Guerra das Malvinas / Falkland
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- Bolovo
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Re: Guerra das Malvinas
Independente disso, Prick. Ela adorou.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Guerra das Malvinas
Possibilidade de conflito militar é remota
Roberto Godoy
A militarização da crise das Ilhas Malvinas/Falklands é uma possibilidade remota. As forças argentinas não têm preparo nem equipamento para uma eventual ação armada. O governo de Cristina Kirchner reduziu o orçamento da Defesa e reluta em assinar contratos de revitalização de sistemas de combate. O jato argentino com maior disponibilidade é o subsônico Skyhawk, com 35 anos de uso, apenas parcialmente modernizado. Os britânicos mantêm nas ilhas a poderosa base aeronaval de Mount Pleasant, um empreendimento de US$ 550 milhões, iniciado três dias após o fim da guerra de 1982.
Ontem o comandante da Força Aérea Real (RAF), Stephen Dalton, anunciou que o nível de alerta do esquadrão de quatro super CAÇAS Typhoon – deslocado em outubro de 2009 de Coningsby – subiu um ponto. Isso significa que os pilotos estão prontos para decolar 5 minutos após o sinal de alerta. Normalmente esse tempo é de 15 minutos. O Typhoon voa a 2.300 km/h, tem um canhão de 27 mm e leva 9 toneladas de armas. Dalton justificou a medida como “consequência da crescente de tensão e da manutenção da superioridade aérea”.
A base de Pleasant é defendida por mísseis antiaéreos, tem capacidade para receber submarinos atômicos e nesse momento abriga, além de 1.067 militares, a fragata missileira York, de 5,2 mil toneladas (280 tripulantes, 1 helicóptero de ataque), além de aviões de inteligência e de reabastecimento em voo.
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
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- rodrigo
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Re: Guerra das Malvinas
Poucos comediantes conseguem ser tão patéticos quanto Hugo Chavez. Pena que ainda tenhamos pessoas influentes na política externa brasileira que o levem a sério.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
Re: Guerra das Malvinas
Mais uma vez, a boa e velha tática de usar um problema externo para ajudar a distrair a atenção da população dos problemas reais como corrupção, inflação e incompetência! Ah, esses Kircheners....
- P44
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Re: Guerra das Malvinas
Londres se diz disposto a negociar, mas não sobre soberania das Malvinas
Da EFE
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Londres, 23 fev (EFE).- O Governo do Reino Unido se declarou hoje disposto a "reabrir" negociações com a Argentina, mas não sobre a soberania das ilhas Malvinas (ilhas Falkland) e nem sobre o exploração de hidrocarbonetos nas águas do arquipélago.
Foi o que disse em declarações à Agência Efe o secretário de Estado do Reino Unido para Europa e América Latinae, Chris Bryant, ao lembrar que "nós negociamos com os argentinos durante anos até 2007, quando eles deixaram aas negociações".
"Estamos dispostos a negociar, mas não vamos negociar a soberania sobre as ilhas, porque, como disseram todos meus antecessores e qualquer político britânico diria, não tenho nenhuma dúvida de nossa soberania sobre as Falkland", afirmou Bryant.
O secretário lembrou que ambos os Governos negociaram sobre "hidrocarbonetos em outras partes do Atlântico, salvo nas águas das Falkland, e até agora não entendi a razão pela qual (os argentinos) abandonaram essas negociações".
Bryant defendeu o direito de autodeterminação e disse crer que "todos os países da América Latina podem decidir que tipo de Governo querem".
"Também acredito nisso para o Governo das Falkland, que devem poder decidir por si próprios se querem ser britânicos ou qualquer outra coisa, e eu sei que eles querem continuar sendo britânicos", acrescentou.
Perguntado sobre as declarações do presidente venezuelano, Hugo Chávez, quando disse à rainha Elizabeth II em seu programa de rádio que "os impérios já acabaram", o político britânico se negou a manter uma "luta retórica com meu companheiro Chávez".
