Missão de Paz no Haiti
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Correio Braziliense
HAITI
Domínio brasileiro
Reportagem do Correio acompanha operação militar que levou à ocupação do último reduto de rebeldes na mais violenta favela de Porto Príncipe. Líder da resistência provavelmente fugiu
Mariana Mainenti
Enviada Especial
Porto Príncipe — O movimento na sala do café da manhã em plena madrugada já anunciava que ontem seria um dia excepcional. Eram cerca de 4h da manhã quando os militares brasileiros deixaram a base General Urano Bacellar, conhecida como Bravo, em direção a Cité Soleil. A bordo de um dos jipes, junto com outros quatro jornalistas, a reportagem do Correio acompanhou a operação que seria decisiva para o controle da maior favela da capital haitiana. A expectativa era de que não houvesse reação por parte dos criminosos de Bois Neuf, área da favela que os integrantes da Minustah pretendiam controlar nas primeiras horas do dia. Mas isso não reduzia a ansiedade das tropas.
“Se não houver reação, será melhor para todos. Mas é muito difícil ter certeza do que vai acontecer. Então, vamos sempre preparados para a pior hipótese”, afirmou o general brasileiro Alberto dos Santos Cruz, comandante das forças da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), enquanto parte do contingente de 600 homens concentrava-se no chamado Ponto Forte 21, um posto de apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Ponto Forte de Bois Neuf — reduto do líder de gangue Belony — era o último que faltava ser conquistado. O alto comando da Minustah acreditava que, cientes de que esse seria o próximo alvo, os criminosos já teriam fugido. Mas, ainda assim, a ação foi conduzida de forma a alertar a população sobre o que ocorreria. Durante a madrugada, vários moradores do bairro acompanhavam a concentração dos militares para a operação. Impedidos de entrar em Cité Soleil, eles aguardavam na entrada da favela ou tomavam algum tap-tap (veículo coletivo adaptado em que circulam os haitianos) para tentar entrar por outro lado. Enquanto isso, um helicóptero da Minustah fazia o reconhecimento do terreno, enviando imagens computadorizadas aos representantes da ONU que, por sua vez, reportavam as informações por rádio ao comando da operação.
Missão cumprida
Por volta de 5h da manhã, os 38 veículos blindados entraram em Cité Soleil. Pelo rádio do alto comando, era possível ouvir a ordem “Jauru, avançar”. Ao amanhecer, já se sabia que o objetivo havia sido alcançado. Sem reação dos bandidos, sem feridos, a Minustah conquistou ontem o último Ponto Forte importante de Cité Soleil, concretizando — no dia em que se completaram três anos da queda do ex-presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide — o que o comando da operação considerou o fim da etapa de operações militares. O líder local, Belony, havia mesmo fugido. A imprensa local acredita que ele já estava em outra cidade, Saint Michel, onde possui um bando de 100 homens que aterrorizam a população local. Os outros dois grandes líderes de outras regiões de Cité Soleil, chamados de Amaral e Evans, também estão foragidos.
O coronel Cláudio Barroso Magno Filho, que comanda o Batalhão Brasileiro (Brabat), já havia explicado aos soldados que a ação ocorreria de maneira lenta e gradual, para evitar confrontos. “Não é nosso objetivo a surpresa tática”, afirmou. Ele alertou, no entanto, que ainda assim todos deveriam estar preparados para responder, na hipótese de reação dos bandidos. Magno Filho recordou que no dia 21 de dezembro passado, menos de uma semana após chegar ao Haiti, comandou uma difícil operação, em que houve intensa troca de tiros com os bandidos na via principal, a Soleil 9, além da emboscada do veículo onde se encontrava o general Santos Cruz, que conseguiu escapar.
“Eu estou aqui porque ‘Deus é brasileiro’, porque naquela operação quase tomei um tiro no rosto quando estava em um posto de observação”, relata um capitão brasileiro. Naquele dia, um veículo militar uruguaio quebrou e os soldados tiveram de ser resgatados por outro blindado. A Minustah só conseguiu recuperar o veículo em uma operação realizada no dia seguinte, mas ele estava bastante danificado e havia sido incendiado pelos criminosos.
