender os telefones celulares deles e impor uma ordem à polícia".
Já o sociólogo Antonio Jorge Ramalho da Rocha, da Universidade de Brasília, que está trabalhando no Haiti junto à Missão de Paz, acha que as Forças Armadas podem ser utilizadas nas operações de impacto "desde que definido adequadamente o marco legal de sua atuação - o que ainda não se fez no Brasil". Ele lembra que a missão das Forças Armadas brasileiras está expressa na Constituição, nas Leis Complementares, e apenas subsidiariamente envolve o que no Brasil se chama de Garantia da Lei e da Ordem.
"A missão está clara; a visão do que se espera das Forças Armadas não está. O projeto de Força, os cenários de emprego, o dimensionamento das tropas, sua capacitação específica, nada disso está definido precisamente pelas autoridades políticas do Executivo e do Legislativo, que parecem ter outras prioridades."
Ele considera que "a omissão é das autoridades civis e remonta ao período da transição. No Brasil, o tema da relação entre civis e militares ainda é tabu; não viramos completamente a página de 1964. A sociedade ainda não avaliou desapaixonadamente os erros e acertos do regime de 1964 e não decidiu o que quer de suas Forças Armadas. E cabe fazê-lo".
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Jauro.
Capacete azul jordaniano morre após acidente de trânsito
Defesanet 18 Junho 2007
Defesa @ Net
Capacete azul jordaniano morre após acidente de trânsito no Haiti
Kaiser Konrad, Canoas/RS
Porto Príncipe, 16 de junho - Um dos quatro capacetes azuis jordanianos feridos na semana passada em um acidente de trânsito, em Porto Príncipe, morreu em um hospital da República Dominicana, informou hoje a Missão de Estabilização das Nações Unidas para o Haiti (Minustah).
O falecido é Hamedan Bani Ahmad, motorista do veículo da ONU acidentado no dia 8 de junho, ao capotar durante uma patrulha em Cité Soleil, periferia norte da capital haitiana. O militar que chegou no Haiti em 12 de maio, morreu na quinta-feira em um hospital na capital dominicana.
Outro dos jordanianos acidentados ainda está internado na República Dominicana, cujo estado é "crítico".Os outros dois ocupantes do veículo sofreram ferimentos leves e foram atendidos num hospital haitiano.
http://www.defesanet.com.br/zz/vi_cont_34x.htm
- Bolovo
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Funeral do Capacete Azul Jordaniano... que vá em paz!
Members of the Jordanian contigent of the 'Blue Helmets' of the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH), during a funeral service for Jordanian Cpl. Hamdan Bani Ahmad, in Port-au-Prince, Haiti, 22 June 2007. Hamdan Bani Ahmad died after a car accident on June 14th in a hospital in the capital of the neighbouring Dominican Republic, Santo Domingo. EPA/DAVID FERNANDEZ
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
boa tarde pessoal, já tem um tempinho q eu não posto, mas to sempre acompanhando o forum, hj começa uma serie de reportagens sobre a operação brasileira no haiti.
pior q nao sei a hora certa do jornal, eu sei q começa primeiro o jornal da band e depois vem o da record e o que começa por ultimo é o JN
Assista à série de reportagem especial do Jornal da Record sobre o Haiti.
O Jornal da Record veiculará, durante o período de 25 a 30 de junho de 2007, série de reportagem especial sobre o Haiti, inclusive com a participação da tropa brasileira na MINUSTAH.
pior q nao sei a hora certa do jornal, eu sei q começa primeiro o jornal da band e depois vem o da record e o que começa por ultimo é o JN
fredom escreveu:boa tarde pessoal, já tem um tempinho q eu não posto, mas to sempre acompanhando o forum, hj começa uma serie de reportagens sobre a operação brasileira no haiti.Assista à série de reportagem especial do Jornal da Record sobre o Haiti.
O Jornal da Record veiculará, durante o período de 25 a 30 de junho de 2007, série de reportagem especial sobre o Haiti, inclusive com a participação da tropa brasileira na MINUSTAH.
pior q nao sei a hora certa do jornal, eu sei q começa primeiro o jornal da band e depois vem o da record e o que começa por ultimo é o JN
Que merda, prova nesse horário. É bem capaz de alguem hospedar no YT.
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
- rodrigo
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Não sei se alguém viu, mas a pequena delegação do Haiti no PAN, além dos repórteres daquele país, fizeram grandes elogios à participação do Brasil na missão de paz naquele país. Podiam mandar para os bolivarianos que dizem ser uma intervenção colonialista.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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- Pablo Maica
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- rodrigo
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Foram promovidos a General de Exército os dois ex-comandantes da missão Haiti. Fica a minha homenagem, na minha opinião, aos dois melhores Generais do Exército Brasileiro:
[img]http://www.exercito.gov.br/NE/2007/07/10408/figuras/ELITO%20(José%20-%20Carvalho%20de%20Siqueira).jpg[/img]
José Elito Carvalho Siqueira é natural de Aracaju (SE). Praça de 15 de abril de 1964, foi declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Infantaria em 20 de dezembro de 1969. Gen Elito é FE.
