Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Estado Islâmico tenta vender corpos de soldados curdos
Grupo quer vender corpos por valores entre '10.000 e 20.000 dólares'.
EI tem sido muito afetado pela ofensiva da coalizão internacional.
O grupo Estado Islâmico, que busca novas fontes de financiamento, tenta vender às forças curdas os corpos de seus soldados mortos em combate, noticiou o jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.
O EI tem sido muito afetado pela ofensiva da coalizão internacional, que apoia os soldados curdos no norte do Iraque e da Síria, onde os bombardeios destruíram várias infraestruturas, explica o jornal.
Estas destruições dificultam o contrabando de petróleo e de antiguidades roubadas pelo grupo jihadista que, privado de sua renda, se vê forçado a encontrar novas formas de financiamento.
O jornal conservador, que citou "fontes de segurança", publica que o EI quer vender aos curdos os corpos de seus soldados mortos entre "10.000 e 20.000 dólares".
No entanto, "parece pouco provável" que o Estado Islâmico entre diretamente no tráfico de órgãos, pois o grupo não tem a infraestrutura, nem as competências médica, técnica e logística necessárias, disse o jornal.
O grupo jihadista reduziu em dois terços o pagamento a seus combatentes e, segundo estimativas de especialistas, só obteria entre "10 e 20 dólares" por barril de petróleo vendido.
Em meados de fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU adotou, por unanimidade, uma resolução que pretende asfixiar os grupos jihadistas como o EI ou a Frente Al-Nusra, braço sírio da Al Qaeda, que obtém milhões de dólares com o petróleo, o tráfico de antiguidades e o pagamento de resgates.
O texto lembra, em particular, aos Estados a obrigação de evitar qualquer transação petroleira direta ou indireta com o EI e congelar seus ativos financeiros. O Conselho pede, ainda, que se informe à ONU sobre qualquer requisição de petróleo bruto ou refinado procedente de zonas nas mãos dos jihadistas na Síria e no Iraque.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/ ... urdos.html
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Entendi Bolovo, apoiar o fortalecimento político dos países aonde o El está mais forte, vai ajudar bastante, mas o ponto que estes pessoal chegou não vai resolver principalmente no Iraque e na Síria.Bolovo escreveu:Acho que você não entendeu o que eu diz, Juarez. A guerra contra o EI passa pelo fortalecimento dos governos dos territórios que esse grupo contesta. No caso, dos iraquianos, dos curdos (os curdos iraquianos são autônomos e os curdos sírios se declaram independentes) e dos sírios. Fizeram isso com os iraquianos e com os curdos, mas com os sírios não. Lá o objetivo principal é derrubar Assad (coisa que nunca vai acontecer) financiando os rebeldes e grupos tão extremistas quanto o EI, como a Frente Islâmica. Assim fica impossível derrotar o EI em seu porto seguro, o leste sírio (sendo mais especifico, a cidade de Raqqa). E isso só foi possível com a guerra civil, onde Assad deu mais enfase em combater os rebeldes no oeste, onde estão as cidades mais populosas e ricas da Síria.juarez castro escreveu:Mas será que somente isto resolve, com o El espalhado pela Siria, noroeste do Iraque, e disseminando por outras regiões???
Acho que vai precisar muito mais do que isto.
Grande abraço
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Seria o primeiro passo, não o único, mas o primeiro para derrotar o EI.juarez castro escreveu:Entendi Bolovo, apoiar o fortalecimento político dos países aonde o El está mais forte, vai ajudar bastante, mas o ponto que estes pessoal chegou não vai resolver principalmente no Iraque e na Síria.Bolovo escreveu: Acho que você não entendeu o que eu diz, Juarez. A guerra contra o EI passa pelo fortalecimento dos governos dos territórios que esse grupo contesta. No caso, dos iraquianos, dos curdos (os curdos iraquianos são autônomos e os curdos sírios se declaram independentes) e dos sírios. Fizeram isso com os iraquianos e com os curdos, mas com os sírios não. Lá o objetivo principal é derrubar Assad (coisa que nunca vai acontecer) financiando os rebeldes e grupos tão extremistas quanto o EI, como a Frente Islâmica. Assim fica impossível derrotar o EI em seu porto seguro, o leste sírio (sendo mais especifico, a cidade de Raqqa). E isso só foi possível com a guerra civil, onde Assad deu mais enfase em combater os rebeldes no oeste, onde estão as cidades mais populosas e ricas da Síria.
