Pensando em novas OM mecanizadas onde elas se fazem necessárias, na minha opinião, o EB pode fazer uma redistribuição das atuais brigadas cavalaria mecanizada da seguinte forma.
1a Bda Cav Mec - RS - transferida para o Paraná e agregada à 5a Divisão Cav Blda, junto com a 15a Bda Inf Mec e a 5a Bda Cav Blda, perfazendo uma DE ternária completa;
2a Bda Cav Mec - RS - mantem-se onde está subordinada à 3a Divisão Exército, junto com a 6a Bda Inf Blda e à 8a Bda Inf Mtz, também perfazendo um DE ternária completa;
3a Bda Cav Mec - RS - transferida para o Mato Grosso junto à 13a Bda Inf Mtz, com DE a ser criada a posteriori na região como prescrito nos últimos docs de referência em 2024 pelo exército;
4a Bda Cav Mec - MS - mantida no MS junto à 18a Bda Inf Fronteira.
Existe ainda a necessidade a meu ver de elevar no longo prazo o 18o RCM de Roraima a nível brigada cavalaria mecanizada, dado que esta única unidade não é suficiente para suprir a defesa das fronteiras do Estado, e menos ainda de cobrir o 7o BIS, única OM de infantaria presente naquele estado, que por sua vez não dá nem para começar pensar em defender os espaços que se tem por lá. E essa mania de "esperar a cavalaria vir para salvar o dia" é péssima e inviável, senão burra e contraditória, como se provou nos últimos movimentos que o EB se viu obrigado a fazer para reforçar as OM naquele estado. Toma na cabeça direto, mas não aprende. O mesmo talvez se aplique ao 23o EsqCavMec Sl, no Pará, subordinado à 23a Bda Inf Slv, unidade de pronto emprego da Forpron para a região.
Da mesma forma, existe apenas 1 RCM na região nordeste, subordinado à 10a Bda Inf Mtz Leve, sendo esta uma das duas brigadas inf mtz existentes na região, com outras tropas subordinadas às respectivas regiões militares em Salvador e Fortaleza. A região recebeu a 7a DE, que por sua vez não possui nenhuma U\SU prevista nos manuais, a não ser a Cia Cmdo Ap da divisão, e parou por aí. Não é preciso dizer que pelo menos 4 RCM seriam necessários na região, a fim de dotar as duas bdas existentes e ainda criar as outras duas bdas faltantes que lá se encontram dependendo das RM sudordinadas. Mas o nordeste nunca foi visto com bons olhos pelo EB em termos de necessidades, organização e mesmo disposição de tropas, ao contrário. Parece sempre ser um anátema na doutrina e estratégia que tem de ser suportada apenas, e não defendida, como todas as outras regiões do país.
Enfim, algumas coisas podem ser feitas de acordo com a movimentação de OM mecanizadas que já existem, e que estão ou subordinadas a RM, comando militares de área, brigadas e até mesmo divisões, o que não faz qualquer sentido, dadas as necessidades vistas acima. Afora os 12 RCM das 4 bda cav mec, existem ainda outros 3 RCM além deles, com EsqCavMec também dispostos fora das bdas também. É preciso repensar esta distribuição, que remonta à tempos e necessidades há muito ultrapassados e longe de caber na realidade atual e no futuro a curto e médio prazo.
Aliás, as 4 bdas inf mec seriam muito melhor equipadas se os seus EsqCavMec fossem elevados a RCM, o que as pouparia, e muito, de uma dependência exagerada do apoio das bdas cav mec e\ou de outras OM bldas. Mas isso já é outra história.
EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Olha só o tamanho do problema que estamos varrendo para debaixo do tapete para (tentar) resolver daqui a vinte e tantos anos.