A ação ocorreu num momento em que a Minustah — com cerca de 8,5 mil efetivos, estabelecida em 2004 — corria risco de ser encerrada, pois o debate sobre a renovação de seu mandato era intenso na ONU. O presidente do país, René Preval, sofria fortes críticas que colocavam em risco a governabilidade do país. O Batalhão Brasileiro era pressionado para provar que a missão teria capacidade de controlar a situação crescente de violência e o alto número de seqüestros no país.
O ataque acabou desencadeando uma era de maior presença da ONU na capital haitiana, mas foi criticado devido ao elevado número de feridos: 27, dos quais três morreram, de acordo com a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), que presta atendimento à população em um hospital de Cité Soleil. Depois desse episódio, ocorreram outras nove operações na região que levaram à captura de importantes Pontos Fortes, regiões que eram dominadas por gangues e são conquistadas pela Minustah.
300mil
pessoas vivem em Cité Soleil, a maior favela de Porto Príncipe, capital do Haiti
80%
dos moradores da área — cerca de 240 mil pessoas — estão desempregados
7
em cada 10 haitianos sobrevivem com uma renda diária de apenas US$ 2
Pobreza absoluta
Os jornalistas puderam entrar ontem pela manhã em Cité Soleil, a bordo de carros blindados jordanianos. Todos usavam coletes à prova de bala e capacetes. Em Bois Neuf, região recém-ocupada pelas tropas brasileiras, havia uma longa fila de haitianos que esperavam a autorização do posto de controle da Minustah para sair de Cité Soleil. Apontando para os relógios, indicavam em creole, a língua local, que estavam atrasados para o trabalho. Crianças uniformizadas para o colégio também enfrentavam a fila. Todos eram revistados ao passar pelos militares brasileiros.
Por um alto-falante, um porta-voz da missão avisava à população que o objetivo da operação era estabelecer a paz na região. Panfletos com a mesma mensagem também eram entregues pelos soldados, sob um sol escaldante. Questionados pelos jornalistas, os moradores de Cité Soleil diziam que apoiavam a ação da Minustah, mas que ela não poderia se encerrar com as operações militares. “Work (emprego)!”, pediam homens que tentavam se comunicar em inglês com os repórteres. Um deles disse que gostaria de ser “informante” da Minustah, função cujo salário gira em torno de US$ 300 no Haiti — valor bastante alto em um país com grandes desigualdades. Outros pediam investimentos sociais no bairro.
Enquanto isso, as tropas avançavam gradualmente para dentro da favela, onde as condições de higiene são extremamente precárias. Sem eletricidade e saneamento básico, mulheres cozinham nas ruas com fogo aquecido por carvão, ao lado de valas enormes de esgoto a céu aberto. Em Cité Soleil, as casas não possuem banheiros. Nem mesmo a moradia do temido líder da gangue da região, Balony, possuía um — embora contasse com uma boate particular.
No caminho, as crianças interceptavam militares e jornalistas, em busca de água e comida. Uma garotinha, chamada Lucie, pediu para que escrevesse meu nome em sua mão. Escrevi e, em seguida, havia incontáveis mãozinhas para que eu fizesse o mesmo. Lucie me deu a mão e não largou até o final do percurso. Fomos embora com dezenas de pequenos acenando para nós. Com sede e barriga vazia, alguns deles diziam “Mariana”, para demonstrar que aprenderam a pronunciar o meu nome. (MM)JUDICIÁRIO
HAITI
Domínio brasileiro
Reportagem do Correio acompanha operação militar que levou à ocupação do último reduto de rebeldes na mais violenta favela de Porto Príncipe. Líder da resistência provavelmente fugiu
Mariana Mainenti
Enviada Especial
Porto Príncipe — O movimento na sala do café da manhã em plena madrugada já anunciava que ontem seria um dia excepcional. Eram cerca de 4h da manhã quando os militares brasileiros deixaram a base General Urano Bacellar, conhecida como Bravo, em direção a Cité Soleil. A bordo de um dos jipes, junto com outros quatro jornalistas, a reportagem do Correio acompanhou a operação que seria decisiva para o controle da maior favela da capital haitiana. A expectativa era de que não houvesse reação por parte dos criminosos de Bois Neuf, área da favela que os integrantes da Minustah pretendiam controlar nas primeiras horas do dia. Mas isso não reduzia a ansiedade das tropas.
