O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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LeandroGCard
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6601 Mensagem por LeandroGCard » Sex Mar 01, 2013 4:26 pm

rodrigo escreveu:
Lembre-se a 1° linha de defesa anti aerea ea aviaçao de caça
Então esquece!
Pois é :roll: !!!

Em um país como o Brasil, onde a eventual disponibilidade de 120 caças de segunda linha (a primeira linha hoje é 5G) para cobrir um território continental não paasa de um sonho distante não dá para faler em uma 1° linha de defesa anti aérea. No máximo em alguns pontos, bem esparsos :cry: .


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6602 Mensagem por denilson » Sex Mar 01, 2013 4:47 pm

LeandroGCard escreveu:
J.Ricardo escreveu:Ainda assim 03 baterias são uma quantidade quase ridícula, por ex: a do EB fica em Itaipu, a da MB fica em Angra, a FAB fica no comando da aéronática em Brasília, e o resto do país???
Nenhuma compra de nenhuma quantidade de sistemas AAe será suficiente para sequer começar a proteger todos os pontos passíveis de ataque em um país do tamanho do Brasil. Em caso de guerra será necessário verificar quais áreas estariam vulneráveis e os sistemas seriam deslocados para proteger os alvos mais importantes dentro destas áreas. Por ex: se a guerra for contra a Venezuela o RS e o RJ certamente não estariam vulneráveis devido à distância, então não haveria necessidade de proteger Itaipú ou Angra.

Mas de qualquer forma 3 baterias de sistemas de alcance curto/médio jamais comporão uma defesa AAe de verdade, servirão apenas para formação de pessoal e doutrina. É que simplesmente adquirir uma quantidade razoável para uma hipótese de guerra real (digamos, 15 baterias) teria um custo injustificável sem uma ameaça real que possamos apontar. E na verdade, se for para usar este tipo de sistema de defesa de ponto para a defesa de pontos estratégicos nenhuma quantidade jamais será suficiente, não é assim que se faz defesa aérea estratégica.


Leandro G. Card
Boa explanação, mas o nobre colega cometeu uma gafe, Itaipu é no PR.
Abraço
Denilson




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6603 Mensagem por denilson » Sex Mar 01, 2013 4:57 pm

FCarvalho escreveu:* a FAB, necessita de, no mínimo, 19 bia's para a defesa de suas atuais bases aéreas operacionais(1 Bia para cada BA), o que perfaz em torno de 76 a 114 undes lançadoras do tipo escolhido; afora os necessários sistemas Manpads complementares para a defesa da infraestrutura dos SISDACTA's/SISCEAB e OM's de apoio operacional;
Nesse caso não concordo que com a defesa dos CIDACTA's por Manpads, esses são alvos de alto valor e vitais para a defesa, além do fato de serem localizados em Centros Urbanos de alto valor também, na minha modesta opinião eles devem ser defendidos por S-300 ou 400 mais defesa de ponto.
Abraço
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6604 Mensagem por LeandroGCard » Sex Mar 01, 2013 4:58 pm

FCarvalho escreveu:Esta apresentação tosca pode a princípio paracer muita coisa. E de fato, olhando-se a nossa realidade, e visão de defesa realmente ela o é. Mas, vamos nos perguntar: o que seria mais complexo e dispendioso: montar um sistema de defesa AAe sério e crível, ou ter de reconstruir tudo o que vier a ser perdido pela ausência/ineficácia dele? Note-se que as vidas humanas perdidas por isso jamais poderão ser repostas. Canhões, mísseis e coisas do gênero sempre podem ser comprados e repostos a posteriori, mas vidas humanas não. Qual o "menor" preço estamos dispostos a pagar?

abs
Eu pessoalmente não acredito que este conceito de alocação dos sistemas de defesa AAe estratégicas por unidades militares existentes seja necessário ou mesmo adequado. Para autoproteção, com MANPAD´s e sistemas de curto/médio alcance com canhões e/ou mísseis está OK, mas os sistemas de maior alcance provavelmente ficariam melhor em uma organização própria, talvez com a formação de batalhões ou mesmo brigadas especificamente AAe sob a estrutura de cada força. Estas unidades ficariam alojadas em localizações específicas em tempos de paz (mesmo que em conjunto com outros tipos de unidades) e seriam desdobradas quando e para onde fossem necessárias dependendo da situação. Mas sem a necessidade de serem distribuídas por todas as regiões militares ou áreas de comando.

