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Enviado: Sex Fev 22, 2008 2:38 pm
por Bolovo
rcolistete escreveu:
Bolovo escreveu:Conheço cara da FAB que fez curso de F-16, Su-35, F-15, Gripen o cara ficou impressionado com o bichos, mas ele falou que seria triste vê-los na FAB, porque em dois anos estariam usando um avião do naipe do Su-35 ou F-15 só com o canhão.


Olá Bolovo,

Por isso que eu fico me questionando se faz sentido ter caça F-X com 7-10 ton. de capacidade de carga externa (Eurofighter, F/A-18E/F, Rafale e Su-35-1). Pois operamos F-5EM/FM e AMX (desconsidero os Mirage 2000C/B por serem temporários e somente para defesa aérea) com capacidade na faixa de 3 ton., e mesmo assim são subutilizados (quem já viu F-5E ou AMX com capacidade máxima jogue a 1a pedra...).

Se o preço do Gripen C/N for o oferecido à África do Sul (US$60 e poucos milhões por cada Gripen C/D) /Dinamarca (aprox. EUR 65 mi por cada Gripen N com suporte para 20 anos), acho que o Gripen C/N seria o mais sensato para a FAB. Mesmo assim com risco de ser subutilizado...

[]s, Roberto

A culpa em si não é da plataforma, mas sim da FAB que SEMPRE subutilizou qualquer avião que teve. Vide TODOS eles. Com o F-16, o Gripen, creio que aconteceria a mesma coisa, seriam subutilizados. A maior modernização que a compra desses caças poderiam nos dar não seria nem na plataforma, mas sim na doutrina operacional. Os israelenses da Elbit foram para Santa Cruz, analisar a base (pois é lá que vão ficar os F-5M e A-1M) e falaram que aquilo em Israel seria um chiqueiro. Olha o estoque de armamentos que temos, não durá nem uma semana de guerra direito. Um caça novo não vai resolver nosso problema, alias, pode até piorar, se querem saber...

Enviado: Sex Fev 22, 2008 2:40 pm
por piratadabaixada
Bolovo escreveu:A culpa em si não é da plataforma, mas sim da FAB que SEMPRE subutilizou qualquer avião que teve. Vide TODOS eles. Com o F-16, o Gripen, creio que aconteceria a mesma coisa, seriam subutilizados. A maior modernização que a compra desses caças poderiam nos dar não seria nem na plataforma, mas sim na doutrina operacional. Os israelenses da Elbit foram para Santa Cruz, analisar a base (pois é lá que vão ficar os F-5M e A-1M) e falaram que aquilo em Israel seria um chiqueiro. Olha o estoque de armamentos que temos, não durá nem uma semana de guerra direito. Um caça novo não vai resolver nosso problema, alias, pode até piorar, se querem saber...


Bolovo,

Chiqueiro em que sentido ?

Abraços,

Heronim

Enviado: Sex Fev 22, 2008 2:48 pm
por Bolovo
Túlio escreveu:Nada contra o Gripen NG, apenas acho que, em comparação, um F-16I ou block equivalente com CFTs e IRST (Deus me perdoe por dizer isso, vai que pega) seria mais atrativo para a FAB, pelo maior alcance e, no mínimo, equivalência de sensores (sei não, IRST e AESA o Gripen não tem, que eu saiba)...


Imagem

Também acho que um F-16 Block 60 é mais capaz que um Gripen, sem dúvida, é uma plataforma maior e mais testada em combate do que qualquer outra. Ficaria SUPER feliz em ver um nas cores da FAB, com certeza. Um bicho daquele com AIM-9X (ou Python V), AIM-120C5/7, IRST e radar APG-80 é uma máquina que avião ALGUM no mundo gostaria de enfrentar, ainda mais sob diretriz operacional de um R-99 na área. Quanto ao Gripen, ele tem sim IRST, chama-se IRST-OTIS testado e aprovado desde a época do VIGGEN (onde foi feito os vôos de teste e homologação), tem desempenho e funcionamento semelhante com aqueles instalados na família Flanker. Como não interessou a Força Aérea Sueca, ele foi colocado como item opcional para os Gripen de exportação. O radar AESA NORA sai pra depois de 2010, com ou sem Gripen DK/N, e acho que será compatível com o Gripen C também.