“Se não houver reação, será melhor para todos. Mas é muito difícil ter certeza do que vai acontecer. Então, vamos sempre preparados para a pior hipótese”, afirmou o general brasileiro Alberto dos Santos Cruz, comandante das forças da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), enquanto parte do contingente de 600 homens concentrava-se no chamado Ponto Forte 21, um posto de apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Ponto Forte de Bois Neuf — reduto do líder de gangue Belony — era o último que faltava ser conquistado. O alto comando da Minustah acreditava que, cientes de que esse seria o próximo alvo, os criminosos já teriam fugido. Mas, ainda assim, a ação foi conduzida de forma a alertar a população sobre o que ocorreria. Durante a madrugada, vários moradores do bairro acompanhavam a concentração dos militares para a operação. Impedidos de entrar em Cité Soleil, eles aguardavam na entrada da favela ou tomavam algum tap-tap (veículo coletivo adaptado em que circulam os haitianos) para tentar entrar por outro lado. Enquanto isso, um helicóptero da Minustah fazia o reconhecimento do terreno, enviando imagens computadorizadas aos representantes da ONU que, por sua vez, reportavam as informações por rádio ao comando da operação.
Missão cumprida
Por volta de 5h da manhã, os 38 veículos blindados entraram em Cité Soleil. Pelo rádio do alto comando, era possível ouvir a ordem “Jauru, avançar”. Ao amanhecer, já se sabia que o objetivo havia sido alcançado. Sem reação dos bandidos, sem feridos, a Minustah conquistou ontem o último Ponto Forte importante de Cité Soleil, concretizando — no dia em que se completaram três anos da queda do ex-presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide — o que o comando da operação considerou o fim da etapa de operações militares. O líder local, Belony, havia mesmo fugido. A imprensa local acredita que ele já estava em outra cidade, Saint Michel, onde possui um bando de 100 homens que aterrorizam a população local. Os outros dois grandes líderes de outras regiões de Cité Soleil, chamados de Amaral e Evans, também estão foragidos.
O coronel Cláudio Barroso Magno Filho, que comanda o Batalhão Brasileiro (Brabat), já havia explicado aos soldados que a ação ocorreria de maneira lenta e gradual, para evitar confrontos. “Não é nosso objetivo a surpresa tática”, afirmou. Ele alertou, no entanto, que ainda assim todos deveriam estar preparados para responder, na hipótese de reação dos bandidos. Magno Filho recordou que no dia 21 de dezembro passado, menos de uma semana após chegar ao Haiti, comandou uma difícil operação, em que houve intensa troca de tiros com os bandidos na via principal, a Soleil 9, além da emboscada do veículo onde se encontrava o general Santos Cruz, que conseguiu escapar.
“Eu estou aqui porque ‘Deus é brasileiro’, porque naquela operação quase tomei um tiro no rosto quando estava em um posto de observação”, relata um capitão brasileiro. Naquele dia, um veículo militar uruguaio quebrou e os soldados tiveram de ser resgatados por outro blindado. A Minustah só conseguiu recuperar o veículo em uma operação realizada no dia seguinte, mas ele estava bastante danificado e havia sido incendiado pelos criminosos.