Assim o número total destas unidades com sistemas de longo alcance poderia ser menor do que você sugeriu, e ainda assim elas poderiam prover defesa adequada a áreas vulneráveis em caso de guerra. Por outro lado a quantidade de sistemas de menor alcance precisaria ser bem maior, até porque não podemos esquecer que os sistemas de maior alcance precisam de sistemas de menor alcance operando conjuntamente, para sua própria proteção.

E independentemente de como ficar a estrutura das unidades, nenhuma quantidade de munições que venha a ser adquirida em tempos de paz será suficiente para operações em caso de guerra, com excessão provavelmente dos Manpads e de eventuais sistemas de alcance muito longo.


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6605 Mensagem por LeandroGCard » Sex Mar 01, 2013 4:59 pm

denilson escreveu:Boa explanação, mas o nobre colega cometeu uma gafe, Itaipu é no PR.
Abraço
Denilson
Tens toda razão, falha minha :oops: .

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6606 Mensagem por denilson » Sex Mar 01, 2013 5:04 pm

LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Esta apresentação tosca pode a princípio paracer muita coisa. E de fato, olhando-se a nossa realidade, e visão de defesa realmente ela o é. Mas, vamos nos perguntar: o que seria mais complexo e dispendioso: montar um sistema de defesa AAe sério e crível, ou ter de reconstruir tudo o que vier a ser perdido pela ausência/ineficácia dele? Note-se que as vidas humanas perdidas por isso jamais poderão ser repostas. Canhões, mísseis e coisas do gênero sempre podem ser comprados e repostos a posteriori, mas vidas humanas não. Qual o "menor" preço estamos dispostos a pagar?

abs
Eu pessoalmente não acredito que este conceito de alocação dos sistemas de defesa AAe estratégicas por unidades militares existentes seja necessário ou mesmo adequado. Para autoproteção, com MANPAD´s e sistemas de curto/médio alcance com canhões e/ou mísseis está OK, mas os sistemas de maior alcance provavelmente ficariam melhor em uma organização própria, talvez com a formação de batalhões ou mesmo brigadas especificamente AAe sob a estrutura de cada força. Estas unidades ficariam alojadas em localizações específicas em tempos de paz (mesmo que em conjunto com outros tipos de unidades) e seriam desdobradas quando e para onde fossem necessárias dependendo da situação. Mas sem a necessidade de serem distribuídas por todas as regiões militares ou áreas de comando.

Assim o número total destas unidades com sistemas de longo alcance poderia ser menor do que você sugeriu, e ainda assim elas poderiam prover defesa adequada a áreas vulneráveis em caso de guerra. Por outro lado a quantidade de sistemas de menor alcance precisaria ser bem maior, até porque não podemos esquecer que os sistemas de maior alcance precisam de sistemas de menor alcance operando conjuntamente, para sua própria proteção.

E independentemente de como ficar a estrutura das unidades, nenhuma quantidade de munições que venha a ser adquirida em tempos de paz será suficiente para operações em caso de guerra, com excessão provavelmente dos Manpads e de eventuais sistemas de alcance muito longo.


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Isso vai depender muito do inimigo que vamos enfrentar, por exemplo, se formos enfrentar os EUA, sou a favor de comprarmos milhares de MANPAD's, fuzis (e munição) e armamento anti-tanque, por que é só isso que vai sobrar depois da primeira semana de guerra.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6607 Mensagem por jauro » Sex Mar 01, 2013 5:12 pm

eligioep escreveu:PORTARIA Nº 465-MD, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2013.
Designação para curso no exterior.

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, Interino, no uso da atribuição que lhe
confere o inciso I do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, parágrafo único do art. 1º do
Decreto nº 2.790, de 29 de setembro de 1998, em conformidade com o disposto no art. 7º do Decreto nº
7.689, de 2 de março de 2012, resolve

DESIGNAR os militares a seguir nomeados, para viagem a Hardheim, República Federal da Alemanha, a fim de
cumprir Missão PCENA Atv V13/439/Gab Cmt Ex/2013 - Frequentar o Curso de Capacitação para o
Emprego do Sistema de Armas Antiaéreas GEPARD; com início previsto para a 1ª quinzena de março de
2013 e duração aproximada de três meses, com ônus total para o Comando do Exército:

Segue relação de 24 militares.

