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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Qui Nov 05, 2009 9:15 pm
por wagnerm25
Túlio escreveu:Mais uma paulada no lombo do Evil Morales:

Por Reuters, reuters.com
5/11/2009 17:50
Peru anuncia grande reserva de gás em lote da Petrobras
LIMA (Reuters) - O presidente do Peru, Alan García, anunciou nesta quinta-feira uma "grande descoberta" de gás, em um lote da brasileira Petrobras na selva peruana, que poderia superar os 5 TCF (trilhões de pés cúbicos).

Resta saber se não vão expropiar esse lote. Sacumé... deu certo lá com o Cocalero...

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Qui Nov 05, 2009 9:30 pm
por marcelo l.
Seria muito diferente do caso boliviano, o Peruano...mas, esse investimento só faz sentido se mais uma vez preferirmos investir no exterior do que aqui...Se o Peru aceita-se o melhor para Petrobrás (e para Peru) seria negociar o gás uma pequena parte com o Brasil...área Rondonia + Acre + parte da Amazônia e principalmente o Chile que está em uma crise energética com firmas saindo ou diminuindo investimentos no norte do país.

Até para Petrobrás faria muito sentido por que ela comprou em 05 de novembro de 2009, os ativos da Chevron no Chile, ou seja, os postos Texaco, inclusive uma fábrica de lubrificantes.

Editar: Nunca se esquecendo que o relatório da Petrobrás da década de 1990 era clara sobre os perigos de investir na Bolívia por que anteriormente já teria ocorrido três expropriações, e a Petrobrás era (é) acusada por financiar um golpe na década de 1970...naquele tempo que a nossa diplomacia era neutra :twisted:

Edit 2: A curto prazo, os reservatórios estão cheios provavelmente o governo adote medidas de diminuir o "estoque de agua represada" para tenhamos menos impactos das chuvas no verão, ou seja, termoelétricas paradas.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Nov 07, 2009 9:57 am
por Edu Lopes
Sem a dependência de Evo

Com a entrada em operação, no próximo ano, do Gasduc III - o gigantesco gasoduto da Petrobrás que ligará a Bacia de Santos aos principais centros consumidores, o País estará livre da incômoda dependência do gás boliviano. Recorde-se que em 2006, quando o governo Evo Morales nacionalizou o setor de petróleo e gás, o fornecimento às indústrias brasileiras foi ameaçado.

Com capacidade de transportar 40 milhões de m³/dia, o Gasduc III, construído ao custo de R$ 2 bilhões, ligará a Estação de Cabiúnas, em Macaé, a Duque de Caxias. Sua capacidade é maior que a do Gasoduto Bolívia-Brasil, que transporta até 30 milhões de m³/dia e não opera a plena carga.

A exploração do gás da plataforma continental altera a relação de forças com o governo boliviano. O embaixador em La Paz, Frederico Cezar de Araujo, por exemplo, precisou tranquilizar as autoridades bolivianas, declarando que as compras de gás não sofrerão corte depois do vencimento do contrato assinado entre os dois países em 1999, com prazo de 20 anos, para assegurar a oferta mínima de 24 milhões de m³/dia e máxima de 30 milhões de m³/dia. "Os volumes de exportação de gás da Bolívia para o Brasil não diminuirão", disse ele. Só que, agora, comprar ou não será uma decisão exclusiva do Brasil.

Mas o mercado de gás natural está superofertado - e esta situação tende a se agravar. A produção brasileira é de 57 milhões de m³/dia de gás natural, dos quais 12 milhões de m³ são reinjetados nos poços; 10 milhões de m³, queimados ou perdidos; e a Petrobrás consome ou absorve 14 milhões de m³, restando 21 milhões de m³ para oferecer ao mercado. Acrescentando os 23 milhões de m³/dia importados da Bolívia - bem abaixo dos quase 31 milhões de m³/dia adquiridos no ano passado -, o consumo local total é da ordem de 44 milhões de m³/dia, contra os quase 59 milhões de m³/dia consumidos em 2008.