"Diria somente uma coisa a ele: que fala muito do direito latino-americano de autodeterminação e que o resto do mundo, especialmente Estados Unidos e Reino Unido, não deveriam dizer como seguir seu futuro, mas eu lhe diria o mesmo no assunto das Malvinas, porque acredito na autodeterminação", afirmou.
Bryant rejeitou o argumento de que a composição da população das Malvinas seja estranha à região.
"De onde veio a população de Buenos Aires? Vieram da Espanha, da Itália, de muitos outros países, até britânicos. Eu sou galês, não sou inglês, mas vivo dentro do Reino Unido. A metade dos galeses foi de ingleses, irlandeses ou escoceses, e em alguns casos italianos também. A meu ver, isso não me parece um argumento com muito peso", disse o secretário de Estado.
Bryant se mostrou disposto a negociar com a Argentina no que diz respeito ao eventual impacto ambiental da exploração de hidrocarbonetos no Atlântico Sul, mas "não na parte que recai sob a soberania das ilhas, porque isso corresponde ao Governo das ilhas".
"Não é o Governo britânico que quer explorar hidrocarbonetos que podem existir sob o mar nessa região, é o Governo das ilhas Falkland", argumentou.
O secretário britânico tentou minimizar a atual polêmica. Quando perguntando sobre as informações de que a Argentina está negociando com outros países latino-americanos e caribenhos, incluindo os da Comunidade Britânica (Commonwealth), uma declaração em defesa dos "legítimos direitos da Argentina" sobre o arquipélago, disse que "não é algo que me preocupa".
"Para mim, o mais importante é que Reino Unido e Argentina são países aliados em outros muitos assuntos. Eu não temo que haja grandes problemas entre nossos países. Trabalhamos muito sobre a crise financeira como membros do Grupo dos Vinte (G20) e agora trabalhamos juntos sobre a não proliferação nuclear. Sempre seremos países aliados", disse Bryant.
Prosseguindo com o tom conciliador, o britânico apontou que "não há ninguém que queira voltar aos anos 80", em alusão à guerra entre os dois países pelas Malvinas em 1982, e descartou que a situação possa piorar pelo lado britânico. EFE
Da EFE
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Londres, 23 fev (EFE).- O Governo do Reino Unido se declarou hoje disposto a "reabrir" negociações com a Argentina, mas não sobre a soberania das ilhas Malvinas (ilhas Falkland) e nem sobre o exploração de hidrocarbonetos nas águas do arquipélago.
Foi o que disse em declarações à Agência Efe o secretário de Estado do Reino Unido para Europa e América Latinae, Chris Bryant, ao lembrar que "nós negociamos com os argentinos durante anos até 2007, quando eles deixaram aas negociações".
"Estamos dispostos a negociar, mas não vamos negociar a soberania sobre as ilhas, porque, como disseram todos meus antecessores e qualquer político britânico diria, não tenho nenhuma dúvida de nossa soberania sobre as Falkland", afirmou Bryant.
O secretário lembrou que ambos os Governos negociaram sobre "hidrocarbonetos em outras partes do Atlântico, salvo nas águas das Falkland, e até agora não entendi a razão pela qual (os argentinos) abandonaram essas negociações".
Bryant defendeu o direito de autodeterminação e disse crer que "todos os países da América Latina podem decidir que tipo de Governo querem".
"Também acredito nisso para o Governo das Falkland, que devem poder decidir por si próprios se querem ser britânicos ou qualquer outra coisa, e eu sei que eles querem continuar sendo britânicos", acrescentou.
Perguntado sobre as declarações do presidente venezuelano, Hugo Chávez, quando disse à rainha Elizabeth II em seu programa de rádio que "os impérios já acabaram", o político britânico se negou a manter uma "luta retórica com meu companheiro Chávez".
"Diria somente uma coisa a ele: que fala muito do direito latino-americano de autodeterminação e que o resto do mundo, especialmente Estados Unidos e Reino Unido, não deveriam dizer como seguir seu futuro, mas eu lhe diria o mesmo no assunto das Malvinas, porque acredito na autodeterminação", afirmou.