Fonte: Boletim do Exército nº 9, de 1º de março de 2013
Neste mesmo boletim há uma retificação de portaria, que é uma adaptação dos Sistemas AAAe ao que está sendo adquirido, Pantsir, Guepard e KC-390.
PORTARIA Nº 25-EME, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2013.
Altera os Requisitos Operacionais Básicos nº 03/12,
Sistema Operacional Defesa Antiaérea, aprovados
pela Portaria nº 139-EME, de 17 de setembro de
2012.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6608 Mensagem por FABIO » Sex Mar 01, 2013 5:42 pm

Amigo Jauro voçe sabe quantos gepards serão comprados pelo EB??




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6609 Mensagem por Brasileiro » Sex Mar 01, 2013 5:49 pm

Não se preocupe com quantidades, amigo FABIO, porque nós receberemos os MELHORES Gepards do mundo!!!



abraços]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6610 Mensagem por J.Ricardo » Sex Mar 01, 2013 5:52 pm

denilson escreveu:
LeandroGCard escreveu:Eu pessoalmente não acredito que este conceito de alocação dos sistemas de defesa AAe estratégicas por unidades militares existentes seja necessário ou mesmo adequado. Para autoproteção, com MANPAD´s e sistemas de curto/médio alcance com canhões e/ou mísseis está OK, mas os sistemas de maior alcance provavelmente ficariam melhor em uma organização própria, talvez com a formação de batalhões ou mesmo brigadas especificamente AAe sob a estrutura de cada força. Estas unidades ficariam alojadas em localizações específicas em tempos de paz (mesmo que em conjunto com outros tipos de unidades) e seriam desdobradas quando e para onde fossem necessárias dependendo da situação. Mas sem a necessidade de serem distribuídas por todas as regiões militares ou áreas de comando.

Assim o número total destas unidades com sistemas de longo alcance poderia ser menor do que você sugeriu, e ainda assim elas poderiam prover defesa adequada a áreas vulneráveis em caso de guerra. Por outro lado a quantidade de sistemas de menor alcance precisaria ser bem maior, até porque não podemos esquecer que os sistemas de maior alcance precisam de sistemas de menor alcance operando conjuntamente, para sua própria proteção.

E independentemente de como ficar a estrutura das unidades, nenhuma quantidade de munições que venha a ser adquirida em tempos de paz será suficiente para operações em caso de guerra, com excessão provavelmente dos Manpads e de eventuais sistemas de alcance muito longo.


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Isso vai depender muito do inimigo que vamos enfrentar, por exemplo, se formos enfrentar os EUA, sou a favor de comprarmos milhares de MANPAD's, fuzis (e munição) e armamento anti-tanque, por que é só isso que vai sobrar depois da primeira semana de guerra.
:shock: Uma guerra contra os EUA??? [002]

Corre pro mato meu amigo, vai chover tomahawk!!! Acredito que nunca estaremos preparados para algo parecido...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6611 Mensagem por rodrigo » Sex Mar 01, 2013 6:13 pm

Contra qualquer inimigo, sempre vai haver uma análise de nossa defesa aérea no planejamento. Se for fácil, o inimigo estará sendo encorajado. Se conseguirmos exercer uma razoável dissuasão, já fez muito. Contra os americanos, nem mesmo países que utilizavam a doutrina russa do super guarda chuva antiaéreo deram conta do recado, como Iugoslávia e Iraque. Esses países tinham todos os tipos de mísseis, para todas as distâncias e alturas, com rede de radar completa, e no caso do Iraque, experiência em combate. E não resistiram muito.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6612 Mensagem por jauro » Sex Mar 01, 2013 6:55 pm

FABIO escreveu:Amigo Jauro voçe sabe quantos gepards serão comprados pelo EB??
Exatamente não. Mas provavelmente 36 G.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6613 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 01, 2013 7:54 pm

denilson escreveu:
FCarvalho escreveu:* a FAB, necessita de, no mínimo, 19 bia's para a defesa de suas atuais bases aéreas operacionais(1 Bia para cada BA), o que perfaz em torno de 76 a 114 undes lançadoras do tipo escolhido; afora os necessários sistemas Manpads complementares para a defesa da infraestrutura dos SISDACTA's/SISCEAB e OM's de apoio operacional;
Nesse caso não concordo que com a defesa dos CIDACTA's por Manpads, esses são alvos de alto valor e vitais para a defesa, além do fato de serem localizados em Centros Urbanos de alto valor também, na minha modesta opinião eles devem ser defendidos por S-300 ou 400 mais defesa de ponto.
Abraço
Denilson
Bom, acho que acabei me expressando mal denilson, e misturando alhos com bugalhos... :)
A infraestrutura do SISCEAB também necessita de defesas AAe em nível médio de altitudes. Neste sentido, poderia-se contar ao menos mais 7 bia's ou GAAE's para os Comar da FAB.
Enfim, temos uma demanda concreta para, pelo menos, 26 bia's ou Gaae's entre canhõe, manpads e mísseis AAe médio alcance para a defesa da estrutura da FAB e do poder aeroespacial brasileiro.
Realmente não é pouca coisa não.
Mas também, não é impossível de se obter num planejamento estratégico de longo prazo.
Pena que o nosso pensamento em defesa não costume ser nem de curto...

