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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Dez 03, 2009 2:26 pm
por GustavoB
Já sabia que iam faltar neste Natal TVs de plasma e LCD acima de 32", já que a indústria (de modo geral, não só a brasileira) deixou-se afetar pela terrível crise econômica apregoada pela mídia e diminuiu a produção.

Por outro lado, a Phillips brasileira (vide Cansei!) acreditou no mercado e é uma das poucas que atenderá a demanda. Cansados, mas faturando.. :mrgreen:

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Dez 03, 2009 5:59 pm
por Carlos Mathias
E tem gente que quer FHC & Cia de volta... :roll: :x

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Dez 11, 2009 9:52 am
por soultrain
Valorizam 83% no ano
HSBC recomenda comprar acções brasileiras
As acções brasileiras estão a negociar ao valor mais baixo face aos resultados, quando comparadas com às acções de países desenvolvidos, dos últimos três anos, dando ao HSBC Asset Management um sinal de compra. Além disso o país cresce mais depressa que o resto do mundo.
Hugo Paula
hugopaula@negocios.pt

As acções brasileiras estão a negociar ao valor mais baixo face aos resultados, quando comparadas com às acções de países desenvolvidos, dos últimos três anos, dando ao HSBC Asset Management um sinal de compra, segundo a Bloomberg. Além disso o país cresce mais depressa que o resto do mundo.

O Bovespa, índice de referência para o Brasil, está a negociar com um desconto de 37% face ao MSCI World, segundo um quadro comparativo, elaborado pela Bloomberg, segundo dados compilados pela agência noticiosa. O MSCI World acompanha a evolução das acções de 23 países desenvolvidos.

O índice brasileiro valoriza 83% no ano e negoceia com um desconto, face às acções mundiais que já não verificava desde Janeiro de 2007.

“Parece que o desconto encontrou” um limite inferior, disse o chefe de acções do brasileiras do HSBC, Eduardo Favrin à Bloomberg. “O quadro [comparativo] diz-nos que é altura de comprar porque os lucros das empresas brasileiras estão a crescer mais depressa do que os dos pares europeus”.


Brasil cresce mais depressa que o resto do mundo

O PIB brasileiro expandiu 1,3% no terceiro trimestre, relativamente ao trimestre anterior, segundo a agência nacional de estatística anunciou ontem, no Rio de Janeiro.

A maior economia da América Latina, emergiu da sua maior recessão desde 2003, depois de o governo ter reduzido os impostos e de ter injectado dinheiro nos mercados financeiros do país, ao mesmo tempo que as autoridades monetárias reduziram as taxas de juro cinco vezes.

“Esperamos que o Brasil cresça 5%, com as taxas de juro a permanecerem baixas durante a maior parte do ano, disse o gestor de fundos da BlackRock, William Landers à Bloomberg, em Nova Jersei. “É fácil defender que o Brasil devia ter os [melhores rácios] preço-resultados num período” muito longo.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Dez 11, 2009 10:02 am
por Al Zarqawi
Globo.com
10/12/09 - 16h46 - Atualizado em 10/12/09 - 16h45


Governo do Brasil vê "recuperação", apesar do PIB abaixo da previsão
Da EFE

Brasília, 10 dez (EFE).- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou hoje que a economia do país continua em "recuperação", apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido no terceiro trimestre abaixo das previsões.


"Para este ano, minha previsão está comprometida, mas ainda acredito que podemos ter um resultado positivo", afirmou Mantega em entrevista coletiva.


Segundo anunciou hoje o Governo, o PIB cresceu 1,3% no terceiro trimestre, 0,7% abaixo da estimativa feita pelo próprio Mantega na véspera.


O ministro, que tinha calculado que o Brasil estava crescendo a uma taxa de 8% ao ano e que terminaria 2009 com um crescimento positivo de 1%, explicou nesta quinta-feira que suas previsões falharam por causa de uma "mudança nas estatísticas".