Bryant rejeitou o argumento de que a composição da população das Malvinas seja estranha à região.
"De onde veio a população de Buenos Aires? Vieram da Espanha, da Itália, de muitos outros países, até britânicos. Eu sou galês, não sou inglês, mas vivo dentro do Reino Unido. A metade dos galeses foi de ingleses, irlandeses ou escoceses, e em alguns casos italianos também. A meu ver, isso não me parece um argumento com muito peso", disse o secretário de Estado.
Bryant se mostrou disposto a negociar com a Argentina no que diz respeito ao eventual impacto ambiental da exploração de hidrocarbonetos no Atlântico Sul, mas "não na parte que recai sob a soberania das ilhas, porque isso corresponde ao Governo das ilhas".
"Não é o Governo britânico que quer explorar hidrocarbonetos que podem existir sob o mar nessa região, é o Governo das ilhas Falkland", argumentou.
O secretário britânico tentou minimizar a atual polêmica. Quando perguntando sobre as informações de que a Argentina está negociando com outros países latino-americanos e caribenhos, incluindo os da Comunidade Britânica (Commonwealth), uma declaração em defesa dos "legítimos direitos da Argentina" sobre o arquipélago, disse que "não é algo que me preocupa".
"Para mim, o mais importante é que Reino Unido e Argentina são países aliados em outros muitos assuntos. Eu não temo que haja grandes problemas entre nossos países. Trabalhamos muito sobre a crise financeira como membros do Grupo dos Vinte (G20) e agora trabalhamos juntos sobre a não proliferação nuclear. Sempre seremos países aliados", disse Bryant.
Prosseguindo com o tom conciliador, o britânico apontou que "não há ninguém que queira voltar aos anos 80", em alusão à guerra entre os dois países pelas Malvinas em 1982, e descartou que a situação possa piorar pelo lado britânico. EFE
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- lobo_guara
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Re: Guerra das Malvinas
Acho que não é bem um puxão de orelha, na verdade é mais provável que ela se interesse em puxar outra coisa ao invés das orelhas do Lula, haja vista o prestígio internacional do nosso presidente e as previsões mais do que otimistas em relação a nossa economia, ao passo em que influência americana sobre a economia brasileira nunca esteve num nível tão baixo (tanto em termos de importações/exportações como em termos financeiros). Aliás nessa visita é muito bom que ela de um relato para o governo brasileiro a respeito da situação atual da economia americana (e o que eles estão fazendo para contornar a crise financeira), haja vista que o Brasil já é o quarto maior detentor de títulos da dívida americana (após China, Japão e Reino Unido).FIGHTERCOM escreveu:Se o Brasil precisa ou não de apoio depende do ponto de vista de cada um, o certo é que quando da visita de Collin Powell ao Brasil tivemos que dar explicações sobre o nosso programa nuclear a fim de diminuir as pressões do governo norte-americano. Pelo visto nossa "luz própria" não fez diferença nesse caso, pois precisamos da benção do "Pai" do norte.lobo_guara escreveu: Essa comparação não vale pelo simples motivo de que não precisamos de apoio internacional nesse caso, o Brasil se defende muito bem sozinho, tem luz prórpia e esta acima de qualquer suspeita, além disso quem iria escutar o Irã, contudo a situação agora é totalmente diferente, o Brasil pode avalizar a posição do Irã pensando na sua própria situação no futuro quando por exemplo começar a influir na correlaçãode forças no mercado de combustível nuclear (já podemos de antemão assegurar um grande cliente) ou quando decidirmos enriquecer urânico para ser usado nos reatores dos nossos submarinos por exemplo (bem acima dos 5% atualmente propostos). Tudo uma simples questão de interesse naciona, nada de brasileiro bonzinho, essa fase já passou.![]()
Sobre essa comparação, ela é mais do que válida, pois naquela época fomos comparados ao Irã e à Coréia do Norte. Houve algum pronunciamento desses dois países a favor do Brasil? Não! Talvez tenha sido até melhor assim.
