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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 05, 2015 10:31 am
por Wingate
Nobre colega Bourne,

O que você acha disto? Uma daquelas viagens na maionese? Uma possibilidade?

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... tiva.shtml

Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller

AMON BORGES
COORDENADOR DIGITAL DE "MERCADO"

05/12/2015 02h00

Uma visão extrema: o capitalismo perderá a dominância e dará lugar à economia colaborativa, compartilhada, em meados do século 21.

O raciocínio é desenvolvido em "Sociedade com Custo Marginal Zero", do economista norte-americano Jeremy Rifkin, que ensina executivos a tornar suas empresas sustentáveis na escola de negócios Wharton (da Universidade da Pensilvânia, nos EUA). O autor também publicou o best-seller "A Terceira Revolução Industrial".

Para ele, o dinamismo e a eficiência produtiva do sistema, somados à evolução das máquinas, serão os responsáveis por seu colapso.

Rifkin aponta que o grande e constante avanço tecnológico possibilita um ritmo de produção cada vez mais acelerado, tornando o custo marginal –preço para produzir uma unidade a mais de determinado produto– muito próximo de zero. Assim, o acesso a tudo se torna mais fácil.

Com essa perspectiva, relata que lucros das corporações começam a diminuir, a ideia de propriedade vai se enfraquecendo e uma economia baseada em escassez é substituída por uma cena de abundância. As pessoas passam a compartilhar bens, desfrutam de produtos ou serviços, sem necessariamente comprá-los.

Para Rifkin, uma sociedade com essa característica torna-se um cenário ideal para promover o bem-estar geral, representando o triunfo do capitalismo e, ao mesmo tempo, a sua inevitável saída do palco mundial.

De acordo com o autor, "enquanto o mercado capitalista baseia-se no interesse próprio e é guiado pelo ganho material, os bens comuns sociais são motivados por interesses colaborativos e guiados por um profundo desejo de se conectar com os outros e de compartilhar".

POSSE X ACESSO

Rifkin diz que, se a propriedade privada é a característica definidora de um sistema capitalista, então o automóvel particular é seu símbolo de status. Comparando novas gerações com a sua, o autor vê um decréscimo no número de jovens que dão extrema importância aos automóveis.

Ele destaca empresas como a Zipcar ou a City Car Share, nos EUA, cujo objetivo é disponibilizar veículos e estimular a ideia de acesso –não mais a posse.

A tendência de compartilhar tudo deve aumentar e, no futuro, chegar aos carros autônomos, sem motorista –por exemplo, os desenvolvidos pelo Google.

Além de veículos, casas, roupas e outros itens passam a ter evidência no compartilhamento e já têm impacto na economia, aponta o autor.

"A busca do interesse próprio está sendo moderada pela pressão de interesses colaborativos, e o tradicional sonho de enriquecimento financeiro está sendo suplantado pelo sonho de uma qualidade de vida sustentável", escreve o autor.

TRABALHO

A tecnologia, que faz alcançarmos baixos custos na produção marginal, também afeta o mercado de trabalho.

A perspectiva levantada por ele é de centenas de milhões de pessoas sem emprego na primeira metade do século 21. Mas a substituição de pessoas por máquinas não é exatamente motivo para pânico, de acordo com o autor.

Rifkin enxerga oportunidades para empreendedores sociais e empregos em organizações sem fins lucrativos.

Há outras chances em um meio conectado com a internet das coisas, que o autor considera a alma gêmea do modelo emergente de bens comuns.

Com auxílio de impressoras 3D, por exemplo, as pessoas passam a ser "prosumidores", ou seja, produtores e consumidores ao mesmo tempo –de uma simples caneta a um móvel.

Jeremy Rifkin assume ter uma posição ambígua em relação ao capitalismo. Para ele, o sistema foi o mecanismo mais ágil e eficiente para organizar a economia no passado. Mas ele não lamenta o fim do regime.

SOCIEDADE COM CUSTO MARGINAL ZERO
AUTOR Jeremy Rifkin
EDITORA M.Books

Imagem

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SDS,

Wingate

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 05, 2015 3:18 pm
por Bourne
Um rapaz realmente muito, mais muito otimista com uma boa frase para vender livros :|

O otimismo devido a três fatores

Primeiro que conseguiu definir capitalismo algo que ninguém consegue por que muda o tempo todo e aparece de formas tão variadas que sobrevive em todo o lugar. Saindo da masturbação ideológica definir o que é ou não é capitalismo.

Segundo estipular que a propriedade privada não é relevante devido à abundância. Assim, podemos jogar toda a estrutura e discussão regulatória no lixo é irrelevante. Algo que não condiz com a realidade. Por que se não existe ou não há importância de propriedade, não existe ninguém para ser responsabilizado pelo que faz.

