EDIT/ATUALIZ - IVECO VBTP-MR Guarani

[knigh7]

[FCarvalho]

Não tinha visto este tipo de proteção da ALLTEC, mas ela é basicamente igual a que foi mostrada pelos israelenses em uma dessas Mostra BIDS Brasil de anos passados. Não sei dizer se é a própria blindagem israelense com um "selo nacional", ou se a empresa brasileira realmente desenvolveu esse modelo por conta própria, ou ainda baseada em soluções da parceira israelense.

O que achei tanto desta empresa, como da INBRA, são as placas de proteção add on anexadas diretamente no chassi do bldo, como visto nas imagens que coloquei aqui e conhecida de todos e que estariam homologadas para emprego.

Mas continua a questão: porque o exército, aparentemente, ainda não adotou de forma massiva nenhum modelo de blindagem add on e\ou spall liner para as VBTP Guarani até hoje?

Dizer que é falta de recursos não vale.

[knigh7]

O EB já comprou os kits (não sei se é para todas). O problema é que ele acrescenta 1,2 ton à viatura. Mas praticamente dobra a capacidade de proteção. Seria só para usá-lo em caso de necessidade mesmo.

[FCarvalho]

O EB já comprou os kits (não sei se é para todas). O problema é que ele acrescenta 1,2 ton à viatura. Mas praticamente dobra a capacidade de proteção. Seria só para usá-lo em caso de necessidade mesmo.

Os kits de que falas são o da figura acima ou aquelas placas de blindagem que a gente vê raramente
O peso de combate da VBTP é de 17,7 ton, conforme informação de catálogo da IDV, para operação anfíbia.
Essa 1,2 ton a mais seria acrescidas ao peso acima, ou algo teria que ser retirado dele a fim de não superar este limite?
Não consegui encontrar informação sobre o peso máximo que este bldo pode dispor, se é o caso de ultrapassar o limite do peso de combate, de forma a impedir a capacidade anfíbia.

[knigh7]

Sim, o kit é o que a gente vê raramente. Para que utilizá-lo sem necessidade se ele acrescenta um peso relavante

Não vejo problema algum nela, na blindagem adicional

[FCarvalho]

Sim, o kit é o que a gente vê raramente. Para que utilizá-lo sem necessidade se ele acrescenta um peso relavante
Não vejo problema algum nela, na blindagem adicional

Esse modelo aí em cima então deve ser o derivado do produto israelense com um selo made in Brazil que é pra ver se cola. Até onde sei, esse estilo gaiola nunca foi adquirido, e talvez nem faça o gosto, do EB. Não até onde consiga saber, claro.

Já as placas add on, bem, penso que seja tão raro o emprego destes bldos em operações de treinamento, já que falta até mesmo para a gasolina, que realmente não deve ser problema andar sem ela, contadas a dedo que são. Falta saber se Guarani chega nas ditas 17,7 ton de peso de combate com ou sem elas. É de se supor que seja sem elas.

Sabes dizer se pelo menos as spall liner no interior do veículo os Guarani do exército tem? Seria o mínimo do mínimo em termos de proteção para a tripulação e a tropa embarcada. A blindagem primária dele é muito "fina" para segurar qualquer coisa maior que um 7,62mm ou até mesmo estilhaços de granadas de artilharia. Aí, qualquer coisa acaba sendo uma ameaça real para ele em qualquer lugar mais quente que um morro do Rio de Janeiro ou alguma favela brasileira.

[Viktor Reznov]

Nossa, um veiculo inteiro só para estação de radar???? Para um sistema de baixa altitude???? Além de ser um desperdício de recursos, se tal veículo for perdido ou destruido, toda a bateria cai. No caso em tela, o ideal são sistemas autonomos, com radares canhões e/ou misseis integrados numa unica viatura, a exemplo do gepard, que, alias, são operados pelo EB!!!! Os militares brasileiros não aprenderam nada com os gepards????!!!

Não. Eles não aprenderam. Enquanto esse tipo de decisão estiver sendo tomado por generais, não vai haver evolução na área.

[gabriel219]

A ideia é "cortar custo", mas aposto que um Giraffe + um Guarani custa mais que quatro torres como a Skyranger com mísseis integrados.

[knigh7]

Nossa, um veiculo inteiro só para estação de radar???? Para um sistema de baixa altitude???? Além de ser um desperdício de recursos, se tal veículo for perdido ou destruido, toda a bateria cai. No caso em tela, o ideal são sistemas autonomos, com radares canhões e/ou misseis integrados numa unica viatura, a exemplo do gepard, que, alias, são operados pelo EB!!!! Os militares brasileiros não aprenderam nada com os gepards????!!!

Não. Eles não aprenderam. Enquanto esse tipo de decisão estiver sendo tomado por generais, não vai haver evolução na área.