Augusto Heleno Ribeiro Pereira é natural de Curitiba (PR). Praça de 26 de fevereiro de 1966, foi declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Cavalaria em 20 de dezembro de 1969. Gen Heleno, de acordo com o Lula, é metido, fala inglês e francês fluentemente.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
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João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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João Guimarães Rosa
rodrigo escreveu:
Augusto Heleno Ribeiro Pereira é natural de Curitiba (PR). Praça de 26 de fevereiro de 1966, foi declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Cavalaria em 20 de dezembro de 1969. Gen Heleno, de acordo com o Lula, é metido, fala inglês e francês fluentemente.
AAHhahaHaHaHhahA
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
- Cabral
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Soldado brasileiro morre no Haiti
Militar morreu ao tropeçar em fio de alta tensão.
Sargento ficou ferido ao tentar socorrer o soldado.
Do G1, em São Paulo entre em contato
O soldado brasileiro Rodrigo da Rocha Klein morreu ao sofrer uma descarga elétrica depois de tropeçar em um fio de alta tensão, por volta das 19h45 (21h45 de Brasília), nesta quinta-feira (2), em Porto Príncipe, no Haiti. Gaúcho de São Luiz Gonzaga, ele tinha 21 anos.
O sargento Luiz Guilherme Fagundes Caetano, de 23 anos, que ajudou a socorrer Klein, sofreu queimaduras, foi levado a um hospital local e não corre perigo de morte.
Segundo o Exército, esta foi a primeira morte de um brasileiro no Haiti em serviço.
Antes dele, o general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar, que fazia parte da Missão de Estabilização das Nações Unidas (ONU), foi encontrado morto em seu quarto em janeiro de 2006.
Confira a íntegra da nota oficial do Ministério da Defesa, divulgada nesta sexta-feira (3):
"O Ministério da Defesa e o Centro de Comunicação Social do Exército lamentam informar que, no dia 02 de agosto de 2007, por volta das 19:45 (hora local - HAITI), no Ponto Forte Dourados, bairro de Boston - PORTO PRÍNCIPE, o Soldado Rodrigo da Rocha Klein, de 21 anos, natural de SÃO LUIZ GONZAGA/RS, originário do 4º Regimento de Cavalaria Blindado, onde servia desde 2004 sofreu um acidente no momento que se deslocava na laje do ponto forte tropeçando em um fio de alta tensão da rede pública, onde recebeu uma descarga elétrica, vindo a falecer no local.
No momento do acidente o 3º Sargento Luiz Guilherme Fagundes Caetano, de 23 anos, da mesma unidade militar, tentou socorrer o militar e, em conseqüência, sofreu escoriações diversas e queimaduras nas mãos; o militar encontra-se baixado no Hospital Argentino da missão da ONU (MINUSTAH) e está fora de perigo.
O Comando do Batalhão Haiti e a MINUSTAH realizarão as investigações para a devida apuração do fato.
As famílias dos militares já foram informadas e assistidas. Aeronave da FAB deslocar-se-á para o HAITI para o traslado do militar falecido. Outras informações serão divulgadas oportunamente."
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... 02,00.html
Descanse em Paz
Militar morreu ao tropeçar em fio de alta tensão.
Sargento ficou ferido ao tentar socorrer o soldado.
Do G1, em São Paulo entre em contato
O soldado brasileiro Rodrigo da Rocha Klein morreu ao sofrer uma descarga elétrica depois de tropeçar em um fio de alta tensão, por volta das 19h45 (21h45 de Brasília), nesta quinta-feira (2), em Porto Príncipe, no Haiti. Gaúcho de São Luiz Gonzaga, ele tinha 21 anos.
O sargento Luiz Guilherme Fagundes Caetano, de 23 anos, que ajudou a socorrer Klein, sofreu queimaduras, foi levado a um hospital local e não corre perigo de morte.
Segundo o Exército, esta foi a primeira morte de um brasileiro no Haiti em serviço.
Antes dele, o general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar, que fazia parte da Missão de Estabilização das Nações Unidas (ONU), foi encontrado morto em seu quarto em janeiro de 2006.
Confira a íntegra da nota oficial do Ministério da Defesa, divulgada nesta sexta-feira (3):
"O Ministério da Defesa e o Centro de Comunicação Social do Exército lamentam informar que, no dia 02 de agosto de 2007, por volta das 19:45 (hora local - HAITI), no Ponto Forte Dourados, bairro de Boston - PORTO PRÍNCIPE, o Soldado Rodrigo da Rocha Klein, de 21 anos, natural de SÃO LUIZ GONZAGA/RS, originário do 4º Regimento de Cavalaria Blindado, onde servia desde 2004 sofreu um acidente no momento que se deslocava na laje do ponto forte tropeçando em um fio de alta tensão da rede pública, onde recebeu uma descarga elétrica, vindo a falecer no local.