4 Bda Inf Mec
VBTP - 648
VBC\VBE - 192
VBR MSR - 72 (EsqCavMec)
4 Bda Cav Mec
VBTP - 216
VBC\VBE - 192
VBR MSR - 216
8 Bda Cav\Inf Mecanizada - Artilharia Campanha
8 GAC AP SR - 144(-36) = 108
2 Bda Cav Blda - Esq Cav Mec
VBTP - 36
VBC\VBE -
VBR MSR -36
Total:
VBTP > 900
VBC\VBE > +384*
VBR MSR > 324 (221) = 103 saldo negativo
VBMT LSR > +1.000
* VBE PC, VBE COM, VBE OrT, VBE AMB, VBC AAe, VBC Mrt 120
Considere-se ainda a VBE Engenharia, que deve demandar em acréscimo ao equipamento de 8 Cia Eng Cbt Mec das bdas mecanizadas, ao menos, 144 veículos da família Guarani.
Não considerei os RCM e\ou EsqCavMec não subordinados as bdas cav\inf mecanizada. Se somada a demanda destas U\SU, os números acima se tornam cada vez maiores, e por conseguinte, mais distantes da realidade orçamentária do exército.
Para efeito de cálculo das VBC\VBE, considere-se o seguinte, conforme manuais de emprego a nível Batalhão ou Regimento, como abaixo:
VBE PC - 1 unde
VBE COM - 1 unde
VBE OrT - 1 unde
VBE AMB - 5 undes
VBC AAe - 4 undes
VBC Mrt 120 - 4 undes
Não sei especificar as quantidades destas viaturas a nível de Esquadrão Cavalaria Mecanizado, mas há previsão nos manuais para as mesmas nestas SU.
A VBC AC - será o LMV 2BR, contabilizado dentro das +1400 undes previstas a serem adquiridas.
A VBC AAe pode-se considerar sob duas hipóteses: emprego da UT30BR 2 antidrone ou RBS-70NG (3 UT+1 Radar). O emprego de uma e outra opção não está definido no EB. Existe previsão no manual para esta versão a nível Btl ou Regimento. Se será atendida, ou não, veremos.
A versão Porta Morteiro 81mm já está sendo repassada para as SU de emprego, através do kit desenvolvido pelo exército. A saber se será ou não substituído no futuro pelo modelo definitivo da VBC Mrt que poderá, eventualmente, dispor da capacidade de operar tanto com tubos de 120mm ou 81mm, a depender do modelo escolhido. Os veículos são VBTP adaptadas para levar o kit, sempre que demandados.
Como se sabe, muitas unidades mecanizadas do EB são incompletas, sendo do tipo I ou II a depender de onde estão e a que GU estão subordinadas. Os números acima, portanto, podem variar para mais ou para menos de acordo com a condição de cada OM.
Supondo que o EB venha a equipar suas bdas mecanizadas com uma bateria AAe mecanizada, prevê-se a adição de 62 unidades, entre UT e Radar, sendo que este número agrega todas as 8 bdas mecanizadas previstas, de forma que ainda haverá demanda para outras U\SU mecanizadas não consideradas nesta primeira encomenda. Ainda há também a complementaridade desta versão com a versão VBC AAe Can Aut, que deve ainda ser lançada nos próximos anos, e que poderá ser, ou não, algo baseado na plataforma UT30BR2 ou uma nova torre.
Bom, somando tudo o que se tem hoje em dia para equipar todas as OM mecanizadas existentes no EB, dentro e fora das bdas mecanizadas, é de se observar que os números até o momento proposto para aquisição de material mecanizado não cobre todas as necessidades quantitativas das OM existentes, de forma que ainda vamos ficar a dever no longo prazo a várias delas uma solução. Ou simplesmente manter do jeito que está, e empurrar possíveis soluções para mais ainda no futuro a longo prazo. Ou seja, qualquer coisa (muito) depois da década de 2040.
A ver.