A ação ocorreu num momento em que a Minustah — com cerca de 8,5 mil efetivos, estabelecida em 2004 — corria risco de ser encerrada, pois o debate sobre a renovação de seu mandato era intenso na ONU. O presidente do país, René Preval, sofria fortes críticas que colocavam em risco a governabilidade do país. O Batalhão Brasileiro era pressionado para provar que a missão teria capacidade de controlar a situação crescente de violência e o alto número de seqüestros no país.
O ataque acabou desencadeando uma era de maior presença da ONU na capital haitiana, mas foi criticado devido ao elevado número de feridos: 27, dos quais três morreram, de acordo com a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), que presta atendimento à população em um hospital de Cité Soleil. Depois desse episódio, ocorreram outras nove operações na região que levaram à captura de importantes Pontos Fortes, regiões que eram dominadas por gangues e são conquistadas pela Minustah.
300mil
pessoas vivem em Cité Soleil, a maior favela de Porto Príncipe, capital do Haiti
80%
dos moradores da área — cerca de 240 mil pessoas — estão desempregados
7
em cada 10 haitianos sobrevivem com uma renda diária de apenas US$ 2
Pobreza absoluta
Os jornalistas puderam entrar ontem pela manhã em Cité Soleil, a bordo de carros blindados jordanianos. Todos usavam coletes à prova de bala e capacetes. Em Bois Neuf, região recém-ocupada pelas tropas brasileiras, havia uma longa fila de haitianos que esperavam a autorização do posto de controle da Minustah para sair de Cité Soleil. Apontando para os relógios, indicavam em creole, a língua local, que estavam atrasados para o trabalho. Crianças uniformizadas para o colégio também enfrentavam a fila. Todos eram revistados ao passar pelos militares brasileiros.
Por um alto-falante, um porta-voz da missão avisava à população que o objetivo da operação era estabelecer a paz na região. Panfletos com a mesma mensagem também eram entregues pelos soldados, sob um sol escaldante. Questionados pelos jornalistas, os moradores de Cité Soleil diziam que apoiavam a ação da Minustah, mas que ela não poderia se encerrar com as operações militares. “Work (emprego)!”, pediam homens que tentavam se comunicar em inglês com os repórteres. Um deles disse que gostaria de ser “informante” da Minustah, função cujo salário gira em torno de US$ 300 no Haiti — valor bastante alto em um país com grandes desigualdades. Outros pediam investimentos sociais no bairro.
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"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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O GLOBO
Força da ONU ocupa reduto de gangues
Forças de paz da ONU e policiais haitianos capturaram ontem o último reduto de gangues em Cité Soleil, a maior favela de Porto Príncipe, dando à missão internacional autoridade completa sobre a área pela primeira vez. Não houve nenhuma resistência quando os soldados entraram em Bois Neuf, reduto de gangues acusadas pela onda de seqüestros
Que poder de síntese e laconismo. Ah se inveja matasse!!
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Patrulha do BRABAT prende mais um líder de Gangue
Durante patrulhamento no Conjunto Habitacional Kay Boule, na região de Brooklin, em Cité Soleil, a tropa do BRABAT deteve um indivíduo, de nome Johnny Pierre Louis, portando uma pistola Zastava, calibre 9mm, com 8 (oito) cartuchos de munição em seu carregador. Posteriormente, o detido foi reconhecido como “TI BASIL”, líder da Gang da rua Soleil 15, em Cité Soleil. A população comemorou a prisão do indivíduo, que aterrorizava a comunidade e por diversas vezes teria efetuado disparos contra os militares brasileiros.
Durante patrulhamento no Conjunto Habitacional Kay Boule, na região de Brooklin, em Cité Soleil, a tropa do BRABAT deteve um indivíduo, de nome Johnny Pierre Louis, portando uma pistola Zastava, calibre 9mm, com 8 (oito) cartuchos de munição em seu carregador. Posteriormente, o detido foi reconhecido como “TI BASIL”, líder da Gang da rua Soleil 15, em Cité Soleil. A população comemorou a prisão do indivíduo, que aterrorizava a comunidade e por diversas vezes teria efetuado disparos contra os militares brasileiros.
