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Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 8:53 am
por denilson
Brasileiro escreveu:Abre parênteses

Olha, na minha opinião, a forma mais EFICIENTE (mais resultados por menor investimentos) para colocar o país muito menos vulnerável à ação de potências de fora é por meio de uma marinha altamente dissuasiva. Não só -muitos- submarinos e navios, mas todo o aparato de guerra naval, o que inclui aeronaves anti-submarinas.

Minha tese é que se o Brasil for atacado por alguma força de fora, será quase que necessariamente, por meio do oceano.

No caso de uma invasão terrestre após ataque naval, tem de ser repelidos com com chuva de míssil anticarro, embocar helicópteros com MANPADs. Um pouco mais do que uma guerrilha, porém muito mais bem equipada. Mas acho que, com uma marinha suficientemente ameaçadora, dificilmente chegariam à terra para que possam enfrentar uma guerra mano-a-mano.


fecha parênteses
Essa é exatamente minha ideia, na primeira semana provavelmente estaríamos sem as grande estruturas de defesa, restando o equipamento de fácil ocultação e em grande quantidade, para serem utilizados em uma guerra de resistência, e para isso devemos esperar que o inimigo esteja mais próximo, atacando exatamente os helicópteros e veículos, esse é o momento em que faríamos o grande estrago na força atacante. Por isso que gostaria que tivéssemos milhares dessas armas.
Uma invasão no sul e sudeste do Brasil seria muito difícil, imagino inviável, mas bloquear uma diagonal entre o norte de Belém e o norte de Porto Velho, para uma grande potência, imagino ser viável, são poucas rodovias de acesso para bloquear e vigiar e apenas duas grandes cidades para ocupar. Assim se destrói a infra estrutura ao sul da linha de bloqueio, e ocupa o norte (Amazônia). Num caso desses só nos resta a utilização de MANPADs como AAA, míssil anticarro para atacar a marinha inimiga (o CarlGustav também seria útil) e o bom e velho fuzil para o resto do serviço.
Abraço
Denilson

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 11:22 am
por J.Ricardo
Pelo jeito, os Gepards vem mesmo...

EB envia 24 militares a Hardheim na Alemanha para curso do Gepard
ver no blog DEFESA ÁEREA & NAVAL
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=16017

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 12:21 pm
por LeandroGCard
denilson escreveu:Essa é exatamente minha ideia, na primeira semana provavelmente estaríamos sem as grande estruturas de defesa, restando o equipamento de fácil ocultação e em grande quantidade, para serem utilizados em uma guerra de resistência, e para isso devemos esperar que o inimigo esteja mais próximo, atacando exatamente os helicópteros e veículos, esse é o momento em que faríamos o grande estrago na força atacante. Por isso que gostaria que tivéssemos milhares dessas armas.
Uma invasão no sul e sudeste do Brasil seria muito difícil, imagino inviável, mas bloquear uma diagonal entre o norte de Belém e o norte de Porto Velho, para uma grande potência, imagino ser viável, são poucas rodovias de acesso para bloquear e vigiar e apenas duas grandes cidades para ocupar. Assim se destrói a infra estrutura ao sul da linha de bloqueio, e ocupa o norte (Amazônia). Num caso desses só nos resta a utilização de MANPADs como AAA, míssil anticarro para atacar a marinha inimiga (o CarlGustav também seria útil) e o bom e velho fuzil para o resto do serviço.
Abraço
Denilson
E o que faríamos no caso de algum inimigo ou coligação decidir simplesmente desencadear ataques aéreos com aviões e mísseis de cruzeiro contra nós, para dobrar nossa vontade (para liberarmos a exploração do pré-sal, aceitarmos a independência de alguma reserva indígena, deixarmos de apoiar alguma nação africana, para destruir as instalações de Aramar e etc...), sem no entanto tentar nenhuma intervenção direta com tropas no solo, fora talvez alguns comandos que eles jamais adimitirão estar lá? Algo que está se tornando moda desde o bombardeio da Sérvia? É este o tipo de ameaça que mais se vê por aí ultimamente, veja as ações de Israel contra seus vizinhos, a ação dos europeus na Líbia e as ameaças contra o Irã.

