Enviado: Sex Out 12, 2007 11:55 am
Battleaxe escreveu:Prezado Orestes.
O que coloco é a demora na tomada de decisão.
Nada que se compre hoje, chegará amanhã. O fato dos SU venezuelanos terem chegado rapido é pq eles não possuem a aviônica que os SU-35BR teriam, que são o top of top em termos de modernidade.
Mesmo o Rafalle tb irá demorar muito tempo e esse gap é que me preocupa, pois nenhuma decisão foi tomada ainda.
Quem muito escolhe, acaba fazendo m....!
Essa minha opinião vale para a MB tb.
Enfim, isso é Brasil.
O que fazer?
Esperar e quando estivermos vendo TV ou jogando damas na praça esperando a hora de cantar pra subir, pode ser que cheguem os caças "novos".
É duro ser brazuca meu amigo!
Olá Padilha,
entendo suas preocupações, são mesmo pertinentes. Porém o processo de escolha não me preocupa, o povo não está parado, conhecem bem todos os "candidatos". Mas do que adianta escolher sem não havia grana pra comprar?
Conhecimento dos equipamentos e armamentos disponíveis as três forças têm, poder escolher a qualquer momento não seria problema algum. Escolhe-se um equipamento em função de orçamento, missões pretendidas e dando uma olhada no gato (vizinhos). Tenha certeza que para cada caso possível já se sabe o que comprar.
Agora aparece o governo com o proposta maior, ou seja, o Plano Estratégico Nacional de Defesa. Este tem data limite de 7 de setembro de 2008, mas muita coisa vai acontecer até lá, pode-se inclusive comprar antes desta data, porém algo mais ambicioso terá que aguardar.
E o que acontecerá? Na minha opinião será mais ou menos o seguinte: as FFAA já conhecem os equipamentos, as possíveis missões que desempenharão, os armamentos disponíveis para cada plataforma, as condições dos fabricantes, etc. Vão procurar "encaixar" o melhor produto dentro das diretrizes propostas pelo governo. Assim terão uma direção, um rumo a seguir. Busca-se as parcerias com empresas nacionais e estrangeiras (contra-partida do governo). Inicia-se a consolidação da infra-estrutura necessária. Por fim, anunciá-se as compras.
Pra mim é mais do que natural que compras anunciadas virão de duas formas: primeiro um parte vindo do próprio país fabricante (entrega mais rápida), segundo vem a fabricação/montagem local. Para a segunda etapa é necessário um indústria/empresa local em condições para tal, isto demanda tempo e investimentos.
Isto tudo deve acontecer até início de setembro próximo. Não dá para acreditar que partirão do zero, ou seja, sem saber o que querem. O que é necessário e reacomodar as coisas, dentro de uma política de governo que é mais ampla e com intenções comerciais.
Para reestrutura um empresa é necessário que esta tenha mercado mais adiante e não apenas para consumo interno. Já provamos disso e deu errado. Logo não pode ser qualquer equipamento, tem que ser "vendável". E não basta ser vendável, tem que ser "vendível", ou seja, o fabricante tem que aceitar o "repasse" pelo menos parcial de sua tecnologia (pagando-se, claro).
As perguntas mais naturais a esta altura é: quais os fabricantes que estarão dispostos a repassar seus produtos? E sob quais condições e preços? Por exemplo, não adianta termos uma França topando repassar a produção do Rafale ao Brasil a preços absurdos. E mais, que garantias teríamos se o escolhido for o Rafale e a Embraer não puder ou não conseguir vendê-lo depois? Esta brincadeira de montar/fabricar Rafale no país poderia sair muito cara. Mas tem a absorção de tecnologias... Será? Quanto seria repassada? rsrsrs
Tudo isso precisa ser analisado e negociado. Não adianta escolher um produto que agrada e não conseguir levar adiante a proposta do governo, pois esse com toda certeza irá vetar a escolha.
E comprar caças, navios, etc. usados não trará conhecimento (tecnologia) algum. Por isso acredito que haverá compras novas sim, a menos que estejamos desconfiando dos planos do governo, mas aí é outro papo.
Abraços,
Orestes