Entenda defender o Irã foi um erro, pois seus interesses são escusos e podem ir muito além do uso pacífico da energia nuclear. Trata-se de um país que possui divergências com Israel e faz ameaças constantes. Enquanto nós nos damos relativamente bem com nossos vizinhos e nossos interesses quanto à energia nuclear são públicos. O que ganhamos defendendo o Irã? Retaliamos e mais uma visita da Hillary Clinton, possivelmente um puxão de orelha.
Abraços,
Wesley
*Com volume crescente de reservas internacionais, que chegaram a US$ 240 bilhões, o Brasil tem boas razões para tomar precauções. Segundo dados do Tesouro americano, o Brasil é o quarto maior detentor de títulos públicos dos Estados Unidos, com uma carteira de US$ 156,2 bilhões em outubro de 2009, atrás de China, Japão e Reino Unido. Por um critério alternativo, que agrupa os países exportadores de petróleo e os paraísos fiscais do Caribe, o Brasil é o sexto maior detentor de títulos americanos. (Fonte: MPOG, 15/01/2010)
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
- lobo_guara
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Re: Guerra das Malvinas
Já falei ainda ha pouco, o jogo mudou de 2002 para cá, agora somos nós que temos 156 bilhões em títulos da dívida americana, não é os 700 bi da China mas o suficiente para causar uma certa preocupação...FIGHTERCOM escreveu:Lelobh,lelobh escreveu: "Puxão de orelha" ?
Desculpa, mas isso parece complexo de vira-lata. A expressão, no meu entender, demonstra que o colega vê uma certa autoridade (não confundir com superioridade) dos EUA sobre o Brasil, estou certo? Ou foi apenas força de expressão?
Não é uma questão de complexo de vira-lata, mas infelizmente os EUA têm grande influência junto à AEIA e aos países que assinaram o TNP. Procurei pelo nome de um brasileiro que foi diretor (não me recordo dos detalhes, mas acho que era da AEIA e foi no período do governo FHC) que tentou inverter o jogo, queria pressionar as potências, principalmente os EUA, passando assim a inspecionar suas instalações nucleares. Nada mais justo, pois as potências agiam assim com países como Brasil, Irã, Coréia do Norte, etc. Funcionou? Não! Os EUA ainda pressionaram pela sua saída, e conseguiram. Lembro de ter lido uma entrevista dessa pessoa na Veja, páginas amarelas. No entanto, não lembro mais do nome dele. Se alguém se lembrar desse fato e puder esclarecer melhor, ficaria grato (não gosto fazer afirmações vagas assim, mas procurei e não encontrei informações).
Mas voltando ao assunto. De certa forma nosso programa já havia sido aceito pela comunidade internacional depois de longos anos e de um árduo trabalho tentando convencê-los sobre o nosso interesse pacífico. Os EUA pararam de pressionar nosso governo, a AEIA aparentemente desistiu de endurecer conosco... bem, conseguimos aquilo que queríamos, entramos para o clube. Mas nossa situação ainda era delicada, ainda levaria algum tempo até tudo isso se consolidar.
Bastou uma visita e uma declaração infeliz para jogar areia nas nossas pretensões, agora a comunidade internacional está de olho em nós, podendo inclusive nos incluir na lista negra (como já foi feito no passado). Os EUA (principalmente a ala judaica) podem rever suas posições, juntamente com a AEIA, e novamente termos que começar aquela peregrinação. Pergunto: a troco de quê? Agora os holofotes estão voltados para o nosso programa.
Abraços,
Wesley
Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
Re: Guerra das Malvinas
É bom que comecemos a tomar cuidado com as nossas reservas, e evitar colocar recursos nesses países com problemas financeiros e capazes de nos dar um calote!lobo_guara escreveu:
Já falei ainda ha pouco, o jogo mudou de 2002 para cá, agora somos nós que temos 156 bilhões em títulos da dívida americana, não é os 700 bi da China mas o suficiente para causar uma certa preocupação...