Neste caso sentamos e choramos por eles não terem feito o que queríamos que fizessem?


Leandro G. Card

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 2:11 pm
por rodrigo
LeandroGCard escreveu:
denilson escreveu:Essa é exatamente minha ideia, na primeira semana provavelmente estaríamos sem as grande estruturas de defesa, restando o equipamento de fácil ocultação e em grande quantidade, para serem utilizados em uma guerra de resistência, e para isso devemos esperar que o inimigo esteja mais próximo, atacando exatamente os helicópteros e veículos, esse é o momento em que faríamos o grande estrago na força atacante. Por isso que gostaria que tivéssemos milhares dessas armas.
Uma invasão no sul e sudeste do Brasil seria muito difícil, imagino inviável, mas bloquear uma diagonal entre o norte de Belém e o norte de Porto Velho, para uma grande potência, imagino ser viável, são poucas rodovias de acesso para bloquear e vigiar e apenas duas grandes cidades para ocupar. Assim se destrói a infra estrutura ao sul da linha de bloqueio, e ocupa o norte (Amazônia). Num caso desses só nos resta a utilização de MANPADs como AAA, míssil anticarro para atacar a marinha inimiga (o CarlGustav também seria útil) e o bom e velho fuzil para o resto do serviço.
Abraço
Denilson
E o que faríamos no caso de algum inimigo ou coligação decidir simplesmente desencadear ataques aéreos com aviões e mísseis de cruzeiro contra nós, para dobrar nossa vontade (para liberarmos a exploração do pré-sal, aceitarmos a independência de alguma reserva indígena, deixarmos de apoiar alguma nação africana, para destruir as instalações de Aramar e etc...), sem no entanto tentar nenhuma intervenção direta com tropas no solo, fora talvez alguns comandos que eles jamais adimitirão estar lá? Algo que está se tornando moda desde o bombardeio da Sérvia? É este o tipo de ameaça que mais se vê por aí ultimamente, veja as ações de Israel contra seus vizinhos, a ação dos europeus na Líbia e as ameaças contra o Irã.

Neste caso sentamos e choramos por eles não terem feito o que queríamos que fizessem?


Leandro G. Card
Se vier a OTAN, não há quem segure.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 2:14 pm
por luidpossan
é mais facil a russia e os estados unidos entrarem em guerra do que alguem atacar o brasil, o brasil é um pais continental seria impossivel controlar nosso territorio e os gastos militares quebrariam o pais atacante, so precisariamos prologar a batalha, veja os exemplos das guerras atuais com pequenos paises de facil controle quanto de dinheiro foi gasto

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 2:18 pm
por Sávio Ricardo
Ninguem imaginava, em 1940, que Hitler teria coragem de tentar "colonizar" a Europa. :roll:

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 2:32 pm
por Bourne
A Europa não. O ocidente era um aliado com objetivos comuns. E a expansão para oeste era para da ampliação do território alemão em nome da autossuficiência. Ambas previstas desde idos do século XIX pelo pensamento geopolítico alemão. Apresentadas na Primeira e Segunda Guerra Mundial. Ironicamente, conseguiram esse objetivo com a formação da UE.

No Brasil uma guerra total seria difícil. A região quente do mundo atualmente é a Ásia. Porém intervenções pontuais e conflitos localizados são bem possível e comuns. Só a França se meteu em três nos últimos anos (Síria, Líbia e Mali). Na América do Sul normalmente existem rusgas como de Colômbia e Venezuela. Um ataque de alguns dias também não é descartável. Porém invasão do território como um todo impossível. Para países continentais nunca deu certo, não é no Brasil que vai e nem tem motivações para tal.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 4:52 pm
por denilson
Leandro, Coloquei em vermelho no post anterior a parte que contempla o que tu escreveu, deve ter passado despercebido.
Nesse caso senta e chora... com 3 baterias de Pantsir-S1 e "F-infinito" não faremos nada, no máximo durariam aquela semana que sitei no post anterior.
Para isso teríamos que ter uma grande quantidade de AAA e o "F-infinito"(para defesa da Infra-estrutura, indústrias etc...), infelizmente não vislumbro isso para os próximos 10 anos.
Mas também podemos fazer um ou dois testes nucleares, talvez de algum resultado...