Ao contrário. A questão hoje é como regular monopólios em infraestrutura e comportamento não competitivos em setores dominados por grandes empresas. Incluindo discussão sobre patentes, teor de contratos, restrições a aquisições e desenhos de estratégias empresariais. O estado é uma forma de definir diretos de propriedade do que é um bem público que vai ser responsabilizado por alguma coisa.

Terceiro afirmar que existe abundância. Não sei exatamente a simplificação que ele fez, mas a discussão de políticas públicas e legislação para reduzir os efeitos danosos sobre o meio ambiente nunca esteve tão em alta.

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o livro do Dani Rodrik é mais realista e trás para o mundo real as questões importantes do papel da estrutura de estado e regulação para funcionamento da economia.
http://www.amazon.com.br/Economics-Rule ... ani+rodrik

The economics profession has become a favourite punching bag in the aftermath of the global financial crisis. Economists are widely reviled and their influence derided by the general public. Yet their services have never been in greater demand. To unravel the paradox, we need to understand both the strengths and weaknesses of economics. Dani Rodrik argues that the multiplicity of theoretical frameworks - what economists call models that exist side by side is economics great strength. Economists are trained to hold diverse, possibly contradictory models of the world in their minds. This is what allows them, when they do their job right, to comprehend the world, make useful suggestions for improving it, and to advance their stock of knowledge over time. In short, it is what makes economics a science a different kind ofscience from physics or some other natural sciences, but a science nonetheless. But syncretism is not a comfortable state of mind, and economists often jettison it for misplaced confidence and arrogance, especially when they confront questions of public policy. Economists are prone to fads and fashions, and behave too often as if their discipline is about the search for the model that works always and everywhere, rather than a portfolio of models. Their training lets them down when it comes to navigating among diverse models and figuring out which one applieswhere. Ideology and political preferences frequently substitute for analysis in choosing among models. So the book offers both a defence and critique of economics. Economists way of thinking about social phenomena has great advantages. But the flexible, contextual nature of economics is also its Achilles heel in the hands of clumsy practitioners.

Rodrik, D. (2015). Economics Rules: Why Economics Works, When It Fails, and How To Tell The Difference
O tema acima tem tudo a ver com o Br huehue de 2015. Especialmente quando o estado falha e deixar a iniciativa privada se aproveitar. Pior, confundem analise de evidências com paixão ideologizada, sem propor explicações e possíveis soluções factíveis.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 05, 2015 4:59 pm
por Marechal-do-ar
Wingate escreveu:Capitalismo dará lugar à economia colaborativa, prevê autor de best-seller
Primeiro, o que é capitalismo?

Tenho, para mim, que o capitalismo é o nome dado a falta de um sistema de produção, é o que existe desde antes de existirem economistas ou alguém preocupado com isso, e é o que aparece quando alguém tenta criar um sistema de produção e falha ao fazê-lo, por exemplo, o comunismo ou socialismo seria um sistema de produção criado, mas, nos lugares onde foi implantado, o sistema de produção foi chamado de "capitalismo de estado".

Quando alguém diz que é possível uma produção mais eficiente através da colaboração, controle e planejamento isso chega a ser óbvio*, um avião com um piloto controlando ele voa muito melhor do que uma pedra arremessada sem controle nenhum, mas isso não é tão fácil de implantar assim, a humanidade passou milênios arremessando pedras antes de conseguir controlar um avião.

*O que torna difícil a compreensão daqueles (liberais) que dizem que a total falta de colaboração, controle e planejamento é o método mais eficiente de produção, soa até como uma religião fanática, apesar de se autodenominarem "economistas", se cientistas e engenheiros pensassem assim a arma mais eficiente hoje seriam as pedras.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Dez 05, 2015 5:13 pm
por Bourne
Rapaz, está é incorporando o esteriótipo Br huehue de economista.

Esses chamados liberais que acreditam cegamente no livre mercado são o nicho, do nicho, do nicho que fazem masturbação ideológica e nunca foram relevantes.

Os outros 99,99999999999999999% vão dizer que o mercado é falho e precisa de regulação, regras claras e complementariedade de um estado. Por exemplo, a discussão como se regulação concessões e infraestrutura tem milhares de artigos, trabalhos acadêmicos e técnicos aplicados. A legislação antitrust outros monte. Além de discussão sobre desenho de políticas públicas que corrijam as falhas.