Grande abraço
Mas o objetivo maior é derrubar Assad, EI depois a gente vê...
- Bolovo
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Na Síria querem derrubar o Assad, colocar a oposição no poder e daí apoia-los para derrotar o EI. Na hora que o Assad cair, o EI chega até Golan, daí quero ver.prp escreveu:Seria o primeiro passo, não o único, mas o primeiro para derrotar o EI.juarez castro escreveu: Entendi Bolovo, apoiar o fortalecimento político dos países aonde o El está mais forte, vai ajudar bastante, mas o ponto que estes pessoal chegou não vai resolver principalmente no Iraque e na Síria.
Grande abraço
Mas o objetivo maior é derrubar Assad, EI depois a gente vê...
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Rebeldes líbios roubam “grandes quantidades” de armas químicas do arsenal de Kadafi
Amas químicas do arsenal do regime de Muammar Kafadi foram roubadas na Líbia e estariam nas mãos de insurgentes rebeldes, de acordo com a imprensa internacional.
A quantidade exata de armas roubadas não foi divulgada. No entanto, uma fonte do Exército líbio afirmou ao jornal Asharq al-Awsat que “grandes quantidades” foram pegas por rebeldes para serem usadas contra as forças do governo.
Os arsenais secretos de Kadafi, morto em 2011, em meio à Primavera Árabe, contêm substâncias como gás mostarda (iperita) e sarin. As autoridades temem que as armas caiam nas mãos de extremistas do grupo Estado Islâmico (EI, ex- Isis), que tem avançado sobre a Líbia nos últimos dias e já domina a cidade de Derna.
A situação na Líbia já preocupa a Europa, principalmente a Itália, que foi colonizadora do país. O tema da crise líbia e do avanço do EI foi levado esta semana para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, após o Egito iniciar um bombardeio unilateral contra alvos dos extremistas, os quais decapitaram três cristãos egípcios.
http://www.planobrazil.com/rebeldes-lib ... de-kadafi/
Amas químicas do arsenal do regime de Muammar Kafadi foram roubadas na Líbia e estariam nas mãos de insurgentes rebeldes, de acordo com a imprensa internacional.
A quantidade exata de armas roubadas não foi divulgada. No entanto, uma fonte do Exército líbio afirmou ao jornal Asharq al-Awsat que “grandes quantidades” foram pegas por rebeldes para serem usadas contra as forças do governo.
Os arsenais secretos de Kadafi, morto em 2011, em meio à Primavera Árabe, contêm substâncias como gás mostarda (iperita) e sarin. As autoridades temem que as armas caiam nas mãos de extremistas do grupo Estado Islâmico (EI, ex- Isis), que tem avançado sobre a Líbia nos últimos dias e já domina a cidade de Derna.
A situação na Líbia já preocupa a Europa, principalmente a Itália, que foi colonizadora do país. O tema da crise líbia e do avanço do EI foi levado esta semana para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, após o Egito iniciar um bombardeio unilateral contra alvos dos extremistas, os quais decapitaram três cristãos egípcios.
http://www.planobrazil.com/rebeldes-lib ... de-kadafi/
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Incursão turca para resgatar tumba histórica do Império Otomano irrita Síria
Uma incursão militar da Turquia na Síria para demolir e transferir a tumba centenária de um líder histórico turco elevou a tensão entre os governos dos dois países.
No sábado, 600 soldados turcos, mobilizados em 39 tanques e outros 57 veículos blindados, entraram no norte da Síria para trasladar a outro local a histórica tumba de Suleyman Shah, avô do primeiro sultão otomano, Osman 1º.
