O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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denilson
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6646 Mensagem por denilson » Seg Mar 04, 2013 9:48 pm

LeandroGCard escreveu:
denilson escreveu:Bom Leandro G. Card, retornando a velha discussão de produzirmos nossa própria AAA, acho que uma PEM seria uma AAA bastante eficaz, com alguns efeitos colaterais, mas tomando algumas precauções podemos realmente negar o espaço aéreo (inclusive para nós).
Se for possível colocar uma ogiva PEM potente o bastante para inutilizar a eletrônica de um avião em um míssil AAe de tamanho razoável acho até que seria uma boa idéia. Mas pelo que sei estas ogivas são grandes demais para isso.
Minha ideia é mais ou menos essa, para abater "pacotes" de ataque inteiros, preferencialmente sobre o oceano ou ainda em território inimigo.

Já se sua idéia é produzir um PEM através de uma detonação atômica na ionosfera acho péssima idéia, causaríamos muito mais estragos a nós mesmos do que qualquer esquadrilha de bombardeiros conseguiria fazer :wink: .
Nesse caso não sei qual seria a área de abrangência.

Já com relação à produzir nós mesmos nossa AAe, na minha opinião isso faria muito mais sentido do que produzir mísseis ar-ar, anti-radiação ou de artilharia de grande alcance (e já estamos fazendo todos eles :shock: ). Principalmente considerando que nunca teremos aviões de combate suficientes para fazer muita diferença sejam quais forem os mísseis que carregem, e que nossa posição é prioritariamente defensiva.
Concordo plenamente, ainda acho que temos total capacidade de produzi-las, com equipamentos ja produzidos no pais, como os piranha com boosters e Saber M-60, se for possível o lançamento vertical, poderíamos ainda utilizar as carretas do Astros. Realmente só falta vontade.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6647 Mensagem por Boss » Ter Mar 05, 2013 4:08 am

FCarvalho escreveu:eu cá acho que o Brasil fez a maior cagada da sua história contemporânea ao colocar na CF88 uma cláusula tão absurda e lesa pátria quanto a que nos impede de produzir nukes. e nem digo que devêssemos dispor de armamento estratégico, mas de artefatos táticos, já nos seriam de uma dissuasão praticamente infalível.

mas, como diz o ditado: "em terra de cego, quem tem um olho só é rei."

abs.

Isso pode ser revogado com uma PEC (não que exista qualquer movimento nesse sentido).

Quero ver é sair do TNP sem o mundo cair em cima.




Editado pela última vez por Boss em Ter Mar 05, 2013 4:14 am, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6648 Mensagem por Bourne » Ter Mar 05, 2013 4:14 am

Não precisa :roll:

Em nome da auto-defesa qualquer arma pode ser autorizada. Basta mudar a interpretação. O que é bem fácil e muda com o tempo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6649 Mensagem por Boss » Ter Mar 05, 2013 4:18 am

Eu sei. A interpretação é óbvia, o Brasil é um país de estratégia defensiva, jamais jogaríamos uma arma nuclear primeiro em alguém. Logo, ficariam reservadas para garantir a natureza pacífica do País.

Mas tudo isso foi para água baixo quando assinamos o TNP.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6650 Mensagem por LeandroGCard » Ter Mar 05, 2013 12:35 pm

denilson escreveu:Minha ideia é mais ou menos essa, para abater "pacotes" de ataque inteiros, preferencialmente sobre o oceano ou ainda em território inimigo.
Não deixa de ser um conceito interessante, usar um único míssil e ogiva para abater um pacote de ataque inteiro de uma vez. Acho até que pode ser tecnicamente viável, usando-se um míssil grande e de alta velocidade em trajetória elevada, desde que o raio letal de uma ogiva PEM seja bastante grande (aí já não tenho muita informação, vou ter que pesquisar a respeito).

O custo de cada míssil destes seria enorme, mas se um só puder abater vários aviões a grande distância pode até ter uma relação custo/benefício excelente. Só não sei se não acabaria sendo fácil e barato blindar os eletrônicos dos aviões contra o PEM, inutilizando o sistema e tornando o investimento em desenvolvimento um desperdício.

Nesse caso não sei qual seria a área de abrangência.
Explosões nucleares na ionosfera produzem pulsos eletromagnéticos potentíssimos que se espalham por áreas enormes. Na década de 1960 um teste americano no Pacifico causou estragos sérios no Havaí, a mais de 1400 km do ponto de explosão. Testes soviéticos na mesma época causaram danos ainda maiores por uma área igualmente extensa, mesmo usando ogivas bem menores (por sorte a área era esparsamente habitada).

Um problema adicional deste tipo de PEM é que sua ação depende das condições locais do campo magnético da Terra e do próprio estado da ionosfera. Uma explosão acima de um determinado ponto pode acabar fazendo pouco efeito na esquadrilha ou esquadra inimiga logo abaixo, mas causar um enorme estrago em cidades do litoral a mais de mil km de distância. É um sistema poderosíssimo mas que não tem nenhuma pontaria! E os EUA morrem de medo dele, este é um dos motivos de tanta pressão contra Irã e Coréia do Norte, teríamos sérios problemas com os americanos se tentássemos desenvolver algo assim.

Concordo plenamente, ainda acho que temos total capacidade de produzi-las, com equipamentos ja produzidos no pais, como os piranha com boosters e Saber M-60, se for possível o lançamento vertical, poderíamos ainda utilizar as carretas do Astros. Realmente só falta vontade.
Daria para fazer mil coisas.