Conforme os dados publicados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB está crescendo a um ritmo anual de 5,1%, quase três pontos a menos da previsão do ministro.


Mantega disse hoje que o Brasil terminará o ano em um "patamar satisfatório", "com a economia aquecida e crescendo", que permitirá fechar 2010 com um crescimento de 5%.


Para que o país termine 2009 fora da recessão, a economia do país precisa crescer 5% no último trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo economistas citados pela agência Brasil.


No último trimestre de 2008, a economia brasileira experimentou uma retenção brusca e caiu para 3,6% com o início da crise, que colocou o país em uma recessão técnica, ao fechar com uma redução de 1,8% do PIB nos três primeiros meses deste ano.


O resultado positivo do segundo trimestre (1,9%) e do terceiro contribuíram para reduzir o buraco no acumulado do ano até um retrocesso de 1% entre janeiro e setembro. EFE

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Dez 18, 2009 10:23 am
por soultrain
CSN fez "grande esforço financeiro" para apresentar um "preço justo" na OPA à Cimpor
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) lançou uma OPA de 3,86 mil milhões de euros sobre a totalidade do capital da Cimpor, numa operação que obrigou a um "grande esforço financeiro". A empresa considera os 5,75 euros por acção o "preço justo".
Paulo Moutinho
paulomoutinho@negocios.pt

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) lançou uma OPA de 3,86 mil milhões de euros sobre a totalidade do capital da Cimpor, numa operação que obrigou a um “grande esforço financeiro”. A empresa considera os 5,75 euros por acção o “preço justo”.

O preço “oferecido nesta operação resulta de um trabalho muito sério de análise, efectuado durante vários meses”, refere fonte oficial da CSN, acrescentando que o “valor representa uma mais-valia significativa face à média das cotações dos últimos seis meses”.

Mais do que isso, a CSN sublinha que “representa um grande esforço financeiro para alcançar os 5,75 euros por acção”, sendo este o preço que a CSN “considera ser o preço justo para a operação” de compra da Cimpor.

“A CSN vê este investimento numa perspectiva de desenvolvimento estratégico do seu negócio e está muito interessada em colaborar com os accionistas que optem por se manter no capital da Cimpor”, conclui fonte oficial.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Dez 18, 2009 11:51 am
por Bourne
Quem é a Cimpor?
A CIMPOR é um grupo cimenteiro internacional, que ocupa o 10º lugar no ranking mundial.

Fonte: site oficial da empresa

Sua capacidade de produção está próxima aos 28 milhões de toneladas ano, com clínquer
próprio, cuja atividade se estende até 11 países. A Cimpor é líder nacional nos mercados
de Portugal, Cabo Verde, Moçambique e regional em Marrocos (Rabat), Egito (Alexandria) e
África do Sul (KwaZulu-Natal), ocupando, ainda a 2ª, 3ª e 5ª posições nos mercados da Tunísia,
Brasil e Espanha, respectivamente.

O Cimento constitui o core business do Grupo. Betões, Agregados e argamassas são produzidos
e comercializados numa ótica de integração vertical dos negócios, os quais, em termos
consolidados, atingiram em 2006 o valor de 1.639 milhões de euros
.

VISÃO ESTRATÉGICA
Pioneiro na adoção do conceito de Desenvolvimento Sustentável e asumindo-se como um dos
maiores protagonistas, em nível mundial, do movimento de consolidação do setor, o Grupo.
Cimpor pretende seguir no caminho do crescimento e da internacionalização, mantendo-se fiel à
este conceito. Porém, sempre preservando a sua independência face aos outros grandes
grupos cimenteiros e conservando o seu centro de decisão em Portugal.