Com os investimentos previstos de US$ 39,9 bilhões, no período 2009/2013, os polos de Mexilhão, Uruguá, Merluza e Sul deverão assegurar o aumento da oferta de gás extraído da Bacia de Santos de 600 mil m³/dia, hoje, para 22,2 milhões de m³/dia. Estão em fase avançada de construção 170 km de dutos submarinos que vão ligar Uruguá à plataforma MXL-1, e, desta, mais 145 km até Caraguatatuba, de onde serão distribuídos para o Sudeste, o Sul e o Nordeste - por intermédio do gasoduto Gasene. Outros 216 km de dutos vão unir a MXL-1 à área de Tupi. Já estão prontos 212 km do gasoduto marítimo de Merluza, entre a plataforma MLZ-1 e a unidade de tratamento RPBC, que receberá o gás dos Campos de Merluza e de Lagosta, também no litoral paulista.

Os investimentos em gás natural foram acelerados com o Plano de Antecipação da Produção de Gás, anunciado em 2007. Além de levar o Brasil à autossuficiência, a execução do plano resultará num excesso de oferta de gás da ordem de 20 milhões de m³/dia - ou mais. "Há uma conjugação de fatores contribuindo para a baixa da demanda", afirmou o diretor da consultoria Gas Energy, Marco Tavares. Além dos preços elevados do gás, que levam as indústrias a dar preferência ao óleo combustível, as usinas termoelétricas deixaram de ser acionadas, porque sobra energia hidráulica.

Agora, em vez de economizar, será preciso estimular a produção e o consumo de veículos a gás. "Hoje temos nova oferta de gás e novo contrato de suprimento com a Petrobrás que permitem garantir o crescimento do mercado", declarou o gerente da Gás Natural, Marcelo Napolitano. A empresa controla distribuidoras em São Paulo e no Rio. Como o consumo de gás natural veicular é pequeno, o maior desafio é estimular o consumo de gás em indústrias, comércio e na cogeração de energia. Um projeto da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) prevê o consumo de 1,5 milhão de m³/dia, capazes de gerar 150 a 200 MW de energia elétrica, além de vapor. Os contratos de curto prazo de venda de gás já mostram um recuo de preços entre 30% e 40%.

Com a autossuficiência em gás, ficarão afastados os riscos inerentes ao relacionamento político e comercial com o regime bolivariano de Evo Morales.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 2562,0.php

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Nov 07, 2009 10:21 am
por Tupi
O que será que o ministro da energia boliviano (o que tinha boca de porco) e seu mentor o indio cocalero imorales esta pensando sobre sua estartegia de negociação truculenta de 2006. :?: :roll:

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Dom Nov 08, 2009 5:24 am
por Bruno Falcão
Postei no topico sobre o pré-sal lá nos assuntos gerais.

'Pré-sal' do AM terá US$ 2 bi

Joubert Lima
Da equipe de A CRÍTICA

A HRT Participações está montando escritórios em Manaus, Coari e Tefé para dar início a um projeto ambicioso: explorar a reserva de petróleo e gás natural em 21 blocos na Calha do Solimões. Segundo levantamento da empresa, são entre quatro e seis bilhões de óleo extremamente leve, e de 15 a 20 TCFs(um TCF equivale a 28,3 bilhões de metros cúbicos) de gás. “É gás suficiente para resolver o problema do País, que importa 60% do gás que consome”, diz o presidente da HRT, Márcio Rocha Mello. O investimento nos próximos cinco anos é US$ 2 bilhões.

O professor Ronaldo Mannarino, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) concorda com a estimativa da HRT para o volume de gás, mas duvida que haja tanto óleo. De qualquer forma, o foco principal da empresa está no gás. Como a maior parte da reserva está selada por uma camada de sal que precisa ser rompida no processo de exploração, Mello afirma que o “Amazonas pode ter seu próprio pré-sal”.