abs




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6614 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 01, 2013 8:09 pm

LeandroGCard escreveu:
FCarvalho escreveu:Esta apresentação tosca pode a princípio paracer muita coisa...
Eu pessoalmente não acredito que este conceito de alocação dos sistemas de defesa AAe estratégicas por unidades militares existentes seja necessário ou mesmo adequado. Para autoproteção, com MANPAD´s e sistemas de curto/médio alcance com canhões e/ou mísseis está OK, mas os sistemas de maior alcance provavelmente ficariam melhor em uma organização própria, talvez com a formação de batalhões ou mesmo brigadas especificamente AAe sob a estrutura de cada força. Estas unidades ficariam alojadas em localizações específicas em tempos de paz (mesmo que em conjunto com outros tipos de unidades) e seriam desdobradas quando e para onde fossem necessárias dependendo da situação. Mas sem a necessidade de serem distribuídas por todas as regiões militares ou áreas de comando.
Assim o número total destas unidades com sistemas de longo alcance poderia ser menor do que você sugeriu, e ainda assim elas poderiam prover defesa adequada a áreas vulneráveis em caso de guerra. Por outro lado a quantidade de sistemas de menor alcance precisaria ser bem maior, até porque não podemos esquecer que os sistemas de maior alcance precisam de sistemas de menor alcance operando conjuntamente, para sua própria proteção.
E independentemente de como ficar a estrutura das unidades, nenhuma quantidade de munições que venha a ser adquirida em tempos de paz será suficiente para operações em caso de guerra, com excessão provavelmente dos Manpads e de eventuais sistemas de alcance muito longo.
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Leandro, o conceito de emprego dos GAAE's em relação aos comdos de área do EB é em dois sentidos: um, o aproveitamento da atual organização da cadeia de C2 do EB, com a consequente facilitação e simplicidade do emprego e responsabilização operacional, subordinando cada GAAE deste a área do TO do respectivo CM; dois, dispondo de uma defesa AAe em profundidade o mais horizontal quanto possível, no sentido de se poder cobrir a maior parte, se não a totalidade, do território nacional, e assim também cobrir não só a defesa do aspecto do poder militar nacional, como, e principalmente, da infraestrutura do poder civil nas localidades cobertas pelos mesmos.

Quanto a quantitativo da defesa de baixa/media altura, eu apenas me limitei a atual estrutura das unidades operacionais do EB, da qual tenho conhecimento, assim como a organização atual prevista para a defesa AAe das mesmas, mas penso penso, concordando consigo, que temos sim, muito mais necessidades para cobrir quanto esta questão em relação as necessidades do EB.

E é aquela coisa. Não temos reservas nem para a "primeira hora da guerra", imagina montar, equipar e dispor adequadamente toda uma infraestrutura de defesa AAe como a aqui sugerida? E isso porque estou me limitando a atual infraestrutura existente, que por si só já bastante precária para um país como o nosso. Imagina se fossemos querer fazer o que realmente precisamos...

abs




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#6615 Mensagem por Olinda » Sex Mar 01, 2013 8:14 pm

rodrigo escreveu:Contra qualquer inimigo, sempre vai haver uma análise de nossa defesa aérea no planejamento. Se for fácil, o inimigo estará sendo encorajado. Se conseguirmos exercer uma razoável dissuasão, já fez muito. Contra os americanos, nem mesmo países que utilizavam a doutrina russa do super guarda chuva antiaéreo deram conta do recado, como Iugoslávia e Iraque. Esses países tinham todos os tipos de mísseis, para todas as distâncias e alturas, com rede de radar completa, e no caso do Iraque, experiência em combate. E não resistiram muito.

A melhor defesa é o ataque, ou capacidade de ataque, por isso Nae e caças com grande capacidade (Su-35, F-15) de ataque são a melhor defesa (dissuasão). A anti-aérea é importante mas sozinha não resolve. Os russos tem muitos caças, o Iraque não tinha esta capacidade.




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