OBS: passei a tarde inteira tentando postar esse texto mas não conseguia, e não entendia o porque, até que percebi que eu estava tentando utilizar o simbolo de "infinito", que colei do Word, agora que apaguei o simbolo e escrevi "F-infinito" consegui postar.... [004]

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 5:07 pm
por FCarvalho
Bom, de modo bem simplório, nossa organização de defesa AAe deve prever, prevenir e opor-se contra as seguintes HG's:

1. ataques aéreos vizinhos, de qualquer monta, a grandes centros urbanos e objetivos militares, políticos e de infraestrutura primários;
2. ataque aeronaval limitado, temporal e diretivo a determinada região;
3. ataque aeronaval limitado, temporal e diretivo a mais de uma região;
4. ataque aeronaval com misseis de cruzeiro;
5. ataque aéreo extra-continente com uso de bombardeiros estratégicos;
6. ataque aéreo extra-continente com uso de caça-bombardeiros táticos;

basicamente é isto, segundo as modalidades de conflitos que temos visto nos últimos 20 anos. se não nos prepararmos para estas hipóteses, seja no sentido de enfrentá-las individualmente, ou coletivamente, então é melhor nem gastar dinheiro, e entregar o jogo logo de início.

mas um adendo meu. eu quero crer, acho que preciso acreditar nisso, que nossos militares, ao menos eles, não seriam tão estúpidos, ou inocentes, de perpetrar um sistema de defesa AAe para simples e meramente continuarmos a fazer figuração de sempre. tenho certeza que eles tem em mente o que expus acima, e muito mais. e tem mais consciência ainda de que um sistema de defesa AAe é apenas uma das partes de um sistema de sistemas que temos de construir ainda que isso leve-nos a fazê-lo a conta gotas, conforme nossa tradição. é melhor do que não ter nada e precisar, ou ter, e não poder usar.

ponto. ou aprendemos algo de verdade com as últimas guerras, e nos tornamos diligentes e levamos a sério esse negócio de AAe, como parte importante da construção de nosso "sistema de defesa", que é o que tem que ser pensado aqui, e não apenas no parte, mas no todo, se não vamos ficar a repetir novamente os mesmos erros de trinta anos atrás. e no final das contas, vai ser só isso mesmo que vamos ter que fazer. contar os sacos pretos antes de levantar a bandeira branca.

ou alguém aqui acha mesmo que o pessoal em Brasília não vão ser os primeiros a arriar as calças de imediato quando os primeiros pipocos começarem a cair.... :?

porque para isso não tem S-5000(assim mesmo, cinco mil) que dê jeito. :evil:

abs.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 5:36 pm
por denilson
Concordo plenamente FCarvalho, e não vi, ou não me lembro, de ninguém aqui pondo em duvida a capacidade e conhecimento de nossos militares, na verdade o que se coloca em dúvida é a capacidade política de se decidir pela compra (ou P&D) desse ou aquele sistema.
Pois o F-X já esta decidido, a muito, pelos militares, o que não foi decidido foi pela aquisição, essa sim é política.
A pouco tivemos a publicação dos pré-requisitos mínimos do sistema de AAA, que foram re-adequados para adaptá-lo a uma decisão política pela compra de um sistema que não atendia aos pré-requisitos mínimos pré estabelecidos.
No momento a discussão esta sendo sobre o que se fazer com o que se tem, ou algo em torno disso.
Abraço
Denilson

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 5:39 pm
por Carlos Lima
J.Ricardo escreveu:Pelo jeito, os Gepards vem mesmo...

EB envia 24 militares a Hardheim na Alemanha para curso do Gepard
ver no blog DEFESA ÁEREA & NAVAL
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=16017
Pois é...

Tomara que a compra dos SAM também saia rápida.