Segundo a Turquia, a razão da incursão foi proteger um dos símbolos da nação de qualquer dano causado pelo autodenominado "Estado Islâmico".
Ancara considera o monumento como um território soberano. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse ainda que a Síria foi informada do início da operação.
Porém, o ditador sírio, Bashar al Assad, qualificou a operação como uma "agressão flagrante".
Mas por que a tumba de Suleyman Shah é tão importante para a Turquia a ponto de levar o país a desafiar seus vizinhos sírios?
Raízes históricas
Até sábado, o túmulo de Suleyman Shah ocupava uma pequena faixa de território turco dentro da Síria. Suas dimensões podiam equivaler a um campo de futebol, mas o significado histórico e político que carregava era enorme.
Comboio de 39 tanques e 57 veículos atravessou cidade de Kobani para chegar à tumba de Shah.
Shah era um líder tribal turco que viveu aproximadamente entre 1178 e 1236, quando, de acordo com uma epígrafe em seu mausoléu, "se afogou no rio Eufrates, junto com dois de seus homens, enquanto procurava um lugar para si e para o seu povo".
A versão oficial é questionada por alguns intelectuais mas, de acordo com a história, os seguidores de Shah foram para o norte, para o que hoje é a Turquia moderna.
Foi lá que seu neto, Osman 1º, fundou o Império Otomano, que no auge de seu poder, séculos mais tarde, controlou a capital Constantinopla (hoje Istambul) e vastos territórios ao longo do sudoeste da Europa, Oriente Médio e norte da África.
Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano foi desintegrado e surgiu o novo Estado da Turquia. Mas a importância do túmulo de Shah para a nação era tão grande que o local ficou sob a proteção de um contrato celebrado em 1921 com a França, que então ocupava a área na província síria de Aleppo.
De lá para cá, a Turquia invocou seu direito de manter tropas no local e hastear sua bandeira no mausoléu - que teve de ser trasladado cerca de 80 quilômetros ao norte depois que a área original foi inundada pela formação do reservatório do Lago Assad em 1974.
Evitando problema
Assim, o único enclave turco no exterior tem um imenso valor emocional para o seu povo. Além disso, o caos que dominou a Síria nos últimos anos aumentou também seu significado político.
Em agosto de 2012, o presidente Recep Tayyip Erdogan - então primeiro-ministro turco - alertou todos os lados no conflito sírio que uma ação contra o túmulo seria considerada um ataque em território turco, "bem como um ataque ao solo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar ocidental)".
Em meio a relatos de que os soldados alocados ali estariam cercados por militantes do "Estado Islâmico", no ano passado, o Parlamento turco autorizou o uso da força contra os jihadistas.
Por outro lado, apesar de ter se aliado aos EUA no treinamento de alguns rebeldes moderados que lutam contra o presidente sírio, a Turquia tem relutado em participar de forma plena da campanha liderada pelos americanos contra o "Estado Islâmico".
Correspondentes da BBC na região afirmam que se o túmulo histórico de Suleyman Shah tivesse sido alvo de ataque, o efeito sobre a opinião pública teria colocado a Turquia em uma situação difícil: nesse caso, teria sido mais complicado manter distância de uma campanha militar em grande escala contra a grupo militante.
A transferência do túmulo e a evacuação dos soldados turcos é um alívio para o governo turco, de acordo com analistas locais.
"Demos às Forças Armadas turcas a orientação de proteger os nossos valores espirituais e a segurança de nossas Forças Armadas", disse o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu após a operação de sábado, referindo-se também aos 38 soldados turcos que guardavam o local e também foram removidos.
Mais tarde, a imprensa turca divulgou imagens de três soldados hasteando a bandeira turca em outro lugar perto da fronteira com a Turquia, o que provavelmente será o novo sepulcro - onde as autoridades esperam que possam descansar, finalmente, os restos de Suleyman Shah.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -siria.htm
Uma incursão militar da Turquia na Síria para demolir e transferir a tumba centenária de um líder histórico turco elevou a tensão entre os governos dos dois países.