4 Bda Inf Mec
VBTP - 648
VBC\VBE - 192
VBR MSR - 72 (EsqCavMec)
4 Bda Cav Mec
VBTP - 216
VBC\VBE - 192
VBR MSR - 216
8 Bda Cav\Inf Mecanizada - Artilharia Campanha
8 GAC AP SR - 144(-36) = 108
2 Bda Cav Blda - Esq Cav Mec
VBTP - 36
VBC\VBE -
VBR MSR -36
Total:
VBTP > 900
VBC\VBE > +384*
VBR MSR > 324 (221) = 103 saldo negativo
VBMT LSR > +1.000
* VBE PC, VBE COM, VBE OrT, VBE AMB, VBC AAe, VBC Mrt 120
Considere-se ainda a VBE Engenharia, que deve demandar em acréscimo ao equipamento de 8 Cia Eng Cbt Mec das bdas mecanizadas, ao menos, 144 veículos da família Guarani.
Não considerei os RCM e\ou EsqCavMec não subordinados as bdas cav\inf mecanizada. Se somada a demanda destas U\SU, os números acima se tornam cada vez maiores, e por conseguinte, mais distantes da realidade orçamentária do exército.
Para efeito de cálculo das VBC\VBE, considere-se o seguinte, conforme manuais de emprego a nível Batalhão ou Regimento, como abaixo:
VBE PC - 1 unde
VBE COM - 1 unde
VBE OrT - 1 unde
VBE AMB - 5 undes
VBC AAe - 4 undes
VBC Mrt 120 - 4 undes
Não sei especificar as quantidades destas viaturas a nível de Esquadrão Cavalaria Mecanizado, mas há previsão nos manuais para as mesmas nestas SU.
A VBC AC - será o LMV 2BR, contabilizado dentro das +1400 undes previstas a serem adquiridas.
A VBC AAe pode-se considerar sob duas hipóteses: emprego da UT30BR 2 antidrone ou RBS-70NG (3 UT+1 Radar). O emprego de uma e outra opção não está definido no EB. Existe previsão no manual para esta versão a nível Btl ou Regimento. Se será atendida, ou não, veremos.
A versão Porta Morteiro 81mm já está sendo repassada para as SU de emprego, através do kit desenvolvido pelo exército. A saber se será ou não substituído no futuro pelo modelo definitivo da VBC Mrt que poderá, eventualmente, dispor da capacidade de operar tanto com tubos de 120mm ou 81mm, a depender do modelo escolhido. Os veículos são VBTP adaptadas para levar o kit, sempre que demandados.
Como se sabe, muitas unidades mecanizadas do EB são incompletas, sendo do tipo I ou II a depender de onde estão e a que GU estão subordinadas. Os números acima, portanto, podem variar para mais ou para menos de acordo com a condição de cada OM.
Supondo que o EB venha a equipar suas bdas mecanizadas com uma bateria AAe mecanizada, prevê-se a adição de 62 unidades, entre UT e Radar, sendo que este número agrega todas as 8 bdas mecanizadas previstas, de forma que ainda haverá demanda para outras U\SU mecanizadas não consideradas nesta primeira encomenda. Ainda há também a complementaridade desta versão com a versão VBC AAe Can Aut, que deve ainda ser lançada nos próximos anos, e que poderá ser, ou não, algo baseado na plataforma UT30BR2 ou uma nova torre.
Bom, somando tudo o que se tem hoje em dia para equipar todas as OM mecanizadas existentes no EB, dentro e fora das bdas mecanizadas, é de se observar que os números até o momento proposto para aquisição de material mecanizado não cobre todas as necessidades quantitativas das OM existentes, de forma que ainda vamos ficar a dever no longo prazo a várias delas uma solução. Ou simplesmente manter do jeito que está, e empurrar possíveis soluções para mais ainda no futuro a longo prazo. Ou seja, qualquer coisa (muito) depois da década de 2040.
A ver.