Aliás, no Brasil, os chamados liberais (ou neoliberais-amantes-do-mercado-que-odeiam-pobre), seguem basicamente o que se discute no mundo. Em outros países seriam considerados "COMUNISTAS!!!" por proporem no escopo de medida regulação eficiência, regras e punições claras, e que o estado precisa ter políticas redistributivas e de educação fortes. A diferença é que no Br huehue tem um grupo ultra-radical oriundo das terras campineiras que chama todos que não pensem como eles de "liberais que odeiam pobre"

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Dom Dez 06, 2015 4:16 pm
por Bourne
Quer dizer que a nossa industria nacional nascente, as montadoras, não precisam dos incentivos fiscais e de crédito por que o mercado iria crescem e querem investir. Assim, o blabla que necessitam de facilidades e incentivos para investirem e criarem externalidades positivas era um grande movimento de lobby para elevar a lucratividade.

O resultado foi um rombo fiscal. :|
Montadoras já demitiram 13,3 mil até novembro

Presidente da Anfavea diz que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff traz desvantagem forte para a economia brasileira

Mesmo com as medidas adotadas ao longo do ano, como lay-off (suspensão temporária de contratos), férias coletivas e mais recentemente o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), as montadoras demitiram este ano, até novembro, 13,3 mil funcionários. É o maior número de dispensas desde 1998 quando, às vésperas da grande desvalorização do real, o setor cortou 22,2 mil postos.

Além das demissões, o setor tem atualmente 46 mil trabalhadores com alguma restrição em suas atividades. Cerca de 40 mil deles participam ou aguardam aprovação para entrar no PPE – que reduz jornada e salários em troca de estabilidade no emprego – e 6 mil estão em férias coletivas ou lay-off.

Nos últimos dois anos, foram fechadas 25,7 mil vagas nas montadoras de veículos e máquinas agrícolas, cuja mão de obra é especializada e os salários costumam ser acima da média de outras indústrias. O número equivale a 80% dos empregos gerados entre 2010 e 2013, anos de produção recorde, com volumes que variaram de 3,3 milhões a 3,7 milhões de unidades.

Neste ano, até o mês passado, foram produzidos 2,287 milhões de veículos, 22,3% a menos que em igual período de 2014. Só em novembro, a produção teve queda de 14,2% em relação a outubro e de 33,5% ante igual mês do ano passado. Foram 176 mil unidades, o menor volume para o mês em 12 anos. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê encerrar o ano com produção de 2,4 milhões de veículos, voltando assim aos níveis de 2006.

As vendas caíram 25,2% nos 11 meses do ano, para 2,34 milhões de unidades e deve fechar 2015 com 2,54 milhões de unidades, 27,4% a menos que em 2014. Os estoques diminuíram um pouco em relação a outubro, mas seguem elevados, com 322,2 mil veículos nos pátios das fábricas e revendas, o equivalente a 50 dias de vendas.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, acredita que 2016 também “não será um ano fácil”, mas aposta numa estabilidade das vendas, com base na média diária do último trimestre deste ano. Uma melhora mais significativa do mercado só é esperada para os últimos três meses do próximo ano.

Impedimento

Moan voltou a afirmar que “a questão política está corroendo a economia brasileira” e diz que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff traz desvantagem forte para a economia brasileira. “É mais um fato que pode trazer mais prejuízo à economia”, avalia o executivo.

Ele espera que a questão política deixe de impedir a aprovação de medidas necessárias para o desenvolvimento da economia, como o ajuste fiscal.

“O Brasil é maior do que essa crise que passamos. Prova disso é que nenhum centavo dos investimentos previstos, de R$ R$ 85 bilhões de 2012 a 2018, foi cortado”, afirma Moan. “Sabemos que o mercado vai voltar e na hora que isso ocorrer estaremos prontos para a retomada”.

O único dado positivo registrado pelo setor neste ano é o crescimento das exportações, de 18,9% no ano, para 369,4 mil unidades.

Ford

Cortes de pessoal ainda podem ocorrer. A Ford informou ontem que negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté “para tratar do excedente de empregados previsto para 2016”. Segundo a entidade, a empresa alega ter 300 excedentes, de um total de 1,4 mil trabalhadores em razão da queda da demanda automotiva.

http://www.gazetadopovo.com.br/economia ... s83srouhun

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Dez 07, 2015 8:50 am
por Matheus
até o Paraguai crescendo 4% com inflação de 2,5%....é o fim dos tempos.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 11:24 am
por Matheus
Bourne curtiu..

Em 1991, em famoso vídeo, o saudoso economista Roberto Campos soltou uma macabra previsão: “o Brasil acaba com os economistas da Unicamp, ou eles acabam com o Brasil”.

Bastaram cinco anos de assessoria direta de economistas da Unicamp à Presidente Dilma Rousseff, para a previsão de Roberto Campos se tornar realidade: expansão monetária, corporocracia, expansão das obras públicas, expansão dos cargos e salários públicos, intervenção estatal em toda a economia, corrupção e protecionismo comercial.