No sábado, 600 soldados turcos, mobilizados em 39 tanques e outros 57 veículos blindados, entraram no norte da Síria para trasladar a outro local a histórica tumba de Suleyman Shah, avô do primeiro sultão otomano, Osman 1º.
Segundo a Turquia, a razão da incursão foi proteger um dos símbolos da nação de qualquer dano causado pelo autodenominado "Estado Islâmico".
Ancara considera o monumento como um território soberano. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse ainda que a Síria foi informada do início da operação.
Porém, o ditador sírio, Bashar al Assad, qualificou a operação como uma "agressão flagrante".
Mas por que a tumba de Suleyman Shah é tão importante para a Turquia a ponto de levar o país a desafiar seus vizinhos sírios?
Raízes históricas
Até sábado, o túmulo de Suleyman Shah ocupava uma pequena faixa de território turco dentro da Síria. Suas dimensões podiam equivaler a um campo de futebol, mas o significado histórico e político que carregava era enorme.
Comboio de 39 tanques e 57 veículos atravessou cidade de Kobani para chegar à tumba de Shah.
Shah era um líder tribal turco que viveu aproximadamente entre 1178 e 1236, quando, de acordo com uma epígrafe em seu mausoléu, "se afogou no rio Eufrates, junto com dois de seus homens, enquanto procurava um lugar para si e para o seu povo".
A versão oficial é questionada por alguns intelectuais mas, de acordo com a história, os seguidores de Shah foram para o norte, para o que hoje é a Turquia moderna.
Foi lá que seu neto, Osman 1º, fundou o Império Otomano, que no auge de seu poder, séculos mais tarde, controlou a capital Constantinopla (hoje Istambul) e vastos territórios ao longo do sudoeste da Europa, Oriente Médio e norte da África.
Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano foi desintegrado e surgiu o novo Estado da Turquia. Mas a importância do túmulo de Shah para a nação era tão grande que o local ficou sob a proteção de um contrato celebrado em 1921 com a França, que então ocupava a área na província síria de Aleppo.
De lá para cá, a Turquia invocou seu direito de manter tropas no local e hastear sua bandeira no mausoléu - que teve de ser trasladado cerca de 80 quilômetros ao norte depois que a área original foi inundada pela formação do reservatório do Lago Assad em 1974.
Evitando problema
Assim, o único enclave turco no exterior tem um imenso valor emocional para o seu povo. Além disso, o caos que dominou a Síria nos últimos anos aumentou também seu significado político.
Em agosto de 2012, o presidente Recep Tayyip Erdogan - então primeiro-ministro turco - alertou todos os lados no conflito sírio que uma ação contra o túmulo seria considerada um ataque em território turco, "bem como um ataque ao solo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar ocidental)".
Em meio a relatos de que os soldados alocados ali estariam cercados por militantes do "Estado Islâmico", no ano passado, o Parlamento turco autorizou o uso da força contra os jihadistas.
Por outro lado, apesar de ter se aliado aos EUA no treinamento de alguns rebeldes moderados que lutam contra o presidente sírio, a Turquia tem relutado em participar de forma plena da campanha liderada pelos americanos contra o "Estado Islâmico".
Correspondentes da BBC na região afirmam que se o túmulo histórico de Suleyman Shah tivesse sido alvo de ataque, o efeito sobre a opinião pública teria colocado a Turquia em uma situação difícil: nesse caso, teria sido mais complicado manter distância de uma campanha militar em grande escala contra a grupo militante.
A transferência do túmulo e a evacuação dos soldados turcos é um alívio para o governo turco, de acordo com analistas locais.
"Demos às Forças Armadas turcas a orientação de proteger os nossos valores espirituais e a segurança de nossas Forças Armadas", disse o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu após a operação de sábado, referindo-se também aos 38 soldados turcos que guardavam o local e também foram removidos.