O empresário explica que as áreas de exploração ficam nos municípios de Tefé e Coari. Uma alternativa de escoamento pode ser a construção de um ramal ligando o gasoduto Urucu-Manaus à região do Juruá. Na capital, o gás poderia ser processado na Reman distribuído para o País via cabotagem (navegação ao longo da costa).

A disponibilidade de tanto gás também viabilizaria uma ideia inusitada: a cidade poderia ter usinas térmicas de grande capacidade movidas a gás. Essas unidades gerariam energia que poderia ser exportada para outras regiões.

Meio ambiente

A perfuração dos primeiros poços deve ocorrer entre junho e julho do ano que vem. Será necessário abrir clareiras na floresta para instalar as sondas e montar a estrutura de exploração. A empresa está se preparando para iniciar os procedimentos junto aos órgãos ambientais. O geólogo acredita em um trâmite rápido. “Não tem reserva indígena, nem ambiental, os equipamentos serão transportados por helicóptero. Toda a área já vem sendo explorada corretamente pela Petrobras há vários anos”, disse.

Uma possível parceria com a Petrobras é vista pelo empresário como estratégica para execução do projeto. “Queremos nos juntar para ter mais um parceiro agressivo, para tornar isso (o projeto) uma realidade, um ‘pré-sal’ do Amazonas”.

Nos próximos três anos, a projeção da HRT é contratar até dois mil funcionários para trabalhar no Amazonas. Devem ser contratados funcionários para os escritórios e para os trabalhos de campo: geólogos, geofísicos, biólogos, ambientalistas, zoólogos, engenheiros, entre outros profissionais.

Até 2011 serão investidos US$ 275 milhões, mas a expectativa da empresa é investir US$ 2 bilhões até 2014. “Para começar o projeto, já temos todo o dinheiro que precisamos. Não dependemos de nada“, afirmou Mello.

www.acritica.com.br

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Dom Nov 08, 2009 10:19 am
por marcelo l.
Notícia tirada de um dos melheres sites sobre o tema latino-americano: http://www.hidrocarburosbolivia.com/bol ... acion.html

País experimenta una cruda realidad en la producción petrolera. En los últimos tres años la producción de líquidos se contrajo de 50.756 barriles por día (Bbld) a sólo 41.029, es decir una contracción del 20% equivalente a 10.000 Bbld.

Los volúmenes tienden a seguir en descenso pues se estima que 30 pozos petroleros de los 70 existentes están en declinación, lo cual obligará a YPFB a incrementar las importaciones de diésel, gasolina e incluso GLP, advierten los analistas del área.

El Gobierno admite los problemas, pero es optimista de que hasta 2011 las cosas puedan mejorar.

Con datos extraídos de YPFB y del Ministerio de Hidrocarburos, el analista Carlos Alberto López enfatiza que la rápida contracción en la producción de líquidos en 2009 se atribuye en parte a la caída coyuntural de las exportaciones de gas natural a Brasil a partir de diciembre pasado. Empero hace notar que la producción nacional de líquidos ya venía sufriendo una inexorable disminución a partir de 2006 a causa del colapso en la inversión, de la previsible declinación de la producción en campos antiguos primordialmente petroleros y a causa del estancamiento de los últimos tres años en la producción de gas natural.

Mientras la producción de campos como Margarita, Sábalo y San Alberto pasó entre 2002 y 2007 de 3.727 Bbld a 28.018 Bbld en 2008, la de los campos en declinación, algunos descubiertos inclusive en los años 60, se contrajo de 28.986 Bbld en 2002 a 11.642 Bbld al primer semestre de 2009.

El informe cita, por ejemplo, la declinación de los campos antiguos como Paloma, Río Grande, Víbora y Bulo Bulo, que continuó al primer semestre de 2009 pues pasó de un 79,9% de participación en la producción total de líquidos en 2002 a 28,5% este año; la producción de Margarita, Sábalo y San Alberto se incrementó desde el 10,3% de la producción en 2002 a 60,8% del total en 2009.