No momento do acidente o 3º Sargento Luiz Guilherme Fagundes Caetano, de 23 anos, da mesma unidade militar, tentou socorrer o militar e, em conseqüência, sofreu escoriações diversas e queimaduras nas mãos; o militar encontra-se baixado no Hospital Argentino da missão da ONU (MINUSTAH) e está fora de perigo.
O Comando do Batalhão Haiti e a MINUSTAH realizarão as investigações para a devida apuração do fato.
As famílias dos militares já foram informadas e assistidas. Aeronave da FAB deslocar-se-á para o HAITI para o traslado do militar falecido. Outras informações serão divulgadas oportunamente."
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... 02,00.html
Descanse em Paz
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‘Ele sempre quis estar no Exército’, diz tio de soldado morto
Rodrigo Klein foi para o Haiti como voluntário, segundo a família.
Ele deve ser enterrado em São Luiz Gonzaga.
Tio do soldado brasileiro que morreu ao sofrer uma descarga elétrica no Haiti, Otto Klein disse ao G1 que o sobrinho Rodrigo da Rocha Klein sempre admirou militares. Desde criança, o jovem de 21 anos natural de São Luiz Gonzaga (RS) sonhava fazer parte do Exército brasileiro.
“Ele sempre quis estar no Exército, era o sonho dele. Desde pequeno adorava essas coisas”, afirma Otto, que viu o sobrinho pela última vez três dias antes dele embarcar, há dois meses. “O Rodrigo foi como voluntário e iria ficar por dois anos no Haiti. Além de gostar, estava pensando também no dinheiro. Ele iria ganhar mais.”
Segundo o tio do rapaz, o corpo de Rodrigo deve chegar a São Luiz Gonzaga na próxima quarta-feira (8), onde deve ser enterrado. O Exército informou que a liberação do corpo depende da ONU e deve acontecer a partir de terça-feira(7).
Os pais de Rodrigo moram em Minas Gerais, mas já estão a caminho do Rio Grande do Sul, de acordo com o tio. Ele tem mais dois irmãos que moram em São Luiz Gonzaga.
“Quando recebemos a notícia, foi um desespero total, ele era muito jovem. Estamos todos chocados”, afirma Otto Klein. “O pior é que foi uma morte boba, uma tragédia. Eles foram para tomar conta do lugar, não era uma guerra”, diz.
Acidente
Rodrigo da Rocha Klein morreu ao sofrer uma descarga elétrica depois de tropeçar em um fio de alta tensão, por volta das 19h45 (21h45 de Brasília), nesta quinta-feira (2), em Porto Príncipe, no Haiti.
O sargento Luiz Guilherme Fagundes Caetano, de 23 anos, que ajudou a socorrer Klein, sofreu queimaduras, foi levado a um hospital local e não corre perigo de morte.
Rodrigo Klein foi para o Haiti como voluntário, segundo a família.
Ele deve ser enterrado em São Luiz Gonzaga.
Tio do soldado brasileiro que morreu ao sofrer uma descarga elétrica no Haiti, Otto Klein disse ao G1 que o sobrinho Rodrigo da Rocha Klein sempre admirou militares. Desde criança, o jovem de 21 anos natural de São Luiz Gonzaga (RS) sonhava fazer parte do Exército brasileiro.
“Ele sempre quis estar no Exército, era o sonho dele. Desde pequeno adorava essas coisas”, afirma Otto, que viu o sobrinho pela última vez três dias antes dele embarcar, há dois meses. “O Rodrigo foi como voluntário e iria ficar por dois anos no Haiti. Além de gostar, estava pensando também no dinheiro. Ele iria ganhar mais.”
Segundo o tio do rapaz, o corpo de Rodrigo deve chegar a São Luiz Gonzaga na próxima quarta-feira (8), onde deve ser enterrado. O Exército informou que a liberação do corpo depende da ONU e deve acontecer a partir de terça-feira(7).
Os pais de Rodrigo moram em Minas Gerais, mas já estão a caminho do Rio Grande do Sul, de acordo com o tio. Ele tem mais dois irmãos que moram em São Luiz Gonzaga.
“Quando recebemos a notícia, foi um desespero total, ele era muito jovem. Estamos todos chocados”, afirma Otto Klein. “O pior é que foi uma morte boba, uma tragédia. Eles foram para tomar conta do lugar, não era uma guerra”, diz.
Acidente
Rodrigo da Rocha Klein morreu ao sofrer uma descarga elétrica depois de tropeçar em um fio de alta tensão, por volta das 19h45 (21h45 de Brasília), nesta quinta-feira (2), em Porto Príncipe, no Haiti.
O sargento Luiz Guilherme Fagundes Caetano, de 23 anos, que ajudou a socorrer Klein, sofreu queimaduras, foi levado a um hospital local e não corre perigo de morte.
- cabeça de martelo
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