Provavelmente nenhuma economista fez tão mal ao Brasil quanto Maria da Conceição Tavares, mas além dela podemos destacar, em tempos recentes, o mais nocivo professor do país: Luiz Gonzaga Belluzzo.

Belluzzo nunca acerta qualquer previsão econômica, e é obcecado por gastos públicos. Como principal conselheiro econômico de Dilma Rousseff, convenceu-a a enterrar a bem sucedida matriz econômica “meta de inflação/câmbio flutuante/responsabilidade fiscal” por uma matriz heterodoxa “juros baixos, câmbio desvalorizado e aumento de gastos públicos”. Foi, sem dúvida, um responsável direto pelo caos econômico que vivemos.

Agora, repetindo o que Lula falou há dois meses, Belluzzo tem a desfaçatez de dizer que a crise econômica é culpa de um suposto ajuste fiscal que Joaquim Levy estaria fazendo. Segundo Belluzzo, precisamos gastar mais ainda para sair da crise.

Mas do que ele está falando?

Uma projeção de déficit primário de 119 bilhões de reais para 2015 com resultado final de 500 bilhões de reais negativos é um recorde histórico. À guisa de comparação, Fernando Henrique Cardoso, um gastador, em 8 anos de governo, fez uma dívida de pouco mais de 200 bilhões de reais no total. Lula, outro gastador, em 8 anos de governo deixou um déficit pessoal de pouco mais de 600 bilhões de reais. Dilma conseguiu, em apenas um ano, criar uma dívida maior que o dobro da dívida feita por Fernando Henrique, e quase chegou, em um ano, no total criado por Lula em oito.

Falar em ajuste fiscal de Joaquim Levy é de um despautério total.

Quando se fala em cortes de seguro-desemprego e abono salarial, entre outras medidas pontuais, isso foi apenas um pontinho no oceano do gasto público nacional, que para continuar se financiando precisa captar dinheiro a juros astronômicos, criando uma prisão fiscal. Estima-se que os cortes do governo geraram, no máximo, 35 bilhões de reais em alívio fiscal. E o que é um alívio de 35 para quem quer gastar 500 bilhões apenas em 2015, com o beneplácito do Congresso?

O que são essas medidas pontuais perto da sangria do custo financeiro do refinanciamento, chamado jocosamente de bolsa-banqueiro? Ou do bolsa-empresário do BNDES (que teve sua expansão reduzida, não sendo uma diminuição de atuação propriamente dita)? E os aumentos sem limites do funcionalismo público? E o buraco da previdência pirâmide brasileira?

Esse ajuste, vendido pelo Governo, nunca aconteceu. É uma falácia. Um espantalho criado para a própria esquerda ter em quem bater para crescer. Levy é um instrumento político de bode expiatório para a esquerda nacional, e está prestando um papelão, para que pessoas sem nenhuma credibilidade real no mercado, como Belluzzo, possam vociferar suas impropriedades não científicas que a Unicamp insiste em vender ao Brasil como uma agenda econômica falida.

Se Roberto Campos estivesse vivo hoje, ele certamente estaria combatendo o bom combate e dizendo: “eu tenho razão”. Porque ele teria mesmo, tanto no que tange à sua teoria econômica, quanto na sua triste, mas verdadeira previsão: como o Brasil não acabou com a faculdade de economia da Unicamp, a faculdade de economia da Unicamp, e seu filho famoso, acabaram com o Brasil.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 11:56 am
por LeandroGCard
Matheus escreveu:Belluzzo nunca acerta qualquer previsão econômica, e é obcecado por gastos públicos. Como principal conselheiro econômico de Dilma Rousseff, convenceu-a a enterrar a bem sucedida matriz econômica “meta de inflação/câmbio flutuante/responsabilidade fiscal” por uma matriz heterodoxa “juros baixos, câmbio desvalorizado e aumento de gastos públicos”. Foi, sem dúvida, um responsável direto pelo caos econômico que vivemos.
??????


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Descontando 2014, quando a coisa já estava explodindo, o câmbio no primeiro governo Dilma foi em média até mais baixo que a média dos anos do governo Lula.

E pelo que sei o grosso do aumento da dívida pública nos últimos 4/5 anos não veio de aumentos do gasto público (embora estes tivessem sim aumentado), mas das renúncias fiscais favorecendo parcelas específicas do empresariado. E mais recentemente da queda acentuada da arrecadação devido à crise. Isso não conta?


Leandro G. Card

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 12:05 pm
por Wingate
Quando parecia que estavamos retomando nossa indústria naval:

Estaleiro Eisa encerra operações e demite 3 mil metalúrgicos

http://exame.abril.com.br/negocios/noti ... talurgicos


Imagem



Wingate :roll:

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 12:15 pm
por Bourne
Não se preocupe.