http://www.canit.se/~griffon/aviation/text/otis.html

Enviado: Sex Fev 22, 2008 3:00 pm
por Bolovo
piratadabaixada escreveu:
Bolovo escreveu:A culpa em si não é da plataforma, mas sim da FAB que SEMPRE subutilizou qualquer avião que teve. Vide TODOS eles. Com o F-16, o Gripen, creio que aconteceria a mesma coisa, seriam subutilizados. A maior modernização que a compra desses caças poderiam nos dar não seria nem na plataforma, mas sim na doutrina operacional. Os israelenses da Elbit foram para Santa Cruz, analisar a base (pois é lá que vão ficar os F-5M e A-1M) e falaram que aquilo em Israel seria um chiqueiro. Olha o estoque de armamentos que temos, não durá nem uma semana de guerra direito. Um caça novo não vai resolver nosso problema, alias, pode até piorar, se querem saber...


Bolovo,

Chiqueiro em que sentido ?

Abraços,

Heronim

No pior sentido possível. Um abrigo para armas tem que ser de preferencia em ambientes climatizados, debaixo do solo, aquele cuidado todo para que os mísseis não expirem a validade antes do prazo. É como uma "geladeira". Os da FAB não são modernizados, e quando são, é algo bem superficial. Imagina guardar um míssil Python 3 num paiol de P-47, entende? As nossas bases aéreas não tem bunkers, hangares protegidos, hangares de alerta (aqueles que ficam nos extremos das pistas) nada disso, só tem aquelas barraquinhas inúteis, hangares enormes e desprotegidos e essas coisas. E também não tem artilharia aérea, só os iglas, que é o básico do básico. Se ao menos tivessem algo como um SAM sueco BAMSE ou russo Pantsyr, a coisa seria diferente. A Base Aérea de Campo Grande por exemplo é um grande e belo alvo até para os AT-33 do Evo Morales. Bases Aéreas que são boas na América Latina são por exemplo as do norte do Chile, sul do Peru e de Rio Gallegos na Argentina. Não temos nenhuma no mesmo naipe. Se eu apitasse algo dentro da FAB, mostraria um projeto de modernização pelo menos para nossas principais bases: BAAN, BASC, BASM e BANT, transformaria elas num padrão próximo no de RAF Lakenheath lá na Inglaterra, sem gastar muito, algo dentro da nossa realidade. Adianta nada ter o Su-35 "O Fodão" ou o Rafale "Asterix" se não tem instalações decentes para os manter. Exemplo disso é os A-1 de Santa Cruz, como não tem instalações decentes E TAMBÉM não são bem cuidados, vários deles apresentam sérios problemas de corrosão (por causa da proximidade com o mar). É isso.

Enviado: Sex Fev 22, 2008 3:09 pm
por piratadabaixada
Além disse meu caro Prick, do que adianta comprar um Rafale ou SU-35 e não comprar mísseis, bombas guiadas, casulos... ter um caça capaz de carregar 9 tn e passear com ele com 1 tn... quando muito.

Abraços,

Heronim

Enviado: Sex Fev 22, 2008 3:22 pm
por Bolovo
Me xinga... mas não me chama de Prick. :mrgreen:

Quanto aos armamentos, é bem isso que eu já escutei do pessoal da FAB, eles temem comprar um super-caça, mas com TANTOS mísseis, que em dois anos passariam a só usar o canhão e ficar por isso mesmo.

Enviado: Sex Fev 22, 2008 3:30 pm
por piratadabaixada
Ops, foi maus... :P

Enviado: Sex Fev 22, 2008 4:12 pm
por Túlio
:lol: :lol: :lol: :lol:


Bolick...HUAHUAHAUAHAUAHAUAHAUHAUAHAUHAU

Enviado: Sex Fev 22, 2008 4:31 pm
por Immortal Horgh
Túlio escreveu::lol: :lol: :lol: :lol:


Bolick...HUAHUAHAUAHAUAHAUAHAUHAUAHAUHAU


Algo como:


Imagem




:lol: :lol: :lol: :lol:



[ ]s

Enviado: Sáb Fev 23, 2008 2:23 pm
por P44
Putin demands more aircraft for Russian Air Force
17:22 | 20/ 02/ 2008



ZHUKOVSKY (Mocow Region) - Russian President Vladimir Putin demanded on Wednesday that the state program for arms procurement be adjusted to increase the number of modern combat aircraft for the Air Force.

"I consider it unacceptable when foreign customers receive advanced aircraft from Russia, while the country's Air Force mainly gets overhauled planes built many years ago," the president said at a meeting with aircraft industry officials in Zhukovsky, near Moscow.