En tanto, otros más antiguos prácticamente se agotan. Asimismo, a septiembre de este año, la producción de petróleo de Petrobras descendió de 8.307 a 7.141 barriles.

La causa principal del bajón es la falta de inversiones de envergadura en exploración y desarrollo en los últimos cuatro años, coinciden los expertos Álvaro Ríos, Carlos Sánchez, Boris Gómez, la Fundación Milenio e incluso la propia Cámara Boliviana de Hidrocarburos (CBH).

Cabe recordar que 2009 marca el punto en el que por primera vez en su historia, Bolivia cubre el 25% de su demanda interna de combustibles con importaciones de diésel y gasolina especial debido al descenso en la producción de líquidos.

Ante tal situación, las petroleras, principalmente las subsidiarias de YPFB, se ven obligadas a efectuar nuevas intervenciones en algunos campos en declinación para lograr una mayor duración de éstos.

EL DEBER envió cuestionarios a YPFB, Repsol y Petrobras, sin embargo no se obtuvo respuesta. En el caso de Repsol se informó de que la próxima semana emitirán un comunicado; Petrobras indicó que es la casa matriz la que da información; YPFB no contestó.

Por su lado, el ministro de Hidrocarburos, Óscar Coca, y el vicepresidente de la República, Álvaro García, admitieron los problemas pero aseguran cambios en 2011.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Dom Nov 08, 2009 10:25 am
por marcelo l.
O texto demonstra algumas coisas, uma diminuição de gastos da Petrobrás, apesar da retórica oficial, uma coisa é vontade do governo desde o PSDB de tentar desenvolver a indústira de gás na Bolivia para estabilizar o país...que só nos últimos 3 anos teve um orçamento equilibrado.
O Brasil vai continuar comprando e tendo um pé lá, afinal a Bolívia é o país com maiores reservas de lítio. :arrow: Portanto, nem o capital rasga dinheiro de sairmos de uma vez da Bolívia, isso é sonho ideológico de uns, apenas.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Dom Nov 08, 2009 9:38 pm
por Junker
Bolívia diz que país tem 'delinquência importada' do Brasil
08 de novembro de 2009 - 20h57

O ministro de Interior da Bolívia, Alfredo Rada, advertiu neste domingo a existência de grupos de criminosos colombianos e brasileiros que atuam na região de Santa Cruz de la Sierra. "São delinqüentes estrangeiros, colombianos e brasileiros, que estão gerando problemas, e isso não vamos permitir", afirmou Rada em uma entrevista à rádio Pátria Nova.

De acordo com o ministro, em Santa Cruz de la Sierra "tem crescido a presença de criminosos, principalmente de narcotraficantes, e disse que os delitos e assaltos que têm ocorrido cada vez estão mais violentos".

"O panorama geral é que nosso país está sofrendo outro tipo de impactos que não são gerados aqui, que não respondem a fatores endógenos. É uma delinquência importada de outras nações que vem provocar estragos aqui", assegurou.

Rada fez as afirmações na entrevista em que justificou o decreto supremo que anunciou o Governo de Evo Morales, na sexta-feira, permitindo às Forças Armadas cooperar com a polícia em Santa Cruz de la Sierra para reforçar a segurança diante do aumento da criminalidade no país.

EFE

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Dom Nov 08, 2009 10:55 pm
por marcelo l.
Junker escreveu:
Bolívia diz que país tem 'delinquência importada' do Brasil
08 de novembro de 2009 - 20h57

O ministro de Interior da Bolívia, Alfredo Rada, advertiu neste domingo a existência de grupos de criminosos colombianos e brasileiros que atuam na região de Santa Cruz de la Sierra. "São delinqüentes estrangeiros, colombianos e brasileiros, que estão gerando problemas, e isso não vamos permitir", afirmou Rada em uma entrevista à rádio Pátria Nova.