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Re: Guerra das Malvinas
Desculpa, mas estamos falando de assuntos diferentes. Você de economia e eu de energia nuclear.lobo_guara escreveu:Já falei ainda ha pouco, o jogo mudou de 2002 para cá, agora somos nós que temos 156 bilhões em títulos da dívida americana, não é os 700 bi da China mas o suficiente para causar uma certa preocupação...FIGHTERCOM escreveu: Lelobh,
Não é uma questão de complexo de vira-lata, mas infelizmente os EUA têm grande influência junto à AEIA e aos países que assinaram o TNP. Procurei pelo nome de um brasileiro que foi diretor (não me recordo dos detalhes, mas acho que era da AEIA e foi no período do governo FHC) que tentou inverter o jogo, queria pressionar as potências, principalmente os EUA, passando assim a inspecionar suas instalações nucleares. Nada mais justo, pois as potências agiam assim com países como Brasil, Irã, Coréia do Norte, etc. Funcionou? Não! Os EUA ainda pressionaram pela sua saída, e conseguiram. Lembro de ter lido uma entrevista dessa pessoa na Veja, páginas amarelas. No entanto, não lembro mais do nome dele. Se alguém se lembrar desse fato e puder esclarecer melhor, ficaria grato (não gosto fazer afirmações vagas assim, mas procurei e não encontrei informações).
Mas voltando ao assunto. De certa forma nosso programa já havia sido aceito pela comunidade internacional depois de longos anos e de um árduo trabalho tentando convencê-los sobre o nosso interesse pacífico. Os EUA pararam de pressionar nosso governo, a AEIA aparentemente desistiu de endurecer conosco... bem, conseguimos aquilo que queríamos, entramos para o clube. Mas nossa situação ainda era delicada, ainda levaria algum tempo até tudo isso se consolidar.
Bastou uma visita e uma declaração infeliz para jogar areia nas nossas pretensões, agora a comunidade internacional está de olho em nós, podendo inclusive nos incluir na lista negra (como já foi feito no passado). Os EUA (principalmente a ala judaica) podem rever suas posições, juntamente com a AEIA, e novamente termos que começar aquela peregrinação. Pergunto: a troco de quê? Agora os holofotes estão voltados para o nosso programa.
Abraços,
Wesley

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"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Guerra das Malvinas
Espero que o Serra e o novo presidente do Chile de respaldo a Inglaterra aqui na america latina...
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Re: Guerra das Malvinas
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010, 07:59 | Online
EUA pedem diálogo a Argentina e Reino Unido sobre as Malvinas
BUENOS AIRES - O governo dos EUA pediu calma à Argentina e ao Reino Unido e solicitou que ambas as partes resolvam pelo "diálogo de boa fé" o impasse envolvendo a soberania sobre as Ilhas Malvinas, chamadas de Falklands pelos britânicos, segundo informa nesta quarta-feira, 24, a edição online do jornal argentino Clarín.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, P.J. Crowley, disse que a diplomacia dis EUA é neutra sobre a questão da soberania, mas reconhece o governo do Reino Unido sobre o arquipélago. Britânicos e argentinos também discutem sobre a possibilidade da exploração de petróleo nas Malvinas, onde acredita-se haver cerca de 18 bilhões de barris do hidrocarboneto.
Crowley assim resumiu a posição do governo de Barack Obama sobre o impasse. "Somos conscientes do tema e de sua história. Creio que somos neutros a respeito da soberania. E, sim, reconhecemos o governo britânico nas ilhas. Mas alertamos que nesses casos, como em outras áreas onde há disputas, a solução deve ser atingida por meio de um diálogo entre os dois países", disse o porta-voz quando questionado se os EUA temiam que a questão poderia gerar conflitos entre Londres e Buenos Aires.