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EXPLOSIVE ORDNANCE DISPOSAL TEAM
A Companhia de Engenharia de Força de Paz Haiti empregou a sua equipe de explosivistas (EOD Team) no cumprimento de uma missão de neutralização de artefatos explosivos na região de Porto Príncipe, capital do Haiti.
Os operadores em explosivos, militares qualificados a desempenhar atividades de coordenação, planejamento e execução de operação com cargas explosivas em instruções e demolições em geral, realizaram a queima de 229,5 kg de TNT (1.346 petardos) e a detonação de 50 granadas de mão M2 vencidas.
Para auxiliar na operação de transporte, deslocamento e segurança da atividade, a Companhia recebeu o apoio de uma equipe de oito militares do Batalhão Brasileiro.
Após o término da missão, toda área foi manutenida e os resíduos produzidos foram retirados e enterrados em local onde não houvesse risco ao meio ambiente.
A Companhia de Engenharia de Força de Paz Haiti empregou a sua equipe de explosivistas (EOD Team) no cumprimento de uma missão de neutralização de artefatos explosivos na região de Porto Príncipe, capital do Haiti.
Os operadores em explosivos, militares qualificados a desempenhar atividades de coordenação, planejamento e execução de operação com cargas explosivas em instruções e demolições em geral, realizaram a queima de 229,5 kg de TNT (1.346 petardos) e a detonação de 50 granadas de mão M2 vencidas.
Para auxiliar na operação de transporte, deslocamento e segurança da atividade, a Companhia recebeu o apoio de uma equipe de oito militares do Batalhão Brasileiro.
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Companhia de Engenharia asfalta Base Militar no Haiti
A Companhia de Engenharia Haiti concluiu o asfaltamento de quatro pátios dos arruamentos internos e da via de acesso da Base General Pitaluga, onde a Companhia de Infantaria Mecanizada da Bolívia e o Esquadrão de Cavalaria Mecanizado do Brasil encontram-se instalados.
A missão foi realizada por militares do 2º Pelotão de Engenharia com o suporte do Pelotão de Engenharia e Apoio e teve por objetivo melhorar as condições de trafegabilidade e estacionamento da Base. Os trabalhos desenvolvidos constaram de levantamento topográfico, drenagem, transporte de material, regularização e compactação da sub-base e base, imprimação e asfaltamento de toda a área.
Durante os trabalhos, foram utilizados 1.330 m³ de material para base, britada pela Companhia; 230.000 litros de água e 1.085 toneladas de massa asfáltica, também produzidas pela Companhia. Foram asfaltados 2.600 m de pista.
A Companhia de Engenharia Haiti concluiu o asfaltamento de quatro pátios dos arruamentos internos e da via de acesso da Base General Pitaluga, onde a Companhia de Infantaria Mecanizada da Bolívia e o Esquadrão de Cavalaria Mecanizado do Brasil encontram-se instalados.
A missão foi realizada por militares do 2º Pelotão de Engenharia com o suporte do Pelotão de Engenharia e Apoio e teve por objetivo melhorar as condições de trafegabilidade e estacionamento da Base. Os trabalhos desenvolvidos constaram de levantamento topográfico, drenagem, transporte de material, regularização e compactação da sub-base e base, imprimação e asfaltamento de toda a área.
Durante os trabalhos, foram utilizados 1.330 m³ de material para base, britada pela Companhia; 230.000 litros de água e 1.085 toneladas de massa asfáltica, também produzidas pela Companhia. Foram asfaltados 2.600 m de pista.