A Cimpor desenvolve suas atividades nas áreas de produção e comercialização do cimento,
cal hidráulica, betão e agregados, pré-fabricação de betão e argamassas secas em onze países:

PORTUGAL
ESPANHA - desde 1992
MOÇAMBIQUE - desde 1994
MARROCOS - desde 1996
BRASIL - desde 1997
TUNÍSIA - desde 1998
EGITO - desde 2000
ÁFRICA DO SUL - desde 2002
CABO VERDE - desde 2005
TURQUIA - desde 2007
CHINA - desde 2007
Para saber mais
Cimpor é das empresas portuguesas mais internacionalizada
A Cimpor realiza cerca de um quarto do seu negócio em Portugal. O restante já é feito fora do País.
Alexandra Machado
amachado@negocios.pt

Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=401329

A Cimpor realiza cerca de um quarto do seu negócio em Portugal. O restante já é feito fora do País.

De acordo com o relatório do terceiro trimestre, um pouco menos de 25% do volume de negócios da cimenteira é feito em Portugal, sendo essa a percentagem que o País contribui para a rentabilidade operacional da Cimpor (ver tabelas em anexo).

A Cimpor é uma das empresas portuguesas mais internacionalizada. Começou cedo a conquistar negócio exterior, nomeadamente em Espanha.

Mas os países em desenvolvimento foram rapidamente colocados no mapa da cimenteira que está no Brasil, Índia, China e em vários países africanos. Um dos principais mercados no continente africano é a África do Sul.

Em Portugal, segundo o "site" da Cimpor, a empresa produz 6,9 milhões de toneladas por ano, tendo várias fábricas.

Aqui fica a lista dos países onde a Cimpor está presente e a sua produção em cada um deles:

Portugal - 6,9 Milhões de toneladas/ano.

3 Centros de Produção de Cimento (Alhandra, Souselas e Loulé)

1 Fábrica de Cal Hidráulica (Cabo Mondego)

1 Fábrica de Sacos de Papel

2 Moagens de Cimento: Sines e Murtas (nos Açores)

63 Centrais de Betão

10 Explorações de Agregados

2 Unidades Fabris Argamassas Secas

Espanha - 3,2 Milhões de toneladas/ano

4 Fábricas de Cimento (Oural, Toral de los Vados, Niebla e Córdoba)

4 Moagens de Cimento

94 Centrais de Betão

20 Explorações de Agregados

6 Unidades Fabris de Argamassas Secas

Marrocos - 1,3 Milhões de toneladas/ano

1 Fábrica de Cimento (Asment de Témara)

1 Fábrica (em projecto)

7 Centrais de Betão

1 Exploração de Agregados

Tunísia - 1,6 Milhões de toneladas/ano

1 Fábrica de Produção de Cimento (Jbel Oust)

Egipto - 3,9 Milhões de toneladas/ano

1 Fábrica de Produção de Cimento (Amreyah)

1 Fábrica de Sacos de Papel

Turquia - 3,0 Milhões de toneladas/ano

4 Centros de Produção de Cimento (Çorum, Yozgat, Sivas e Hasanoglan)

2 Moagens de Cimento

16 Centrais de Betão

2 Explorações de Agregados

Brasil - 6,4 Milhões de toneladas/ano

6 Fábricas de Cimento

2 Moagens de Cimento

32 Centrais de Betão

1 Exploração de Agregados

2 Unidades Fabris de Argamassas Secas

Moçambique - 0,7 Milhões de toneladas/ano

1 Fábrica de Produção de Cimento (Matola)

1 Fábrica (em projecto)

2 Moagens de Cimento

4 Centrais de Betão

África do Sul - 1,7 Milhões de toneladas/ano

1 Fábrica de Cimento (Simuma)

2 Moagens de Cimento (Durban e Newcastle)

7 Centrais de Betão

3 Explorações de Agregados

Cabo Verde

1 Terminal de Granel

3 Centrais de Betão

3 Explorações de Agregados

Índia - 1,2 Milhões de toneladas/ano

1 Centro de Produção de Cimento (Shree Digvijay)

China - 3,6 Milhões de toneladas/ano

2 Fábricas de Cimento

1 Fábrica de Cimento (em construção)

1 Moagem de Cimento (Suzhou Nanda)

1 Moagem de Cimento (em construção)

Peru - 1 Fábrica de cimento (em projecto)