Como a própria artiilaria antiaérea é um alvo prioritário para o inimigo, o EB para combater esses enxames de drones que se compram até no MercadoLivre vai ser obrigado a colocar uma outra viatura com canhão antiaéreo acompanhando essas viaturas unidades de tiro com RBS-70 e a viatura radar.

[gabriel219]

Então são três viaturas fazendo o que uma viatura poderia fazer, baita economia de custos, para béns!

[knigh7]

@gabriel219

Na palestra dada pela equipe do Diretoria de Fabricação do Exército, uma capitã disse que a VBE Engenharia (Guarani) está tendo problema com excesso de peso no eixo dianteiro e que eles estão estudando uma maneira de mitigar isso.

Aproveitando seus conhecimentos de engenheiro, o que o EB poderia fazer na viatura

[FCarvalho]

Tirando a TORC30 que foi projetada para caber no Guarani, qualquer outro modelo encontrará severas restrições para ser adaptada ao veículo.
É só ver que até hoje sequer a UT30 MK II feita aqui pela Ares tem propaganda para favorece-la como opção à versão anterior que está sendo modernizada.
Aliás, dizem as más linguas, ela também deu certo trabalho para caber na VBTP tupiniquim.
Até prova em contrário tenho dúvidas se alguma torre AAe disponível no mercado internacional seja capaz de adaptar-se ao Guarani.

[FCarvalho]

Em 2041, segundo o exército, está previsto o término do projeto Guarani, com todas as versões planejadas estando em operação. Se nas quantidades necessárias é outra história. Até lá, são mais 16 ou 17 anos, considerando 2025, que está apenas na sua primeira semana de janeiro.

As primeiras viaturas operacionais foram entregues em 2014 para a 15a Bda Inf Mec, contando hoje já uma década de serviço portanto. O ritmo de emprego e as condições em que estes bldos estão sendo utilizados e mantidos é algo que foge à nossa capacidade de conhecimento, podendo apenas supor que estejam sendo bem tratados. Até 2041 estas viaturas já terão cerca de 27 anos de idade, o que para qualquer vetor militar é muito tempo. Tempo mais que suficiente para pensar em sua substituição e\ou modernização. O que couber. O projeto em si do Guarani terá seus 40 e tantos anos, posto que teve seu início no começo do século.

Assim, a partir da segunda metade da próxima década, a meu ver será necessário começar a pensar, e planejar, o futuro destas primeiras viaturas entregues, de forma que, entre 2040 e 2050 sejam modernizadas ou tenham o início de sua substituição. E neste último aspecto, fico pensando se o EB desde agora já vislumbra um possível substituto para o Guarani, tendo em vista que o projeto original previa seu término já no começo dos anos 2030, e o próprio desenho básico dela é algo mais antigo ainda, do início do século. Me parece, neste sentido, ser de bom senso afirmar que as viaturas entregues daqui a 15 anos não serão as mesmas que saem agora das linhas de produção da IDV, assim como se pode supor que as atuais não sejam exatamente iguais às entregues em 2014. Se forem, bem, não tem nem o que dizer.

De qualquer maneira, entre o início de um novo ciclo de reequipamento, seu planejamento e a introdução operacional de uma nova viatura blindada nas OM mecanizadas vai bastante tempo, principalmente se tratando de projeto relativo à Defesa. Começar a pensar a partir de 2035 em um substituto dos Guarani talvez seja necessário, talvez impositivo, no sentido de tentar prover um novo vetor mais moderno e adequado aos tempos que lhe serão presentes.

A ver.

[knigh7]

Em 2041, segundo o exército, está previsto o término do projeto Guarani, com todas as versões planejadas estando em operação. Se nas quantidades necessárias é outra história. Até lá, são mais 16 ou 17 anos, considerando 2025, que está apenas na sua primeira semana de janeiro.

As primeiras viaturas operacionais foram entregues em 2014 para a 15a Bda Inf Mec, contando hoje já uma década de serviço portanto. O ritmo de emprego e as condições em que estes bldos estão sendo utilizados e mantidos é algo que foge à nossa capacidade de conhecimento, podendo apenas supor que estejam sendo bem tratados. Até 2041 estas viaturas já terão cerca de 27 anos de idade, o que para qualquer vetor militar é muito tempo. Tempo mais que suficiente para pensar em sua substituição e\ou modernização. O que couber. O projeto em si do Guarani terá seus 40 e tantos anos, posto que teve seu início no começo do século.

