Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2
Enviado: Sáb Nov 12, 2011 7:35 pm
USAntiago, tá cedo prá tomar cachaça.
Entendi nada mão, mas tudo bem, segue a festa.
Entendi nada mão, mas tudo bem, segue a festa.
Uma coisa interessante saiu hoje ou ontem sobre umas possíveis vendas na terra da vodka, mas é de comerciais.E sim, o projeto principal da FAB está dentro do cronograma e não sofreu cortes.
Pelo contrario, já está até sendo ventilado com novas "possibilidades"...
Ahã...Carlos Mathias escreveu:USAntiago, tá cedo prá tomar cachaça.
Entendi nada mão, mas tudo bem, segue a festa.
Interessante documento:Carlos Mathias escreveu:Não fio, eu quis dizer que os russos estavam e estão ajudando muito no programa espacial.
Esta é a única coisa que o Programa Espacial Brasileiro consegue produzir com eficiência: Documentos .Penguin escreveu:Interessante documento:Carlos Mathias escreveu:Não fio, eu quis dizer que os russos estavam e estão ajudando muito no programa espacial.
DESAFIOS DO PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS
http://www.sae.gov.br/site/wp-content/u ... l_site.pdf
Pois é...LeandroGCard escreveu:Esta é a única coisa que o Programa Espacial Brasileiro consegue produzir com eficiência: Documentos .Penguin escreveu: Interessante documento:
DESAFIOS DO PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS
http://www.sae.gov.br/site/wp-content/u ... l_site.pdf
Leandro G. Card
Quando nos voltamos para a gênese da corrida espacial, vemos quão distintas foram as ações que
viabilizaram o sonho, as necessidades e a realização das aspirações estratégicas. A Rússia começou
seu programa espacial em 1950, o Brasil em 1961. Chegamos a 1988 com a Rússia lançando veículos
reutilizáveis. Os Estados Unidos, que começaram também na mesma década, há muito operam naves e
estações espaciais tripuladas, além de vasto leque de sondas que exploram o sistema solar e o espaço
profundo. Os avanços desses países protagonistas, motivados pela guerra fria e por suas necessidades
econômicas, foram cumulativos e espetaculares. Mas foram somente eles, além de Japão e países
Europa, como a França, os únicos atores no cenário espacial?
Há outros programas espaciais que também despertam a atenção. A China, por exemplo, começa em
1956. E em 2003 já levava o homem ao espaço. A Índia já lançou satélites e sondas, o mesmo ocorrendo com Israel. A Coreia, após o insucesso com seu primeiro lançamento em 2010, está na iminência de
ser o mais recente país a adentrar o “clube dos lançadores”. Até a Coreia do Norte e o Irã estão à nossa
frente. Nossa primeira atividade como lançadores de foguete data de 1965. Avançamos com uma famí-
lia de veículos de sondagem suborbitais. Produzimos e operamos satélites de pequeno e médio portes.
Nosso lançador de satélites, no entanto, ainda não vingou, após nada menos de 30 anos de esforços
despendidos. Por que isso? Somos incompetentes, ou Deus não gosta dos brasileiros? A resposta é
simples: somos o 23º investidor em programa espacial se considerarmos o PIB de cada país. Os recursos
alocados para investimento no programa espacial brasileiro não passam de 0,010% do nosso PIB, ou
seja, cerca de dez vezes menos que a França, que a Rússia e que a China.
Vejamos nossa situação em face dos BRICs. A Rússia investiu, em 2009, US$ 2 bilhões e 400 milhões
em seu programa espacial, e estamos com apenas US$ 164 milhões. Ainda é muito pouco, mas temos
de reconhecer: os investimentos, que vinham em linha decrescente, foram retomados no início desta
década, uma inversão conduzida pelo governo do presidente Lula. Quando do acidente do VLS, dei
entrevista como ministro de Ciência e Tecnologia, afirmando que o projeto de VLS havia sido atingido
mortalmente pela dieta de recursos. Fui criticado por todo o mundo, inclusive por colegas de governo.