Volume de negócios por geografia até Setembro de 2009
Portugal 344,4
Espanha 253
Marrocos 72
Tunísia 52,6
Egipto 178,8
Turquia 80,1
Brasil 307,1
Moçambique 63,7
África do Sul 115,7
China 62,9
Índia 39,5
Cabo Verde 24,8
Valores em milhões de euros
Cash Flow Operacional (EBITDA) por geografia até Setembro de 2009
Portugal 112,6
Espanha 34,7
Marrocos 31,2
Tunísia 14,6
Egipto 77,8
Turquia 10,1
Brasil 87,8
Moçambique 10,8
África do Sul 53,2
China 4,1
Índia 9,5
Cabo Verde 3,5
Valores em milhões de euros

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Dez 18, 2009 2:00 pm
por soultrain
Tinha ideia que a CSN fosse bem maior...




Acções perdem 3% após lançar OPA
CSN vale 4 vezes mais que a Cimpor (correcção)
A Companhia Siderúrgica Nacional abriu a cair mais de 3% no dia em que anunciou o lançamento de uma OPA sobre a Cimpor. A empresa brasileira é quatro vezes maior do que a cimenteira nacional.
Ana Filipa Rego
arego@negocios.pt



A Companhia Siderúrgica Nacional abriu a cair mais de 3% no dia em que anunciou o lançamento de uma OPA sobre a Cimpor. A empresa brasileira é quatro vezes maior do que a cimenteira nacional.

As acções da CSN deslizavam 3,47% para os 57 reais.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou hoje que lançou uma OPA sobre a Cimpor, oferecendo 5,75 euros por cada acção da empresa portuguesa, o que avalia a cimenteira em 3,86 mil milhões. Este valor fica 2,21%, ou 89,44 milhões, abaixo da avaliação que os analistas fazem da Cimpor. A média dos preços-alvo atribuídos pelos analistas, antes do lançamento da OPA avalia a Cimpor em 3,95 mil milhões de euros.

Tendo em conta a cotação de hoje a CSN apresenta uma capitalização bolsista de 43 mil milhões de reais (16,7 mil milhões de euros). Tendo em conta a capitalização bolsista actual da Cimpor (4,18 mil milhões de euros), a empresa brasileira é mais de quatro vezes superior à empresa portuguesa.

A CSN acumula uma valorização anual de 96,55% enquanto a Cimpor sobe 80,32% desde o início do ano.

Após o anúncio de lançamento, a Cimpor registou um ganho um máximo de 16,19% para 6,35 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde 14 de Novembro de 2007. A esta altura, sobe 14,86% para os 6,277 euros.

A oferta lançada pela brasileira Companhia Siderúrgica Nacional sobre a Cimpor é uma consequência das movimentações que se estão a observar no sector no mercado brasileiro.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Dez 18, 2009 7:01 pm
por Al Zarqawi
MercadosOferta sobre a Cimpor leva bolsa nacional a inverter perdas
A bolsa nacional inverteu a descida da abertura, com a oferta de compra da CSN sobre a Cimpor, a levá-la a compensar as descidas de mais de 1% do BES e do BCP. A Cimpor e a Teixeira Duarte levam a bolsa nacional a subir 0,28%.

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Hugo Paula
hugopaula@negocios.pt


A bolsa nacional inverteu a descida da abertura, com a oferta de compra da CSN sobre a Cimpor, a levá-la a compensar as descidas de mais de 1% do BES e do BCP. A Cimpor e a Teixeira Duarte levam a bolsa nacional a subir 0,28%.

O índice principal (PSI-20) negoceia nos 8.209,97 pontos, com 11 cotadas a subir, oito a descer e uma a negociar inalterada. As principais bolsas europeias negoceiam em alta, com a confiança dos investidores alemães a subir mais do que o esperado.