Daqui uns 10 anos voltam os subsídios, conteúdo mínimo e compras públicas para reativar a industria naval. Já foi assim umas cinco vezes e vai ser por mais algumas. :mrgreen:

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 12:16 pm
por Mathias
Sim, sim, lá fora ninguém faz isso pra incentivar e proteger sua indústria.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 12:36 pm
por Bourne
LeandroGCard escreveu:
Matheus escreveu:Belluzzo nunca acerta qualquer previsão econômica, e é obcecado por gastos públicos. Como principal conselheiro econômico de Dilma Rousseff, convenceu-a a enterrar a bem sucedida matriz econômica “meta de inflação/câmbio flutuante/responsabilidade fiscal” por uma matriz heterodoxa “juros baixos, câmbio desvalorizado e aumento de gastos públicos”. Foi, sem dúvida, um responsável direto pelo caos econômico que vivemos.
??????


[img]http://image.slidesharecdn.com/bradesco ... 1421694619
Descontando 2014, quando a coisa já estava explodindo, o câmbio no primeiro governo Dilma foi em média até mais baixo que a média dos anos do governo Lula.

E pelo que sei o grosso do aumento da dívida pública nos últimos 4/5 anos não veio de aumentos do gasto público (embora estes tivessem sim aumentado), mas das renúncias fiscais favorecendo parcelas específicas do empresariado. E mais recentemente da queda acentuada da arrecadação devido à crise. Isso não conta?


Leandro G. Card
Não curti o texto do maluqinho e nem com o maluquinho do belluzzo. :|

Os subsídios tributários e de crédito são como uma maldição. Parecem pequenos no começo e, depois, se viram uma conta trilhonária que vai continuar sugando o orçamento 10-15 anos depois.

Por exemplo, o programa de sustentação do investimento - PSI, literalmente paga para as empresas financiarem os investimentos. A taxa do financiamento é quase zero, mas desconta a inflação e a operação acaba remunerando a empresa por ter pego o empréstimo. Pior é que tem um subsidio enorme que é diferença entre a TJLP em relação a Selic. A diferença é paga com recurso do tesouro e é uma montanha de dinheiro. Nenhum país dá essa tamanho de subsidio que passa de 10% em pontos de juros, enquanto o normal é 1 ou 2 pontos de subsidio. Isso em países como china e coreia.

A parte do câmbio era e se manteve valorizado até 2014.

No tempo do Lula se valorizou pela entrada de capitais externos, favorecidos pela obtenção do grau de investimento, sem barreiras, elevada remuneração privada e pública se aproveitaram. Somados a elevada exportação de commodities e bens industriais.

Na Dilma foi mudança de modelo. Disseram que reduziram os juros na marra, não entrariam muitos capitais e governo poderiam gastar muito (direta através de gastos, endividamento e subsídios em geral) para ativar a economia e tudo seria compensado lá na frente com o crescimento chinês. O problema que quando se faz uma expansão fiscal desse porte contribui para elevar risco da dívida pública, alimentar pressões inflacionárias e reduzir as exportações liquidas. Afinal não motivos para exportar se é tudo desfavorável, a economia interna consome e fica mais fácil importar.

Podem ver que as contas externas tinham um déficit até 2014. Agora que está desaparecendo pela estabilização das exportações e redução das importações. Agora com impulso extra de desvalorização cambial, mas que ninguém sabe se dura ou se fica estável. Agora muitas empresas olham o mercado externo como a saída para não quebrar e vender a produção.

Enfim, a relação entre aumento de gastos (incluindo tudo como subsídios diversos) e juros baixos/cambio desvalorizado eram e são impraticáveis no cenário que o Brasil está inserido. uma hora vai estourar com crise externa ou crise do endividamento público. Tivemos a sorte da crise da dívida pública vir antes da primeira.

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 12:45 pm
por Bourne
Mathias escreveu:Sim, sim, lá fora ninguém faz isso pra incentivar e proteger sua indústria.
Hein? Hein? hein?

Da forma que é feita no Brasil, tenha certeza que não. É difícil justificar que algumas centenas de bilhões ou uma parcela significativa do orçamento vá para defender o bolsa empresário e a "industria nascente". Aquela que ganhou tudo e não fez nada. Na verdade fez. Ajudou a concentrar renda e poder viajar mais tranquilo pela suíça.

Ou vivíamos no mundo encantado, tudo dava certo e caminhávamos para ser a china do ocidente. Mas veio a lava-jato e destruiu tudo.