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jauro escreveu:O GLOBO
Força da ONU ocupa reduto de gangues
Forças de paz da ONU e policiais haitianos capturaram ontem o último reduto de gangues em Cité Soleil, a maior favela de Porto Príncipe, dando à missão internacional autoridade completa sobre a área pela primeira vez. Não houve nenhuma resistência quando os soldados entraram em Bois Neuf, reduto de gangues acusadas pela onda de seqüestros
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(Mais um) Bravo Zulu p/ o BRABAT
Walter
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
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- Seagal, Steven
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Tiroteio envolvendo tropas brasileiras:
http://www.youtube.com/watch?v=AflnQ9pTqsQ [ vídeo adicionado dia 06/03/2007 ]
http://www.youtube.com/watch?v=AflnQ9pTqsQ [ vídeo adicionado dia 06/03/2007 ]
"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las" (Voltaire)
- Bolovo
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Seagal, Steven escreveu:Tiroteio envolvendo tropas brasileiras:
http://www.youtube.com/watch?v=AflnQ9pTqsQ [ vídeo adicionado dia 06/03/2007 ]
Bom vídeo.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Comandos.
A UN soldier stands beside a queue of people as food and water is distributed by UN troops on International Water Day in the Cite Soleil slum of Port-au-Prince, 22 March 2007. UN troops and Haitian police frequently battle gangs in Port-au-Prince. According to Haitian civic and human rights groups, abductions have become a multi-million-dollar industry and the US Federal Bureau of Investigation (FBI) has had an agent in Port-au-Prince working on cases. Haiti is the poorest country in the Americas, with an estimated external debts of more than a billion dollars; more than 60 percent of its people subsist on less than one dollar a day, while some 70 percent of the working-age population are jobless.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- Seagal, Steven
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- Pedro Gilberto
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LÍDER DE GANGUE HAITIANA É CAPTURADO
DURANTE OPERAÇÃO COMBINADA
Defesanet 09 Abril 2007
Kaiser Konrad
Repórter Defesa@Net
Nesta sexta-feira, as Forças de paz da ONU comandadas pelo Brasil, em conjunto com a Polícia Nacional Haitiana (PNH) capturaram o líder da gangue “Belony”, uma das mais atuantes de Porto Príncipe.
Segundo a MINUSTAH, Alan Cadet foi capturado em sua casa, ao leste do Distrito de Pétion Ville, na Capital.
A gangue Belony operava nas áreas de Bois Neuf e de Drouillard, em Cité Soleil.
O General de Brigada Carlos Alberto Dos Santos Cruz, comandante militar da MINUSTAH, descreveu a prisão de Cadet como “um passo importante na tarefa de melhorar as condições de segurança na capital do Haiti”.
“Nós continuaremos a apoiar a PNH no combate ao crime organizado, onde quer que estejam, e confiscar as armas e materiais que eles usam, garantindo dessa forma a estabilização da segurança no país”, comentou.
Essas operações combinadas envolvem oficiais da Polícia Nacional Haitiana, Polícia das Nações Unidas e militares das Forças de Paz
http://www.defesanet.com.br/zz/vi_cont_25.htm
[]´s
DURANTE OPERAÇÃO COMBINADA
Defesanet 09 Abril 2007
Kaiser Konrad
Repórter Defesa@Net
Nesta sexta-feira, as Forças de paz da ONU comandadas pelo Brasil, em conjunto com a Polícia Nacional Haitiana (PNH) capturaram o líder da gangue “Belony”, uma das mais atuantes de Porto Príncipe.
Segundo a MINUSTAH, Alan Cadet foi capturado em sua casa, ao leste do Distrito de Pétion Ville, na Capital.
A gangue Belony operava nas áreas de Bois Neuf e de Drouillard, em Cité Soleil.
O General de Brigada Carlos Alberto Dos Santos Cruz, comandante militar da MINUSTAH, descreveu a prisão de Cadet como “um passo importante na tarefa de melhorar as condições de segurança na capital do Haiti”.
“Nós continuaremos a apoiar a PNH no combate ao crime organizado, onde quer que estejam, e confiscar as armas e materiais que eles usam, garantindo dessa forma a estabilização da segurança no país”, comentou.
