Fórum Defesa Brasil

Sávio Ricardo escreveu:FX-2U (U de usado) em 2012?
29 de dezembro de 2011, em Noticiário Nacional, por Alexandre Galante

A opção por outro “tampax” (caça tampão) anda rondando os bastidores da aquisição de caças para a FAB novamente.

Segundo fontes, existe um estudo alternativo para a compra de 60 jatos Mirage 2000-9 dos Emirados Árabes Unidos, ao mesmo tempo em que a FAB avalia a possibilidade de adquirir caças F-16 usados dos estoques da USAF ou F-18 da US Navy. Pilotos da FAB foram enviados recentemente aos EUA, onde voaram o F-16.

Uma outra opção seria o leasing de jatos Saab Gripen A/B ou C/D, que aparentemente tornaria a transição para o Gripen NG mais suave, caso esse fosse o caça finalmente comprado no F-X2.

A ideia do “tampax” é fazer uma compra racional e ponderada, em meio à crise financeira internacional, que permita à FAB substituir os atuais Mirage 2000 e F-5M e que dê tranquilidade à Presidência para decidir pelo futuro caça da FAB, que poderá ser até um caça de 5ª geração desenvolvido em conjunto com outros países.

O governo ainda prefere comprar um avião novo, seguindo os parâmetros da END (Estratégia Nacional de Defesa), mas se a opção for por um avião usado, o critério principal será o estado das células e dos suprimentos.

Segundo alguns analistas, o tempo passou para o F-X e para o F-X2, nada foi decidido e a crise financeira internacional atingiu também o Brasil.

Os caças finalistas do F-X2 são caças de quarta geração, enquanto os outros BRIC já estão desenvolvendo seus caças de quinta geração. O Brasil quando se decidir por um novo caça, fará uma compra com “timming” comparável à da aquisição do Gloster Meteor na década de 1950, o primeiro jato da FAB, que foi adquirido quando já era obsoleto.

Os Mirage 2000C/D da FAB só vão voar até 2013 e os primeiros F-5M começam a ser desativados em 2017. A janela de oportunidade para o F-X2 está praticamente fechada. E agora?

Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil

http://www.aereo.jor.br/2011/12/29/fx-2 ... o-em-2012/

O forista OSolAmaALua já havia cantado a bola.

Como dizem "façam sua apostas!" e esperar para ver....

binfa escreveu:
Segundo alguns analistas, o tempo passou para o F-X e para o F-X2, nada foi decidido e a crise financeira internacional atingiu também o Brasil.

Os caças finalistas do F-X2 são caças de quarta geração, enquanto os outros BRIC já estão desenvolvendo seus caças de quinta geração. O Brasil quando se decidir por um novo caça, fará uma compra com “timming” comparável à da aquisição do Gloster Meteor na década de 1950, o primeiro jato da FAB, que foi adquirido quando já era obsoleto.

Taí! Disse tudo.

Ahh, discordo... O timing hoje é até pior, hehehe...

RobertoRS escreveu:

PRick escreveu:Se o FX-2 for dentro daquilo que foi planejado, ele será muito mais que apenas compra de caças. Acho que muita gente aqui não entende isso. Se o FX-2 for prateleira para comprar uma prateleira nova, aí pode ser até usado mesmo, aí sim, concordo com as críticas, mas se ele for algo dentro de um plano muito maior, ele não atrapalha em nada, pelo contrário ajuda o desenvolvimento nacional.

[]´s

Megalomania. O AMX era considerado um trampolim para, futuramente, podermos fabricar um caça supersônico, e todo esforço foi em vão. O Brasil não têm condições, hoje, de um projeto tão ambicioso de transferência, retenção e desenvolvimento de tecnologia nesse ramo.

Ainda mais com uma encomendinha de 36 aeronaves.

O problema do AMX foi o avião escolhido, além do momento econômico do país. Não precisávamos de um avião de ataque dedicado. E o projeto trouxe muitos benefícios a EMBRAER, prefiro arriscar na megalomania, que ficar na mediocridade subordinada, que vai nos levar ao passado ainda mais distante. É uma aposta para o futuro, por sinal, que já estamos fazendo em dois outros projetos, com os subs e os helos.

[]´s

Estranho e megalomaníaco é esta "Opção B". Enquanto no FX-2 procurava-se a homogeneidade na aquisição dos novos vetores, na opção das sucatas vão partir para a heterogeneidade? Aquisição de Mirage 2000-9 "das arábias" com F-16 "aspirador de pedra" ou F-18 "cruz-credo" ? Quantos tankers compraremos juntos? Seriam mais 707 dos estoques da USAF/USNavy/USMariner ou outra cia. aérea qualquer ou mais KC-130ABCDE...?
Bem... tem gosto para tudo!
Enfim, só queria entender!