Vamos ouvir um pouco o representante do país e do governo sobre o tema.
Estruturas de mercado estão em estado de convulsão, e isso é positivo, avalia Canuto

Em entrevista ao InfoMoney, diretor brasileiro no FMI destaca que as mudanças que o Brasil vêm passando trazem paralisia no curto prazo mas, superadas as dificuldades, o impacto será positivo ,aos adiante

SÃO PAULO - Em meio ao cenário de tamanhas dificuldades na economia e na política brasileira, o ano de 2015 "finalmente" está acabando. Porém, o que aconteceu neste ano terá reflexos bastante significativos para o Brasil nos próximos anos. Mais do que isso, as dificuldades de hoje podem trazer um cenário mais positivo para o País nos próximos anos.

Esta é a avaliação do economista Otaviano Canuto, diretor executivo pelo Brasil do FMI (Fundo Monetário Internacional). Em entrevista ao InfoMoney, Canuto ressalta que as mudanças que estão fazendo o PIB (Produto Interno Bruto) sofrer numa perspectiva de curto prazo, como a deflagração do esquema de corrupção através da Operação Lava Jato, podem aumentar a competitividade num prazo mais longo, levando o Brasil voltar a crescer.

No curto prazo, porém, o efeito é negativo: "agora, enquanto esse processo está se concretizando, há evidentemente um efeito depressivo sobre a economia. Isso porque as estruturas de mercado existentes estão sendo derrubadas, estão em estado de convulsão", avalia.

O economista elogia o trabalho do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas ressalta que ainda falta o elemento fiscal, destacando que a dinâmica política não tem sido muito favorável neste sentido. Contudo, Canuto não acredita na aposta do "quanto pior melhor" na queda de braço entre a política e a economia. Para ele, a mudança de cenário depende principalmente de lideranças, lideranças benignas a ocuparem a linha de frente e ajudarem a encaminhar saídas para os diversos impasses. E, passadas as turbulências, o Brasil voltará a crescer.

Confira a entrevista:

InfoMoney - Após um 2015 bastante conturbado em termos econômicos, o cenário que se desenha para 2016, na visão do senhor, é pessimista?

Otaviano Canuto - Eu detesto caracterizar [o cenário] como otimista ou pessimista. Quem está acompanhando mais de perto o desenrolar imediato das coisas, tem uma perspectiva mais clara do curto prazo.

A médio prazo, eu vejo que tem dois aspectos positivos a realçar. Primeiro é como as instituições independentes do Brasil estão funcionando, operando, o que traz um impacto positivo para economia a média e longo prazo. É uma melhora da perspectiva da prevalência da lei no Brasil e essa percepção só tende a melhorar a partir do desdobramento dos eventos mais recentes. A segunda coisa importante a ressaltar a longo prazo é a melhora na relação entre despesas públicas e os resultados que irão acompanhar o acirramento da concorrência do setor privado que opera com o setor público, em todas as áreas em que elas atuam em conjunto.

IM - Então, a curto prazo, o efeito pode ser negativo, mas depois nós poderemos nos beneficiar desse processo?

OC - Sim. Claramente, a estrutura de custos e benefícios do cálculo que induz os agentes econômicos a procederem por essas vias não meritórias está sendo alterado. Com essa mudança no cálculo, agora essa equação é muito menos favorável do que foi no passado.

Isso tende a induzir a um comportamento dos agentes econômicos forçado por uma tendência de abertura maior no número de participantes concorrentes, certamente levando no médio e longo prazos para uma maior eficiência na estrutura de oferta do setor privado brasileiro. Assim, há uma relação custo-resultado melhor para o setor público.

Então, para além dos efeitos de curto prazo, vejo isso como dois grandes resultados do processo em curso no Brasil. Agora, enquanto esse processo está se concretizando, há evidentemente um efeito depressivo sobre a economia. É inevitável que haja uma paralisia no investimento privado.

IM - Há muitas previsões de que 2016 e até 2017 são anos perdidos, com crescimento negativo. Pensando que tudo daria certo a partir daqui, a Operação Lava Jato conseguiria desmantelar o esquema de corrupção, qual é o cenário para o Brasil voltar a crescer? Essa volta ao crescimento voltaria só em 2018 mesmo?

OC - Primeiro, isso dependerá do que se conseguir implementar em termos de mudanças estruturais nas contas públicas. Caso o País possa avançar na discussão do debate estrutural, o valor presente da antecipação dos resultados positivos dessa área pode ajudar e muito a antecipar a recuperação.

Nós continuamos com as mesmas necessidades de algumas medidas emergenciais de curto prazo em combinação com uma discussão de mais longo prazo, de modo a abrir a antecipação de horizontes mais favoráveis para o gasto do investimento público e privado. Algumas coisas importantes foram feitas esse ano porque a defasagem de preços administrativos e da taxa de câmbio sofreram uma correção acentuada esse ano e, até por isso, a inflação está correndo muito acima da meta.

IM - O elemento que falta é o fiscal...