De acordo com o ministro, em Santa Cruz de la Sierra "tem crescido a presença de criminosos, principalmente de narcotraficantes, e disse que os delitos e assaltos que têm ocorrido cada vez estão mais violentos".

"O panorama geral é que nosso país está sofrendo outro tipo de impactos que não são gerados aqui, que não respondem a fatores endógenos. É uma delinquência importada de outras nações que vem provocar estragos aqui", assegurou.

Rada fez as afirmações na entrevista em que justificou o decreto supremo que anunciou o Governo de Evo Morales, na sexta-feira, permitindo às Forças Armadas cooperar com a polícia em Santa Cruz de la Sierra para reforçar a segurança diante do aumento da criminalidade no país.

EFE
Bom, PCC está migrando para outros países já é sabido, encontra-se na Argentina, Portugal, Paraguai...nada de mais se chegou a Bolívia ou se o PCC torna-se vilão de tudo.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Seg Nov 09, 2009 1:32 pm
por alb
Globalizacao do crime organizado, para que depender de inntermediarios, se o pcc, pode controlar a fonte de producao de seus produtos de basicos de lucros(drogas)???

desta forma a cadeia de transporte fica mais segura, e perigosa para os governos da regiao, pois logo o estado pode perder seu controle sobre determinadas regioes da bolivia, ainda mais com movimentos de separatismo de Sta Cruz.

albernaz

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Seg Nov 09, 2009 5:52 pm
por Junker
Comissão da Câmara vai investigar morte de brasileiros na Bolívia

09/11/2009
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou na quarta-feira (4) a criação de comissão externa para verificar o andamento das investigações das autoridades bolivianas sobre o assassinato de dois estudantes brasileiros na cidade de Santa Cruz de la Sierra.

Em outubro, um estudante de Medicina, do Acre, e uma estudante de Odontologia, do Mato Grosso, foram assassinados dentro do campus universitário local, "com requintes de crueldade", em condições ainda não esclarecidas pela polícia local.

A comissão foi proposta pelo deputado Nilson Mourão (PT-AC), será composta por seis deputados e pretende também verificar as condições de segurança para a comunidade brasileira na cidade. A comissão quer "o esclarecimento dessas mortes e a responsabilização dos seus autores".

Pânico
De acordo com o parlamentar, o caso levou pânico à comunidade brasileira. Em conversa com parentes de uma das vítimas, Nilson Mourão ressaltou o clima de insegurança presente. "Diversos estudantes estão retornando ao Brasil, abandonando seus estudos naquele país, tal é o clima de pavor, insegurança e perseguição aos brasileiros em Santa Cruz", disse.

O deputado acrescentou que, até o momento, a polícia não deu respostas à sociedade, e as famílias permanecem sem acesso às investigações, o que vem aumentando o sentimento de impunidade.

A comissão ainda não definiu quais deputados vão à Bolívia.

Agência Câmara

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Seg Nov 23, 2009 9:15 am
por Marino
Um dia da caça, outro do caçador.
E agora Zacarias?
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De “queimador” a exportador de gás

Brasil, que hoje perde parte da produção, deve vender o produto ao exterior

Ricardo Allan e Liana Verdini



A partir de 2011, o Brasil poderá exportar gás natural. Desde o desentendimento com o governo da Bolívia, que suspendeu temporariamente o fornecimento em 2006, a Petrobras investiu no aumento da produção. O objetivo era conquistar autonomia em relação ao produto boliviano. Hoje, a estatal ainda joga no ar boa quantidade do que retira de seus campos. Por falta de infraestrutura para aproveitar tudo o que extrai, foram queimados 2,4 bilhões de metros cúbicos de gás entre janeiro e agosto, algo como R$ 1,5 bilhão jogados no ralo. Na média diária, houve um crescimento de 75% no volume despejado.