Mais tarde, a imprensa turca divulgou imagens de três soldados hasteando a bandeira turca em outro lugar perto da fronteira com a Turquia, o que provavelmente será o novo sepulcro - onde as autoridades esperam que possam descansar, finalmente, os restos de Suleyman Shah.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -siria.htm
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Vai agora que algúém decide recuperar o Santo Sepulcro para o Ocidente...Epa!..Já vi isso em algum lugar...Lirolfuti escreveu:Incursão turca para resgatar tumba histórica do Império Otomano irrita Síria
Uma incursão militar da Turquia na Síria para demolir e transferir a tumba centenária de um líder histórico turco elevou a tensão entre os governos dos dois países.
No sábado, 600 soldados turcos, mobilizados em 39 tanques e outros 57 veículos blindados, entraram no norte da Síria para trasladar a outro local a histórica tumba de Suleyman Shah, avô do primeiro sultão otomano, Osman 1º.
Segundo a Turquia, a razão da incursão foi proteger um dos símbolos da nação de qualquer dano causado pelo autodenominado "Estado Islâmico".
Ancara considera o monumento como um território soberano. O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse ainda que a Síria foi informada do início da operação.
Porém, o ditador sírio, Bashar al Assad, qualificou a operação como uma "agressão flagrante".
Mas por que a tumba de Suleyman Shah é tão importante para a Turquia a ponto de levar o país a desafiar seus vizinhos sírios?
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Até sábado, o túmulo de Suleyman Shah ocupava uma pequena faixa de território turco dentro da Síria. Suas dimensões podiam equivaler a um campo de futebol, mas o significado histórico e político que carregava era enorme.
Comboio de 39 tanques e 57 veículos atravessou cidade de Kobani para chegar à tumba de Shah.
Shah era um líder tribal turco que viveu aproximadamente entre 1178 e 1236, quando, de acordo com uma epígrafe em seu mausoléu, "se afogou no rio Eufrates, junto com dois de seus homens, enquanto procurava um lugar para si e para o seu povo".
A versão oficial é questionada por alguns intelectuais mas, de acordo com a história, os seguidores de Shah foram para o norte, para o que hoje é a Turquia moderna.
Foi lá que seu neto, Osman 1º, fundou o Império Otomano, que no auge de seu poder, séculos mais tarde, controlou a capital Constantinopla (hoje Istambul) e vastos territórios ao longo do sudoeste da Europa, Oriente Médio e norte da África.
Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano foi desintegrado e surgiu o novo Estado da Turquia. Mas a importância do túmulo de Shah para a nação era tão grande que o local ficou sob a proteção de um contrato celebrado em 1921 com a França, que então ocupava a área na província síria de Aleppo.
De lá para cá, a Turquia invocou seu direito de manter tropas no local e hastear sua bandeira no mausoléu - que teve de ser trasladado cerca de 80 quilômetros ao norte depois que a área original foi inundada pela formação do reservatório do Lago Assad em 1974.
Evitando problema
Assim, o único enclave turco no exterior tem um imenso valor emocional para o seu povo. Além disso, o caos que dominou a Síria nos últimos anos aumentou também seu significado político.
Em agosto de 2012, o presidente Recep Tayyip Erdogan - então primeiro-ministro turco - alertou todos os lados no conflito sírio que uma ação contra o túmulo seria considerada um ataque em território turco, "bem como um ataque ao solo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar ocidental)".
Em meio a relatos de que os soldados alocados ali estariam cercados por militantes do "Estado Islâmico", no ano passado, o Parlamento turco autorizou o uso da força contra os jihadistas.
Por outro lado, apesar de ter se aliado aos EUA no treinamento de alguns rebeldes moderados que lutam contra o presidente sírio, a Turquia tem relutado em participar de forma plena da campanha liderada pelos americanos contra o "Estado Islâmico".