OC - Isso mesmo. Aí a maluquice é que a dinâmica política não tem sido muito favorável à discussão e à aprovação pelo Congresso de componentes dessa agenda, mas não há outro jeito a não ser perseverar nesse caminho.

Há algumas medidas emergenciais para lidar com curto prazo ao mesmo tempo que se abra uma discussão sobre medidas estruturais e revisão do gasto público e lá na frente, quem sabe, justamente uma redução até da carga tributária. A agenda continua a mesma, a política é que pode prejudicar sua implementação. Mas quero crer que há também uma percepção cada vez maior da necessidade de caminhar nessa direção. Dependendo de avanços, o processo de recuperação pode ser antecipado.

IM - Em um palestra recente, o senhor afirmou que o Brasil está prisioneiro do imbróglio político. O senhor acredita nessa tese de que temos que piorar mais para o Congresso se mobilizar? Ou existe uma saída drástica?

OC - Não acho que haja relação clara de que um tenha que piorar para outro melhorar, não creio. Mas lidar com o quadro político não é a minha área, pelo contrário. Acho que depende principalmente de lideranças benignas a ocuparem a linha de frente e ajudarem a encaminhar saídas para os diversos impasses.

IM - O senhor vê alguma liderança emergindo nesse momento? O Levy, por exemplo, assumiu a Fazenda com ares de que daria um norte para a política econômica, mas acabou de certa forma engolido pela questão política.

OC - Não acho que ele foi engolido. Avalio que o Joaquim está fazendo um excelente trabalho de comunicação, de articulação com o apoio da presidente, apoio explícito, fortemente explícito, já há algum tempo, que foi manifesto e reiterado desde antes até do rebaixamento do rating do Brasil pela Standard&Poor's [para grau especulativo, em setembro]. Eu acho que esse é o exemplo de lideranças com legitimidade pra tocar isso. O detalhe de como trazer isso pra classe política como um todo, não tenho a dizer nada melhor do que aquilo que fazem os entendidos.

IM - Muito tem se discutido sobre a expansão de crédito para alguns setores para estimular a economia. Esse poderia ser um caminho?

OC - Não falarei especificamente sobre crédito para isso ou aquilo. Os caminhos são aqueles que o Joaquim já abordou, de ter que retomar o gasto com infraestrutura, com a combinação de componentes públicos e privados.

O Joaquim tem falado também da necessidade de ter uma integração comercial com o resto do mundo, de uma revisão qualitativa com o olho no longo prazo do gasto público, de melhorar diversos aspectos do ambiente de negócios do Brasil que sugam produtividade e que atrapalham a competitividade da produção no Brasil. São os itens que vejo ele falando e que parecem fazer todo o sentido. Eles são componentes de uma agenda bem mais ampla que tem começo, meio e fim.

Não vejo Joaquim falando em remédios, atalhos. Atalhos são medidas de curto prazo. Vejo o Joaquim falando em entender o ajuste em curto prazo como parte de um trajeto que é um trajeto para levar a economia a voltar a crescer.

IM - O ministro pode ter sido um pouco mal-entendido no começo, principalmente por alguns segmentos políticos, ainda mais por se tratar de uma agenda mais de longo prazo?

OC - Não creio que seja isso. Na questão do discurso do Joaquim, é muito mais de disposição a diálogo e de reunião. As falas do Joaquim são consistentes, elas carregam a mensagem da necessidade de fazer coisas no curto prazo como passo, ponte para uma agenda de mais longo prazo pra fazer a economia voltar a crescer de modo sustentável. Não vejo discordância significativa entre agentes econômicos, entre vários participantes desse debate e o desafio é principalmente as pessoas aceitarem, discutirem e agirem de modo concreto na direção de implementação dessa agenda, que passa pelo Congresso.

IM - Falando agora um pouco sobre o cenário internacional: está havendo umas mudanças políticas na América Latina. Na Argentina, um político de viés mais liberal, Mauricio Macri, foi eleito presidente. Qual pode ser o impacto no Brasil? Isso pode abrir os caminhos para o Brasil se tornar uma economia mais aberta?

OC - Penso, pessoalmente, como uma boa notícia. Cheguei a escrever artigos sobre a Argentina com colegas ressaltando que, independentemente do resultado da eleição, haveria uma convergência muito grande em torno de uma agenda que envolvesse a busca da normalização das relações financeiras com o exterior. Isso envolve uma revisão nas relações entre Banco Central e finanças públicas, que leva uma mudança na orientação de política econômica, assim como também ocorreu no Brasil. Vejo esse movimento por lá como um movimento salutar.

Na medida em que esse movimento é salutar para a Argentina, também é evidentemente salutar para o Brasil, por nosso vizinho ser um parceiro econômico tão importante para a gente.