Mas a Petrobras vem investindo pesado para aproveitar as suas reservas. Em 2003, existiam 5.451 quilômetros de gasodutos. Este ano termina com um total de 7.930 quilômetros de dutos construídos e, no fim de 2010, serão 9.228 quilômetros implantados. A intenção da estatal é se consolidar na liderança do mercado brasileiro de gás natural, com atuação internacional, conforme consta do seu plano estratégico. E como o consumo interno anda meio deprimido, a solução tem sido usar o gás para gerar energia elétrica. Em 2008, dos 58 milhões de metros cúbicos diários produzidos, 24% — ou 14 milhões de metros cúbicos — foram destinados às termelétricas(1). Em 2017, a geração elétrica deverá consumir 45% de todo o gás produzido — serão 166 milhões de metros cúbicos por dia.

Este ano, a Petrobras deverá inaugurar a fase 3 da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), no Rio de Janeiro, onde passará a produzir 18 milhões de metros cúbicos diários de gás. No Ceará, no Porto de Pecém, está a outra planta de regaseificação (2)em operação no país. Mas a estatal já planeja os próximos passos. Uma unidade em terra (onshore) de liquefação e armazenamento de gás natural, que deverá estar concluída até 2013. Se essa obra atrasar, uma outra planta de regaseificação será construída para fazer frente aos compromissos assumidos pela empresa e às novas descobertas.



Reserva

Os setores políticos do governo ficaram animados com a descoberta de uma jazida supostamente gigantesca no Vale do São Francisco, em especial no norte de Minas Gerais. Há pelo menos 20 anos, os moradores da região se divertem enfiando tubos no chão para produzir línguas de fogo. Notícias apressadas deram conta de que a reserva teria até 1 trilhão de metros cúbicos de gás, o que seria o caminho para a redenção da população local, uma das mais pobres do país. Mas a própria Petrobras diminuiu as expectativas. “Somente com a realização de perfurações exploratórias será possível afirmar se existem acumulações de petróleo e gás em volumes comerciais”, afirmou a empresa.



1 - Usinas

As usinas termelétricas são um tipo de instalação industrial usada para geração de eletricidade a partir da energia liberada em forma de calor, normalmente por meio da combustão de combustíveis renováveis ou fósseis. No Brasil, a maioria delas funciona à base de óleo combustível. A tendência é de que elas migrem para o gás natural, menos poluente.



2 - Reversão

Para atingir essa meta de produção de gás natural, a Petrobras está construíndo plantas para converter o gás em estado líquido, importado por meio de navios, novamente para o estado gasoso. Essa foi uma forma que o país encontrou para acabar com a dependência do fornecimento boliviano, transportado ao país por meio do gasoduto Brasil-Bolívia.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Dez 04, 2009 11:33 am
por Marino
Chupa que a cana é doce.
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Bolívia busca mercado e dinheiro para gás

Após nacionalização, principal setor da economia sofre com queda de demanda brasileira e com gargalo para exportar à Argentina

Governo de Morales, franco favorito para se reeleger, e críticos veem necessidade de melhora na produção e escoamento do combustível

FLÁVIA MARREIRO

ENVIADA ESPECIAL A LA PAZ E SANTA CRUZ DE LA SIERRA (BOLÍVIA)



Quase quatro anos após a nacionalização do setor de gás da Bolívia, e -tudo indica- a poucos dias de ser reeleito presidente, Evo Morales vê-se com dois problemas pela frente.

Os desafios de curto e médio prazos são atrair investimentos privados para seguir explorando as reservas do país e buscar novos mercados para a principal riqueza boliviana.

Desde a posse de Morales, em 2006, houve apenas tímida melhora no volume de gás produzido, e há problemas de gestão e operação na estatal do gás, a YPFB, que trocou cinco presidentes no período.