In 2007, Russia's leading aircraft manufacturer Sukhoi alone exported about 50 Su-30MK2, Su-30MKM and Su-30MKI aircraft in addition to spare parts for aircraft sold earlier to Algeria, India, Malaysia, Indonesia and Venezuela.

According to the 2007-2015 State Armaments Program, the Russian Air Force is supposed to receive 116 new and 408 upgraded aircraft for forward-deployed units, and 156 new and 372 modernized helicopters in the next eight years.

"I believe the State Armaments Program should be adjusted to increase the procurement of aircraft for national defense," the president said.

Putin said that in order to meet the growing demand for aircraft it was necessary to continue the steady development of the United Aircraft Corporation (UAC).

The UAC was established on February 20, 2006, to help overcome a crisis in Russia's aircraft industry. It incorporates many of the country's best-known aircraft builders, including Mikoyan, Ilyushin, Irkut, Sukhoi, Tupolev, Yakovlev and other enterprises in the industry.

"Due to fierce competition among the world's largest aircraft manufacturers, the company [UAC] must establish its presence on global markets as one of the leaders," Putin said. "The UAC should increase its revenues at least five-fold by 2025."

Also on Wednesday, Putin signed a decree setting up a national aircraft-building center in Zhukovsky.




RIA NOVOSTI

Enviado: Sáb Fev 23, 2008 2:29 pm
por Immortal Horgh
Olha o urso vermelho exercitando os músculos :twisted: :twisted: :twisted:


[ ]s

Enviado: Dom Fev 24, 2008 1:40 pm
por knigh7
União Brasil-França incita corrida militar entre nações


EUA e Alemanha também querem o mercado de armamento; alemães reagem com carta; americanos enviam Condoleezza Rice

ELIANE CANTANHÊDE

COLUNISTA DA FOLHA



O anúncio de "aliança estratégica" entre Brasil e França, que pode significar bilhões de euros em compras e em construção de fábricas na área da defesa, acendeu o sinal de alerta e abriu uma corrida dos EUA e da Alemanha para disputar espaço com os franceses e não perder o mercado mais promissor da América Latina.

Os alemães reagem e até enviaram carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (leia texto nesta página), exigindo o fechamento de um pacote de 1,018 bilhão (cerca de US$ 1,5 bilhão) para reforma dos atuais submarinos e venda de dois novos para a Marinha brasileira.

Os americanos também não perderam tempo. Washington deve enviar a secretária de Estado, Condoleezza Rice, para um almoço com o presidente Lula em Brasília no início de março e convidou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para ir a Washington entre os dias 18 e 22 do mesmo mês.

O ministro acaba de voltar da França, onde conversou sobre indústria de armamento e de equipamentos militares com a cúpula do governo, inclusive o presidente Nicolas Sarkozy, e visitou estaleiros e fábricas de submarinos e de caças supersônicos, todos eles com participação de capital estatal. Na seqüência, ele foi à Rússia.

Nos EUA, Jobim vai antes de mais nada tentar melhorar o diálogo na área da defesa, questionando a rigidez do país em não transferir tecnologia. Na Alemanha, quando e se for, vai cuidar especificamente do pacote de submarinos.



Veto dos EUA

Em recente visita ao embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, Jobim reclamou do veto norte-americano à venda de aviões Super Tucano da Embraer para a Venezuela, sob alegação de segurança -o modelo contém peças e componentes americanos.

A decisão causou pesados prejuízos à Embraer e feriu os interesses brasileiros, deixando marcas no Planalto, na Defesa e no Itamaraty, que agora os EUA pretendem minimizar.

Segundo dados de 2006 do governo norte-americano, só 1% das licenças para vendas comerciais de produtos, serviços e dados técnicos de produtos militares foram rejeitados. Do restante, 15% não foram aprovados, a grande maioria sob alegações burocráticas, como falta de documentação adequada.

Por esses dados, o Departamento de Estado dos EUA aprovou mais de 41 mil itens nessa área, num valor aproximado de US$ 19,8 bilhões. O comércio com o Brasil nessa área, na expectativa americana, tem muito a crescer.

O problema, como Jobim tem dito insistentemente, é que o Brasil não quer se limitar ao papel de "comprador", mas sim fazer parcerias para ter condições de produzir dentro do próprio país. O Brasil alega que a França oferece essa chance, e os EUA, não.