IM - E também pode ajudar a resolver a questão de que o Brasil é muito fechado? Por ser muito grande, tem toda essa questão de ser um país muito fechado e com dificuldade para se inserir nas cadeias globais.

OC - Ajuda para quem acha importante essa agenda de termos parceiros do Mercosul na mesma página, como é meu caso.

IM - O senhor avalia que a saída para o Brasil, que está tendo uma desvalorização forte da moeda, seria mesmo pelo setor externo, com a elevação das exportações?

OC - Não é uma questão entre o setor externo versus setor interno, não existe contraponto entre eles. Mas sim, a relação com o exterior, no ponto de vista não apenas de comércio, mas de investimentos e de uso e adaptação de tecnologias, é fundamental para qualquer país do mundo. Não há um país do mundo - talvez só a Coreia do Norte - que opere de uma maneira em que essas variáveis não sejam relevantes.

Mas com qualquer outra economia do mundo, como EUA, China e qualquer país europeu, o grau de integração é tal que não existe economia autossuficiente ou independente do cenário externo. O quadro externo e o interno se sobrepõem, não se trata de contrapor um ao outro. O que tem que ser mudado é a mentalidade do tempo em que ainda existia espaço para crescer tentando usar protecionismo.

IM - O jeito atual não está dando certo? O caminho é fazer com que as empresas se alinhem e melhorem a tecnologia e a competitividade?

OC - Sempre. Não há outro caminho. O outro caminho é do isolacionismo e não tem fôlego.

IM - O senhor ressaltou que detesta essa visão de pessimismo, mas as previsões são de que 2016 vai ser ainda pior do que o ano que passou. Qual seria a mensagem que o senhor teria sobre o próximo ano e os desafios a serem enfrentados?

OC - A mensagem seria reconhecer os riscos desse processo de estagnação e o decréscimo do PIB em decorrência da paralisia dos investimentos privados. É juntar forças para fazer aquilo que é necessário para recuperar as esperanças que os investidores privados têm e retomar suas apostas no crescimento do Brasil. Isso tudo passa pelo ajuste fiscal e pela retomada de mecanismos de interação público-privada, que sejam menos suspeitos do que aqueles que estão sendo revelados.

IM - Passando por toda essa fase, como o senhor vê o potencial do Brasil para voltar a ser uma das estrelas do mundo?

OC - O País tem tudo para crescer se cumprir a agenda que necessita de reformas estruturais como essas que mencionamos. Depois de tudo, o Brasil tem potencial para voltar a ter crescimento.

http://www.infomoney.com.br/mercados/no ... lia-canuto

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 2:12 pm
por Bourne
A defesa da industria nascente - parte II

Voltemos ao apoio dos frágeis empresários nos últimos 4 anos da Dilma e o que eles entregaram em troca: uma conta enorme para todos pagarem e nada de investimento no ritmo chinês.

Há uma forte indicação de que toda a política econômica da Dilma I foi oriunda de um lobby pesado no âmbito do "capitalismo de camaradagem". O objetivo principal é ganhar dinheiro em cima das benesses do estado, mas sem produzir e não deixar quem quer produzir fazê-lo.
Relembrar é viver: a Fiesp estava ao lado de Dilma quando foram feitas algumas medidas determinantes para a atual situação econômica (e também política).

1. Quando os juros foram para baixas históricas (ignorando que a inflação já estava perigosamente alta)

http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil ... -de-cortes

2. Quando foram promovidas as desonerações da folha de pagamento (arrasando com a arrecadação em um momento de crescimento baixo e contribuindo para a atual crise fiscal)

http://www.ebc.com.br/noticias/economia ... sidente-da

3. Quando houve a intervenção no setor elétrico (que era para diminuir o custo da energia e fez o contrário, pelo menos por enquanto)

http://exame.abril.com.br/economia/noti ... r-eletrico

Todo mundo pode mudar de opinião, mas seria saudável também admitir que a trajetória em direção à crise não ocorreu no vácuo.

"É profundamente injusto dizer que a culpa é só do governo. Essa agenda foi defendida durante anos por interesses empresariais. Foi aplaudida em praça pública no começo de 2009, dizendo que levaria a um aumento do investimento e tiraria o país da crise internacional. (...) É verdade que o governo é incompetente, mas não agiu sozinho. Muitos dos que hoje criticam apoiaram as medidas que levaram a economia à situação em que está" - Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica no governo Lula e atual presidente do Insper.

E agora são a favor do impeachment da dilma
Fiesp declara apoio formal ao impeachment de Dilma

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -dilma.htm

Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Dez 15, 2015 2:21 pm
por Bolovo
A FIESP apoia o impeachment para defender a industria nacional usando como simbolo um pato gigante feito na China. Faz sentido.