Assim, a partir da segunda metade da próxima década, a meu ver será necessário começar a pensar, e planejar, o futuro destas primeiras viaturas entregues, de forma que, entre 2040 e 2050 sejam modernizadas ou tenham o início de sua substituição. E neste último aspecto, fico pensando se o EB desde agora já vislumbra um possível substituto para o Guarani, tendo em vista que o projeto original previa seu término já no começo dos anos 2030, e o próprio desenho básico dela é algo mais antigo ainda, do início do século. Me parece, neste sentido, ser de bom senso afirmar que as viaturas entregues daqui a 15 anos não serão as mesmas que saem agora das linhas de produção da IDV, assim como se pode supor que as atuais não sejam exatamente iguais às entregues em 2014. Se forem, bem, não tem nem o que dizer.

De qualquer maneira, entre o início de um novo ciclo de reequipamento, seu planejamento e a introdução operacional de uma nova viatura blindada nas OM mecanizadas vai bastante tempo, principalmente se tratando de projeto relativo à Defesa. Começar a pensar a partir de 2035 em um substituto dos Guarani talvez seja necessário, talvez impositivo, no sentido de tentar prover um novo vetor mais moderno e adequado aos tempos que lhe serão presentes.

A ver.

Vai ser ao longo da década de 2040 a conclusão. As 1.464 viaturas blindadas leves SR 4x4 que equiparão as unidades mecanizadas constituem-se em 6 versões (print do site do EPEx):


A assinatura das 420 unidades apenas contemplam a primeira variante da lista, a VBMT-LR cujas entregas se estenderão até 2035. Depois tem "só" mais mil unidades.

Será necessário também equipar os 4 GAC Mecanizados AP com VBC AP 155mm após o recebimento das que irão equipar as AD (até 2037).

Também após 2037 o EB terá de receber 120 Centauros para terminar de equipar as unidades Mecanizadas.

Para, de fato, além das 8 Bdas Mecanizadas, o esquadrões e regimentos Mec que não pertencem as 8 Bdas estarem completos, sendo otimista, só conseguirá na segunda metade da década de 2040, tendendo ao fim dela.

O EB vai ter um desafio enorme a partir da próxima década de reequipar as unidades Blindadas SL concomitantemente com as Mecanizadas SR.

[FCarvalho]

Vamos aos poucos.

Em primeiro, ainda bem que alguém teve um surto de bom senso no EB e para as 420 unidades adicionais dos Guairucurus escolheram a LMV 2, e não insistiram na primeira versão. Só isso dá um suspiro de realidade, até porque, a LMV 1 deve ter sido descontinuada na linha de produção da Iveco Defesa. Mesmo pagando mais caro já é claramente uma solução muito bem vinda. Pelo tempo que o projeto irá demorar para encontrar termo, muito provavelmente quando a última unidade for entregue, já estaremos na LMV 3 ou LMV 4, se este produto durar até lá, claro.

Segundo, as inúmeras versões propostas acima dá a entender que o exército está claramente buscando nos veículos 4x4 italianos uma forma de minimizar custos em várias plataformas que originalmente estavam previstas serem baseadas nas VTBP Guarani. Pelo andar do desenvolvimento das VBE\VBC desta família, já deu para perceber que isto seria totalmente inviável, dada a complexidade e os custos das mesmas, e frente à incapacidade orçamentária de investimento que se tem agora e para o futuro. Tomara dê certo, pois irá cobrir a maioria das OM mecanizadas e de artilharia que se tem, além de outras. Assim espero.

Quanto as 8 brigadas mecanizadas previstas, em termos de VBTP, mesmo as mais de 700 entregues até hoje não cobrem as necessidades destas GU, e ainda estão longe de suprir, também, as OM mec separadas das brigadas. Aliás, eu tendo a crer que tais SU separadas deveriam ou ser extintas, ou serem agregadas para formar novas Bdas Mec, ou pelo menos RCM onde eles sejam realmente necessários, como Roraima, Mato Grosso ou Nordeste, por exemplo. Mas o EB dificilmente move um músculo para tirar suas OM do sul\sudeste para o norte, ou qualquer outro lugar, a não ser que se veja obrigado a isso.

Quanto aos mais, a modernização na íntegra de todas as OM das 8 brigadas mecanizadas inf\cav - para não falar dos EsqCavMec das duas bdas bldas, que penso, deveriam ser RCM - praticamente inviabiliza no longo prazo qualquer outro investimento na cav blda e alhures nos próximos 10 a 15 anos, para ser bem realista. E tudo leva a crer neste momento que não teremos os recursos necessários sequer para dar termo a este processo no cronograma atual proposto, mesmo com o projeto tendo seu fim previsto para 2041. Isto com certeza não acontecerá.

Só lamento que mais de 30 anos após a entrega das primeira unidades da VBTP Guarani ainda estaremos basicamente recebendo o mesmo veículo entregue em 2014, dada a experiência com a tal Guarani 2.0, que não sai do papel há muitos anos, e sequer prevê mudanças significativas, antes, meramente cosméticas na minha opinião, para o modelo básico do blindado. Fazer o que.