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Se o EB trocou as VBTP Guarani por VBMT SLR, bem que poderia trocar também mais algumas pelo SuperAV 8x8 a fim de fazer par com os Centauro II nas Bda Cav Mec. Seriam pouco mais de 216 unidades, com um ganho operacional mais que reconhecível, e desejável, para estas GU. E ainda tem os dois EsqCavMec das bdas bldas.
Além desta questão, o Centauro II, como visto no post acima, está com um saldo negativo de mais de uma centena de unidades no caso de apor este bldo a todas as OM mec que se tem. Assim, uma alternativa a esta situação seria voltar a pensar em uma VBR MSR 6X6 Guarani para os EsqCavMec e\ou RCM orgânicos das bdas inf mec. Se equipado com canhão de 30\35\40mm + mísseis ou 90\105mm isso o tempo e as opções no mercado podem dizer. De qualquer forma seria bem mais barato do que o bldo italiano, que é mais do que improvável ver por aqui nas quantidades demandadas, caso mantidas a atuais disposições das tropas mecanizadas do EB.
No fim, como se vê nos números do post acima, as VBTP Guarani ainda estão longe de atingir as quantidades necessárias à completa dotação de todas as OM mecanizadas que se pretende com elas. E a necessidade urgente de dispor das suas VBC\VBE pressiona ainda mais o projeto, de forma que escolhas nada amistosas terão que ser feitas no curto e médio prazo.
Talvez seja hora de parar e repensar os critérios de ajustes para este projeto, de forma a torná-lo mais adequado à realidade não apenas orçamentária, mas, sobretudo, operacional que se vislumbra no futuro. Ainda temos tempo.
Além desta questão, o Centauro II, como visto no post acima, está com um saldo negativo de mais de uma centena de unidades no caso de apor este bldo a todas as OM mec que se tem. Assim, uma alternativa a esta situação seria voltar a pensar em uma VBR MSR 6X6 Guarani para os EsqCavMec e\ou RCM orgânicos das bdas inf mec. Se equipado com canhão de 30\35\40mm + mísseis ou 90\105mm isso o tempo e as opções no mercado podem dizer. De qualquer forma seria bem mais barato do que o bldo italiano, que é mais do que improvável ver por aqui nas quantidades demandadas, caso mantidas a atuais disposições das tropas mecanizadas do EB.
No fim, como se vê nos números do post acima, as VBTP Guarani ainda estão longe de atingir as quantidades necessárias à completa dotação de todas as OM mecanizadas que se pretende com elas. E a necessidade urgente de dispor das suas VBC\VBE pressiona ainda mais o projeto, de forma que escolhas nada amistosas terão que ser feitas no curto e médio prazo.
Talvez seja hora de parar e repensar os critérios de ajustes para este projeto, de forma a torná-lo mais adequado à realidade não apenas orçamentária, mas, sobretudo, operacional que se vislumbra no futuro. Ainda temos tempo.
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Re: EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani
Cara, vi agora.knigh7 escreveu: Sáb Jan 04, 2025 12:00 am @gabriel219
Na palestra dada pela equipe do Diretoria de Fabricação do Exército, uma capitã disse que a VBE Engenharia (Guarani) está tendo problema com excesso de peso no eixo dianteiro e que eles estão estudando uma maneira de mitigar isso.
Aproveitando seus conhecimentos de engenheiro, o que o EB poderia fazer na viatura
Depende que "problema de peso" é esse. Se for em termos de estabilidade, é fácil, só adicionar peso na parte traseira da viatura para equilibrar.
A verdade é que o Guarani em si é uma invenção mal feita do EB, deviam ter optado por uma versão do SuperAV e não uma invenção 6x6 totalmente nova ou mesmo o AMX quando desenvolvido. O fato de ser 6x6 sempre me pareceu um problema para versões como Engenharia, onde a adição de peso na parte frontal, que já é bem pesada no Guarani, seria significativa.
O Guarani é um 6x6 com tamanho, peso e altura de um 8x8.