Tanto americanos quanto alemães rebatem esse argumento dizendo que a liberalidade da França não passa de "balela", como ouviu a Folha de representantes dos interesses desses dois países.

Em Washington, o ministro visitará o secretário de Defesa, Robert Gates, que fez o convite para a viagem, e o Centro de Comando Estratégico, na base aeronaval de Norfolk, a maior da Costa Leste. E poderá conhecer o sistema de controle de tráfego aéreo e a sede da FAA, a agência reguladora norte-americana para aviação.



Projetos

O Brasil planeja implantar um satélite de monitoramento do espaço aéreo e territorial e analisa ofertas da Thales, francesa, e da Raytheon, americana. O projeto tem a sigla SGB (Satélite Geoestacionário Brasileiro) e foi idealizado para atuar em três frentes, inclusive na banda X, de comunicação militar e de defesa estratégica.

Outros projetos são o submarino de propulsão nuclear, a renovação da frota de caças, a compra de helicópteros de ataque e a construção de uma fábrica de helicópteros de carga para as três Forças Armadas.

Jobim deixa claro que a preferência brasileira conflui para a França, mas ainda há muita negociação pela frente.



fonte: Folha de S. Paulo, 24/02/08

Enviado: Dom Fev 24, 2008 1:42 pm
por knigh7
ELIANE CANTANHÊDE

Quem dá mais?



BRASÍLIA - Ao anunciar a intenção de comprar submarinos e caças e de fazer complexas parcerias com a França, o Brasil aguçou o apetite dos maiores fornecedores de armamento no mundo, a começar dos Estados Unidos e da Alemanha.

Por enquanto, os americanos reagem com diplomacia, convidando o ministro da Defesa para fazer um giro parecido com o que fez pela França e pela Rússia e conhecer o que eles estão desenvolvendo por lá. Mas os alemães estão irritados e, nos bastidores, há até a ameaça de ir às vias de direito.

Em carta a Lula, à qual a Folha teve acesso, o grupo alemão ThyssenKrupp cobrou um compromisso brasileiro: o de que fecharia um pacote de submarinos com ele em troca da construção de uma siderúrgica no Rio. Grosso modo, 1,018 bilhão dos submarinos contra 3,5 bilhões da siderúrgica.

Os alemães fizeram a parte deles e reclamam que o Brasil roeu a corda. Pior: que souberam por jornais que Nelson Jobim dá preferência para os submarinos franceses. Sentiram-se apunhalados pelas costas, até porque o programa nuclear Brasil-Alemanha tem décadas.

O que está jogado ao mar, ao ar e à cobiça dos mercados internacionais é um pacote de submarinos convencionais, tecnologia de submarinos de propulsão nuclear e a renovação da frota de caças da FAB, além de helicópteros, blindados e satélites. Jobim não diz quanto, nem quando, nem com quem, mas passa a sensação de ter aberto uma espécie de leilão. Quem dá mais?

A disputa está na fase de saber quem transfere mais e menos tecnologia. O Brasil diz que os franceses são mais compreensivos; os americanos e os alemães gritam que não. Na verdade, ninguém transfere nada nesse leilão.

Enquanto a gente discute a tapioca e os cartões corporativos, o mundo quer saber de armamento, comércio, dólares. Aliás, a coisa caminha mesmo é para euros.





fonte> Folha de S. Paulo, 24/02/08

Att

Knight7

Enviado: Dom Fev 24, 2008 2:28 pm
por Glauber Prestes
Poderíamos comprar uns (100) caças americanos, e eles poderiam esquecer daquele A-67, e comprar muitos, mas muitos ALX...

Enviado: Dom Fev 24, 2008 2:31 pm
por saullo
O interessante dessas notícias de hoje é que no ponto em que chegou, parece que não tem mais volta. As nossas Forças Armadas vão receber, seja com compras ou transferência de tecnologia, os materias que precisam. Quando as notícias saem nos veículos de maior circulação, mesmo com algumas imprecisões, pode-se pensar que o governo não vai mais adiar as aquisições, vai mesmo ter que vir material novo pra as Forças Armadas.
Comemoro nesse sentido, de que parece que não dá para adiar mais, as negociações estão "no ventilador" e se depender de alguns, como os alemães, nós compraremos nem que seja à força. Se o governo pensava em deixar novamente pro próximo presidente decidir, não dá, vai ser em 2008 que se resolverá nossa base para reequipamento.

Abraços