O representante do Departamento de Estado disse ainda que há a possibilidade de os EUA serem os mediadores da questão. "Geralmente, o primeiro passo em uma arbitragem é que os dois países peçam a uma terceira nação que seja o mediador. Se tivermos um pedido desse tipo de ambas as partes, poderemos considerá-lo", explicou Crowley depois de um jornalista perguntar se o governo americano poderia assumir algum papel na disputa.
Defesa
Apesar das declarações do governo americano de que não há temor de conflitos, o Reino Unido está reforçando o aparato militar na região. Nesta quarta, o país colocou mais um submarino à disposição da defesa militar das Malvinas, de acordo com o jornal The Times, que afirma que o equipamento ainda não chegou à zona.
Além disso, a fragata britânica HMS York vai permanecer nas águas do arquipélago, segundo confirmou o Ministério de Defesa, em Londres. A defesa aérea das ilhas foi reforçada no ano passado com a chegada de quatro caças Typhoon, destaca o jornal.
Segundo fontes britânicas, o primeiro-ministro, Gordon Brown, e o Ministro de Exteriores, David Miliband, vão esperar a manifestação da ONU, para onde o governo argentino levou a disputa, antes de entrar em contato com Buenos Aires.
Fontes diplomáticas britânicas disseram ao The Times que a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, está forçando o conflito por razões de política interna. "É sobretudo uma campanha de relações públicas, não um esforço legal ou diplomático sério", disse uma das fontes ao periódico.
O The Times informa ainda que entre os habitantes das Malvinas há uma sensação de "decepção" pela nova disputa em torno da soberania e pelo início da prospecção petrolífera em águas do arquipélago. "Reina a impressão de que (o governo argentino) está nos utilizando, como fez várias vezes antes. Quando um governo atravessa dificuldades, tende a desviar a atenção ao tema das Malvinas, que acredita que pode unir o povo", disse ao periódico Jan Cheek, membro da Assembleia Legislativa das ilhas.
EUA pedem diálogo a Argentina e Reino Unido sobre as Malvinas
BUENOS AIRES - O governo dos EUA pediu calma à Argentina e ao Reino Unido e solicitou que ambas as partes resolvam pelo "diálogo de boa fé" o impasse envolvendo a soberania sobre as Ilhas Malvinas, chamadas de Falklands pelos britânicos, segundo informa nesta quarta-feira, 24, a edição online do jornal argentino Clarín.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, P.J. Crowley, disse que a diplomacia dis EUA é neutra sobre a questão da soberania, mas reconhece o governo do Reino Unido sobre o arquipélago. Britânicos e argentinos também discutem sobre a possibilidade da exploração de petróleo nas Malvinas, onde acredita-se haver cerca de 18 bilhões de barris do hidrocarboneto.
Crowley assim resumiu a posição do governo de Barack Obama sobre o impasse. "Somos conscientes do tema e de sua história. Creio que somos neutros a respeito da soberania. E, sim, reconhecemos o governo britânico nas ilhas. Mas alertamos que nesses casos, como em outras áreas onde há disputas, a solução deve ser atingida por meio de um diálogo entre os dois países", disse o porta-voz quando questionado se os EUA temiam que a questão poderia gerar conflitos entre Londres e Buenos Aires.
O representante do Departamento de Estado disse ainda que há a possibilidade de os EUA serem os mediadores da questão. "Geralmente, o primeiro passo em uma arbitragem é que os dois países peçam a uma terceira nação que seja o mediador. Se tivermos um pedido desse tipo de ambas as partes, poderemos considerá-lo", explicou Crowley depois de um jornalista perguntar se o governo americano poderia assumir algum papel na disputa.
Defesa
Apesar das declarações do governo americano de que não há temor de conflitos, o Reino Unido está reforçando o aparato militar na região. Nesta quarta, o país colocou mais um submarino à disposição da defesa militar das Malvinas, de acordo com o jornal The Times, que afirma que o equipamento ainda não chegou à zona.