[]s
CB_Lima

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 5:48 pm
por LeandroGCard
denilson escreveu:Leandro, Coloquei em vermelho no post anterior a parte que contempla o que tu escreveu, deve ter passado despercebido.
Nesse caso senta e chora... com 3 baterias de Pantsir-S1 e "F-infinito" não faremos nada, no máximo durariam aquela semana que sitei no post anterior.
Para isso teríamos que ter uma grande quantidade de AAA e o "F-infinito"(para defesa da Infra-estrutura, indústrias etc...), infelizmente não vislumbro isso para os próximos 10 anos.
Quanto à força de caças também não vislumbro o Brasil operando pelos próximos 50 anos nada muito melhor do que já tem hoje um Chile ou uma Venezuela. Para isso teríamos que gastar uma verdadeira fábula importando aviões, ou ser capazes e desenvolver e produzir caças de forma praticamente autóctone, e não acredito que o Brasil seja capaz de tomar nenhuma destas decisões no meu tempo de vida (e veja bem, a questão nem é técnica ou econômica, os problemas são outros).

Por outro lado, no setor de AAe não vejo maiores dificuldades para um país que está desenvolvendo ou já produz MAA-1, MSS-1.2, MAR-1, MAN-1, AVMT, Saber-60, Scipio-01, A-Darter, Remax e etc... . A questão é de simples competência para perceber as reais necessidades e vontade de atendê-las. E aí acho que nossas FA´s tem sim culpa no cartório, pois outros programas tão ou mais caros do que sairia o desenvolvimento de uma capacidade de defesa AAe crível já saíram do papel, enquanto neste setor ainda estamos falando (e alguns até comemorando :shock: :roll: ) a aquisição de canhões móveis aposentados e compra a conta-gôtas de sistemas de alcance médio/curto.


Mas também podemos fazer um ou dois testes nucleares, talvez de algum resultado...
Até concordo que seria uma opção, e provavelmente daria sim resultado. Mas a menos que tivessemos sido explicitamente ameaçados por ataque nuclear ANTES de detonarmos nossas próprias bombas (o que duvido muito alguém faria, por simples falta de necessidade) entraríamos imediatamente para o eixo do mal junto com o Irã e a Coréia do Norte, com todos os problemas que isso acarreta :( .


Leandro G. Card

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 6:22 pm
por FCarvalho
eu cá acho que o Brasil fez a maior cagada da sua história contemporânea ao colocar na CF88 uma cláusula tão absurda e lesa pátria quanto a que nos impede de produzir nukes. e nem digo que devêssemos dispor de armamento estratégico, mas de artefatos táticos, já nos seriam de uma dissuasão praticamente infalível.

mas, como diz o ditado: "em terra de cego, quem tem um olho só é rei."

abs.

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 7:50 pm
por denilson
Bom Leandro G. Card, retornando a velha discussão de produzirmos nossa própria AAA, acho que uma PEM seria uma AAA bastante eficaz, com alguns efeitos colaterais, mas tomando algumas precauções podemos realmente negar o espaço aéreo (inclusive para nós).

Re: O futuro da AAAe no Brasil

Enviado: Seg Mar 04, 2013 8:38 pm
por LeandroGCard
denilson escreveu:Bom Leandro G. Card, retornando a velha discussão de produzirmos nossa própria AAA, acho que uma PEM seria uma AAA bastante eficaz, com alguns efeitos colaterais, mas tomando algumas precauções podemos realmente negar o espaço aéreo (inclusive para nós).
Se for possível colocar uma ogiva PEM potente o bastante para inutilizar a eletrônica de um avião em um míssil AAe de tamanho razoável acho até que seria uma boa idéia. Mas pelo que sei estas ogivas são grandes demais para isso.

Já se sua idéia é produzir um PEM através de uma detonação atômica na ionosfera acho péssima idéia, causaríamos muito mais estragos a nós mesmos do que qualquer esquadrilha de bombardeiros conseguiria fazer :wink: .

Já com relação à produzir nós mesmos nossa AAe, na minha opinião isso faria muito mais sentido do que produzir mísseis ar-ar, anti-radiação ou de artilharia de grande alcance (e já estamos fazendo todos eles :shock: ). Principalmente considerando que nunca teremos aviões de combate suficientes para fazer muita diferença sejam quais forem os mísseis que carregem, e que nossa posição é prioritariamente defensiva.


Leandro G. Card