Se os preços altos do gás ajudaram a promover o crescimento médio do PIB -4,5% no período- e pesaram para proporcionar o gasto público que permitirá à Bolívia crescer 3% em 2009 (a melhor performance das Américas), já há redução de receita desde o ano passado.

Por contrato, que vale até 2019, o Brasil, o maior mercado boliviano, tem de importar, quer o utilize ou não, ao menos 24 milhões de m3/dia de gás, na média anual.

No primeiro semestre deste ano, a demanda brasileira foi 28% menor que no mesmo período de 2008.

Sempre há sazonalidade na demanda de gás, mas a dependência do Brasil, que busca novas fontes de energia, e a ausência de alternativas de mercado preocupam.

Uma opção seria a Argentina, que no mesmo período dobrou sua demanda. O problema é que falta gasoduto para fazer o combustível chegar lá. "Além disso, a Argentina é um mercado subvencionado. Não é bom nem para o vendedor", diz o analista Carlos Delius.

O governo já cogitou construir no país uma indústria para liquefazer o gás e transportá-lo para outros mercados. Mas, para analistas, o gargalo será o mesmo que vem afetando o setor como um todo: falta de investimento.

La Paz colocou US$ 1 bilhão do Tesouro na YPFB. "Mas estima-se que eles necessitem no total US$ 5 bilhões de investimento", aponta Stephen Keppel, analista da Economist Intelligence Unit para a Bolívia.

Por enquanto, não há sinais de que esse dinheiro virá no curto prazo. Os investidores esperam a regulamentação do setor sob a nova Constituição.

Keppel diz que ainda há temor por conta de questões como remessa de lucro e investimento estrangeiro, embora identifique na YPFB "pessoas que entenderam que precisarão de investimento para seguir produzindo".

Na semana passada, a espanhola Repsol anunciou que aplicará US$ 1,5 bilhão nos próximos cinco anos. Mas muitos veem na cifra um significado político, como também dizem ter sido o US$ 1 bilhão anunciado pela Petrobras em 2008.

No caso da empresa brasileira, quase nada saiu do papel, parte por problemas técnicos e legais envolvendo campos de exploração. Parte, porém, também pode ser atribuído à relação Petrobras-La Paz, que jamais curou-se totalmente das feridas da nacionalização.

Segue inconclusa uma negociação entre a empresa e La Paz: o pagamento pelos chamados "gases ricos" atrelados ao gás vendido ao Brasil. Os países acertaram que a Petrobras pagaria pelo adicional um valor acordado de US$ 100 milhões retroativo ao ano de 2007 -que ainda não foi pago.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Dez 04, 2009 6:56 pm
por rodrigo
Eu não acredito que não vai aparecer um chavista, com uma estatística fajuta, para dizer que o povo da Bolívia está cada vez com melhores condições sociais e mais feliz!

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Dez 04, 2009 11:56 pm
por marcelo l.
Não vai ser uma estatística pró esse ou aquele até por que tirei do site do Victor Paz Estenssoro, http://www.hidrocarburosbolivia.com/bol ... amama.html e ele é oposição...mas, o FMI já tinha informado que a Bolivia seria um dos países que menos sentiria o impacto da crise.

NANDO GUALDONI (EL PAÍS/ESPAÑA) - "La radiografía de la economía boliviana de los últimos cuatro años es buena: crecimiento medio del 4,5% anual, inflación bajo control, tipo de cambio estable, reservas multimillonarias, superávit fiscal y aumento del comercio", explica Gonzalo Chávez, director de la Escuela de Producción y Competitividad de la Universidad Católica de Bolivia. "Sin embargo, si se hace una tomografía, se ven los problemas. La gran apuesta por el sector de hidrocarburos acabó por asfixiar a la incipiente industria que se venía desarrollando. Al mismo tiempo, la fuerte entrada de dinero no ha alentado la actividad productiva sino el consumo. Bolivia sigue teniendo una de las economías sumergidas más grandes del mundo. De entre las 150.000 a 180.000 personas que entran al mercado laboral cada año sólo el 30% lo hace en blanco. Esto, no ha cambiado", añade Chávez.