Além disso, a fragata britânica HMS York vai permanecer nas águas do arquipélago, segundo confirmou o Ministério de Defesa, em Londres. A defesa aérea das ilhas foi reforçada no ano passado com a chegada de quatro caças Typhoon, destaca o jornal.
Segundo fontes britânicas, o primeiro-ministro, Gordon Brown, e o Ministro de Exteriores, David Miliband, vão esperar a manifestação da ONU, para onde o governo argentino levou a disputa, antes de entrar em contato com Buenos Aires.
Fontes diplomáticas britânicas disseram ao The Times que a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, está forçando o conflito por razões de política interna. "É sobretudo uma campanha de relações públicas, não um esforço legal ou diplomático sério", disse uma das fontes ao periódico.
O The Times informa ainda que entre os habitantes das Malvinas há uma sensação de "decepção" pela nova disputa em torno da soberania e pelo início da prospecção petrolífera em águas do arquipélago. "Reina a impressão de que (o governo argentino) está nos utilizando, como fez várias vezes antes. Quando um governo atravessa dificuldades, tende a desviar a atenção ao tema das Malvinas, que acredita que pode unir o povo", disse ao periódico Jan Cheek, membro da Assembleia Legislativa das ilhas.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
Re: Guerra das Malvinas
Você poderia elaborar melhor esta sua visão Matheus?matheus... escreveu:Espero que o Serra e o novo presidente do Chile de respaldo a Inglaterra aqui na america latina...
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- Edu Lopes
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Re: Guerra das Malvinas
Estaremos assitindo a um replay da guerra das Malvinas?
Definitivamente não, é minha resposta. A disputa é útil para o governo de Cristina Kirchner, cuja popularidade vem-se deteriorando à medida em que as dificuldades econômicas e políticas aumentam. A defesa da soberania argentina sobre as Malvinas é a causa que mais une os argentinos (“és como la vieja”, dizem). Esse governo vai aumentar seus protestos contra o início das operações da sonda da empresa britânica Desire Petroleum, mas pouco poderá fazer além disso, inclusive por falta de condições militares. Resta à senhora Kirchner buscar apoio internacional e manter o assunto quente pelo maior prazo possível.
O governo britânico, por sua vez, tampouco pode recuar de um apoio firme à empresa Desire, já que está igualmente debilitado politicamente e enfrentará eleições gerais em poucos meses. A memória da guerra de 1982 ainda está suficientemente fresca para não permitir vacilações em Londres.
Portanto, nenhum dos dois governos tem condições políticas de levar o conflito às vias de fato ou aceitar uma capitulação. Para ambos o ideal seria talvez que a tarefa da sonda não desse resultado e que a empresa desistisse de procurar petróleo na área das Malvinas. Aí o replay acabaria ainda no início.
Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/lampreia/ ... 268817.asp
Definitivamente não, é minha resposta. A disputa é útil para o governo de Cristina Kirchner, cuja popularidade vem-se deteriorando à medida em que as dificuldades econômicas e políticas aumentam. A defesa da soberania argentina sobre as Malvinas é a causa que mais une os argentinos (“és como la vieja”, dizem). Esse governo vai aumentar seus protestos contra o início das operações da sonda da empresa britânica Desire Petroleum, mas pouco poderá fazer além disso, inclusive por falta de condições militares. Resta à senhora Kirchner buscar apoio internacional e manter o assunto quente pelo maior prazo possível.
O governo britânico, por sua vez, tampouco pode recuar de um apoio firme à empresa Desire, já que está igualmente debilitado politicamente e enfrentará eleições gerais em poucos meses. A memória da guerra de 1982 ainda está suficientemente fresca para não permitir vacilações em Londres.
Portanto, nenhum dos dois governos tem condições políticas de levar o conflito às vias de fato ou aceitar uma capitulação. Para ambos o ideal seria talvez que a tarefa da sonda não desse resultado e que a empresa desistisse de procurar petróleo na área das Malvinas. Aí o replay acabaria ainda no início.
Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/lampreia/ ... 268817.asp