Por cá, a Cimpor é o título que mais impulsiona, ao valorizar 13,45% para 6,20 euros depois de ter recebido uma oferta pública de compra de 5,75 euros por acção. Antes de a Cimpor ser readmitida à negociação às 9 horas desta manhã, a bolsa nacional negociava em terreno negativo.

A Teixeira Duarte é a maior accionista da cimenteira portuguesa, com 22,9% do capital e valoriza 11,87% para 1,046 euros, sendo também uma das cotadas que mais impulsiona.

Também em alta segue a Semapa. A dona da cimenteira Secil está a ajustar à valorização da Cimpor, ao valorizar 2,65% para 7,789 euros.

Também a impulsionar a bolsa nacional está a EDP, que valoriza 0,29% para 3,082 euros, enquanto a EDP Renováveis desce 0,35% para 6,278 euros. A REN negoceia inalterada nos 2,95 euros.

Pela negativa, destacam-se os maiores bancos. O BES deprecia 1,51% para 4,499 euros e o BCP recua 1,27% para 0,779 euros, enquanto o BPI avança 0,57% para 2,117 euros.

A Portugal Telecom inverteu a tendência da abertura, a valorizar 0,12% para 8,335 euros. Já a Zon recua 0,31% para 4,169 euros e a Sonaecom desce 0,56% para 1,78 euros.


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Por outras palavras o valor por ação oferecido pela CSN (5,75 euros)é claramente baixo.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Dez 18, 2009 7:58 pm
por soultrain
OPA Cimpor
OPA
Camargo Corrêa posiciona-se na Cimpor
A brasileira Camargo Corrêa diz em comunicado que "conversou com vários acionistas da Cimpor para demonstrar seu interesse em participar com os sócios Portugueses da empresa, que é uma referência, tanto no mundo empresarial Português quanto na indústria de cimento global".
Alexandra Noronha
anoronha@negocios.pt
Celso Filipe
cfilipe@negocios.pt

A brasileira Camargo Corrêa diz em comunicado que "conversou com vários acionistas da Cimpor para demonstrar seu interesse em participar com os sócios Portugueses da empresa, que é uma referência, tanto no mundo empresarial Português quanto na indústria de cimento global".

A empresa realça que "apesar da oferta pública de compra feita hoje [pela CSN], a Camargo segue firme na sua disposição de buscar, com os acionistas da Cimpor, uma equação que contemple os interesses dos accionistas da empresa".

Segundo apurou o Negócios, a Camargo Corrêa alega ter músculo financeiro para ultrapassar a oferta da CSN. Outros potenciais interessados, os brasileiros da Votorantim, não quiseram comentar a OPA da CSN nem avançaram informação sobre uma possível oferta concorrente. Recorde-se que ambas as empresas estiveram recentemente em Portugal, por causa da Cimpor, mas acabaram por não propor nenhuma oferta.


A Camargo Corrêa é um grupo diversificado, com interesses na construção, estradas, siderurgia, calçado e ambiente. A facturação do grupo em 2008 atingiu os 15 mil milhões de reais (5,8 mil milhões de euros), uma subida de 25,6% face a 2007, com o peso maior a ser do negócio da construção. Os lucros foram de 390 milhões de euros. O segmento de cimentos conta com nove fábricas na Argentina e sete no Brasil. Tem mais de 54 mil empregados.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 19, 2009 12:45 am
por Al Zarqawi
Pelo que sei (posso estar errado) ou entendido de tal forma,a CIMPOR é muito fracionada na sua composição societária e existe um grupo forte que detém 10%,o que torna essa empresa pouco "opavel".A não ser que seu preço por ação seja extremamente inflacionada.