Neste texto, repito aquela afirmação, agora respaldado em dados irrespondíveis, conforme mostram
a figura seguinte, de distribuição dos recursos de 1980 a 2009 (o acidente, como sabemos, foi em
2003), e as conclusões a que chegou a Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados,
convocada para apurar as causas do acidente.
Somente no período 1985-1989, os investimentos se concentraram nos três segmentos de atividade
– satélites, veículos e centros de lançamento – com uma média anual de US$100 milhões. Daí em
diante, penúria! Em 1990, os investimentos caíram para US$ 57 milhões e, em 1999, não passaram de
US$ 9 milhões e 900 mil. Ao todo, o País gastou, de 1980 a 2002 (véspera do lançamento do VLS),
apenas US$ 530 milhões e 200 mil. Como pensar seriamente em lançar nosso VLS se, a cada ano, o
governo reduzia os investimentos? De US$ 27 milhões e 500 mil em 1995, caíram para US$ 18 milhões
e 700 mil em 1996, para US$ 11 milhões e 271 mil em 1997, para US$ 10 milhões e 408 mil em 1998
e, finalmente, para US$ 3 milhões e 700 mil em 2002. Em 1999, o governo havia tido o desplante de
só aplicar US$ 1 milhão e 600 mil!
Eis o resumo da atenção que estamos dando aos projetos estratégicos. Em 26 anos de desenvolvimento
do VLS, que seria o nosso primeiro veículo satelizador, fizemos três tentativas, três insucessos. O esforço
terá sido inútil? Decerto que não, pois muito se aprendeu e se avançou. Mas o acidente comprometeu
o ritmo e lançou dúvidas sobre diversos aspectos do projeto. E como temos reagido? Qual a massa crí-
tica de pesquisadores, engenheiros e técnicos que possuímos para aprender com as falhas, revisar projetos, divisar soluções? Qual o efetivo envolvimento sustentável da indústria que conseguimos realizar?
A inanição a que os projetos estratégicos são submetidos leva a esse arrastar de poucos resultados e ao
abandono de profissionais e empresas. Vejamos, também, o caso do submarino de propulsão nuclear:
estamos há 21 anos desenvolvendo e agora, dependendo de uma cooperação com a França, devemos
esperar por mais uma década, pelo menos. Certamente, há que se repensarem a forma e a firmeza com
que devem ser conduzidos os projetos estratégicos, algo que suplanta os períodos governamentais e
requer décadas de investimentos em gerações de profissionais, em entidades de formação e pesquisa,
em infraestrutura laboratorial, em parque de indústrias com continuidade de demanda.
x2Carlos Mathias escreveu:Sapão, dá prá aprofundar mais isso??????
E sim, o projeto principal da FAB está dentro do cronograma e não sofreu cortes.
Pelo contrario, já está até sendo ventilado com novas "possibilidades"...
CM, solta esse bizu...Carlos Mathias escreveu:Sapão, dá prá aprofundar mais isso??????
Uma coisa interessante saiu hoje ou ontem sobre umas possíveis vendas na terra da vodka, mas é de comerciais.E sim, o projeto principal da FAB está dentro do cronograma e não sofreu cortes.
Pelo contrario, já está até sendo ventilado com novas "possibilidades"...
Seria meio que em troca de nós compramos uns brinquedos graaaandes, poderooooosos, famooooosos...
Eu acho que você é um dos raríssimos que não faria objeção à essa máquina.
x2alcmartin escreveu:CM, solta esse bizu...Carlos Mathias escreveu:Sapão, dá prá aprofundar mais isso??????
Uma coisa interessante saiu hoje ou ontem sobre umas possíveis vendas na terra da vodka, mas é de comerciais.
Seria meio que em troca de nós compramos uns brinquedos graaaandes, poderooooosos, famooooosos...
Eu acho que você é um dos raríssimos que não faria objeção à essa máquina.