Zelhos escreveu:

Eu até acho que seria possível, mas com os Mirage não, é muito custoso mante-los, e se quebrarem então, dependendo do angulo que se olha não é tão ruim essa idéia, do que nos sorveria 120 caças de 4ª geração quando EUA. Rússia, China, Japão, Europa até a Turquia estão projetando seus caças de 5ª geração? para servir de alvo? e ainda imagina se esses países exportarem os caças para nossos vizinhos, a FAB seria anulada no continente, eu acho que o FX2 era uma opção plausível a 10 anos, hoje seria comprar material defasado, acho que um FX3 com caças de 5ª geração seria o ideal, fora isso é rasgar dinheiro

Alguns caças de 4,5G, como o Rafale e o F-18 tem disponíveis avançadas tecnologias ECM.
No caso do F-18, eu não acredito que os americanos nos vendam o ALQ 99. É um POD fantástico. O Prowler era eficiente, e é provável que seu sucessor, o Growler também o seja. Andou abatendo um F22 em exercicios por aí...o RWR do F18 parece ter uma sensibilidade muito boa, pois conseguiu captar o APG77 a uma distância que permitiu que abatesse o Raptor antes que esse o fizesse. Um aspecto que deve ser considerado é que os americanos estavam lutando entre eles, e não "capados" em exercícios inter-países. Se eu fosse da FAB, eu analisaria o que eles nos ofereceriam num "Growler Lite".
No caso do Rafale, eu juntaria alguns técnicos e mandaria para França, caso permitissem, para saber até onde podem evoluir de forma factível nos próximos anos na capacidade de processamento de sinais, de atuação em outras bandas de radar, na sensibilidade dos sensores da suíte do caça.

E tenho sérias dúvidas que alguns países desses que vc citou tenham, de fato, tecnologia para produzir um caça verdadeiramente stealth. Veria a capacidade do potenciais parceiros.

Tem a questão do preço do F35. Continua na faixa dos USD130mi? Vai aumentar muito? Se não, boa opção. Rasgamos então a END?

Qual seria a intensidade do complicador ao projeto de 5 Geração para nós caso comprássemos apenas as 36 unidades do Fx2, considerando também os benefícios da proposta vencedora?

Se eu fosse da FAB, a decisão sobre comprar agora o caça do FX2 ou cancelá-lo mirando num 5 Geração decorreria do conjunto dessas respostas.

Tomara que os decidam logo se MMRCA para o FX2 deslanchar de vez...

A Dilma podou geral em 2011. Tirando o aumento nos primeiros dias para PR/VPR/Ministros (necessário, afinal era o único caso em que funcionários de hierarquia inferior ganhavem mais que seus chefes...) e para congressistas (talvez para facilitar o jogo político e aprovação de projetos...) nada saiu. Concursos, aumentos do Judiciário/Executivo etc etc

A Defesa também sofreu. Particularmente o FX. Mas creio que agora, os primeiros meses serão cruciais...

Dando Rafale na Índia, teremos Rafale. Dando Typhoon, teremos Super Hornet. Acho que o Gripen entregou os pontos...Não adianta ser o mais barato de operar, se teremos que desenvolver DUAS versões, a NG e a naval. Sendo que esta particularmente, é desejável ser bimotor longe das bases/pa...A verdade é que o Gripen C/D seria o caça ideal lá no FX1, para substituir F-5 e Amx. Agora poderíamos escolher caças mais possantes para o GDA, com o passaporte para uma 5ª g....Mas a letargia do processo, a falta de ver a defesa como item necessário em uma potência econômica como a nossa, de presente em crescimento e futuro promissor, é desanimadora....Resta agora, escolher qualquer um dos restantes, caças de 4/4,5 geração, vendo o sonho da 5 geração cada vez mais longe....

PRick escreveu:O problema do AMX foi o avião escolhido, além do momento econômico do país. Não precisávamos de um avião de ataque dedicado. E o projeto trouxe muitos benefícios a EMBRAER, prefiro arriscar na megalomania, que ficar na mediocridade subordinada, que vai nos levar ao passado ainda mais distante. É uma aposta para o futuro, por sinal, que já estamos fazendo em dois outros projetos, com os subs e os helos.

[]´s

O AMX trouxe benefícios? É inegável, mas não se prestou ao propósito dele: capacitar o país à projetar e fabricar um caça nacional.

E porque? Porque a acefalia do país enquanto nação assim decidiu...

Com o agravante que desenvolver um caça há 20 anos talvez fosse menos oneroso do que hoje, e pensamos em transferência de tecnologia, para fabricar 36 caças? Olha, é piada de mau gosto querer que acreditemos nisso. Tecnologia de QUE?

Talvez alguma tecnologia estrutural, e acessórias, de software, know-how, porque as tecnologias críticas de um caça não obteremos pela pura falta de MASSA CRÍTICA de produção.

Falei e repito: adquirir/transferir tecnologia, retê-la e desenvolvê-la. É o caminho que quase todos os países periféricos adotaram. Menos o Brasil.