Essas operações combinadas envolvem oficiais da Polícia Nacional Haitiana, Polícia das Nações Unidas e militares das Forças de Paz
http://www.defesanet.com.br/zz/vi_cont_25.htm
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"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
- Vinicius Pimenta
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- Contato:
Haitianos agradecem Brasil por ´pacificação´ em Cité Soleil
Ao som de um trio elétrico e de uma banda escolar que entoou o hino haitiano e a Canção do Exército brasileiro, a população saiu às ruas gritando "Brasil, Brasil"
Tahiane Stochero,
enviada especial
PORTO PRÍNCIPE - Um carnaval fora de época. Uma marcha pela paz. Cerca de 20 mil haitianos cantaram, dançaram e comemoram pelas ruas da capital, Porto Príncipe, a ´pacificação´ da região caracterizada pela ONU como a mais violenta do Haiti, o bairro de Cité Soleil. Ao som de um trio elétrico e de uma banda escolar que entoou o hino haitiano e a Canção do Exército brasileiro, a população saiu às ruas gritando "Brasil, Brasil", em um local que era até o início de abril dominado por criminosos, que assassinavam, seqüestravam e causavam pânico em Porto Príncipe.
O local foi visitado pela reportagem do estadão.com.br nesta sexta-feira, 27, dia em que a marcha foi realizada. Apesar da estabilidade conseguida em Cité Soleil, o Haiti continua enfrentando sérios problemas em relação à segurança, e diversas pessoas ouvidas pela reportagem demonstraram o desejo de que o as tropas permaneçam no país por mais tempo.
Até a retirada dos criminosos, as tropas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) não podiam entrar em Cité Soleil e eram alvo dos bandidos. Nenhuma autoridade legítima estava instituída na região. A população vivia com medo e aterrorizada pela gangue de Evens Jeune. Até que, por iniciativa e comandadas pelo Brasil, tropas sul-americanas realizaram uma operação que tomou pontos estratégicos da gangue e iniciou, no início de março, a pacificação do bairro, que está sob tutela do Exército Brasileiro.
O haitiano Yves Louis, de 50 anos, explica o motivo da manifestação, organizada pelo novo prefeito e por líderes comunitários: "Esta marcha é digna do que o Brasil fez aqui. Eu não saía à rua com medo e agora todos podemos voltar a viver em Cité Soleil. Agora está se estabelecendo a Justiça e Deus vai ver que ainda há esperança no Haiti". Questionado sobre se já não era hora das tropas deixarem o Haiti, o desempregado disse acreditar que a Minustah deve deixar o país caminhar com suas próprias pernas um dia, mas não agora.
"Queremos que as tropas vão embora e passem o comando para a nossa polícia. Mas não agora. Se o Brasil for embora, todos os bandidos vão voltar. Acabamos de ter a oportunidade de sair às ruas. Se o Brasil for embora, eles vão voltar a agir", afirmou ao estadão.com.br. Seu sonho, agora, é que a ONU propicie a criação de empregos e tire a população da pobreza. "Quero muitas escolas profissionalizantes. Escola e emprego são a solução para que nossos jovens não entrem na bandidagem".
Em inglês fluente, assim como muitos haitianos, Johnny Gerond, de 40 anos, aproxima-se também para pedir emprego. Ele diz que todo o Haiti "será eternamente agradecido ao Brasil por tirar os bandidos" da região e que o "Brasil não deve sair agora" do local. "Há gente que não gosta do Brasil e que quer que os militares saiam. Mas eles são uma minoria, só os bandidos. Agora temos paz e meus filhos podem brincar na rua sem problemas”, relatou.
A passeata durou mais de quatro horas e partiu de 17 locais diferentes, concentrando-se em frente à praça Fierte Soleil, onde o Brasil mantém uma base avançada de atuação. Tropas da Polícia Nacional Haitiana (PNH), da polícia de choque da ONU, militares da China, Brasil, Paraguai e Bolívia fizeram a segurança da manifestação, que contou com a presença do embaixador brasileiro no Haiti, Paulo Cordeiro. Esta é a primeira grande manifestação no país desde as eleições presidenciais, ocorridas em fevereiro de 2006.