Correspondentes da BBC na região afirmam que se o túmulo histórico de Suleyman Shah tivesse sido alvo de ataque, o efeito sobre a opinião pública teria colocado a Turquia em uma situação difícil: nesse caso, teria sido mais complicado manter distância de uma campanha militar em grande escala contra a grupo militante.
A transferência do túmulo e a evacuação dos soldados turcos é um alívio para o governo turco, de acordo com analistas locais.
"Demos às Forças Armadas turcas a orientação de proteger os nossos valores espirituais e a segurança de nossas Forças Armadas", disse o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu após a operação de sábado, referindo-se também aos 38 soldados turcos que guardavam o local e também foram removidos.
Mais tarde, a imprensa turca divulgou imagens de três soldados hasteando a bandeira turca em outro lugar perto da fronteira com a Turquia, o que provavelmente será o novo sepulcro - onde as autoridades esperam que possam descansar, finalmente, os restos de Suleyman Shah.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Para ver como virou uma bagunça a Siria.
Ai pega uma foto de poucos anos atrás e compara como era o país.
Espero que um tipo de merda dessas nunca seja plantada por aqui por países estrangeiros, apesar que nem precisam disso que a gente se enrosca nas próprias pernas e cai. kkk
Ai pega uma foto de poucos anos atrás e compara como era o país.
Espero que um tipo de merda dessas nunca seja plantada por aqui por países estrangeiros, apesar que nem precisam disso que a gente se enrosca nas próprias pernas e cai. kkk
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Eu quero estar errado mas nós estamos vivendo o fim de um era naquelas bandas, que começou em 2001 e mudou o mundo para sempre. Uma guinada da história e nós estamos vivos para presenciar em loco.Wingate escreveu:Estado Islâmico fazendo caixa:
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... iria.shtml
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
EDSON escreveu:Ai esta . Você mesmo sabe que não existe mais Estado Iraquiano( Criação Britânica que não levou a composição da população, se precisasse voltar la já estaria dividido para conquistar) e o fato é que os curdos nunca tiveram seu controle mas se por ventura controlarem esta cidade e isto desde meio do ano passado e não entregarem mais ao governo de Bagdá e anexarem ao Curdistão Livre do Iraque vamos ver mais sangue rolar acho que isto não fica barato. O ISIS atacou a cidade simplesmente para desviar esforços do norte não acho que eles fossem capazes de levar a cidade de roldão em uma investida suicida.wagnerm25 escreveu: Essa matéria que tu indicou só reforça o fato de que Kirkuk é sempre foi uma cidade Curda. Esteve na mão do Saddam por um tempo por força da espada, não porque os Curdos em algum momento a tivessem abandonado.
Kirkuk's history
The Hurrians, the main ancestors of Kurds, established Nuzi and Arappha, modern-day Kirkuk. Historians agree Kurds are an autochthonous race which is the result of mainly the Caucasian race (Hurrians that populated large parts of Middle East), which was Aryanized by different Indo-European tribes, the last one being the Medes. Many tribal names designated to different kingdoms in ancient Kurdistan were part of the Hurrian race, including Lulus, Subartus, Gutians, Urartus, Manneans and Khaldis. In addition to the Indo-European tribes that Aryanized ancient Kurdistan, many ancient kingdoms ruled under their tribal names like Mitannis, Kassites, Hittites, Scythians, Sagartians, and the last, most well-known group, the Medes. The Median tribes united Kurdistan culturally and geographically, and the Median Kurdish Empire was the last state that united all parts of Kurdistan and went far beyond to the east to Bactria (Afghanistan) and west Aegean Sea (western Turkey). After that, ancient Kurds had different kingdoms and vassal states in different parts of Kurdistan, under various empires.