Mas ao invés disso vamos comprar canhões sobre lagartas abandonados e uns poucos sistemas Shorad para "fazer doutrina", e mesmo assim só por causa da Copa e das Olimpíadas, senão provavelmente nem isso.

É muito triste.


Leandro G. Card




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6651 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 05, 2013 7:47 pm

Bourne escreveu:Não precisa :roll:
Em nome da auto-defesa qualquer arma pode ser autorizada. Basta mudar a interpretação. O que é bem fácil e muda com o tempo.
Boss escreveu:Eu sei. A interpretação é óbvia, o Brasil é um país de estratégia defensiva, jamais jogaríamos uma arma nuclear primeiro em alguém. Logo, ficariam reservadas para garantir a natureza pacífica do País.
Mas tudo isso foi para água baixo quando assinamos o TNP.
Em matéria de direito, interpretação é tudo... e mais um pouco. :wink:

abs




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6652 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 06, 2013 11:12 am

denilson escreveu:Concordo plenamente FCarvalho, e não vi, ou não me lembro, de ninguém aqui pondo em duvida a capacidade e conhecimento de nossos militares, na verdade o que se coloca em dúvida é a capacidade política de se decidir pela compra (ou P&D) desse ou aquele sistema.
Pois o F-X já esta decidido, a muito, pelos militares, o que não foi decidido foi pela aquisição, essa sim é política.
A pouco tivemos a publicação dos pré-requisitos mínimos do sistema de AAA, que foram re-adequados para adaptá-lo a uma decisão política pela compra de um sistema que não atendia aos pré-requisitos mínimos pré estabelecidos.
No momento a discussão esta sendo sobre o que se fazer com o que se tem, ou algo em torno disso.
Abraço
Denilson
Denilson, não se avexe não. isso dos milicos foi apenas um pensamento meu mesmo com meus botões.
quanto à nossa (in)capacidade política, ela já é conhecida e reconhecida de todos nós aqui. não adianta esperar nada de bom mesmo.
é uma porcaria mesmo. os militares fazem o todo o dever de casa, e no final, os políticos conseguem sempre estragar tudo.
Brasil, meu amigo. :?

abs




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6653 Mensagem por J.Ricardo » Qua Mar 06, 2013 3:09 pm

Boss escreveu:Eu sei. A interpretação é óbvia, o Brasil é um país de estratégia defensiva, jamais jogaríamos uma arma nuclear primeiro em alguém. Logo, ficariam reservadas para garantir a natureza pacífica do País.

Mas tudo isso foi para água baixo quando assinamos o TNP.
O Brasil tem histórico assinar tratados lesapátria: esse TNP com FHC, o tratado dos povos indígenas com o Lula, e assim a caravana passa...




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Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6654 Mensagem por Brasileiro » Qui Mar 07, 2013 5:08 pm

O EB não tem nenhum plano de usar MANPADs a nível de infantaria?

Porque se pensarmos apenas na demanda destes mísseis considerando as Baterias e grupos de artilharia antiaérea, acho que nem compensaria produzir aqui um armamento desta categoria. Mas em maiores quantidades, ou seja, atendendo a outras áreas que não apenas a artilharia propriamente, me parece fazer todo o sentido.




abraços]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6655 Mensagem por denilson » Qui Mar 07, 2013 5:26 pm

Risco grande de fratricídio.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6656 Mensagem por Brasileiro » Qui Mar 07, 2013 5:31 pm

denilson escreveu:Risco grande de fratricídio.
Sim, mas pelo que eu já vi em alguns exércitos a infantaria também tem seus MANPADs.

E nada impede também que os lançadores sejam equipados com IFF, como os Stinger americanos.

Porque pensando desta forma até mesmo o MSS-1.2 apresenta lá seus riscos de fratricídio e talvez cause danos até maiores em termos de baixas.

Mas continuo achando que se pensar só pelo lado das unidades de artilharia, não compensa produzir Igla por aqui. Fica como "figuração".



abraços]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6657 Mensagem por denilson » Qui Mar 07, 2013 7:13 pm

O infante normalmente sabe onde esta o inimigo (do chão), no ar é mais complicado, precisa de coordenação com a defesa aérea (mas não vejo grandes impedimentos de ocorrer).
Agora, isso seria bastante útil no caso de termos perdido a força aérea. Nesse caso o que estiver voando é inimigo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6658 Mensagem por Brasileiro » Qui Mar 07, 2013 9:42 pm

denilson escreveu:O infante normalmente sabe onde esta o inimigo (do chão), no ar é mais complicado, precisa de coordenação com a defesa aérea (mas não vejo grandes impedimentos de ocorrer).
Agora, isso seria bastante útil no caso de termos perdido a força aérea. Nesse caso o que estiver voando é inimigo.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6659 Mensagem por guilhermecn » Qui Mar 07, 2013 11:53 pm

Brasileiro escreveu:
denilson escreveu:O infante normalmente sabe onde esta o inimigo (do chão), no ar é mais complicado, precisa de coordenação com a defesa aérea (mas não vejo grandes impedimentos de ocorrer).
Agora, isso seria bastante útil no caso de termos perdido a força aérea. Nesse caso o que estiver voando é inimigo.
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Não seria uma boa ao menos para as forças especiais? A força paraquedista por exemplo. Já que poderão ser lançados em território inimigo, qualquer equipamento anti-aéreo é de grande valia.




"You have enemies? Good. That means you've stood up for something, sometime in your life."
Winston Churchill


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6660 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Mar 08, 2013 8:40 am

A Brigada de Infantaria Paraquedista tem a 21ª Bateria de Artilharia Antiaérea Pára-quedista.

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"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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