Fonte: http://www.defesanet.com.br/zz/vi_cont_27.htm
Ao som de um trio elétrico e de uma banda escolar que entoou o hino haitiano e a Canção do Exército brasileiro, a população saiu às ruas gritando "Brasil, Brasil"
Tahiane Stochero,
enviada especial
PORTO PRÍNCIPE - Um carnaval fora de época. Uma marcha pela paz. Cerca de 20 mil haitianos cantaram, dançaram e comemoram pelas ruas da capital, Porto Príncipe, a ´pacificação´ da região caracterizada pela ONU como a mais violenta do Haiti, o bairro de Cité Soleil. Ao som de um trio elétrico e de uma banda escolar que entoou o hino haitiano e a Canção do Exército brasileiro, a população saiu às ruas gritando "Brasil, Brasil", em um local que era até o início de abril dominado por criminosos, que assassinavam, seqüestravam e causavam pânico em Porto Príncipe.
O local foi visitado pela reportagem do estadão.com.br nesta sexta-feira, 27, dia em que a marcha foi realizada. Apesar da estabilidade conseguida em Cité Soleil, o Haiti continua enfrentando sérios problemas em relação à segurança, e diversas pessoas ouvidas pela reportagem demonstraram o desejo de que o as tropas permaneçam no país por mais tempo.
Até a retirada dos criminosos, as tropas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) não podiam entrar em Cité Soleil e eram alvo dos bandidos. Nenhuma autoridade legítima estava instituída na região. A população vivia com medo e aterrorizada pela gangue de Evens Jeune. Até que, por iniciativa e comandadas pelo Brasil, tropas sul-americanas realizaram uma operação que tomou pontos estratégicos da gangue e iniciou, no início de março, a pacificação do bairro, que está sob tutela do Exército Brasileiro.
O haitiano Yves Louis, de 50 anos, explica o motivo da manifestação, organizada pelo novo prefeito e por líderes comunitários: "Esta marcha é digna do que o Brasil fez aqui. Eu não saía à rua com medo e agora todos podemos voltar a viver em Cité Soleil. Agora está se estabelecendo a Justiça e Deus vai ver que ainda há esperança no Haiti". Questionado sobre se já não era hora das tropas deixarem o Haiti, o desempregado disse acreditar que a Minustah deve deixar o país caminhar com suas próprias pernas um dia, mas não agora.
"Queremos que as tropas vão embora e passem o comando para a nossa polícia. Mas não agora. Se o Brasil for embora, todos os bandidos vão voltar. Acabamos de ter a oportunidade de sair às ruas. Se o Brasil for embora, eles vão voltar a agir", afirmou ao estadão.com.br. Seu sonho, agora, é que a ONU propicie a criação de empregos e tire a população da pobreza. "Quero muitas escolas profissionalizantes. Escola e emprego são a solução para que nossos jovens não entrem na bandidagem".
Em inglês fluente, assim como muitos haitianos, Johnny Gerond, de 40 anos, aproxima-se também para pedir emprego. Ele diz que todo o Haiti "será eternamente agradecido ao Brasil por tirar os bandidos" da região e que o "Brasil não deve sair agora" do local. "Há gente que não gosta do Brasil e que quer que os militares saiam. Mas eles são uma minoria, só os bandidos. Agora temos paz e meus filhos podem brincar na rua sem problemas”, relatou.
A passeata durou mais de quatro horas e partiu de 17 locais diferentes, concentrando-se em frente à praça Fierte Soleil, onde o Brasil mantém uma base avançada de atuação. Tropas da Polícia Nacional Haitiana (PNH), da polícia de choque da ONU, militares da China, Brasil, Paraguai e Bolívia fizeram a segurança da manifestação, que contou com a presença do embaixador brasileiro no Haiti, Paulo Cordeiro. Esta é a primeira grande manifestação no país desde as eleições presidenciais, ocorridas em fevereiro de 2006.
Fonte: http://www.defesanet.com.br/zz/vi_cont_27.htm
Vinicius Pimenta
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