Abs,

P.S.A da Sonae à PT,entre outros factores ruiu por terra por isso (em termos gerais).
OPA,pelo que sei e constacto tem de ter um efeito instantâneo e avassalador,caso contrário é pura especulação bolsista,que favorece determinados interesses até fora da Sociedade em si.Vejamos.

P.S.Outra situação por demais decisiva,refere-se aos estatutos da empresa,como não sei quais são me abstenho de dar opinião,mas é determinante no processo.

P.S.Outra situação determinante diz respeito a fatores humanos,ou seja,na capacidade de seus executivos agirem a cenários hostis.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 19, 2009 8:38 am
por soultrain
Não, o maior accionista é a Teixeira Duarte com 22,9% do Capital. Mas esta precisa de dinheiro fresco já para as operações no Brasil, a Teixeira Duarte tem campos de petróleo on-shore no Brasil e esse dinheiro é para a exploração.

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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 19, 2009 10:11 am
por soultrain
Accionistas querem preço mais alto ou alternativa nacional para a Cimpor
A oferta pública de aquisição (OPA) dos brasileiros da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) sobre a Cimpor está condenada ao fracasso ao preço actual, mas pode vir a ter sucesso caso o oferente aceite aumentar a contrapartida.
Jornal de Negócios Online
negocios@negocios.pt

A oferta pública de aquisição (OPA) dos brasileiros da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) sobre a Cimpor está condenada ao fracasso ao preço actual, mas pode vir a ter sucesso caso o oferente aceite aumentar a contrapartida.

Uma possibilidade já admitida pela própria CSN. No entanto, uma oferta alternativa não está fora do horizonte de alguns accionistas relevantes da cimenteira, que gostariam que a empresa se mantivesse em mãos nacionais.

Para já, apenas um grupo brasileiro, a Camargo Corrêa, se manifestou disponível para avançar com uma operação rival. Afirma já ter feito contactos com outros accionistas e alega ter músculo financeiro para superar a proposta da CSN.

Ontem, ao final do dia, alguns dos investidores de referência da Cimpor começavam a admitir a venda das suas posições. Com uma condição: a subida do preço oferecido, que, para já, é de 5,75 euros por acção. Ao que o Negócios apurou, este poderá ser o posicionamento da Lafarge - que tem em curso um processo de alienação de activos em todo o mundo -, de Manuel Fino e da espanhola Bipadosa. A opção do BCP pode ser condicionada pelo facto de a participação do banco ser detida pelo fundo de pensões.

Quanto ao maior accionista, a Teixeira Duarte, ainda não é claro como se posicionará.

Para a CSN, a oferta está bem encaminhada. "Ao fim de meia dúzia de horas, o facto de a discussão estar concentrada no preço é um reflexo da boa aceitação da OPA por parte de investidores, das autoridades, de accionistas e da opinião pública", afirmou ao Negócios um porta-voz da empresa.

Para garantir o sucesso da oferta, o grupo brasileiro aposta na debilidade financeira de Fino e da Lafarge. E a pressão a que o fundo de pensões do BCP está sujeito, com elevados desvios negativos, pode ajudar a CSN a garantir 50% mais uma acção da empresa.

Alternativa nacional seria vista com bons olhos

Entre os accionistas da Cimpor, há também quem ambicione o aparecimento de uma alternativa nacional. Afinal, alegam várias fontes, está em causa a maior e mais internacionalizada empresa industrial portuguesa. Se passar a ser controlada por brasileiros, "perde-se a jóia da indústria nacional", comentou o administrador de um accionista.

Este cenário seria visto com bons olhos pela CGD. A Caixa ainda não tomou uma decisão sobre a OPA. Mas o seu líder, Faria de Oliveira, já sublinhou que a "Caixa tem como missão a defesa dos centros de decisão nacional".

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 19, 2009 11:03 am
por Al Zarqawi
soultrain escreveu:Não, o maior accionista é a Teixeira Duarte com 22,9% do Capital. Mas esta precisa de dinheiro fresco já para as operações no Brasil, a Teixeira Duarte tem campos de petróleo on-shore no Brasil e esse dinheiro é para a exploração.