Minha opinião é a seguinte, todos os governos, independente do partido no poder, não tem qualquer preocupação séria com as Forças Armadas. Não há planos a longo prazo. END, infelizmente não acredito, me desculpem pelo pessimismo.
O FX talvez seja a maior prova disso, um governo FHC + dois governos Lula e uma parte do governo Dilma e simplesmente não se resolve a questão.
As desculpas de governo já foram várias (combate a fome, crise econômica, ...) enquanto as teorias conspiratórias são ainda mais numerosas (possíveis boicotes americanos que simplesmente nos impedem realizar qualquer compra que não seja deles, apesar dos vários programas que provam o contrário, compra de Rafale em que os Americanos imobilizariam o programa do KC-390, o desejo Americano de exterminar a indústria Européia de caças, .....). Na minha opinião, o maior problema é a falta de coragem de tomar uma decisão que vários governos de outros países já tomaram e principalmente, inúmeras desculpas para mascarar nossa própria incompetência, de preferência, botando a culpa nos outros.
No geral aqui no fórum, se fala muito bem da MB e se tacam muitas pedras na FAB, pessoalmente, acho que independente dos vários problemas existentes ao longo do processo (possíveis vazamentos, COPAC contrariando interesses do MINDEF, ...) a maior culpa é dos governos, que infelizmente não tem coragem de tomar uma decisão, qualquer que seja, que vai contrariar outros interesses e lobbies (até prefeitos de cidade de interior se metem neste assunto).
Não acredito em caça 5G fabricado pela Embraer, que quase foi a falência com o AMX. Um programa deste nível, simplesmente não ocorre sem forte suporte de governos. Também não acredito em J-20 e PAK-FA sem problemas e entrando em serviço rapidamente. F-22 e F-35 estão aí pra provar o quão caros e complexos são estas empreitadas.
O que vejo como uma possível luz no fim do túnel é a entrada no mercado de defesa de empresas realmente poderosas e que mandam neste país, tipo Embraer Defesa, Andrade Gutierrez, Odebretch, ... que realmente não entram em qualquer tipo de mercado para perder dinheiro. Acho que isso pode salvar o FX. O governo por si só escolheria um Tampão, de preferência o mais barato. Isso só não vai ocorrer, se houver outros interesses por trás, além da segurança nacional.
Torço para estar totalmente enganado.
Abs,

Já que a merda já está feita, segundo alguns, e "acreditando" na seriedade do GF/MD/FAB/END, a melhor opção é partir de uma vez para o desenvolvimento de um caça 5G, sozinho ou em parceria, uma vez que vai demorar décadas até a FAB conseguir este objetivo passando por todas as etapas.

Gosto da opiniao do Papagaio !

Eu penso que demoramos mais de uma decada para decidir por ca'cas de 4 Geracao... e isso nao me inspira nem um pouco que compraremos 'na crista da onda' aeronaves de 5 Geracao.

Tanto o Typhoon quanto o Rafale quanto o S Hornet assim como a familia Flanker estarao por ai ainda por muitos anos e anos e nao sao de se jogar fora... eu nao reclamaria de uma escolha nesse sentido... mas pelo andar da carruagem eu nao duvido se nos depararmos com mais um tampao que sera celebrado como se fosse a ultima conquista do universo ... e isso 'e o que me deixa mais triste... a nossa memoria e curta

Enfim... 'e aguardar.
[]s
CB_Lima

Carlos Lima escreveu:Gosto da opiniao do Papagaio !

Eu penso que demoramos mais de uma decada para decidir por ca'cas de 4 Geracao... e isso nao me inspira nem um pouco que compraremos 'na crista da onda' aeronaves de 5 Geracao.

Tanto o Typhoon quanto o Rafale quanto o S Hornet assim como a familia Flanker estarao por ai ainda por muitos anos e anos e nao sao de se jogar fora... eu nao reclamaria de uma escolha nesse sentido... mas pelo andar da carruagem eu nao duvido se nos depararmos com mais um tampao que sera celebrado como se fosse a ultima conquista do universo ... e isso 'e o que me deixa mais triste... a nossa memoria e curta

Enfim... 'e aguardar.
[]s
CB_Lima

X2

Eu não consigo entender, juro, tanto otimismo por parte de varios amigos aqui.

Voamos F-5 no ano de 2011 e voaremos mais uns 5 anos nestes vetores, e pq nós somos hj a 6º economia no mundo a maioria acha que vamos voar um 5G???

Acho que é bem isso que o Lima disse...Rafale, Flankers e outros ainda tem muita lenha pra queimar e a não ser que as coisas mudem na America Latina nós nunca teremos um vetor de ultima geração e pensando bem, nós precisamos?

Também queria ver um Raptor ou Pak com os cocais da FAB mais esqueçam isso, não vai acontecer.

Pronto falei...vou terminar o ano levando porrada aqui mais ta valendo...

ABs

Contas de padaria

No caso de FX-2U:

60 Mirage EAU x digamos, US$ 25 mi = US$ 1,5 bi

US$ 24 mil/hora x 200 horas/ano x digamos, 100 pilotos = US$ 480 milhões/ano?

??

Uma pequena e despretensiosa correção: seria 24 mil/hora x 60 aeronaves x 200 horas x 100 pilotos = ...?

Túlio escreveu:Uma pequena e despretensiosa correção: seria 24 mil/hora x 60 aeronaves x 200 horas x 100 pilotos = ...?

Eu acho que não.

Seria: 24.000 x 100 pilotos x 200 horas

A cada hora voada por piloto custa 24.000 reais. Não precisa colocar a quantidade de aeronaves.