The Kurdish tribes around Kirkuk still hold their ancient Hurrian names, like Zangna, Talabani and Jabbari, which are mentioned in the tablets of ancient Hurrian city of Arappha (Kirkuk). Later, many empires and states invaded Kirkuk and the rest of Kurdistan. The sources of Aramaic Christian priests mention the region of Beth Garma (Garmian region) which is part of Ba-Qerdi (House of Kurds or land of Kurds). Arab and Turkish Ottoman sources reiterate this. Mosul Wilayet of the Ottoman state was a Kurdish state under the British occupation of Iraq, and incorporated it into the country to make it a viable state using Kirkuk's oil, to link it to the rest of its territory in the Middle East. The British conducted a census between 1918 and the early 1920s in Kirkuk province, and it clearly indicates a Kurdish majority in the province.
E olha só o que eu achei, inclusive com os termos que usei. O cara do Tweet abaixo é um ativista Curdo. Olha o que ele fala de Kirkuk:
Se tu duvida, acessa a conta dele. Está aí na imagem.
E só para lembrar, o estado Iraquiano está em decomposição. Tu acha que algum dia algum general Iraquiano vai querer confrontar os Curdos? Fugiram até do ISIS...
E o que mostra só corrobora com que falei. Não era parte até agora do da administração do Curdistão, ou seja, sob sua tutela pois os lucros do petróleo que é o que interessa era dividido. Agora eu não sei se os curdos serão voluntariosos, mas deveriam ser já que haviam aceitado o controle de Bagdá sobre a cidade o jogo não acabou neste assunto acho eu que um dia veremos mais deste assunto.
Era do controle do governo iraquiano (Xiita é claro duvido que as tribos sunitas tenham visto a cor do dinheiro desde que Saddam foi enforcado.) e isto é fato e não desmentido por ninguém.Exército federal iraquiano abandonou suas bases na área
Me parece que temos um desentendimento.
Parece que a região do Curdistão e acordo petrolífero Governo Central Iraque está prestes a desmoronar já.
Reidar Visserreidarvisser · 19 hrs 19 horas atrás vice-presidente curdo do Iraque do parlamento (Goran): "KRG não cumpriu as suas obrigações ao abrigo do acordo de petróleo w Bagdá" http://alliraqnews.com/2011-04-18-02. ..- 18-32-13.html ...
Para resumir Abadi está acusando os curdos de não aderindo ao acordo de petróleo e, portanto, retendo o pagamento do orçamento.
Negócio petróleo iraquiano-curdo está indo embora
Collapse de repartição de receitas acordo com Bagdá poderia ter consequências financeiras desastrosas para governo regional curdo.
http://www.aljazeera.com/news/2015/0...054908938.html
Na segunda-feira, o primeiro-ministro do KRG Nechirvan Barzani ameaçou as exportações de petróleo retidos sem obter a participação da KRG. "Se eles não enviar o orçamento, não vamos enviar petróleo", disse Barzani. RELACIONADOS: o futuro do Iraque: É o petróleo, estúpido Mas, de acordo com várias fontes que falam a Al Jazeera, a KRG não foi capaz de cumprir a alvo nível de 550 mil barris por dia. Embora as autoridades curdas dizer que este foi devido a dificuldades técnicas, os críticos argumentam o contrário. Baixe o Flash Player End das exportações de petróleo curdo para Bagdá levanta temores "Não há capacidade de produção suficiente dentro Curdistão se dos campos originalmente controlados KRG, bem como os campos de Kirkuk, ", disse Luay al-Khateeb, o diretor-executivo do Instituto com sede em Londres Energia Iraque que também aconselhou o Parlamento iraquiano sobre a política energética.
Até agora, relatos conflitantes sobre onde os curdos está nesta, em alguns lugares Barzani culpa Bagdad em outro jornal afirmam que eles estão comprometidos com o negócio. http://aaenergyterminal.com/news.php?newsid=4628863 Este acordo destina-se ser a cola que mantém a região do Curdistão, como parte do Iraque, se não podemos estar testemunhando uma outra viagem para frear up.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Onde me alisto? kkkkk
"You have enemies? Good. That means you've stood up for something, sometime in your life."
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Mais uma proeza anti-civilizatória do Estado Islâmico:
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... ideo.shtml
Wingate
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... ideo.shtml
Wingate