El proyecto económico con el que el presidente Evo Morales pretende ganar las elecciones del domingo se enmarca más en el capitalismo de Estado que en el socialismo de corte chavista. Detrás del encendido discurso antiimperialista y antioligárquico del cierre de campaña del MAS en El Alto, cerca de La Paz, el vicepresidente Álvaro García Linera presentó un modelo desarrollista con rasgos ya conocidos en América Latina y también en Bolivia en diferentes periodos del tercer cuarto del siglo XX, sobre todo los años del Movimiento Nacionalista Revolucionario (MNR) en el poder. La apuesta es arriesgada porque hace a la economía dependiente en un 80% de los recursos de la Pacha Mama (madre tierra) y de que los precios de las materias primas no se desplomen.

García Linera dijo que el Estado tendrá el control del 35% de la economía, fundamentalmente los sectores energético y minero, nacionalizados en la primera etapa de gobierno. En los cinco años que vienen, el Gobierno se propone industrializar el petróleo y el gas, es decir, no sólo exportarlo a granel sino darle un valor añadido. También pretende desarrollar el enorme potencial del litio (mineral para las baterías de coches eléctricos) y crear nuevas empresas públicas en sectores como el de la alimentación. Con los excedentes de la venta de hidrocarburos se financiarán los planes sociales como hasta ahora. En la economía que quede fuera de los sectores estratégicos, como el textil, la madera y, sobre todo, la descomunal economía informal, el Estado no planea interferir. Linera tampoco habló de nuevas nacionalizaciones ni de grandes expropiaciones de tierras.

"La radiografía de economía boliviana de los últimos cuatro años es buena: crecimiento medio del 4,5% anual, inflación bajo control, tipo de cambio estable, reservas multimillonarias, superávit fiscal y aumento del comercio", explica Gonzalo Chávez, director de la Escuela de Producción y Competitividad de la Universidad Católica de Bolivia. "Sin embargo, si se hace una tomografía, se ven los problemas. La gran apuesta por el sector de hidrocarburos acabó por asfixiar a la incipiente industria que se venía desarrollando. Al mismo tiempo, la fuerte entrada de dinero no ha alentado la actividad productiva sino el consumo. Bolivia sigue teniendo una de las economías sumergidas más grandes del mundo. De entre las 150.000 a 180.000 personas que entran al mercado laboral cada año sólo el 30% lo hace en blanco. Esto, no ha cambiado", añade Chávez.

La paradoja del nuevo Estado Plurinacional es que la empresa pilar del proyecto, la estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) no se ha transformado en el motor del cambio. Desde que fue nacionalizada en 2006 han pasado cinco presidentes -cuatro retirados por sospechas de corrupción y el último directamente preso por ese motivo- y, a pesar del superávit fiscal, la inversión de la empresa ha caído significativamente. García Linera, en una reciente entrevista en el diario La Prensa, reconoció la ineficiencia de YPFB y aseguró que se corregirá. El ingeniero petrolero Carlos Miranda, en una tribuna publicada en La Razón, sostiene que "en 2006 la empresa producía 50.000 barriles de petróleo y 40,2 millones de metros cúbicos de gas al día. El mercado interno estaba abastecido de gas licuado y gasolina y sólo se importaba el 30% del gasóleo. El próximo año el país tendrá que importar la mitad del gasóleo que se consume y un 20% de gasolina y gas licuado".

La mayoría de los economistas consultados espera que el Gobierno se centre nuevamente en el sector de hidrocarburos y mantenga la paz social a base de subsidios. Muchos creen que en Bolivia hay un gran riesgo de que el crecimiento económico no logre estimular la creación de pequeñas y medianas empresas productivas, un tejido empresarial crucial para sortear los efectos de la posible caída de los precios de las materias primas y la mejor forma de paliar la marginación económica