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Sim é verdade.Pelo que ouvi de uma analista esses 10% é de um grupo forte (não me recordo o nome) que não está na disposição de vender e isso poderia inviabilizar as pretensões majoritárias da CSN.Talvez desta forma,esteja melhor explicado.Lembro que a CSN,pretende 50% mais 1 ação.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 19, 2009 11:12 am
por Al Zarqawi
Maiores acionistas da CIMPOR:
-Teixeira Duarte (22,9);
-Francesa Lafarge (17,3);
-Empresário Manuel Fino (10,7%);
-Caixa Geral de Depósitos (9,6%).

Só aqui está (60,5%)do capital da sociedade.Não me parece nada fácil,ser bem sucedida essa OPA,até devido ao pronunciamento da CGD sobre a matéria.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 19, 2009 8:32 pm
por soultrain
OPA da CSN
Brasileiros "apanham" principais investidores da Cimpor de surpresa
19.12.2009 - 12h00
Por Cristina Ferreira
Grande dúvida é saber se os franceses da Lafarge estão alinhados com a CSN. Camargo Corrêa também reafirmou interesse na Cimpor e pode ter o apoio de Fino.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do Brasil, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital da Cimpor, presidida por Ricardo Bayão Horta. O gigante brasileiro, o maior produtor de aço mundial, oferece 5,75 euros por cada acção da cimenteira portuguesa, e faz depender o sucesso da sua oferta da obtenção de 50 por cento do capital e mais um título.



Apanhados de surpresa! Este era ontem o sentimento generalizado dos vários accionistas da Cimpor ao tomarem conhecimento do ataque inesperado do grupo brasileiro, que logo pela manhã se reuniu com a administração da cimenteira portuguesa.



O representante da CSN, Juarez Saliba, garantiu que a intenção é manter o centro de decisão da cimenteira em Portugal e continuar a cotá-la em Lisboa. Em síntese, Saliba procurou dar um sinal de que a investida da CSN não era hostil. Ainda assim, o PÚBLICO apurou que as garantias do brasileiro não deixaram sossegados os grandes investidores da Cimpor, que ao longo do dia se movimentaram para perceber o que se estava a passar. Será que a CSN jogou isoladamente? Ou avançou coligada com outros accionistas da empresa portuguesa? O que quer? O que pretende fazer?



Em cima da mesa está um investimento total de 3,86 mil milhões de euros (compra da totalidade das acções a 5, 75 euros cada), mas se a OPA for para a frente e a CSN comprar o limite mínimo de títulos que fixou (50 por cento, mais uma acção) gastará 1,93 mil milhões de euros.



Instabilidade accionista



As movimentações da CSN para controlar a Cimpor surgem num quadro de grande instabilidade accionista, com os investidores da empresa a viverem nos últimos anos em clima de guerra. Incapazes de se entenderem entre si para desenvolverem a cimenteira nacional, uma das maiores do mundo, os accionistas portugueses (as duas construtoras, Teixeira Duarte e Soares da Costa, estão em sentido literal do termo de costas voltadas, com os seus líderes, Pedro Teixeira Duarte e Manuel Fino, a recusarem apertar as mãos) criaram os ingredientes ao aparecimento de um ataque por parte de um player exterior à Cimpor. A CSN concretizou ontem o seu interesse num gesto que, tudo indica, é isolado. Mas também ontem e também com origem no Brasil surgiu outro potencial interessado, a Camargo Corrêa, um grupo diversificado que, entre outros sectores, está presente na construção.



Já do lado dos accionistas nacionais da Cimpor, a CGD deu sinais de se querer manter na empresa, com o seu presidente, Faria de Oliveira, a lembrar que um dos objectivos do banco público "é defender os centros de decisão nacional". Existem ainda outros accionistas relevantes, entre eles o Banco Privado Português, que possui um veículo com cerca de dois por cento do capital da Cimpor. Mas tendo em conta que o capital se encontra muito concentrado, esta participação não pesa nas decisões.



A incógnita



Dentro dos accionistas da Cimpor, a grande incógnita surge do lado da francesa Larfage, líder mundial do sector dos cimentos, e que tem 17 por cento da cimenteira nacional.



Recorde-se que a OPA da CSN contou com a assessoria do BESI, banco de investimento do grupo liderado por Ricardo Salgado, e que é simultaneamente tida como o intermediário financeiro que gere a posição da Lafarge em Portugal. Nesse sentido admite-se que o BES possa ter articulado os vários interesses dos seus clientes. E ontem o Barclays Capital, num research, lembrava mesmo que nas contas da Lafarge a "Cimpor está classificada como disponível para ser vendida", pois o grupo francês pretende" reduzir a alavancagem financeira". E, nesse contexto, o Barclays não acredita que a Lafarge "ponha em risco a notação da sua dívida se fizesse uma oferta concorrente".



Mas também não deixa de ser verdade que sempre que há uma OPA, o oferente faz contactos junto de accionistas para saber do seu interesse em vender. O PÚBLICO sabe, no entanto, que a Teixeira Duarte, Manuel Fino, Caixa, BCP e o presidente da Cimpor, que representa o interesse da Bipadosa, foram apanhados desprevenidos com esta oferta. Desconhece-se, todavia, o que se passou com os outros accionistas.



Foi, assim, num contexto muito "enovoado" que ontem o mercado continuava a digerir a oferta da CSN. Responsáveis ligados a accionistas da cimenteira "opada" admitiam ao PÚBLICO não terem por enquanto condições de anunciar grandes decisões. Isto por não saberem o que podiam fazer ao lado da CSN ou contra as suas ambições. E, nesse sentido, era ainda cedo para falar numa contra-OPA.



Mas o aparecimento da CSN pode afinal ter aberto um novo capítulo na guerra pelo controlo da Cimpor, chamando outros intervenientes.



Ontem, não foi preciso muito tempo para que os analistas começassem a antecipar uma resposta bolsista ao ataque brasileiro, quer dos actuais accionistas (onde se encontra a Lafarge) ou de uma empresa rival. Em cima da mesa surgiram os nomes da suíça Holcim, da mexicana Cemex (de Carlos Slim), que esteve há uns meses em Portugal para estudar a Cimpor, e ainda das brasileiras Votorantim e Camargo Corrêa.



Há duas semanas, recorde-se, o Expresso noticiou que as duas empresas brasileiras tinham enviado representantes a Portugal para contactar os accionistas de referência da cimenteira. E o PÚBLICO sabe que, por exemplo, Manuel Fino (Soares da Costa) e os espanhóis da Bipadosa, que nomearam o presidente da Cimpor, Bayão Horta, estavam a conversar com os brasileiros. O mesmo poderá acontecer com a Teixeira Duarte.



Ontem, a Camargo Corrêa emitiu entretanto um comunicado onde esclareceu que manteve contactos "com vários accionistas da Cimpor para demonstrar o seu interesse em participar com os sócios portugueses da empresa, que é uma referência, tanto no mundo empresarial português quanto na indústria de cimento global".



A construtora diz que continua na corrida, apesar da OPA da CSN, e que está à procura de se articular com investidores da Cimpor, "numa equação que contemple os interesses dos accionistas da empresa". Mas desconhece-se se a parceria proposta visaria o domínio da Cimpor ou passaria apenas por uma aliança accionista e de gestão. Ao que o PÚBLICO apurou, a solução de um accionista brasileiro minoritário era a que mais agradaria ao Governo.



Para já os analistas atribuíram um impacto "potencialmente positivo" à oferta da CSN, antevendo uma luta de poder pelo seu controlo, apesar de considerem baixo o prémio que os brasileiros querem pagar pelas acções da cimenteira nacional.